Autor Tópico: Gosta de Israel?  (Lida 13028 vezes)

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Offline Diegojaf

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #150 Online: 02 de Agosto de 2006, 22:20:30 »
faz assim, procura a constituição inglesa e eu te dou um doce se a achar...

Hehehe... golpe baixo... :lol:

Se não me engano, a Constituição Israelense é o antigo testamento...
Eles não têm uma constituição nos nossos moldes...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

http://umzumbipordia.blogspot.com - Porque a natureza te odeia e a epidemia zumbi é só a cereja no topo do delicioso sundae de horror que é a vida.

Offline Rodion

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #151 Online: 02 de Agosto de 2006, 22:49:40 »
então, postei o link, diego...

são "leis básicas", não sei tiradas de onde.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Diegojaf

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #152 Online: 02 de Agosto de 2006, 22:57:53 »
então, postei o link, diego...

são "leis básicas", não sei tiradas de onde.

Não achei o link, me repassa... :ok:

Nossa... a justiça deles deve ser absurdamente diferente da nossa... sem constituição como será que eles argumentam que o Estado está abusando ou negligenciando em uma determinada matéria?

Estudei em História do Direito que o antigo testamento dava os direcionamentos que eles deviam seguir com relação à lei...

Mas não sei como isso cabe na sociedade moderna...
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Offline Rodion

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #153 Online: 02 de Agosto de 2006, 23:03:25 »
http://www.onestatesolution.org/iconst.html
o que achei interessante foi que não há uma suprema corte; quem decide questões assim é o knesset (parlamento).
Citar
When it enacts Basic Laws, the Knesset functions in its role as constitutional authority rather than legislative authority.
isso é, se entendi direito.

claro que as leis básicas não tratam de tantos assunto como a nossa constituição. as emendas constitucionais dos norte-americanos também não.. nem o que se pode chamar de constituição inglesa.
« Última modificação: 02 de Agosto de 2006, 23:04:57 por Bruno »
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Offline Tetsuo

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #154 Online: 02 de Agosto de 2006, 23:55:38 »
o que esses palestinos têm a ver com a história?

http://www.arabmediawatch.com/amw/CountryBackgrounds/Lebanon/LebaneseprisonersinIsrael/tabid/321/Default.aspx

Citar
A major prisoner swap took place on 29 January 2004 in a German-brokered deal in which 23 Lebanese nationals were released to Hezbollah in exchange for a reservist colonel and the bodies of three Israeli soldiers. Also included in the deal were Arabs of other nationalities and 400 Palestinians.

Offline N3RD

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #155 Online: 03 de Agosto de 2006, 00:17:35 »
To nem ai pra Israel. que eles se expludam por lá. Os americanos devem pensar o mesmo quando vêm as noticias da "guerra civil diária" daqui.
Não deseje.

Offline Sr. Alguém

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #156 Online: 03 de Agosto de 2006, 07:39:18 »
To nem ai pra Israel. que eles se expludam por lá. Os americanos devem pensar o mesmo quando vêm as noticias da "guerra civil diária" daqui.

  Como diz o refrão da música cantada por um soldado americano no filme Farenheit 9/11 : "Burn, motherfucker, burn!".
Se você acha que sua crença é baseada na razão, você a defenderá com argumentos e não pela força e renunciará a ela se seus argumentos se mostrarem inválidos. (Bertrand Russell)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo_secular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_social

Offline Rodion

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #157 Online: 03 de Agosto de 2006, 21:44:46 »
sobre os observadores da onu mortos na história... uma outra perspectiva;

http://hedgehogcentral.blogspot.com/2006/07/la-times-fails-to-tell-full-story.html

alguns trechos que merecem destaque;

Asked about UN head Kofi Annan’s statement suggesting Israel had targeted the outpost, Harper said: “I certainly doubt that to be the case.”
stephen harper, primeiro ministro canadense. (um dos observadores era canadense).

