Autor Tópico: Nas palavras de Carl Sagan!  (Lida 21665 vezes)

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Offline L. Duran

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #175 Online: 13 de Julho de 2006, 09:32:20 »
E sobre o que ele diz do ateísmo, você concorda?

Não. Acho que ele generalizou. E generalizações nunca são boas.
E, como eu disse, se o Deus a que ele se referiu for o deus das religiões, aí ele está errado!
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Offline L. Duran

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #176 Online: 13 de Julho de 2006, 09:40:11 »
Eu tenho no computador, mas parece que sem alguns capítulos autorizados: O Cérebro de Broca e O Universo de Carl Sagan. E tenho também Contato e Bilhões e Bilhões, comecei a ler esse último.
Como posso enviá-lo a você ou colocar em um lugar que possa buscar?

Te mandei uma mensagem pessoal.
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Luz

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #177 Online: 13 de Julho de 2006, 10:33:10 »
Penso que seja para isso que as pessoas frequentam e mantêm fóruns de discussão. É discutindo que chegamos a algum lugar, não apenas duvidando por duvidar. Afinal, citando novamente Carl Sagan: "eu posso estar errado".

Penso que estamos chegando num consenso: discutir o que o texto diz, independente do que pensamos sobre o assunto. Colocando em questão, é claro, o que pensamos, mas sem fugir do contexto.

O interessante é que nem ateus e nem teístas perecem ter percebido a sutilieza das palavras de Sagan. Quando diz que ateu é aquele que tem certeza da inexistência de deus, mas não existem certezas, portanto, não existem ateus - ele matou dois coelhos com a mesma cajadada. Afinal, na inversão, teístas são aqueles que tem certeza da existência de deus e também não existem.

Particularmente, eu interpretei isso como defesa do ceticismo acima de nossas "convicções" pessoais. Isso é, um ceticismo pleno, despido de quaisquer certezas, apoiado em dúvidas e sustentado nos fatos e nas "possibilidades" que futuramente, devido ao avanço científico, possam vir a modificar esses fatos.

Na opinião dele, ao que me parece, deus é um desses "fatos" que podem ser futuramente modificados, portanto, não convém que tenhamos tanta convicção (que é oposto de ceticismo), para o caso, sendo que não existe nada, científicamente falando, que o sustente plenamente.

A idéia é sutil, mas na minha opinião, deixa claro que todas as vezes que alimentamos uma convicção, matamos uma possibilidade. Por isso a certeza é inimiga do ceticismo, pois impede a colocação da imparcialidade em prática, todas as vezes que uma questão lida com o que "acreditamos".

Offline L. Duran

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #178 Online: 13 de Julho de 2006, 10:36:21 »
A idéia é sutil, mas na minha opinião, deixa claro que todas as vezes que alimentamos uma convicção, matamos uma possibilidade. Por isso a certeza é inimiga do ceticismo, pois impede a colocação da imparcialidade em prática, todas as vezes que uma questão lida com o que "acreditamos".

Por isso, o mesmo Sagan sempre disse: "Mas é claro que eu posso estar errado!"
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Offline Latorre

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #179 Online: 13 de Julho de 2006, 11:49:37 »
Criador (de tubo de pasta de dente) mas se o tópico é sobre "um texto" de Sagan, Bozo ou Cristo e sobre a "opinião" que esse texto emite não é natural que discutamos "o que está escrito"?
Sim, é natural. Se o texto trata de inversão do ônus da prova, é natural que quem poste traga algum racioncínio mostrando que a inversão do ônus da prova é realmente algo praticável. Isso não foi feito. Você simplesmente postou um texto falacioso, supondo que ele está correto simplesmente por ter sido escrito pelo Sagan - o que por si só já é outra falácia.

Citar
Aliás, não deveria ser somente "isso" que deveríamos ter discutido desde o princípio?
E não é o que estamos fazendo? Você está insistindo (como vai fazer a seguir denovo) que a inversão do ônus da prova é válida para deixar no mesmo pé a evidência de que deus existe e a de que ele inexiste, só que pra variar não está justificando essa afirmativa. Não basta apenas postar um texto do Sagan, você precisa de um racioncínio lógico que justifique essa idéia.

Citar
E se discutimos não é justamente pelo fato de alguns interpretarem a questão como "criadores" e outros como "tubos de pasta de dentes", como Carl Sagan, por exemplo?
O texto do Sagan é falacioso. Qualquer um que concordar com o que está escrito naquele trecho estará incorrendo em um erro de raciocínio. Eis a diferença entre os criadores e os tubos.

Citar
Ou basta que você diga a "verdade" e ninguém mais possa levantar questões, mesmo pensando diferente?
Talvez basta que você também, a exemplo do... Xurian (ou coisa assim), leia a lista de falácias. Isso economizaria muito mais tempo. E não venha dizer que aquilo são dogmas e que quem pensa diferente está certo, porque quem pensa que uma falácia daquela está certa tem que provar. E até hoje,  ninguem fez isso. É por isso que a lista existe. E adoraríamos que qualquer um provasse a validade de uma falácia daquelas, certamente seria um progresso tremendo, prá não dizer surpreendente.

Citar
E não é porque uma idéia foi insistentemente repetida que seja, necessariamente, convicênte - sendo que o mesmo homem que popularizou essa idéia - não parece ter considerado sua "relevância" no contexto "especifico" devido a opinião "polêmica" que emitiu, propositalmente, para enfiar o dedo na ferida - sendo ele próprio um cientista, cético e ateu quando escreveu o texto.
Então deixa eu contar um segredo: ateus-céticos-cientistas, ao contrário dos deuses, não são perfeitos. Isso mesmo, eles erram, e direto. E a diferença fundamental entre eles e os crentes, é que os primeiros, ao contrário dos últimos, admitem que erram, e ficam procurando incansavelmente por esses erros, esgravetando feridas o tempo todo.

Citar
Não ficou suficientemente claro o quanto o seu "post" é apenas mais uma entre muitas opiniões diferentes?
Gostaria muito, mas muito mesmo, que você provasse que o uso da inversão do ônus da prova faria um mundo melhor.

Citar
Com relação à denúncia de assassinato, são inúmeras as implicações que o caso pode conter. Sabemos "comprovadamente" que existiu mais de um caso, no Brasil e no mundo, em que inocentes foram julgados e condenados porque não puderam "comprovar" sua inocência.
Cite um caso desses.

E o raciocínio está errado também. Eles não foram condenados por não conseguirem comprovar a inocências, mas porque existiam evidências muito mais fortes apontando para a sua culpa.

Se não haviam câmeras filmando o ocorrido, então a justiça precisa ser guiada por dados objetivos (ao contrário dos crentes, para os quais uma palavra de um médium iluminada por um espírito que teria testemunhado o crime bastaria). Esses dados objetivos vão sendo colhidos e indiciados, fornecendo evidências. Por exemplo, um fio de cabelo do acusado encravado sob as unhas da vítima, comprova que houve contato físico entre os dois (ou entao que um conspirador arrancou cabelo do acusado e cuidadosamente implantou-os sob as unhas da vítima. Mas essa probabilidade é muito menor). Isso é uma evidência forte. Que prova o contato e muito provavelmente luta, mas não o assassinato, é verdade.

Como essas, vão sendo acumuladas outras evidências. Inclusive de que o acusado não poderia na cena do crime naquele dia porque estava em viajem em Marrocos fazendo uma cirurgia de mudança de sexo (é apresentada à corte o prontuário do hospital marroquino). Mas isso não explica o que o cabelo dele estava fazendo debaixo das unhas da vítima.

E aí? Bom, o julgamento final, chama julgamento porque é levado pelas aparências mesmo. O que mais parece ser, o que mais tem evidências, é o escolhido. Não há garantia alguma de ter sido escolhida a verdade - ao contrário, é claro, da escolha de um religioso, regida pela sapiência divina, que garante 101% de certeza/acerto. Em sumo, o acusado não foi condenado por não conseguir provar sua inocência, mas pela balança das evidências, a favor e contra, ter pesado mais para o outro lado. O resto é pura maquiagem verbal.

