Autor Tópico: o "dilema de Haldane" e a evolução humana  (Lida 20065 vezes)

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Offline Nina

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #126 Online: 21 de Outubro de 2006, 21:07:35 »
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Infelizmente você não foi capaz de entender isso.

Confundiu efeito carona com deriva, achando que todo e qualquer  gene fixado por deriva deve ter sido fixado por efeito carona. Na verdade, você está dizendo que não existe deriva.

Voce além de ter dificuldade de entender genética ainda inventa afirmações que eu não fiz.

tsc, tsc... desculpa minha ignorância, ó grande bacharel em análise!!!! Rei da estatística! Mestre da análise combinatória!!! E principalmente, doutor em genética!!!! :histeria:

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Eu não disse que qualquer gene tem que se fixar por carona. Eu disse que mutações neutras só se fixam por carona.

Você não provou isso... provas?

Ué... agora lembrei que há muito estamos pedindo as tais provas, e você tenta inverter o ônus e ainda não as apresentou...
« Última modificação: 21 de Outubro de 2006, 21:15:00 por Nina »
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Nina

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #127 Online: 21 de Outubro de 2006, 21:08:28 »
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É, Luis... pra ele até quando ele é o autor da falácia ela fica descaracterizada!

Depois de ser mandada estudar genética, ser acusada de não entender o link do talk origins, e ter falácia de autoridade enfiada goela a baixo por um bacharel numa área tão distante da área da discussão, fica até difícil ficar com vontade de prosseguir...

Dá desânimo... acho que vou fechar a bagaça do Biociencia, pois pagar para informar gente assim não dá tesão de continuar nada. Altruísmo é idiotice. Noventa por cento dos internautas é soberbo demais para merecer um peido de presente.

Não faz isso não ! Não sei se a ciência suportaria.

Que bom que você existe, assim ela está a salvo! :P
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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #128 Online: 21 de Outubro de 2006, 21:10:25 »
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Por que? Se eu disser que sou autoridade aí você vai passar a achar que sei genética?

Você realmente não sabe o que é a falácia do argumento de autoridade, né?

É óbvio que ter um diploma de geneticista não garante que tudo que voce fale sobre genética é verdadeiro.Mas também não pode ser desprezado e garante valor relativo as suas afirmações.Senão pra que que serve diplomas ? Selos de qualidade ? Claro que eu sempre posso subornar o professor, a faculdade e etc. e conseguir um diploma, mas isso obviamente tem que ser excessão a regra senão todo o nosso sistema de conhecimento entra em colapso e ninguém vai mais saber quem sabe o quê.

Tradução simultânea: "Deadlock diz para Atheist": se você é especialista em genética e vem discutir comigo, pode ter comprado o diploma, e embora o meu não seja da área, vale inequivocamente como argumento de autoridade pra dizer a todos que SÓ EU SEI estatística.

puff... tá pior que o Sodré.... aliás, és parente dele?

ps. o diploma majoritário do dead também não é em estatística!  :stunned:
« Última modificação: 21 de Outubro de 2006, 21:14:07 por Nina »
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #129 Online: 21 de Outubro de 2006, 21:16:00 »
Infelizmente você não foi capaz de entender isso.

Confundiu efeito carona com deriva, achando que todo e qualquer  gene fixado por deriva deve ter sido fixado por efeito carona. Na verdade, você está dizendo que não existe deriva.

Voce além de ter dificuldade de entender genética[...]
:histeria: :histeria: :histeria:

Realmente, a humildade do deadlock é contagiante...

Deveriámos começar a guardar alguns tópicos para um futuro livro... :rola:
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Atheist

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #130 Online: 25 de Outubro de 2006, 09:08:46 »
Existe alguém que tenha estimado quantos genes adaptativos seriam necessários para a diferença entre humanos e chimpanzés?

Que eu saiba ainda não... No entanto já existem alguns dados referentes à expressão de determinados genes do sistema nervoso central.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #131 Online: 25 de Outubro de 2006, 12:06:34 »
uma coisa bastante relevante... que não chegou a ser mencionada, é o significado do dilema de Haldane, e como não estar resolvido, não tem a menor relevância para a evolução humana.

"Dilema" é uma situação em que só se tem duas possibilidades. Não é um "problema". O dilema de Haldane é o "dilema" que as populações passam. Ou evoluem rapidamente por seleção natural ou tem a variabilidade genética que é consumida quando a seleção "prioriza" fortemente um gene ou outro.

Isso é bastante lógico, e não é nem muito questionado, tanto que o George Williams disse a frase citada pelo ReMine, algo no sentido de "eu não acho que o dilema de Haldane tenha sido resolvido, não foi resolvido por Fulano, nem por Beltrano, nem por ninguém."

Com isso não significa que a evolução, seja em geral ou especificamente a humana, esteja sendo posta em dúvida, apenas que é algo bem aceitável que a seleção intensa "consome" variabilidade genética das populações.