But there is still more information from Little Green Footballs that the Times did not think you needed to know. As noted above, the Times story included a statement by an unnamed "senior UN official" that the nearest Hezbollah position to the UN post was more than 3 miles away. However, the Canandian Broadcasting Company interviewed Retired Retired Canadian Major General Lewis Mackenzie, who had been in e-mail communication with the slain Canadian peacekeeper in the days prior to his death. General Mackenzie told the CBC:

    We received emails from him a few days ago, and he was describing the fact that he was taking fire within, in one case, three meters of his position for tactical necessity, not being targeted. Now that’s veiled speech in the military. What he was telling us was Hezbollah soldiers were all over his position and the IDF were targeting them. And that’s a favorite trick by people who don’t have representation in the UN. They use the UN as shields knowing that they can’t be punished for it.


interessante?

It was also reported that Hezbollah fired from the vicinity of four UN positions at Alma ash Shab, Tibnin, Brashit, and At Tiri. All UNIFIL positions remain occupied and maintained by the troops.

alguém lembra-se de ter visto algo no estadao ou na folha sobre isso?
ah, imaginava que não mesmo...
« Última modificação: 03 de Agosto de 2006, 21:46:38 por Bruno »
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Offline n/a

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #158 Online: 05 de Agosto de 2006, 15:53:18 »
Vcs segurem a barra, porque os judeus não são o comando militar de Israel, e tem muita gente que não aprova essa política.

Mas, antes de tudo, os libaneses não são o Hizbollah. O Líbano é CRISTÃO! O melhor vinho e as mulheres mais gatas de todo o oriente médio. E, além disso, é de onde eu vim. É um país para amar, não pra ficar no meio do tiroteio. :/

Tem uma capa da VEJA que mostra uma libanesa, cara, até hoje essa mulher não saiu da minha cabeça...  Huahuahuahuahua
Já sobre o vinho, quem sabe você manda uma garrafinha pra cá!

Se é a que estou pensando, é bonita mesmo.
« Última modificação: 05 de Agosto de 2006, 15:57:04 por Ricardo M »

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #159 Online: 05 de Agosto de 2006, 15:58:19 »

Offline Guinevere

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #160 Online: 05 de Agosto de 2006, 16:42:08 »
* Guinevere sente um troço e acha que se apaixonou de novo

Marcelo

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #161 Online: 08 de Agosto de 2006, 16:58:28 »
Acho q ambos os lados - Palestina e Israel - estão ridiculamente errados e sem razão.
Só tenho uma pequena dúvida: se o tal do YHWH já fez tanto pelo povo de Israel no passado ajudando-os em vários conflitos e guerras, segundo a sua sagrada Torá, inclusive derrubando muralhas de cidades (como as de Jericó), engolindo o exército egípcio nas águas do mar vermelho etc., pq é q ele não acaba com isto logo e mata os palestinos de uma vez e dá as terras de presente pros judeus, como fez com Canaã? Afinal, um povo q nem exército propriamente dito tem, não seria coisa muito difícil para um deus tão poderoso como o deus judeu! Ou será que Jeová está com medo de Allá? Ou então Allá e Jeová são o mesmo deus, e ele não interfere na briga para não dizerem que ele é parcial com os seus amados adoradores!

Offline Spitfire

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #162 Online: 08 de Agosto de 2006, 17:14:05 »

Israel não tem opção. Contra inimigos brutais, como são os grupos terroristas -- que, cabe lembrar uma vez mais, visam quase sempre civis em seus ataques e se escondem em meio à população palestina e libanesa --, não há o que fazer além de ser tão ou mais brutal que eles.

Como assim, "não tem opção"? Daonde você tirou isto? Conheces alguma coisinha de estratégia e técnicas militares?

Opções existem... o que não existe é vontade de aplica-las.

Offline Rodion

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #163 Online: 08 de Agosto de 2006, 17:26:35 »
olha, spit, eu sou realmente cético quanto à facilidade de se fazer incisões cirúrgicas pra acabar com o terrorismo.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Roberto

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #164 Online: 08 de Agosto de 2006, 17:31:26 »
Como assim, "não tem opção"? Daonde você tirou isto? Conheces alguma coisinha de estratégia e técnicas militares?