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Não é porque você pense que o tópico está devidamente resolvido que ele não possa continuar "em aberto" para outros. Afinal ceticismo não é "imposição" de verdades, mas "exposição" de argumentos.
...com PROVAS. Argumentos comprovados. Faltou esse detalhe fundamental na sua frase. E a propósito, eu pergunto: fora essa filosofia toda que você apresentou até agora, onde estão as provas de que a inversão do ônus da prova é valida?
"If a man will begin in certainties, he shall end in doubts. But if he will be content to begin in doubts, he shall end in certainties." (Francis Bacon)

Tarcísio

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #180 Online: 13 de Julho de 2006, 11:55:15 »
As coisas começam a se encaixar.

Então o cético ciêntífico e aprópria ciência assumem a possibilidade de erro para que possa avançar nos conhecimentos diversos?

Offline Latorre

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #181 Online: 13 de Julho de 2006, 12:21:25 »
Não é essa a base do ceticismo? A falibilidade humana?
"If a man will begin in certainties, he shall end in doubts. But if he will be content to begin in doubts, he shall end in certainties." (Francis Bacon)

Luz

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #182 Online: 13 de Julho de 2006, 16:03:57 »
Sim, é natural. Se o texto trata de inversão do ônus da prova, é natural que quem poste traga algum racioncínio mostrando que a inversão do ônus da prova é realmente algo praticável. Isso não foi feito. Você simplesmente postou um texto falacioso, supondo que ele está correto simplesmente por ter sido escrito pelo Sagan - o que por si só já é outra falácia.

Latorre, eu disse que o texto trata do ônus da prova e de sua “possível” inversão. Não distorça o sentido. Eu postei uma idéia de Carl Sagan sem “afirmar” em nenhum momento a “autoridade” de Sagan ou da idéia. O raciocínio que eu trouxe está logo abaixo: sem fazer afirmações “definitivas” convida o leitor a pensar. Logo, minha sugestão foi refazer o convite através do trecho postado, o que dentro de um fórum de discussões, implica “automaticamente” em discutir sobre o assunto.

E não é o que estamos fazendo? Você está insistindo (como vai fazer a seguir denovo) que a inversão do ônus da prova é válida para deixar no mesmo pé a evidência de que deus existe e a de que ele inexiste, só que pra variar não está justificando essa afirmativa. Não basta apenas postar um texto do Sagan, você precisa de um racioncínio lógico que justifique essa idéia.

Não, nós não estamos discutindo o texto do tópico, nós estamos discutindo "opiniões" pessoais. Eu insisto que a questão do “ônus” deixa em pé de igualdade a questão se alguém “afirma” qualquer coisa, mas não faço isso baseada em “minhas opiniões pessoais”, mas sim em fontes que sustentam o que digo:

“É notadamente uma falácia afirmar que, porque uma coisa não foi provada como verdadeira deve ser necessariamente falsa. Para a ciência, todo aquele que afirma algo sobre a realidade passa a ter o ônus da prova. Tanto pessoas que afirmem que um deus existe quanto aquelas que afirmam não haver deuses precisam apresentar provas daquilo que estão dizendo.”

Você pode encontrar sozinho essas palavras, exatamente como estão escritas, no texto sobre “ateísmo” na “wikipedia”. Ou será que também é falacioso?

E também na lista de falácias do fórum:

Argumentum ad Ignorantiam significa “argumento da ignorância”. A falácia consiste em “afirmar” que algo é verdade simplesmente porque não provaram o contrário; ou, de modo equivalente, quando for dito que algo é falso porque não provaram sua veracidade.

(adimitir a existência ou a inexistência de deus, até se prove o contrário, não é o mesmo que afirmar)

Basta sim, postar um texto quando o próprio emite o raciocínio que justifica a idéia: “não conheço nenhuma dessas provas convincentes” ou  “estarmos certos da existência de deus e estarmos certos da inexistência de deus parecem-me ser os extremos confiantes num assunto tornado tão misterioso pela dúvida e pela incerteza que inspira na verdade muito pouca confiança”.


O texto do Sagan é falacioso. Qualquer um que concordar com o que está escrito naquele trecho estará incorrendo em um erro de raciocínio. Eis a diferença entre os criadores e os tubos.

Você acaba de fazer uma afirmação, portanto, nada mais justo que apresente a “prova” que justifique o que está falando, e por favor, levando em consideração o texto da wikipedia postado e a lista de falácias do fórum. Eis a diferença entre criadores e tubos!

Talvez basta que você também, a exemplo do... Xurian (ou coisa assim), leia a lista de falácias. Isso economizaria muito mais tempo. E não venha dizer que aquilo são dogmas e que quem pensa diferente está certo, porque quem pensa que uma falácia daquela está certa tem que provar. E até hoje, ninguem fez isso. É por isso que a lista existe. E adoraríamos que qualquer um provasse a validade de uma falácia daquelas, certamente seria um progresso tremendo, prá não dizer surpreendente.

Estou bastante familiarizada com a lista e com outras fontes que a complementam, inclusive. E no caso "a recíproca é verdadeira". Teria cometido falácia se postasse o texto sugerindo alguma “autoridade” ao texto ou ao autor, mas isso foi apenas uma suposição que você fez, sem que nada do que foi escrito reforçasse essa suposição. Eu concordo, em parte, com a idéia do Sagan, mas não afirmei que ela estivesse certa, sugeri uma discussão dessa idéia, pois como ele próprio me ensinou “eu posso estar errada” e ele também.

Então deixa eu contar um segredo: ateus-céticos-cientistas, ao contrário dos deuses, não são perfeitos. Isso mesmo, eles erram, e direto. E a diferença fundamental entre eles e os crentes, é que os primeiros, ao contrário dos últimos, admitem que erram, e ficam procurando incansavelmente por esses erros, esgravetando feridas o tempo todo.

Conte esse segredo para você também, pois está crente que o Sagan cometeu uma falácia e que eu estou defendendo a inversão do “ônus” e não está admitindo que também pode “estar errado”.

Gostaria muito, mas muito mesmo, que você provasse que o uso da inversão do ônus da prova faria um mundo melhor.

A questão do ônus é invertida, quando alguém diz “acreditar” na possibilidade da existência de deus e a outra parte pede provas, “afirmando” que esse deus não existe. E que o “ônus” só cabe ao teísta, mas não ao ateu que faz “afirmações”. Não estou dizendo que tenha feito isso, mas eu certamente, não fiz.

Cite um caso desses.

Há alguns anos foi mundialmente noticiado, por exemplo, o caso de um médico americano solto depois de cumprir mais da metade da pena pelo assassinato da esposa, quando um assassino preso confessou o crime e testes de perícia mais avançados puderam constatar o fato. Isso virou até um documentário na National Geographic. Algumas vezes foram noticiados casos semelhantes no Brasil. O último que me lembro foi de um homem que perdeu a visão na prisão, enquanto cumpria pena e foi solto quando o verdadeiro criminoso foi preso. Tem também o caso do gêmeo que foi preso porque o irmão portava sua identidade na hora do crime e foi reconhecido por testemunhas. Os casos são inúmeros, pode ter um pouquinho de trabalho investigando você mesmo.

E o raciocínio está errado também. Eles não foram condenados por não conseguirem comprovar a inocências, mas porque existiam evidências muito mais fortes apontando para a sua culpa.

Acontece que se eram “inocentes” as evidências eram falsas. E o que nos interessa aqui é o “ônus da prova”.

Se não haviam câmeras filmando o ocorrido, então a justiça precisa ser guiada por dados objetivos (ao contrário dos crentes, para os quais uma palavra de um médium iluminada por um espírito que teria testemunhado o crime bastaria). Esses dados objetivos vão sendo colhidos e indiciados, fornecendo evidências. Por exemplo, um fio de cabelo do acusado encravado sob as unhas da vítima, comprova que houve contato físico entre os dois (ou entao que um conspirador arrancou cabelo do acusado e cuidadosamente implantou-os sob as unhas da vítima. Mas essa probabilidade é muito menor). Isso é uma evidência forte. Que prova o contato e muito provavelmente luta, mas não o assassinato, é verdade.

Foi justamente o que eu disse: são inúmeras as implicações que um caso pode conter e a evidências podem levar um inocente à prisão.