O argumento do dilema de Haldane contra a evolução humana especificamente, é então simplesmente um argumento de incredulidade e meio que um "fundamentalismo Haldanico". Fundamentalista porque os valores assumidos por Haldane não são necessariamente corretos e constantes ou produzam uma "média" válida (e negar esses valores não implica também em se supor taxa de reprodução de insetos ou algo assim). Por exemplo, a própria taxa de reprodução humana é potencialmente maior do que a dos chimpanzés, que tem apenas um filho a cada 3 ou 5 anos, acho que já mencionei. Períodos de menor seletividade não anulam custos de seleção ou qualquer coisa, mas fornecem maior variabilidade genética para as populações, e episódios de seleção intermitente, e intensidade variável me parecem mais plausíveis do que uma seleção relativamente intensa e constante, acho que meio análoga ao caso da seleção do melanismo industrial, segundo o artigo de Haldane.

E é simplesmente incredulidade supor que a evolução adaptativa possível conforme os pressupostos de Haldane seguidos a risca seja insuficiente para dar conta da diferença entre humanos e chimpanzés, sem no entanto ter como provar isso. Isso é colocar a um modelo teórico como prova da empiria, quando me parece que o mais correto fosse o contrário. Se crio um modelo que visa prever furacões, mas que prevê menos furacões do que realmente observado, então é o meu modelo não está bem acertado, e não os furacões observados que não existem, que são "refutados" pelo meu modelo. Humanos e os antropóides por diversos dados, anatômicos, paleontológicos e moleculares, formam muito claramente um grupo de seres aparentados, sem alguma diferença entre eles que ponha mais em dúvida o seu parentesco do que se poderia ter sobre o parentesco das raças de cães. Se não me engano, é inclusive um tanto mais preciso o grau de parentesco entre os antropóides, enquanto a filogenia exata das raças de cães não é bem conhecida.

Esses são os principais problemas de toda argumentação. Aquilo dos 10 milhões de anos e de duas linhagens, etc, realmente não é um problema, porque tenha sido intencional ou coincidência, estima-se que os humanos e chimpanzés tenham divergido há cerca de 5 milhões de anos; então fazendo uma estimativa para a divergência de uma linhagem em 10 milhões de anos se tem automaticamente a divergência para duas linhagens que divergiram de um ancestral comum há 5 milhões de anos.

Offline LIAN

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #132 Online: 25 de Outubro de 2006, 12:26:49 »
Faz tempo que não entro no tópico, mas pelo que percebo...Deadlock Watson Crick Mendel pretende reinventar a genética. Precisamos jogar todos os malditos livros de Evolução e genética de populações no lixo...não servem pra nada!:D
"Não consigo me convencer de que um Deus caridoso e onipotente teria propositalmente criado vespas parasitas com a intenção expressa de alimentá-las dentro de corpos vivos de lagartas." Charles Darwin


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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #134 Online: 25 de Outubro de 2006, 12:44:12 »
É isso aqui?!

Walter ReMine has a Masters degree from the University of Minnesota (BSEE and MSEE), with emphasis on mathematics, signal processing, and pattern recognition. He did research in hospitals and industry over two decades, and holds four patents. He is a leading proponent of Intelligent Design theory (ID). He lectures and publishes many articles on the subject, and his book, The Biotic Message, has received glowing reviews. Like his opponent in this debate, Walter enjoys playing music and performing magic. His study of magic aided him in dismantling various illusions of evolutionary theory, where the techniques are remarkably similar. Walter ReMine is a Fellow with the Discovery Institute, and its Center for the Renewal of Science and Culture, a foremost think-tank on Intelligent Design.
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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #135 Online: 25 de Outubro de 2006, 12:45:05 »
Interessante: "dismantling various illusions of evolutionary theory"...eu nunca ouvi falar na pessoa!:D
"Não consigo me convencer de que um Deus caridoso e onipotente teria propositalmente criado vespas parasitas com a intenção expressa de alimentá-las dentro de corpos vivos de lagartas." Charles Darwin

Offline Buckaroo Banzai

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #136 Online: 25 de Outubro de 2006, 12:52:04 »
a konspiração da nomenklatura neodarwinistika por pouco ke não coloca os dissidentes do neodarwinismo ortodoxo num campo de concentração na Sibéria ou os dá como "desaparecidos", não deve se surpreender por não ter ouvido falar de um deles. Querem a todo custo impedir a revolução criacionista e uma "renovação" da ciência. Tanto que o "centro para renovação da ciência e cultura" (criacionista) tirou até o "renovação" do nome, para evitar a perseguição ideologika.