Não. Conheço de História. E não é uma coisinha, é muito.

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Opções existem... o que não existe é vontade de aplica-las.

Por exemplo...?
« Última modificação: 08 de Agosto de 2006, 17:34:18 por Roberto »
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Offline CoqueiroVermelho

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #165 Online: 08 de Agosto de 2006, 17:33:58 »
A sei para combater o terrorismo é com terrorismo tambem... Brilhante ideia essa de Israel, não sei por que os Árabes estão se segurando tanto, por que vontade sabe-se que eles têm de sobra pra destruir esse estado terrorista.
...

Offline Roberto

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #166 Online: 08 de Agosto de 2006, 17:35:35 »
A sei para combater o terrorismo é com terrorismo tambem... Brilhante ideia essa de Israel, não sei por que os Árabes estão se segurando tanto, por que vontade sabe-se que eles têm de sobra pra destruir esse estado terrorista.

Não vou nem entrar no mérito do uso equivocado do termo terrorismo no caso. Só quero saber de você o seguinte: o que sugere?
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Offline Rodion

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #167 Online: 08 de Agosto de 2006, 17:56:08 »
roberto, uma coisa que tenho notado é a tentativa de perverter o significado da palavra "terrorismo" por parte da esquerda.

se quiserem argumentar que "terrorismo" é comportamento que causa terror, ok, mas restringiriam o campo de incisão da palavra. bombardeios israelenses causam, afinal, medo e terror na população libanesa. isso [a abrangência do significado] só pode ser feito, é claro, com o intento de que a palavra, com uma carga negativa, atribua também um significado igualmente hediondo às ações de israel.
por que discordo disso?
ora, a palavra só adquiriu o significado que tem por ter sido, a princípio, usada pra designar os verdadeiros terroristas, covardes que se escondiam no meio de civis, sequestravam aviões e não tinham a quem responder pelo crimes, por não terem existência legal. se guerra é condenável, terrorismo é mais ainda, pela gritante covardia.
o que israel faz é ato de guerra. chamar de terrorismo só daria mais abrangência à palavra, equiparando-a a 'fazer guerra', e tornando-a, afinal, inútil. a palavra só é útil enquanto mantém seu significado específico.

e, queiram ou não, não se pode equiparar as agressões israelenses às do hezbollah ou do hamas. por um motivo muito simples; quando israel bombardeia qana, enfrenta a fúria da opinião pública mundial, e, como tem existência legal, bate de peito contra a comunidade internacional. quando o hezbollah explode um bolinho de civis, em sua homenagem são largados ao vento palavras de repúdio pelo mundo inteiro, sem responsabilizar ninguém. se sai uma resolução da onu prescrevendo ao governo libanês que dê um fim no hezbollah, o que acontece? nada. simplesmente não há a quem punir, diferentemente do caso israelense.
logo, o [verdadeiro] terrorismo é muito mais covarde e merecedor de repúdio do que as ações retaliantes israelenses.
« Última modificação: 08 de Agosto de 2006, 18:00:01 por Bruno »
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline CoqueiroVermelho

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #168 Online: 08 de Agosto de 2006, 17:57:01 »
A sei para combater o terrorismo é com terrorismo tambem... Brilhante ideia essa de Israel, não sei por que os Árabes estão se segurando tanto, por que vontade sabe-se que eles têm de sobra pra destruir esse estado terrorista.

Não vou nem entrar no mérito do uso equivocado do termo terrorismo no caso. Só quero saber de você o seguinte: o que sugere?
Terrorismo sim, pois uma coisa é declarar guerra a um pais e atacar militares e autoridades, outra é matar cidadãos comuns, ou seja, (no caso) uma coisa é atacar o governo e o exercito do Líbano outra é atacar o povo libanês indiscriminadamente. Gostaria de responder a questão mais como o circo já esta armado apenas à retirada das tropas de Israel do Líbano para começar.
...