Como essas, vão sendo acumuladas outras evidências. Inclusive de que o acusado não poderia na cena do crime naquele dia porque estava em viajem em Marrocos fazendo uma cirurgia de mudança de sexo (é apresentada à corte o prontuário do hospital marroquino). Mas isso não explica o que o cabelo dele estava fazendo debaixo das unhas da vítima.

Exatamente, e esse cabelo pode levar os céticos investigadores à crença de que o inocente é realmente culpado, simplesmente, porque na opinião deles, tudo o indica.

E aí? Bom, o julgamento final, chama julgamento porque é levado pelas aparências mesmo. O que mais parece ser, o que mais tem evidências, é o escolhido. Não há garantia alguma de ter sido escolhida a verdade - ao contrário, é claro, da escolha de um religioso, regida pela sapiência divina, que garante 101% de certeza/acerto. Em sumo, o acusado não foi condenado por não conseguir provar sua inocência, mas pela balança das evidências, a favor e contra, ter pesado mais para o outro lado. O resto é pura maquiagem verbal.

O que comprova que as evidências não são mesmo provas de nada e podem nos levar a interpretações equivocadas que em nada reflete a realidade. E talvez essa conclusão a que me fez chegar possa ser ampliada a outras áreas da atuação humana.

...com PROVAS. Argumentos comprovados. Faltou esse detalhe fundamental na sua frase. E a propósito, eu pergunto: fora essa filosofia toda que você apresentou até agora, onde estão as provas de que a inversão do ônus da prova é valida?

Você tem apresentado provas junto com seus argumentos ou somente os outros é que precisam? E por favor, me apresente a prova de que tenho tentado validar a inversão do “ônus”, levando em consideração a palavra “possível” antes da expressão “inversão”.

Quando digo que aquele que “afirma” que deus existe ou que não existe precisa provar o que diz, não estou invertendo o “ônus”, mas me baseando na fonte mencionada (wikipedia) e na lista de falácias.

Latorre, precisamos mesmo continuar a conversa nesse tom?
« Última modificação: 13 de Julho de 2006, 18:22:41 por Luz »

Offline Hold the Door

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #183 Online: 13 de Julho de 2006, 16:33:36 »
As coisas começam a se encaixar.

Então o cético ciêntífico e aprópria ciência assumem a possibilidade de erro para que possa avançar nos conhecimentos diversos?
Mas essa é a base do método científico, a falseabilidade de Popper. Toda teoria para ser científica deve assumir a possibilidade de erro.
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Luz

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #184 Online: 13 de Julho de 2006, 18:16:47 »
Mas essa é a base do método científico, a falseabilidade de Popper. Toda teoria para ser científica deve assumir a possibilidade de erro.

Angelo,

Estou pensando em sair esse fim de semana para comprar um livro sobre aquele tema que discutimos, mas estou querendo encontrar algo que seja menos "acadêmico" e mais "literário", de prefrência para leigos.

O "Universo numa Casca de Nozes" (não sei se o título está correto) seria uma boa opção?

Não saberia me indicar algum livro que se encaixe dentro do que procuro?
« Última modificação: 14 de Julho de 2006, 15:04:59 por Luz »

Offline Marcelo Terra

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #185 Online: 13 de Julho de 2006, 18:23:25 »
O "Universo numa Casca de Nozes" (não sei se o título está correto) seria uma boa opção?

Me desculpe por me intrometer mas "O universo numa casca de noz" é uma péssima opção para leigos, na minha opinião. Tudo é muito despejado em cima do leitor, que sendo leigo fica perdido. Pelo menos eu me senti assim. Muito melhor é "Uma nova história do tempo", reedição reescrita de "Uma breve história do tempo".

Luz

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #186 Online: 13 de Julho de 2006, 18:31:18 »
Me desculpe por me intrometer mas "O universo numa casca de noz" é uma péssima opção para leigos, na minha opinião. Tudo é muito despejado em cima do leitor, que sendo leigo fica perdido. Pelo menos eu me senti assim. Muito melhor é "Uma nova história do tempo", reedição reescrita de "Uma breve história do tempo".

Valeu! Tá anotado!

Offline Hold the Door

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #187 Online: 13 de Julho de 2006, 19:28:57 »
O "Universo numa Casca de Nozes" (não sei se o título está correto) seria uma boa opção?

Me desculpe por me intrometer mas "O universo numa casca de noz" é uma péssima opção para leigos, na minha opinião. Tudo é muito despejado em cima do leitor, que sendo leigo fica perdido. Pelo menos eu me senti assim. Muito melhor é "Uma nova história do tempo", reedição reescrita de "Uma breve história do tempo".
Apesar de ser popular, Hawking não é um bom escritor de divulgação científica para leigos. Seus livros populares seriam melhor descritos como de divulgação científica para graduados em física. Mas não li o "Uma nova história do tempo", por isto não posso opinar a respeito.

Se eu lembrar de algum título, posto aqui.
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Offline Latorre

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #188 Online: 13 de Julho de 2006, 21:02:01 »
Santo bumba.... lá vamos nós (pela última vez porque vou ficar sem internet a partir de amanha):
Latorre, eu disse que o texto trata do ônus da prova e de sua “possível” inversão. Não distorça o sentido.
Acentuação/ênfase.
Não foi distorcido. Se você está questionando essa possível inversão, precisa apresentar um racioncínio lógico que justifique essa possibilidade. Por exemplo, eu julguei a possibilidade como esdrúxula, e apresentei ao menos dois exemplos e raciocínios lógicos mostrando como ela não funciona. Não ví você fazer o mesmo.

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Eu postei uma idéia de Carl Sagan sem “afirmar” em nenhum momento a “autoridade” de Sagan ou da idéia.
...saída, pela direita...

Citar
O raciocínio que eu trouxe está logo abaixo: sem fazer afirmações “definitivas” convida o leitor a pensar.
Vejamos esse raciocínio que você afirmou agora ser uma justificativa para a viabilidade da inversão do ônus da prova:

Citar
Trecho retirado do Capítulo XV - O Universo Amniótico, do livro "O Cérebro de Broca" de Carl Sagan.
Todo o livro é interessante, mas o capítulo em questão principalmente e trata também questões religiosas e teorias científicas sobre o universo de uma ótica inusitada. Como outras obras do autor, sem fazer afirmações "definitivas" convida o leitor a pensar.
O capítulo trata de questõies científicas, religiosas, e uma visão inusitada do universo, sem fazer afirmações e levando o leitor a pensar. Muito bem. O que diabos isto tem a ver com a %$#@# da inversão do ônus da prova? Onde está o argumento?

Citar
Não, nós não estamos discutindo o texto do tópico, nós estamos discutindo "opiniões" pessoais.
Engano seu. Eu afirmei que o ônus da prova não pode ser invertido e exemplifiquei motivos. Você afirmou que ele pode ser invertido (ou agora vai dizer que não disse nada!?), e justificou dizendo que ele pe perigoso - mas não explicou o motivo. Seria o mesmo que eu te dizer que saci-pererê existe, porque é perigoso.

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Eu insisto que a questão do “ônus” deixa em pé de igualdade a questão se alguém “afirma” qualquer coisa, mas não faço isso baseada em “minhas opiniões pessoais”, mas sim em fontes que sustentam o que digo:
E você acha que fui eu quem inventou o princípio da unilateralidade do ônus da prova?

Isso tá ficando realmente chato.

Citar
“É notadamente uma falácia afirmar que, porque uma coisa não foi provada como verdadeira deve ser necessariamente falsa.
Note aquele necessariamente. É ele que salva a afirmativa. Não é porque até hoje não se encontraram provas que algo automaticamente torna-se falso. Agora vejamos:

Citar
Para a ciência, todo aquele que afirma algo sobre a realidade passa a ter o ônus da prova.
Ok.
Citar
Tanto pessoas que afirmem que um deus existe quanto aquelas que afirmam não haver deuses precisam apresentar provas daquilo que estão dizendo.”
Ridículo. E tanto faz quem disse. Sabe por que? Porque é impossível comprovar que algo inexiste. Sim, eu fiz uma afirmação. E agora voui comprovar, com um argumento. Acompanhe:

É impossível porque se você mostrar que não dá pra ver, alguém vai dizer que é invisível. Se provar que não tem massa (jogando tinta por sobre o "invisível" e a tinta cair no chão), vai dizer que "ele" é imaterial, só energia. Se você usar lentes especiais para enchergar todo o espectro eletromagnético,
e mesmo assim não ver nada, seu oponente vai afirmar então que o "bicho" é composto de energia escura. E por aí vai. Seria muito mais proveitoso que quem disse que o bicho existe, já que disse, provasse de uma vez a sua existência.

