Me desculpe , mas seu argumento me parece mais uma capitulação diante do problema. Todas as evidências que voce afirma que apoiam a evolução como semelhança morfológica, também se encaixam em uma teoria criacionista. A reutilização de componentes é amplamente utilizada na eletrônica e no paradigma da orientação a objeto.Ninguém fica surpreso pelo fato de um mesmo tipo de transistor ser usado em equipamentos eletrônicos com finalidades totalmente diferentes.Então voce não pode usar evidências que podem ter mais de uma explicação, como evidência da explicação que voce prefere.
Não são todas as evidências para a evolução que podem ser usadas para o criacionismo; bem, de certa forma, até poderiam, porque um craicionismo teoricamente poderia explicar
qualquer coisa não faz absolutamente previsão alguma, basta se dizer que "isso foi inventado", e pronto, não tem como dizer que não pode, porque em teoria, tudo poderia ser inventado por uma entidade misteriosa.
Agora, há uma série de coisas que seriam razoavelmente inesperadas dessa hipótese: a possibilidade de criação de filogenias bastante precisas, "como se existissem" filogenias, ou seja, linhagens biológicas restringindo a distribuição de caracteres. Com invenções, a distribuição de características em comum pode ocorrer sem restrições por linhagens, o que acabaria impedindo a possibilidade de uma única organização de invenções em linhagens, porque as linhagens não exisitiriam realmente. O parentesco biológico real elimina a necessidade desse tipo de coincidência, além de não requisitar um mecanismo todo desconhecido que opera ou operou de forma desconhecida, uma entidade ou força incógnita que criou os seres tais como seriam esperados se fossem descendentes modificados de um ancestral comum.
Isso não vale apenas para caracteres que se poderia até que razoavelmente supor serem inventados, os caracteres adaptativos, mas para tudo que há de neutro nos seres também. Eles literalmente guardam indícios de seu antepassado.

Aí está um diagrama de inserções de retrovírus no DNA de antropóides. Essa é só uma das possibilidades, e totalmente desnecessária do ponto de vista de criações independentes, porque as espécies aí citadas não teriam herdado a inserção retroviral exatamente no mesmo lugar. Ao mesmo tempo, também poderia-se refutar esse parentesco mostrando que as mesmas inserções retrovirais acontecem em seres que são apontados como parentes muito mais distantes, e com "buracos" no meio- algo que vai de acordo com uma hipótese nula, de que essas características são aleatórias quanto a descendência.
Como isso, e diversos outros tipos de possibilidades razoavelmente esperadas de um não-parentesco geral, em grande escala, entre os seres nunca ocorrem, é consensualmente aceita no meio científico a ancestralidade comum universal. Se temos um mecanismo X, que prediz
apenas Y, e mecanismos alternativos não prediriam apenas Y, mas X, Z, A, B, C, e encontramos apenas Y, é mais provável que o mecanismo X seja o responsável, ainda que se possa sempre dizer que por coincidência um mecanismo alternativo gerou apenas o esperado por um mecanismo que efetivamente restringiria conforme o observado.
O modelo matemático desenvolvido por Haldane simplesmente prova que a evolução dos mamíferos é impossível dentro da interpretação que os evolucionistas fazem dos fósseis.Ou seja, nós nem deveríamos ter surgido ainda.
Não, ele não prova isso. Ainda que a seleção natural imponha mesmo um limite na velocidade de evolução, mesmo os limites calculados seguindo um "Haldanismo fundamentalista" não dizem que a evolução, humana ou outra, não teria sido possível. Isso só é dito com o seguinte argumento "eu não posso acreditar que 1667 genes sejam o suficiente para contabilizar por toda diferença adaptativa entre humanos e chimpanzés", quando não se tem uma prova de que isso não seria suficiente, e nem o número é necessariamente esse, podendo ser maior ainda de forma compatível com o que é observado na natureza.
Mesmo num hipotético cenário onde se provasse definitivamente o limite de 1667 genes evoluídos por seleção natural, e também que os genes necessários para contabilizar pela diferença entre humanos e chimpanzés seria o dobro disso, por exemplo, isso não diz nada quanto ao parentesco, apenas quanto ao mecanismo suposto de evolução adaptativa, a seleção natural. O criacionista Behe, que defende a ancestralidade comum universal, diria que isso não é prova de não-parentesco, mas de que genes foram inventados e inseridos depois da cisão dessas linhagens; outros poderiam propor que há evolução "lamarckista" ainda por ser entendida. Ambas e outras hipóteses são preferíveis a se descartar o parentesco indicado por inúmeras outras evidências, requerendo mecanismos totalmente desconhecidos de materialização, simultânea ou esporádica, de organismos complexos, inteiros, e com aparência - falsa - de parentes próximos.
A possibilidade de evolução por seleção natural não foi ainda descartada, de qualquer forma, e permanece a única explicação que usa mecanismos conhecidos.