Offline Vinícius Garcia

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #169 Online: 08 de Agosto de 2006, 22:45:26 »
roberto, uma coisa que tenho notado é a tentativa de perverter o significado da palavra "terrorismo" por parte da esquerda.

se quiserem argumentar que "terrorismo" é comportamento que causa terror, ok, mas restringiriam o campo de incisão da palavra. bombardeios israelenses causam, afinal, medo e terror na população libanesa. isso [a abrangência do significado] só pode ser feito, é claro, com o intento de que a palavra, com uma carga negativa, atribua também um significado igualmente hediondo às ações de israel.
por que discordo disso?
ora, a palavra só adquiriu o significado que tem por ter sido, a princípio, usada pra designar os verdadeiros terroristas, covardes que se escondiam no meio de civis, sequestravam aviões e não tinham a quem responder pelo crimes, por não terem existência legal. se guerra é condenável, terrorismo é mais ainda, pela gritante covardia.
o que israel faz é ato de guerra. chamar de terrorismo só daria mais abrangência à palavra, equiparando-a a 'fazer guerra', e tornando-a, afinal, inútil. a palavra só é útil enquanto mantém seu significado específico.

e, queiram ou não, não se pode equiparar as agressões israelenses às do hezbollah ou do hamas. por um motivo muito simples; quando israel bombardeia qana, enfrenta a fúria da opinião pública mundial, e, como tem existência legal, bate de peito contra a comunidade internacional. quando o hezbollah explode um bolinho de civis, em sua homenagem são largados ao vento palavras de repúdio pelo mundo inteiro, sem responsabilizar ninguém. se sai uma resolução da onu prescrevendo ao governo libanês que dê um fim no hezbollah, o que acontece? nada. simplesmente não há a quem punir, diferentemente do caso israelense.
logo, o [verdadeiro] terrorismo é muito mais covarde e merecedor de repúdio do que as ações retaliantes israelenses.



Bruno, concordo com você quanto à inexatidão do termo Terrorismo. Os bombardeios israelenses sobre a população civil libanesa seriam melhor tipificados como Terrorismo de Estado.
Conceitos, conceitos, conceitos...
Enquanto isso, Israel prossegue com sua covardia.
Quanto à falta de ação dos dirigentes libaneses no que se refere ao controle do Hezbolah, copio e colo um comentário meu de dias atrás:

"A atitude de Israel é comparável à demolição da casa do vizinho para acabar com a ameaça de leptospirose trazida por ratos inoportunos dela provenientes. A leptospirose é uma doença perigosa, pode matar. O Hezbolah também. Nem por isso um vizinho que não tenha condições de pagar o alto preço cobrado por uma desratização deve ser morto ou despejado. Se o Líbano foi omisso no combate ao Hezbolah, teve razões para tanto. Lembremos o fato de que a maior parte da cidade de Beirute foi recém construída, que esta mesma cidade ressurgiu dos escombros de uma guerra civil que durou quinze (!) anos. Para que as atividades do Hezbolah fossem controladas, o governo libanês se arriscaria a levar o país novamente ao caos da guerra entre falanges cristãs maronitas, apoiadas por Israel, e grupos armados sunitas, reforçados por tropas sírias e pelo próprio Hezbolah, xiita. Coloque-se no lugar desses dirigentes libaneses, responsáveis não apenas pela reconstrução material de seu país, mas também pela reconciliação de uma nação esfacelada por anos de batalhas urbanas. Se o tolerante Hariri foi assassinado, mesmo após o fim de seu mandato, imagine-se então o que seria de dirigentes que se mostrassem intransigentes com os radicais."
« Última modificação: 09 de Agosto de 2006, 20:03:40 por Vinícius Garcia »
A VERDADE ESTÁ NAS ENTRELINHAS