Mais um argumento de que o ônus da prova cabe a quem acusa/afirma. Agora, por gentileza, mostre que ele está errado. (Isso foi adaptado de lembranças particulares sobre "Um Dragao na Minha Garagem", capítulo de "O mundo assombrado...", de Sagan. Citando por pura obrigação moral, e não por endeusamento.

Citar
Você pode encontrar sozinho essas palavras, exatamente como estão escritas, no texto sobre “ateísmo” na “wikipedia”. Ou será que também é falacioso?
Seria a Wikipédia um novo deus?? Livre de erros??

Vamos criar a Igreja Internacional da Wikipédia!
Preciso de pastores. Candidatos?

Citar
E também na lista de falácias do fórum:

Argumentum ad Ignorantiam (...) quando for dito que algo é falso porque não provaram sua veracidade.
Ah, ah, ah... alto lá: há uma diferença gigante estre as duas frases. A primeira diz claramente que quem afirma que algo inexiste (seja qual for o motivo) tem que provar . A segunda diz que é errado afirmar que algo inexiste porque sua veracidade não foi provada.

Ou seja, seria a mesma coisa SE E SOMENTE SE o motivo da afirmação de inexistência fosse a falta de provas.

De qualquer forma foi um argumento interessante. Parabéns (sério).

Citar
(adimitir a existência ou a inexistência de deus, até se prove o contrário, não é o mesmo que afirmar)
Por que não? Desde quando afirmativas passam certeza? Desde quando afirmativas são sagradas?Só afirmativas de religiosos passam certezas.

Citar
Basta sim, postar um texto quando o próprio emite o raciocínio que justifica a idéia:
Suponho que você estaja falando de um texto que justifique a inversão do ônus da prova. Vejamos a tal justificativa:
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“não conheço nenhuma dessas provas convincentes” ou  “estarmos certos da existência de deus e estarmos certos da inexistência de deus parecem-me ser os extremos confiantes num assunto tornado tão misterioso pela dúvida e pela incerteza que inspira na verdade muito pouca confiança”.
Quem disse que está certo da inexistência de deus? Qualquer idiota sabe que ele não existe, mas ninguém conseguiu ter essa certeza para escrever aqui. Do mesmo jeito que ninguém está certo da inexistência de tubos de pasta de dente falantes. Ou sacís, duendes e o próprio Peter Pan.

Portanto, já que não se pode provar nem ter certeza de que Peter Pan não existe, é melhor você começar a deixar sua janela do quarto bem fechada durante a noite. Afinal, também não se pode provar que Peter Pan não tenha hábitos sexuais maníacos.

Citar
Citação de: Latorre
O texto do Sagan é falacioso. Qualquer um que concordar com o que está escrito naquele trecho estará incorrendo em um erro de raciocínio. Eis a diferença entre os criadores e os tubos.

Você acaba de fazer uma afirmação, portanto, nada mais justo que apresente a “prova” que justifique o que está falando, e por favor, levando em consideração o texto da wikipedia postado e a lista de falácias do fórum. Eis a diferença entre criadores e tubos!
Exato, eis a diferença: usar a Wikipédia como bíblia, é coisa de tubo de pasta de dente mesmo. E eu já postei uns tantos argumentos diferentes (inclusive um ai acima, nesse mesmo post) para comprovar que a inversão do ônus da prova é inviável.

Citar
Estou bastante familiarizada com a lista e com outras fontes que a complementam, inclusive.
Bom, parece que cometí mesmo uma injustiça a esse respeito. Seu excessivo uso de falácias nos posts me fez imaginar que você desconhecia a lista. Minhas apologias.

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E no caso "a recíproca é verdadeira". Teria cometido falácia se postasse o texto sugerindo alguma “autoridade” ao texto ou ao autor, mas isso foi apenas uma suposição que você fez, sem que nada do que foi escrito reforçasse essa suposição.
O título é "Nas Palavras de Carl Sagan!". Isso. Com ponto de exclamação e tudo. Mas eu devo ter interpretado mal, esse ponto de exclamação. Você poderia me explicar o que ele significa, no momento em que você escreveu o título? Ou vai me dizer que não era algo do tipo "Viu só? Até Sagan concorda com a importância da inversão do ônus da prova!"?

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Eu concordo, em parte, com a idéia do Sagan, mas não afirmei que ela estivesse certa, sugeri uma discussão dessa idéia, pois como ele próprio me ensinou “eu posso estar errada” e ele também.
Saída pela direita?? Denovo?? Você postou o texto porque concordava com ele, e inclusive fez observações a respeito logo abaixo (que eu colei aqui, há pouco). Nessas observações você não criticava o texto, o que reforça a hipótese de que você concorda com ele. E essa de " concordo em parte" cai na falácia do escocês.

Citar
você (...) está crente que o Sagan cometeu uma falácia
Eu provei. Você não.

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e que eu estou defendendo a inversão do “ônus”
Você não está? Então você concorda que o ônus da prova é de quem acusa/afirma, pura e simplesmente?

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e não está admitindo que também pode “estar errado”.
Mostre que eu estou errado, provando (com argumentos, e não com enciclopédias mágicas) que o ônus da prova não é de quem afirma.

Citar
A questão do ônus é invertida, quando alguém diz “acreditar” na possibilidade da existência de deus e a outra parte pede provas, “afirmando” que esse deus não existe. E que o “ônus” só cabe ao teísta, mas não ao ateu que faz “afirmações”.
O Xaxim (como é mesmo o nome dele?) parece estar fazendo escola. Onde está o ateu aqui que afirmou categoricamente que deus não existe? E que Sací também não? E sobre o Peter Pan tarado? Mostre quem afirmou, por favor.

Citar
Não estou dizendo que tenha feito isso, mas eu certamente, não fiz.
...se disse que alguém fez, e como ainda neste fórum vigora o ônus da prova a quem afirma, é sua obrigação apontar quem o fez. Estamos esperando.

Citar
Há alguns anos foi mundialmente noticiado, por exemplo, o caso de um médico americano solto depois de cumprir mais da metade da pena pelo assassinato da esposa, quando um assassino preso confessou o crime e testes de perícia mais avançados puderam constatar o fato. Isso virou até um documentário na National Geographic. Algumas vezes foram noticiados casos semelhantes no Brasil. O último que me lembro foi de um homem que perdeu a visão na prisão, enquanto cumpria pena e foi solto quando o verdadeiro criminoso foi preso. Tem também o caso do gêmeo que foi preso porque o irmão portava sua identidade na hora do crime e foi reconhecido por testemunhas.
Não sei de nada disso. De onde saiu?
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Os casos são inúmeros
Ad numerum.
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pode ter um pouquinho de trabalho investigando você mesmo.
Errado. Como o ônus da prova cabe a quem afirma, esse trabalho é todinho seu. Quem afirmou foi você.

Citar
Acontece que se eram “inocentes”
Quem garante? Mostre a hostória toda, e daí a gente vai saber se era inocentes mesmo.

Citar
as evidências eram falsas.
Ora, ora... uma conspiração. Acontece o tempo todo, com os ETs.

Sim, como os sacís, ETs também existem porque ninguem conseguiu comprovar até hoje que não existem.

Citar
E o que nos interessa aqui é o “ônus da prova”.

Exato. Como o ônus da prova cabe a quem afirma, e como você trouxe e concordou com um texto que diz o contrário, você precisa comprovar a idéia desse texto, de que o ônus da prova é também de quem ouve, lê ou é-acusado. Você não trouxe isso ainda.

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Foi justamente o que eu disse: são inúmeras as implicações que um caso pode conter e a evidências podem levar um inocente à prisão.
Note: hoje, o ônus da prova é de quem acusa. E dá nisso.

Você acha que tranferindo o ônus da prova para o acusado a coisa seria melhor? Por quê? E se não acha, então você concorda que o ônus da prova é de quem acusa. Ou seja, não corcorda mais com aquele texto infeliz do Sagan.

