Espiritismo
Doutrina filosófica também espiritualista, mas que se diferencia das outras correntes filosóficas por Ter características bem definidas, a saber:
a – concepção tríplice do homem: Espírito – Perispírito – Corpo Físico;
b – sobrevivência do Espírito como individualidade;
c – continuidade da responsabilidade individual;
d – progressividade do Espírito dentro do processo evolutivo em todos os níveis da natureza;
e – comunicação mediúnica disciplinada voltada para o esclarecimento e a consolação de encarnados e desencarnados;
f – volta do Espírito à matéria (reencarnação) tantas vezes quantas necessárias para alcançar a perfeição relativa a que se destina, não admitindo, no entanto, a metempsicose, ou seja, a volta do Espírito no corpo de animal para pagar dívidas, como aceita o Hinduísmo. Conforme o Espiritismo, o Espírito não retroagrada;
g – ausência total de hierarquia sacerdotal;
h – abnegação na prática do bem, ou seja, não se dobra nada por esta ou aquela atividade espírita;
i – terminologia própria, como por exemplo, perispírito, Lei de Causa e Efeito, médium, Centro Espírita, e nunca corpo astral, karma, Exu, Orixá, "cavalo", "aparelho", "terreiro", "encosto", vocábulos utilizados por outras religiões e que não têm cabimento no meio espírita;
j – total ausência de culto material (imagens, altares, roupas especiais, oferendas, velas etc.);
l – na prática espírita não há batismo nem culto ou cerimônia para oficializar casamento;
m – respeito a todas as demais religiões, embora não incorpore a seu corpo doutrinário os princípios e rituais delas;
n – a moral espírita é a moral cristã: "Fazer ao próximo aquilo que dele se deseje".
Sobre religião:
Uma conduta moral, voltada para o bem e para o progresso do homem, não é uma "religião", in latu sensu.
A opinião acima[de ser religião] exposta, é auto refutável por natureza.
Afinal, se fôssemos adotar essa "opinião" como aceitável pelo senso comum, teríamos que aceitar que diversas Doutrinas, filosofias, e linhas de conduta que são embasadas na moral são "religião".
Isso é obviamente um equívoco.
Particularmente penso, que essa postura é corriqueira, e é gerada por uma imposição sócio cultural, que acaba por gerar uma "necessidade" de se ter uma religião.
Se torna uma relação de dependência com um sistema "inconsciente" e autômato.Essa dependência, pode ser denominada de atavismo religioso.
Sobre dogmas:
O que é um dogma?
do Lat. dogma < Gr. dogma, decisão, decreto
s. m.,
ponto fundamental e indiscutível de uma crença religiosa;
fig.,
proposição apresentada e aceite como incontestável e indiscutível.
Poderemos dizer sim, que o espiritismo tem dogmas de razão e não religiosos,de fé.
Temos pontos de vista,paradigmas natos,como a reencarnação,comunicabilidade dos espíritos,pluralidade dos munos habitados e etc... Dogmas de razão como por exemplo o dos mundos habitados,que mesmo a ciência ainda não o tenha comprovado,mas pela razão e probabilidade, cremos existir vida inteligente em outros planetas ,ainda mais com um universo deste tamanho.
Nossas questões não são imutáveis,indiscutíveis,desde que a ciência realmente comprove o erro.O próprio Kardec disse, a ciência provando um ponto de vista equivocado,cabe ao espírita abandonar a questão e seguir a ciência.
Não necessariamente ter dogmas,é ser religião.
A ciência tem vários, e nem por isso o é.