Para o Adriano Deus é um mito. Logo, eu só posso dizer que Deus, tal como o Adriano O define, não existe. Eu poderia chamar essa entidade de Deusa, ou de Isso, ou mesmo usar minúsculas, mas se o faço da maneira tradicional judaico-cristã é por pura convenção (ou provocação, se quiser pensar assim)
Veja que classificou deus como uma entidade nesse parágrafo. O que seria essa entidade?
Eu já respondi o que penso de Deus e o que acho da questão sobre se Ele existe ou não, inclusive em tópicos anteriores. Não acho que seja necessário me repetir
Mas o buraco do Brasil não é o problema econômico, sempre foi uma economia de destaque. O buraco ainda con
Heim? Eu não escrevi isso.
O problema está quando confundimos o mapa (i.e. as leis físicas que descobrimos e expressamos através da matemática) com o território (i.e. a Realidade; a natureza última das coisas). Eu acredito que podemos, na melhor das hipóteses, construir isomorfismos que façam sentido num dado momento - decerto nunca afirmar que tal e tal fenômeno natural é ou deixa de ser tal e tal coisa.
Aqui você diz que devemos construir isomorfismos porém nunca afirmar sobre algo sobre algum fenômeno natural.
Epa lá! Leia direito o que eu escrevi.
Não disse que "nunca podemos afirmar algo sobre um fenômeno natural", mas que devemos ter em mente que o melhor que podemos fazer é construir isomorfismos que façam sentido num dado momento - leis físicas, que são passíveis de correção através do processo científico usual.
O problema é que algumas pessoas acreditam que as Leis Físicas São a VERDADE. Elas não são nada disso. Posso usar as definições usuais sobre a Gravidade, posso escolher usar a descrição newtoniana ou relativística conforme a necessidade do problema; mas essas descrições nada me dizem sobre a natureza última da Gravidade. Esse é todo o cerne do meu argumento sobre Deus.
Não entendi bem isso. Sugere que o isomorfismo é o adequado, mas a minha definição pode ser considerada isomorfica, atende a qualquer definição de deus conhecida. Afirmar ou negar é algo muito mais singelo do que propor algum isomorfismo sobre essa definição.
Você supõe que, por causa das recentes descobertas científicas, por causa da Navalha de Occam, etc., conclui que Deus não existe. Proposição:
Deus não deixou sinais claros de Sua existência. Logo, nego que Ele exista.
Perfeito até aqui? Ótimo. Você tem séculos de conhecimento científico do seu lado, e a segurança de saber que nenhuma prova física de Deus - o Deus judaico-cristão, presumo, embora possamos generalizar sua proposição para qualquer outra espécie de Deus - vai aparecer algum dia.
E se eu trocasse "nego que" por "prescindo de afirmar que", o que mudaria?
Decerto, pode-se dizer que isso é um preciosismo tolo, um apelo à uma falsa dúvida ou possibilidade da existência de Deus ou de quaisquer deuses. Você, é claro, é bem-vindo à sua opinião.
Eu proponho, entretanto, que a questão "Deus existe?" carece de parâmetros mínimos sequer para ser indagada, quanto mais respondida.
E a questão sobre se deus existe está na tentativa de validar esse conceito como sendo correspondente a um fenômeno natural ou a um fenômeno cultural. Não entendi o seu uso de fenômeno natural, está se referindo a deus?
Estou dizendo que cada um tem uma idéia diferente do que seja Deus e que não há consenso, embora algumas idéias sejam bem parecidas.
Estou dizendo que a pergunta "Deus existe?" é tão desprovida de sentido para mim que só posso respondê-la
caso a caso e apenas se eu souber de que Deus a outra pessoa está falando. Se nem mesmo ela souber, eu me recuso a responder.
A ousadia é afirmar que deus é um fenômeno cultural uma invenção humana. O que impede de dizer isso é o movimento politicamente correto no ceticismo, que determina que a negação de deus como um ser real é uma afirmação categórica.
Você tem total liberdade de achar que eu estou sendo politicamente correto. Prefiro pensar que estou convidando você a elaborar melhor os motivos de sua descrença
Tanto as suas formas de lidar com esse conceito e de expressar ele podem ser classificadas como categóricas como a de qualquer outra. Quem define isso?
Ué, você definiu. Não foi você quem escreveu a afirmação que Deus não existe e que não pode existir? Não há nada de errado em ser categórico. Especialmente se se assume como tal
Ser categórico não é ser dogmático, nem é não ter boas razões para ser categórico.