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Exatamente, e esse cabelo pode levar os céticos investigadores à crença de que o inocente é realmente culpado, simplesmente, porque na opinião deles, tudo o indica.
Crença? Céticos crentes? :P

Sim, você tem razão. Uma pista falsa pode indiciar um inocente. Você e o resto do mundo todo sabem disso. Mas no seu ponto de vista, o que serviria de prova definitiva para inciminar alguem? Um flagrante delito? Não, as testemunhas poderiam estar mentindo. Uma filmagem? Não. Poderia ser uma montagem, ou o assassino ser apenas alguém muito parecido com o réu. Ou seja, nunca se terá certeza de que o réu é realmente o culpado ou não.

O que você propõe? Abolir os julgamentos? Extinguir o judiciário?

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E por favor, me apresente a prova de que tenho tentado validar a inversão do “ônus”, levando em consideração a palavra “possível” antes da expressão “inversão”.
A palavra possível é uma tentativa de escape de quem não tem segurança na afirmação. Para que quando for refutada, possa simplesmente responder com um "mas eu nem afirmei mesmo...". Clássica.

E a prova melhor de que você defende a inversão do ônus da prova eu postei naquela parte na qual questionei o seu texto após o texto do Sagan, onde você concordava com a baboseira ad ignorantia de que quem afirma uma negativa tem que provar.

Citar
Quando digo que aquele que “afirma” que deus existe ou que não existe precisa provar o que diz, não estou invertendo o “ônus”, mas me baseando na fonte mencionada (wikipedia) e na lista de falácias.
Ad hominen. Mais uma vez, não é porque está na lista de falácias ou na wikipédia vai estar certo. Foram Homens que escreveram, então pode estar errado. E quem afirma uma negativa não precisa comprovar nada. Precisa é ser internado, porque não tem o menor cabimento afirmar uma negativa.

Quer que eu prove também que afirmar uma negativa (ad ignorantia) é errado, ou você concorda com isso?

Citar
Latorre, precisamos mesmo continuar a conversa nesse tom?
Vamos continuar só na outra semana. Estarei em viagem trabalhando. E sinto muito pelo tom. É um defeito meu, que vem dos meus moldes educacionais e genéticos. Posso me comprometer, sinceramente, a tentar melhorar. Agradeço pela compreensão e pela sua paciêcia.

Cheers! ;)
« Última modificação: 13 de Julho de 2006, 21:09:33 por Latorre »
"If a man will begin in certainties, he shall end in doubts. But if he will be content to begin in doubts, he shall end in certainties." (Francis Bacon)

Luz

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #189 Online: 14 de Julho de 2006, 14:44:12 »
Acentuação/ênfase.

O ênfase fica muito claro na interpretação da expressão que emite a minha opinião sobre o texto: “visão inusitada”. (Isso, é claro, na minha opinião. Se não ficou claro, estou expondo agora.)

Vamos começar a “ler” o que está escrito? Não sou eu quem está questionando o “ônus da prova e sua possível inversão”, mas o texto. E está tão explícito que pensei que não precisasse explicar. Não deleguei qualquer autoridade ao texto ou ao autor, mas apenas à lógica que o texto, na minha opinião, contem.

“UM ATEU É ALGUÉM QUE TEM CERTEZA QUE DEUS NÃO EXISTE”

A palavra ATEU é uma junção de THEOS (DEUS) com o prefixo “A” que significa “NEGAÇÂO” e não “DÙVIDA” - NEGAR DEUS. Uma NEGAÇÂO é o oposto de uma AFIRMAÇÂO, ambas são “IMPERATIVAS” equivalendo a uma IMPOSIÇÂO (CERTEZA). Portanto, ateu NÂO É aquele que duvida da existência de deus, mas aquele que nega a existência de deus porque tem certeza. Como certeza é algo que implica em comprovação, o ateu é alguém que possui provas convincentes contra a existência de deus.

É onde entra a questão do “ônus da prova”.

“NÃO CONHEÇO NENHUMA DESSAS PROVAS CONVINCENTES”.

O atésmo é uma negação que equivale uma certeza e a certeza requer provas. Portanto, é o ateu quem tem que justificar sua certeza e não exigir justificativas que a confrontem.

É onde entra a questão da “inversão” do ônus da prova.

(Inadvertidamente, utiliza-se "popularmente" a expressão para designar aqueles que "não acreditam na existência de deus", mas o ceticismo "considera" o SIGNIFICADO das coisas e não o uso popular.)

“AQUELES QUE LEVANTAM QUESTÕES SOBRE A “HIPÓTESE” DE DEUS E DE ALMA NÃO SÃO “DE FORMA NENHUMA” ATEUS”

“TERÍAMOS QUE SABER BASTANTE MAIS QUE SABEMOS SOBRE O UNIVERSO (...)”

“ESTARMOS CERTOS DA EXISTÊNCIA OU DA INEXISTÊNCIA SÃO “EXTREMOS” CONFIANTES (...)”

Estas são as justificativas (argumentações contrárias).

“UM ESPÍRITO ABERTO, CORAJOSO E INQUISITIVO (...)”

Essa é a defesa do ceticismo sobre o teísmo e o ateísmo, para “estreitar” a gama de nossa ignorância.

(Que fique claro que essas não são minhas opiniões, embora possam ser, mas as definições que o texto apresenta.)

O que mais eu precisaria justificar que o próprio texto já não tenha feito?

E quando eu disse que concordo “em parte” é porque na “minha opinião” o cético pode ter suas próprias ideologias, desde que no momento de analisar uma questão, saiba deixá-las de fora, partindo do princípio da imparcialidade.

E tudo que você diz ter “comprovado” até agora, sequer ameaçam a lógica do texto, na minha opinião. No entanto, estou aberta a mudanças se me convencer.

E antes que venha novamente questionar minha posição pessoal, já deixei claro que “acredito sim” na “possibilidade” da existência de deus. E não vejo onde uma possibilidade possa ferir o ceticismo.

Estou aqui para discutir a viabilidade da lógica apresentada pelo texto postado e o citei num fófum cético justamente para colocá-lo à prova.

PS.:Levei em consideração sua opinião sobre as "fontes de informação", a "lista de falácias" e a "falibilidade humana".
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« Última modificação: 15 de Julho de 2006, 10:29:21 por Luz »

Offline Gil

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #190 Online: 15 de Julho de 2006, 20:47:54 »
“UM ATEU É ALGUÉM QUE TEM CERTEZA QUE DEUS NÃO EXISTE”

Ao entrar no fórum pensava a mesma coisa. Mas descobri que levaram o mérito da questão para o "acreditar" para dar ao termo outras designações. Sendo assim o termo também é empregado para as pessoas que dão margem à dúvida, os chamados ateus fracos. Discordo de tal uso, já que coloca no mesmo "barco" pessoas com opiniões grotescamente distintas perante a questão da existência.

Ao me questionarem se seu ateu, digo que não. Levo em conta a afirmação que você fez, que traz a idéia de qual é o significado do termo para a maioria das pessoas.
Se eu não sei eu não digo nada.

Luz

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #191 Online: 15 de Julho de 2006, 21:13:40 »
Levo em conta a afirmação que você fez, que traz a idéia de qual é o significado do termo para a maioria das pessoas.

Por favor Gil, eu não afirmei nada, quem afirmou isso foi o Sagan - um cético que pelo jeito considerava o sentido literal das palavras ou talvez na época ainda não tivessem dividido o atéismo em fraco e forte.

Particularmente, concordo com a lógica do texto, mas sou mais maleável. Penso que tanto o ateu quanto o teísta podem ser céticos desde que não misturem o que acreditam com o que descutem.

Para falar a verdade, até bem pouco tempo eu desconhecia a divisão do ateísmo, e tinha em mente apenas o sentido literal da palavra. Confesso que achei estranho, já que os fundamentos do ateísmo sugerem que não seja um movimento ou seita, mas apenas uma expressão que designa o estado de crença de uma pessoa - a negação. Como não sei quem, como, quando ou porquê fez essa divisão, não questionei, mas talvez seja uma boa questão.

Offline Latorre

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #192 Online: 16 de Julho de 2006, 16:57:58 »
Vamos começar a “ler” o que está escrito?
Vamos começar a entender o que está escrito?

