Leia com atenção o que escrevi:
" A criação de além-mundos não seria muito grave se seu preço não fosse tão alto: o esquecimento do real, portanto a condenável negligência do único mundo que existe. Enquanto a crença indispõe com imanência, portanto com o eu, o ateísmo reconcilia com a terra, outro nome da vida"
(Michel Onfray)
O grande problema da invenção de Deus é justamente a morte da vida
Bela citação. Eu também acrescentaria um aspecto, digamos, estético, presente em todas as diversas cosmogonias religiosas: a pobreza de imaginação. Nenhum texto sagrado jamais conseguiu
um feito de imaginação comparável aos obtidos através da ciência: a dupla hélice do DNA, a
estrutura das galáxias espirais, a graça predatória dos oviraptores, a elegância das equações de Maxwell, a tabela periódica, etc. etc. Comparado ao mundo real, os mundos de fantasia dos teístas, com suas 72 houris, seus santos chorosos e seus deuses azuis de quatro braços, tornam-se pobres e ridículos.
Portanto, se por Deus, entendermos os deuses dos livros sagrados das religiões do mundo, a resposta
é aquela do Dawkins: quase certamente não.
Claro, é possível sempre se refugiar no deísmo ou no panteísmo. Mas porque essa necessidade
de se acreditar em algo para o qual não existe evidência alguma e, relacionado com isso,
acreditar que esses seres são benevolentes, e não uns Cthulhus quaisquer?
Pobreza imaginativa?!
Este foi a mais arrogante opinião que já ouvi na Vida.
Caro Dr. Manhattan, por caso conhece a história da Matemática? Como ela foi concebida? E para que? Já ouviu falar no número áureo?
Se você falasse que a filosofia foi criada para "combater" o dogmatismo religioso, tudo bem. Isto é verdade, mas dizer que a Ciência é única e melhor fonte criativa. Desculpe, mas discordo de você. Posso citar inúmeras fontes históricas onde a imaginação inconsciente ajudou nas descobertas científicas.
Porém, eu não devo alongar muito esta conversa pois sei que durar inúmeros posts e não terei tempo para pesquisar e mostrar para você. Entretanto, peço que estude um pouco de história e não cometa mais estas tolices que escreveu.
Se tem ódio da religião, ótimo. Mas não minta desse modo para argumentar dessa maneira...
Sinto muito, porém eu fiquei muito decepcionado com o que escreveu. Eu esperava mais de vocês.
Primeiro, leve seu espantalho pra casa. Eu
jamais afirmei que "a Ciência é
única e
melhor fonte criativa. " De onde você tirou isso? Além disso, e daí que a matemática (e a astronomia,
engenharia, etc.) tenha se desenvolvido por motivos religiosos? Essas áreas do conhecimento também
foram utilizadas para criar armas e nem por isso justificam guerras.
E arrogante? Eu?
Ou seriam as pessoas que afirmaram que o universo foi criado em função do homem?
Que a mulher foi criada a partir da costela do primeiro homem?
Que o ser onipotente-criador-do-universo adora o cheiro de carne assada?
Que um guerreiros hebreus da idade do bronze conseguiam parar o movimento da Terra tocando trombetas?
Que a morte de um carpinteiro judeu foi acompanhada por tremores de terra e por hordas de zumbis?
Que um profeta subiu aos céus no lombo de um jumento alado? Que os homens mortos terão 72 houris
no paraiso? Que o criador do universo fazia sexo, tinha filhos, e os devorou? Que seu filho teve uma filha
que saiu de sua cabeça? Que os seres divinos ficam irritadíssimos se as mulheres casarem com um homem
de casta inferior? Que o deus todo-poderoso, criador do universo, onipotente e oniciente, está profundamente preocupado com minha vida sexual?
Reitero: esse mitos antigos, comparados às belezas da natureza (especialmente as que
não são
citadas nos textos sagrados) carecem de imaginação.
Todas as grandes religiões atuais beseiam-se em certos textos sagrados e esses textos refletem os
medos e as preocupações dos homens daquela época. Se você prefere adotar uma versão mais, digamos,
sofisticada da religião, não tenho nada contra. Mas saiba que essa não é a versão original da sua religião.
A versão original é aquela, dos sacrifícios sangrentos, dos transes, dos deuses guerreiros e das deusas
da fertilidade. A sua é a religião de uma minoria, e uma minoria que não costuma se dar o trabalho de
denunciar a superstição que prospera nas versões mais "populares".
E pra terminar, me poupe de sua condescendência. Não dou a mínima se lhe causo decepcção.