Offline Vinícius Garcia

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #170 Online: 08 de Agosto de 2006, 22:58:40 »
Não concordo com os métodos terroristas dos palestinos, mas entendo o ódio que os motiva. Imagine você saber que seu pai ou avô era um comerciante rico na Jerusalém dos anos 30 ou 40, e que, após 1947, perdeu tudo e foi obrigado a levar uma vida de refugiado, em acampamentos de lona, sem saneamento básico, etc.
É uma ferida ainda muito recente para esses descendentes dos que tiveram casas e posses confiscadas (roubadas) e/ou destruídas. Imagino que eu também odiaria Israel se acontecesse comigo. Felizmente, meu bisavô veio do Líbano para o Brasil em 1915, portanto, antes do desfecho desses tristes acontecimentos. Sou brasileiro, não tenho nenhum contato com a cultura árabe (exceto a culinária, que adoro), mas me compadeço profundamente dessas pessoas que estão sofrendo inocentemente no Líbano. Meu bisavô, por ser árabe cristão, odiava os árabes muçulmanos. Como se vê, o ódio não é coisa nova por aquelas bandas.
Israel tem se comportado como um Estado insano. Defender-se é um direito de qualquer povo ou nação. Destruir famílias inteiras, toda a infra-estrutura de um país não.
O Hezbolah faz tão mal ao Líbano quanto a Israel. O Líbano enfrentou duas sangrentas e longas guerras civis. É natural que hoje as pessoas mais tolerantes queiram evitar um embate com os radicais. Tentam dialogar, o único caminho possível para a paz e o entendimento.
O que o governo israelense deveria reconhecer é que estão destruindo o Líbano pela segunda vez. A primeira, ao permitir e incentivar que milhares de refugiados palestinos rumassem ao norte, como que passando seu problema adiante (uma hora ele retornaria, já era sabido). A segunda, com esses bombardeios covardes que atingem a população civil e a infra-estrutura libanesa.
Enquanto o governo libanês tentava lidar com a questão dos refugiados em seu território, Israel, financiado pelos EUA, investia pesadamente em seu exército e tecnologias bélicas. Se todo esse dinheiro, investido em armas, muros e prisões, tivesse sido usado no pagamento de indenizações justas ao povo palestino, é bem provável que não houvesse um conflito tão arraigado atualmente.
Numa comparação delirante, porém sugestiva, imaginem que um povo indígena, originário do território uruguaio atual, resolvesse, numa guerra, criar um país para si encravado entre Argentina, Brasil e Paraguai. Muitos refugiados uruguaios fugiriam para o Brasil, outros para a Argentina, e alguns tantos para o Paraguai. Será que esses países teriam a obrigação de conter o ódio uruguaio em seu território? Será que tentariam reverter a situação, iniciando uma guerra de retomada? Como a economia reagiria? Questões como estas se apresentaram aos países árabes após a criação do estado de Israel. O exercício da empatia é necessário para que analisemos com justiça a questão dos palestinos e dos países do Oriente Médio que foram afetados pela ocupação israelense. Colocar-se no lugar do outro, enxergar com seus olhos. Só assim poderá haver paz e justiça.
O Líbano está sofrendo por algo que não lhe pertence. A atuação de radicais palestinos em território libanês, reforçada pela população xiita, não trouxe nenhum ganho para o Líbano, apenas perdas. E que perdas! Uma coisa é certa: os libaneses não são o Hezbolah. Merecem um pedido de perdão pela desestabilização de seu país, não bombardeios indiscriminados.             
A VERDADE ESTÁ NAS ENTRELINHAS

Offline Rodion

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #171 Online: 09 de Agosto de 2006, 00:32:33 »
Citar
Não concordo com os métodos terroristas dos palestinos, mas entendo o ódio que os motiva. Imagine você saber que seu pai ou avô era um comerciante rico na Jerusalém dos anos 30 ou 40, e que, após 1947, perdeu tudo e foi obrigado a levar uma vida de refugiado, em acampamentos de lona, sem saneamento básico, etc.
falta-lhes autocrítica, então. que examinem a própria história.
dois pontos;
1. a presença dos judeus na região trouxe riqueza e progresso, motivando um intenso fluxo migracional de árabes para a região em busca das oportunidades proporcionadas pelos judeus.
2. é incontestável que quem começou a guerra foram os próprios árabes. voltando ao ponto anterior, boa parte dos hoje refugiados não eram sequer provenientes da região, que, afinal, nunca teve um Estado autônomo até 1947.