Citar
Não sou eu quem está questionando o “ônus da prova e sua possível inversão”, mas o texto.
Texto postado por você, e com o qual você claramente concorda, conforme suas palavras na sequência e pelo próprio fato de você tê-lo postado aqui sem criticá-lo; Se não criticou, automaticamente concorca com ele.

Agora que tal parar com esse papo furado de que você "concorda um pouco" com o texto? Tenha uma opinião de uma vez por todas. Ou está certo ou errado, e em ambos os casos você precisa dizer o motivo pelo qual acha isso, como eu venho fazendo.

Citar
Não deleguei qualquer autoridade ao texto ou ao autor, mas apenas à lógica que o texto, na minha opinião, contem.
Se você concorda com o texto, diga o motivo. Se discorda, diga o motivo. Do contrário, não tem discussão.

Citar
“UM ATEU É ALGUÉM QUE TEM CERTEZA QUE DEUS NÃO EXISTE”
Errado. O prefixo A em ateu significa SEM.

Citar
A palavra ATEU é uma junção de THEOS (DEUS) com o prefixo “A” que significa “NEGAÇÂO” e não “DÙVIDA” - NEGAR DEUS. Uma NEGAÇÂO é o oposto de uma AFIRMAÇÂO, ambas são “IMPERATIVAS” equivalendo a uma IMPOSIÇÂO (CERTEZA). Portanto, ateu NÂO É aquele que duvida da existência de deus, mas aquele que nega a existência de deus porque tem certeza. Como certeza é algo que implica em comprovação, o ateu é alguém que possui provas convincentes contra a existência de deus.
Pois bem, que seja. Quer que discutamos a partir de agora de acordo com essa sua premissa? Amém. A partir de agora, eu concordo com você, neste debate, que ateu tem certeza que deus inexiste (o que é um puta contrasenso, mas enfim...). Então vamos usar o termo AGNOSTICO para quem aceita a inexistência divina pela falta de evidências a favor de sua existência. De acordo?

Citar
É onde entra a questão do “ônus da prova”.
Pois, na sequência, eu afirmo: de acordo com as nossas convenções acima estabelecidas, não existem ateus aqui no Clube Cético. Apenas agnósticos.

Citar
“AQUELES QUE LEVANTAM QUESTÕES SOBRE A “HIPÓTESE” DE DEUS E DE ALMA NÃO SÃO “DE FORMA NENHUMA” ATEUS”
É uma afirmativa. Cadêr a justificativa?

Citar
“TERÍAMOS QUE SABER BASTANTE MAIS QUE SABEMOS SOBRE O UNIVERSO (...)”
Idem.

Citar
“ESTARMOS CERTOS DA EXISTÊNCIA OU DA INEXISTÊNCIA SÃO “EXTREMOS” CONFIANTES (...)”
Idem.

Citar
“UM ESPÍRITO ABERTO, CORAJOSO E INQUISITIVO (...)”
Idem.

Citar
(Que fique claro que essas não são minhas opiniões, embora possam ser, mas as definições que o texto apresenta.)
Eu paro de discutir o ônus a partir de agora. Enquanto você não tomar um partido, não afirmar que concorda ou discorda seja com qualquer uma das afirmativas, eu desisto. Você precisa ter uma opinião para que possamos discutir. E dizer que está certo porque está no texto, não é justificativa.

Citar
O que mais eu precisaria justificar que o próprio texto já não tenha feito?
Você mostra claramente não ter a mínima noção do que seja uma justificativa. O texto cita, mas não justifica. E como foi você quem postou, a obrigação de justificá-las é toda sua. Do contrário, a postagem foi inútil.

Citar
E quando eu disse que concordo “em parte”
...é porque você está com medo de tomar partido, e afirmar de uma vez que concorda com o texto. Uma postura lamentável.

Citar
é porque na “minha opinião” o cético pode ter suas próprias ideologias, desde que no momento de analisar uma questão, saiba deixá-las de fora, partindo do princípio da imparcialidade.
Subjetivo. Seja mais específico.

Citar
E tudo que você diz ter “comprovado” até agora, sequer ameaçam a lógica do texto, na minha opinião.
Eu notei. Mas graças ao bom bumba, opiniões pessoais (suas ou do Carl Sagan), não garantem a verdade. Ou seja: suas opiniões profissionais não valem porcaria nenhuma.

É simples: se meus argumentos não te convenceram, é poque à luz da sua mente, eles pareceram errados. Refute-os, por favor.

Citar
No entanto, estou aberta a mudanças se me convencer.
Você tem provado o contrário até agora. Mostre então onde meus argumentos estão errados, ao invés de dizer que não concorda com eles porque na sua opinião pessoal eles não ameaçam a lógica do texto.

Por exemplo, sobre o judiciário: você acha que devemos extinguir o judiciário? Por que nao me respondeu quando eu questionei?

Citar
E antes que venha novamente questionar minha posição pessoal, já deixei claro que “acredito sim”
Cético que "acredita sim"?
 :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria: :histeria:

Você sequer sabe o que é um cético.

« Última modificação: 16 de Julho de 2006, 17:06:51 por Latorre »
"If a man will begin in certainties, he shall end in doubts. But if he will be content to begin in doubts, he shall end in certainties." (Francis Bacon)

Luz

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #193 Online: 16 de Julho de 2006, 22:31:41 »

Vamos começar a entender o que está escrito?

Se você tivesse entendido eu não precisaria repetir.

Texto postado por você, e com o qual você claramente concorda, conforme suas palavras na sequência e pelo próprio fato de você tê-lo postado aqui sem criticá-lo; Se não criticou, automaticamente concorca com ele.

Eu postei com o intuito de convidar os membros do clube a pensar e comentar sobre a “visão inusitada” que o texto apresenta. Eu concordo com a lógica do texto, mas sou mais maleável que Sagan. Na opinião dele, que fica claro na lógica que o texto apresenta, ateísmo e ceticismo são incompatíveis, na minha opinião não, “desde que” (implica em uma condição) a pessoa saiba separar o que discute do que acredita.

A primeira citação foi do Gil, ele disse que concordava plenamente, respondi deixando clara a minha opinião. Se convidei as pessoas a pensar sobre o texto, queria que elas me dissessem o que pensam do texto e não da opinião que tenho dele. Por isso, tentei ser imparcial até no comentário “inusitado” ocultando minha opinião, a princípio.


Agora que tal parar com esse papo furado de que você "concorda um pouco" com o texto?

Se não entendeu ainda porque concordo “em parte” com o texto, qualquer tentativa de explicação será inútil.

Ou está certo ou errado, e em ambos os casos você precisa dizer o motivo pelo qual acha isso, como eu venho fazendo.

Entre dois extremos, certo e errado, há uma ampla gama de considerações. A lógica do texto está correta, pela própria lógica, porém, não compartilho a opinião que ateísmo e ceticismo são incompatíveis, SE E SOMENTE SE o ateu souber ser imparcial no momento de discutir quaisquer temas.

Errado. O prefixo A em ateu significa SEM.

Melhor interpretado!
 
Pois bem, que seja. Quer que discutamos a partir de agora de acordo com essa sua premissa? Amém.
 
Mas essa sempre foi a premissa e está explícito pelo próprio texto que dispensa comentários adicionais.

A partir de agora, eu concordo com você, neste debate, que ateu tem certeza que deus inexiste (o que é um puta contrasenso, mas enfim...). Então vamos usar o termo AGNOSTICO para quem aceita a inexistência divina pela falta de evidências a favor de sua existência. De acordo?

Se substituirmos a palavra ateu por agnóstico não há porque continuar a discussão, pois o tópico é sobre um texto que fala da incompatibilidade do ateísmo com o ceticismo e que explica o porque o ônus é do ateu e a inversão que normalmente os ateus fazem está incorreta.

Pois, na sequência, eu afirmo: de acordo com as nossas convenções acima estabelecidas, não existem ateus aqui no Clube Cético. Apenas agnósticos.

Não estabelecemos convenções, essa é apenas a lógica que o texto apresenta, e se aceitou é porque concorda com ela, embora seja contrária ao senso comum, que normalmente, não é um dado relevante ao Ceticismo e à Ciência. E não temos “autoridade” para falar em nome dos membros que se auto-intitulam livremente, nem estamos aqui para justificar a posição dos membros, mas "somente" a lógica do "texto postado".