Citar
O Hezbolah faz tão mal ao Líbano quanto a Israel. O Líbano enfrentou duas sangrentas e longas guerras civis. É natural que hoje as pessoas mais tolerantes queiram evitar um embate com os radicais. Tentam dialogar, o único caminho possível para a paz e o entendimento.
tenho minhas dúvidas. às vezes, talvez o único caminho possível seja o de agir pelo ditado, sic vis pacem, para bellum.

Citar
Enquanto o governo libanês tentava lidar com a questão dos refugiados em seu território, Israel, financiado pelos EUA, investia pesadamente em seu exército e tecnologias bélicas. Se todo esse dinheiro, investido em armas, muros e prisões, tivesse sido usado no pagamento de indenizações justas ao povo palestino, é bem provável que não houvesse um conflito tão arraigado atualmente.
duvido. nem o hamas e nem o hezbollah pedem por 'indenizações justas', mas simplesmente pelo fim do estado sionista. e pronto.
lembra-se de quando israel retirou-se unilateralmente da faixa de gaza? o ato foi até mesmo visto com desconfiança tanto pelos palestinos (o que com algum esforço até entende-se, são ainda uns bárbaros) quanto por vários setores da mídia internacional.
nada encorajador para o diálogo, hein?
ademais, sempre houve e sempre haverá radicais, de ambos os lados. que eu saiba, os palestinos até hoje nunca afundaram altalena nenhum. se não há, por parte deles, pelo menos alguma boa vontade em conter radicalismos, então..?

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O Líbano está sofrendo por algo que não lhe pertence. A atuação de radicais palestinos em território libanês, reforçada pela população xiita, não trouxe nenhum ganho para o Líbano, apenas perdas. E que perdas! Uma coisa é certa: os libaneses não são o Hezbolah. Merecem um pedido de perdão pela desestabilização de seu país, não bombardeios indiscriminados.

que o líbano sofre, é vero. o que fazer se o fraco governo não toma conta da própria mulher?
israel deveria mesmo bombardear damasco, mas se os katyushas já estão fazendo estrago, dá até medo de pensar o que poderia ser uma represália síria.
« Última modificação: 09 de Agosto de 2006, 00:34:31 por Bruno »
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Marcelo

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #172 Online: 09 de Agosto de 2006, 01:02:00 »
Tudo devido à diáspora dos judeus, demonstrando, na época, a sua fraca união como nação e sua incapacidade de defender o seu próprio território, como os árabes fazem a todo custo sem arredar pé. Não que eu defenda o uso de ataques terroristas, os árabes estão errados em muitas coisas também.
Mas tudo começou após a I Guerra Mundial, com a idéia idiota da Inglaterra em liderar um esforço para colocar os judeus no meio dos mulçumanos e árabes, onde já estavam acomodados a  muito tempo.
Depois a ONU, após a II Guerra Mundial, que não interveio firmemente no objetivo de  estabelecer um projeto amigável e justo na divisão das terras. A ONU abandonou a região, após algumas fracas tentativas, e os judeus proclamaram a criação do Estado de Israel, o que a liga árabe não gostou nem um pouquinho, com toda a razão.
O maior problema que vejo neste conflito é o peso religioso. Como existe o combustível inesgotável da religião neste conflito, as coisas nunca se resolvem, pois ambos os lados se consideram não só lutando por território e reconhecimento como nação, mas também como guerreiros espirituais, lutando por algo sagrado e transcendental às coisas terrenas.

Pug2

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #173 Online: 09 de Agosto de 2006, 05:10:03 »
A Palestina era uma realidade, uma provincia dentro de um império e não era despovoada como dizia o fundador do sionismo.
Estão documentadas as acções de limpeza étnica perpretadas pelo auto-proclamado estado de Israel.
Deir Yassin é o caso mais conhecido, serviu de exemplo por parte dos judeus para mostrarem o que acontece a quem não partir.