 “AQUELES QUE LEVANTAM QUESTÕES SOBRE A “HIPÓTESE” DE DEUS E DE ALMA NÃO SÃO “DE FORMA NENHUMA” ATEUS”

É uma afirmativa. Cadê a justificativa?

Está ignorando o texto? Essa frase, no texto, justifica a seguinte: ateu é alguém que tem certeza que deus não existe. Preciso explicar novamente por quê?

 “TERÍAMOS QUE SABER BASTANTE MAIS QUE SABEMOS SOBRE O UNIVERSO (...)”
Idem.

Vamos ler o que está escrito? "Deus poderia ser relegado para tempos e lugares remotos e para causas finais".

“ESTARMOS CERTOS DA EXISTÊNCIA OU DA INEXISTÊNCIA SÃO “EXTREMOS” CONFIANTES (...)”
Idem.

Idem

 “UM ESPÍRITO ABERTO, CORAJOSO E INQUISITIVO (...)”
Idem.

Releia o texto. A frase começa com “parece admissível” e não há afirmações.

 (Que fique claro que essas não são minhas opiniões, embora possam ser, mas as definições que o texto apresenta.)

Eu paro de discutir o ônus a partir de agora. Enquanto você não tomar um partido, não afirmar que concorda ou discorda seja com qualquer uma das afirmativas, eu desisto.

A minha opinião é que a lógica do texto está correta levando em conta o que o expõe, argumenta, justifica e defende. Porém, particularmente, defendo ainda uma possibilidade a mais, que já expliquei. E o que eu acrescentei não quebra a lógica do texto, mas a complementa.

Você precisa ter uma opinião para que possamos discutir. E dizer que está certo porque está no texto, não é justificativa.

A minha opinião é de que a “lógica” do texto está correta e parte de um pressuposto verdadeiro – explicado anteriormente – ateu=sem deus.

O que mais eu precisaria justificar que o próprio texto já não tenha feito?

Você mostra claramente não ter a mínima noção do que seja uma justificativa.

A recíproca é verdadeira.

E quando eu disse que concordo “em parte”

...é porque você está com medo de tomar partido, e afirmar de uma vez que concorda com o texto. Uma postura lamentável.

A idéia contém a lógica e todos os dados necessários para cair ou se manter por si mesma, frente ao debate. Eu não preciso tomar partido, porque é a lógica do texto que está à prova. Não preciso defender essa lógica, argumentá-la ou justificá-la, pois o próprio texto já o faz.

é porque na “minha opinião” o cético pode ter suas próprias ideologias, desde que no momento de analisar uma questão, saiba deixá-las de fora, partindo do princípio da imparcialidade.

Subjetivo. Seja mais específico.


Vamos supor que eu seja ateísta e você me apresente uma nova sugestão teísta que tente mostrar a “lógica” da existência de deus. Se eu souber ser imparcial a ponto de analisar, argumentar e questionar apenas a idéia, sem levar em consideração o que acredito, levando em consideração apenas o conhecimento que possuo e a própria lógica, posso perfeitamente ser uma ateísta cética, do contrário, Sagan está certo! Se sou ateísta, tenho certeza que deus não existe, mesmo sem provas, mas se ao mesmo tempo tiver um espírito aberto, corajoso e inquisitivo, vou levar em conta sua “lógica” e portanto sou cética, antes de ser ateísta. Do contrário, meu ateísmo predomina sobre meu ceticismo, cegando minha compreensão frente a temas que lidam com minhas crenças pessoais.

E tudo que você diz ter “comprovado” até agora, sequer ameaçam a lógica do texto, na minha opinião.

Eu notei. Mas graças ao bom bumba, opiniões pessoais (suas ou do Carl Sagan), não garantem a verdade. Ou seja: suas opiniões profissionais não valem porcaria nenhuma.

Eu concordo plenamente: opinião pessoal não vale porcaria nenhuma, foi por isso mesmo que omiti a minha. Pois o que interessa não é minha opinião e nem a do Sagan, muito menos a sua, mas a “lógica” que o texto postado no tópico apresenta, independente de quem o tenha escrito ou postado e o que pensa dele.

Volte em algumas linhas acima e veja você dizendo que preciso ter uma opinião para discutirmos. Expus minha opinião para sua satisfação. E essa é minha opinião porque a lógica do texto me parece aceitável. Você não tem que discutir comigo, tem que discutir a “lógica” do texto que postei – como você mesmo disse – opinião pessoal (...). Use a lógica para discutir a lógica e não sua opinião. Quanto ao ateísmo, ao ônus e sua possível inversão, o texto diz claramente ao que veio, argumentando e justificando. Justifique as falhas dos argumentos e das justificativas do texto.


É simples: se meus argumentos não te convenceram, é poque à luz da sua mente, eles pareceram errados. Refute-os, por favor.

Quais argumentos?

No entanto, estou aberta a mudanças se me convencer.

Você tem provado o contrário até agora. Mostre então onde meus argumentos estão errados, ao invés de dizer que não concorda com eles porque na sua opinião pessoal eles não ameaçam a lógica do texto.

Eu já mostrei e citei exemplos “mundialmente” noticiados, se ignora o conhecimento, já não é mais problema meu. Se alguém ignora que o holocausto "mundialmente noticiado" aconteceu não é problema meu. Posso explicar o que foi, mas não tenho obrigação de comprovar que aconteceu se a própria pessoa não tenta se informar primeiro.

Você fez uma suposição "banal" de uma denúncia "inexistente" sem apresentar um "caso verídico" e "provas" de que nenhum caso contrário tenha ocorrido e acha que isso é um argumento? Sério?


Por exemplo, sobre o judiciário: você acha que devemos extinguir o judiciário? Por que nao me respondeu quando eu questionei?

Essa é uma questão “off topic” que pede uma opinião pessoal e que não tem nenhuma relação com o texto. Eu não preciso responder, mas posso: acho que devemos reformular o judiciário.

Voltando ao assunto:


E antes que venha novamente questionar minha posição pessoal, já deixei claro que “acredito sim”

Cético que "acredita sim"?

Exatamente: o cético não pode acreditar numa “possibilidade”? Releia a frase toda, não pegue apenas a parte “conveniente”. Aliás, alguém seria verdadeiramente cético se descartasse qualquer possibilidade para uma questão ainda não comprovada?

Você sabe o que é um cético.

Com ponto final você está afirmando que sei o que é um cético, mas se a intenção era perguntar a resposta é não, com “certeza” eu não sei: porque todas as definições são sujeitas a "falibilidade humana", uma parte das pessoas não sabe o que significa o termo intrinsecamente e outra parte “acha” que sabe.

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« Última modificação: 16 de Julho de 2006, 22:51:31 por Luz »

Atheist

  • Visitante
Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #194 Online: 17 de Julho de 2006, 00:35:55 »
“UM ATEU É ALGUÉM QUE TEM CERTEZA QUE DEUS NÃO EXISTE”

Ao entrar no fórum pensava a mesma coisa. Mas descobri que levaram o mérito da questão para o "acreditar" para dar ao termo outras designações. Sendo assim o termo também é empregado para as pessoas que dão margem à dúvida, os chamados ateus fracos. Discordo de tal uso, já que coloca no mesmo "barco" pessoas com opiniões grotescamente distintas perante a questão da existência.

Ao me questionarem se seu ateu, digo que não. Levo em conta a afirmação que você fez, que traz a idéia de qual é o significado do termo para a maioria das pessoas.

A isto chamamos pré-conceito ou estereótipo. Uma das coisas que tentamos quebrar com participações em fóruns por aí.

Atheist

  • Visitante
Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #195 Online: 17 de Julho de 2006, 00:37:40 »
Levo em conta a afirmação que você fez, que traz a idéia de qual é o significado do termo para a maioria das pessoas.

Por favor Gil, eu não afirmei nada, quem afirmou isso foi o Sagan - um cético que pelo jeito considerava o sentido literal das palavras ou talvez na época ainda não tivessem dividido o atéismo em fraco e forte.

Particularmente, concordo com a lógica do texto, mas sou mais maleável. Penso que tanto o ateu quanto o teísta podem ser céticos desde que não misturem o que acreditam com o que descutem.