E sobre a retirada da faixa de Gaza What Are They Fighting For?

Os nazis também deixaram os judeus livres dentro do gueto de Varsóvia!
Hoje não os transportam para as camaras, não precisam, usam um metodo mais discreto para o exterminio.
Quando um Dov Weisglass, conselheiro do primeiro ministro diz : "A ideia é colocar os palestinos numa dieta"
Para mim quer dizer muita coisa.
Afinal, o"mundo sabe" que se tratam de selvagens terroristas mesmo.
Outra táctica muito a gosto dos nazis era a punição colectiva...

Dizem-nos que o rapto do soldado junto a Gaza foi a gota de água, porque esquecem que um dia antes foi Israel quem entrou em gaza e raptou Palestinos?

resoluções 194, 242 estão por cumprir, entre outras tantas que o estado acima da lei não respeita.






A politica israelita já foi definida faz muito tempo e não mudou de um iota sequer.

"Devemos expulsar os árabes e ocupar o seu lugar." (David Ben Gurion, ex-primeiro ministro pelo Partido Trabalhador, 1937).

"Não existe uma coisa tal como povo palestino. … eles não existem ..." (Golda Meir, ex-primeira ministra pelo Partido Trabalhador).

"Israel criará nos próximos 10 ou 20 anos condições que obrigarão a imigração natural e voluntária dos refugiados desde a faixa de Gaza e Cisjordânia a Jordania." (Isaac Rabin, ex-primeiro ministro por el partido Trabalhador).

Prefiro defender uma política positiva, para criar, na verdade, condições que, numa forma positiva, induzam esta gente a ir-se." (Ariel Sharon, 24 de Agosto de 1988).

"A partilha de Palestina é ilegal. Nunca será reconhecida … Eretz Israel será restituido ao povo de Israel. Todo ele. E para sempre." (Menagem Begin, ex-primero ministro pelo Partido Likud).

"… creio, no eterno e histórico direito de nosso povo a toda esta terra." (Ehud Olmert, primeiro ministro israelita, no Congreso dos ESTADOS UNIDOS, em Junho de 2006).

Isaac Rabin, o primeiro ministro que terá concluído que já seria demais teve o final conhecido.
Um rabino concluiu que um traidor deveria morrer, assinou a autorização e alguém concretizou o acto.


 sic vis pacem, para bellum

Expressa bem a fundação de Israel, era óbvio que nenhum povo está disponível para oferecer as suas terras a estrangeiros europeus.
Israel não pretende a paz, nunca o pretendeu, somente quer concluir o que iniciou, usando dos mesmos metodos...

É minha convicção que se Israel não mudar de politica não poderá/conseguirá subsistir.
O tempo é neste momento o único aliado da justiça.


Nota: os Palestinianos não são somente muçulmanos, incluem cristãos, fazem inclusivo parte dos grupos dos resistentes.
Não irei participar mais neste tópico.

Offline Roberto

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Re: Gosta de Israel?
« Resposta #174 Online: 09 de Agosto de 2006, 09:11:15 »
Terrorismo sim, pois uma coisa é declarar guerra a um pais e atacar militares e autoridades, outra é matar cidadãos comuns, ou seja, (no caso) uma coisa é atacar o governo e o exercito do Líbano outra é atacar o povo libanês indiscriminadamente. Gostaria de responder a questão mais como o circo já esta armado apenas à retirada das tropas de Israel do Líbano para começar.

Israel, até onde sei, não está em guerra com o Líbano. Está em guerra contra um grupo de guerrilheiros sediado no Líbano, o Hizbollah. O povo libanês não está sendo atacado "indiscriminadamente". Se estivesse, a contagem de mortos estaria na dezena de milhares, e não chegou, novamente até onde sei, sequer ao primeiro milhar.
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

 

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