Para falar a verdade, até bem pouco tempo eu desconhecia a divisão do ateísmo, e tinha em mente apenas o sentido literal da palavra. Confesso que achei estranho, já que os fundamentos do ateísmo sugerem que não seja um movimento ou seita, mas apenas uma expressão que designa o estado de crença de uma pessoa - a negação. Como não sei quem, como, quando ou porquê fez essa divisão, não questionei, mas talvez seja uma boa questão.

Carl Sagan era humano, falível, disposto a mudar de opinião (exceto em relação a vida após a morte e deuses em geral, como pode ser lido em "Bilhões e Bilhões") e a reconhecer seus erros. Acho que isso é uma lição mais importante dele do que se ater a trechos de livros mais antigos.

Luz

  • Visitante
Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #196 Online: 17 de Julho de 2006, 14:22:32 »
A isto chamamos pré-conceito ou estereótipo. Uma das coisas que tentamos quebrar com participações em fóruns por aí.

Citar
Atheist, trabalhar em cima do significado de uma palavra não é pré-conceito é conceito. Pré-conceito é fazer um conceito sem conhecimento prévio.

Se o ateísmo não é uma seita, uma organização ou uma instituição, que possui representatividade, mas apenas uma expressão que designa o estado de crença de uma pessoa com relação a existência de deus ou deuses, não vejo o porquê das divisões da palavra, uma vez que o significado da palavra e o que ela representa é bastante claro.

Aliás, talvez possa me responder: sendo o ateísmo apenas uma expressão e não uma instituição representativa, como pode ter divisoões e quem estipulou essas divisões?

Não se trata de um pré-conceito, de um julgamento, muito menos de uma acusação infundada contra o direito que o ateu tem de sê-lo, trata-se apenas da definição do que significa ser ateu.

Postando o texto não tive qualquer intenção de julgar o ateu ou suas razões para sê-lo, minha pretensão foi elucidar um equívoco constamente ocorrido nas dscussões (segundo a lógica apresentada pelo texto): muitos dos que se dizem ateus não o são de fato no sentido "literal" da palavra e os que de fato são, geralmente invertem erroneamente o ônus da prova, quando deveriam ser eles a justificar a certeza que a palavra transmite ao se intitularem ateus.


Carl Sagan era humano, falível, disposto a mudar de opinião (exceto em relação a vida após a morte e deuses em geral, como pode ser lido em "Bilhões e Bilhões") e a reconhecer seus erros. Acho que isso é uma lição mais importante dele do que se ater a trechos de livros mais antigos.

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Penso que todos concordamos com a falibilidade de Sagan. E que pelo menos alguns, como eu e você, admiramos a capacidade de mudar de opinião e reconhecer os próprios erros, que ele tantas vezes demonstrou. E mais que isso, o reconhecimento das próprias limitações e do fato de que tanto as antigas como as novas opiniões estão sujeitas à mesma falibilidade.

O fato é que aqui, no tópico, nem o ateísmo e nem a falibilidade de Carl Sagan estão em questão, mas apenas um texto escrito por ele que trata da incompatibilidade do ateísmo com o ceticismo, independente da opinião que ela possa ter vindo a desenvolver depois disso.

O novo não substitui o velho pelo simples fato de ser novo, mas por apresentar uma nova lógica que substitua a antiga. Não é a idade do texto ou o que foi escrito depois que conta, mas a lógica que esse texto apresenta e as possibilidades de quebrar essa lógica.

Só para dar um exemplo, a Relatividade Geral de Einstein é bem mais antiga que o texto, mas ainda é uma nova realidade até que surja uma Teoria que possa substituir sua lógica. As definições dessa Relatividade Geral levaram a conclusões calculáveis que o próprio Einstein discordou até o fim de sua vida, como as implicações na Física Quântica, acontece que suas opiniões não prevalesceram sobre sua própria lógica.

O que está em questão não é a falibilidade de Sagan ou sua autoridade, mas "apenas" a lógica de um texto escrito por ele, independente de quando ou porque foi escrito. É somente a lógica que precisa ser quebrada, feito isso, papo encerrado. Se postei o texto aqui, foi porque sozinha não consegui quebrar essa lógica, que na minha opinião é uma visão inusitada, levando em conta o fato do próprio Sagan ser ateu, cético e cientista na época em que escreveu o texto, segundo todos no fórum afirmam. Estou lendo os livros dele, pretendo ler todos, ainda não encontrei o trecho em que ele se intutulasse ateu, mas estou partindo do pressuposto que quem faz essas afirmações já tenha lido. E se não afirmo é apenas por não ter lido ainda, não estou duvidando da palavra de ninguém.
« Última modificação: 17 de Julho de 2006, 15:15:04 por Luz »

Offline CoqueiroVermelho

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #197 Online: 17 de Julho de 2006, 21:43:22 »

Acredito que cada pessoa com sua experiência de vida, tem sua afirmação pessoal sobre Jesus ter nascido, vivido, morrido e rescuscitado, eu tenho certeza disto.
Provas?!?!? :sleepy:
E concordo que quase todos os ateus são extremamente agressivos nas suas respostas, isso na ciência da psicologia tem explicação, quando dizem "merda" sobre coisas que não os interessa ou não acredita, para hostentarem sua fria certeza com provas mutantes.

Ptz! Essa nem da pra comentar.
:histeria:
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:::------> Mas a questão sobre a existência de Deus está mais em acreditar do que descobrir<------:::
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-Embora temos provas ciêntificas mais que suficientes pra provar a existência de Deus, e sua obra divina sobre cada ser humano -  VEJA O QUE DIZ ESTE SITE.

http://www.suaescolha.com/features/isthere.html

VEJA ESTE SITE ...

http://www.montfort.org.br/secao=veritas&subsecao=ciencia&artigo=darwin_aposentado&lang=bra

VEJA ESTE TAMBÉM.
http://www.rcgg.ufrgs.br/extensao1.htm
aqui vem a parte engracada notem as fontes
bem a primeira fonte parei de ler quando vir isso
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Pesquisas antropológicas atuais indicam que entre os povos primitivos mais distantes e remotos, existe uma crença universal em Deus. E, nas primeiras lendas e histórias dos povos de todo o mundo, o conceito original era de um único Deus, o qual foi o Criador. Um Deus altíssimo e original parece ter, uma vez, estado em suas consciências, mesmo naquelas sociedades que hoje se apresentam politeístas.
Ate ai tudo bem já tava virando cristão, ora se as pessoas da idade da pedra do mundo inteiro acreditavam na felicidade divina do deus cristão todos juntos na crença universal, mais ai eu acordei tem algo faltando ai não? A sim as fontes das pesquisas dã ou será que não existe de fato a tal pesquisa?

Bem a segunda fonte é simplesmente avacalhação gratuita de Darwin mais nada sobre prova do fictício deus

A terceira tem uma serie de erros com direito a oração gratuita e testemunho de Max Planck amém!  Mais vou por so esse quote pra vocês terem uma idéia do texto
 
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Reinos e Seus Espíritos

 

Reino Mineral:
# No reino mineral o espírito se manifesta como "poder de atração".

Reino Vegetal:
# No reino vegetal o espírito se manifesta como "poder do crescimento".

Reino Animal:
# No reino vegetal o espírito se manifesta como "poder da percepção dos sentidos".

Reino Humano:
# No reino humano lhe são dados diferentes nomes de acordo com as condições diferentes nas quais se manifesta como "alma, mente, espírito humano".

Reino Divino

A realidade absoluta, uma realidade ilimitada. Ela é exaltada acima de todas as mentes e compreensões.
E pra variar o cara não prova nada sobre a existencia dos tais "reinos dos espiritos" simplesmente Poe lá.
...

Offline Diegojaf

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #198 Online: 17 de Julho de 2006, 21:52:43 »
Coqueiro, Teo já foi banido... nem adianta refutar esses Copy/Paste desses caras... :lol:
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline CoqueiroVermelho

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Re: Nas palavras de Carl Sagan!
« Resposta #199 Online: 17 de Julho de 2006, 22:02:14 »
off: Nossa a moderação é rápida nem da pra se diverti com as refutações teistas X-D
...

 

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