Offline Nina

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #137 Online: 25 de Outubro de 2006, 13:13:43 »
a konspiração da nomenklatura neodarwinistika por pouco ke não coloca os dissidentes do neodarwinismo ortodoxo num campo de concentração na Sibéria ou os dá como "desaparecidos", não deve se surpreender por não ter ouvido falar de um deles. Querem a todo custo impedir a revolução criacionista e uma "renovação" da ciência. Tanto que o "centro para renovação da ciência e cultura" (criacionista) tirou até o "renovação" do nome, para evitar a perseguição ideologika.

:histeria:
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline DeadLock

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #138 Online: 27 de Outubro de 2006, 07:00:42 »
uma coisa bastante relevante... que não chegou a ser mencionada, é o significado do dilema de Haldane, e como não estar resolvido, não tem a menor relevância para a evolução humana.

"Dilema" é uma situação em que só se tem duas possibilidades. Não é um "problema". O dilema de Haldane é o "dilema" que as populações passam. Ou evoluem rapidamente por seleção natural ou tem a variabilidade genética que é consumida quando a seleção "prioriza" fortemente um gene ou outro.

Isso é bastante lógico, e não é nem muito questionado, tanto que o George Williams disse a frase citada pelo ReMine, algo no sentido de "eu não acho que o dilema de Haldane tenha sido resolvido, não foi resolvido por Fulano, nem por Beltrano, nem por ninguém."

Com isso não significa que a evolução, seja em geral ou especificamente a humana, esteja sendo posta em dúvida, apenas que é algo bem aceitável que a seleção intensa "consome" variabilidade genética das populações.

O argumento do dilema de Haldane contra a evolução humana especificamente, é então simplesmente um argumento de incredulidade e meio que um "fundamentalismo Haldanico". Fundamentalista porque os valores assumidos por Haldane não são necessariamente corretos e constantes ou produzam uma "média" válida (e negar esses valores não implica também em se supor taxa de reprodução de insetos ou algo assim). Por exemplo, a própria taxa de reprodução humana é potencialmente maior do que a dos chimpanzés, que tem apenas um filho a cada 3 ou 5 anos, acho que já mencionei. Períodos de menor seletividade não anulam custos de seleção ou qualquer coisa, mas fornecem maior variabilidade genética para as populações, e episódios de seleção intermitente, e intensidade variável me parecem mais plausíveis do que uma seleção relativamente intensa e constante, acho que meio análoga ao caso da seleção do melanismo industrial, segundo o artigo de Haldane.

E é simplesmente incredulidade supor que a evolução adaptativa possível conforme os pressupostos de Haldane seguidos a risca seja insuficiente para dar conta da diferença entre humanos e chimpanzés, sem no entanto ter como provar isso. Isso é colocar a um modelo teórico como prova da empiria, quando me parece que o mais correto fosse o contrário. Se crio um modelo que visa prever furacões, mas que prevê menos furacões do que realmente observado, então é o meu modelo não está bem acertado, e não os furacões observados que não existem, que são "refutados" pelo meu modelo. Humanos e os antropóides por diversos dados, anatômicos, paleontológicos e moleculares, formam muito claramente um grupo de seres aparentados, sem alguma diferença entre eles que ponha mais em dúvida o seu parentesco do que se poderia ter sobre o parentesco das raças de cães. Se não me engano, é inclusive um tanto mais preciso o grau de parentesco entre os antropóides, enquanto a filogenia exata das raças de cães não é bem conhecida.

Esses são os principais problemas de toda argumentação. Aquilo dos 10 milhões de anos e de duas linhagens, etc, realmente não é um problema, porque tenha sido intencional ou coincidência, estima-se que os humanos e chimpanzés tenham divergido há cerca de 5 milhões de anos; então fazendo uma estimativa para a divergência de uma linhagem em 10 milhões de anos se tem automaticamente a divergência para duas linhagens que divergiram de um ancestral comum há 5 milhões de anos.

Me desculpe , mas seu argumento me parece mais uma capitulação diante do problema. Todas as evidências que voce afirma que apoiam a evolução como semelhança morfológica, também se encaixam em uma teoria criacionista. A reutilização de componentes é amplamente utilizada na eletrônica e no paradigma da orientação a objeto.Ninguém fica surpreso pelo fato de um mesmo tipo  de transistor ser usado em equipamentos eletrônicos com finalidades totalmente diferentes.Então voce não pode usar evidências que podem ter mais de uma explicação, como evidência da explicação que voce prefere.

O modelo matemático desenvolvido por Haldane simplesmente prova que a evolução dos mamíferos é impossível dentro da interpretação que os evolucionistas fazem dos fósseis.Ou seja, nós nem deveríamos ter surgido ainda.

Offline DeadLock

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #139 Online: 27 de Outubro de 2006, 07:05:53 »
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Neste caso, mutações neutras poderiam ser marcadores para características adaptativas. Mas não são.

Não são se elas não tiverem sido fixadas. Mas se elas são fixadas poderiam sim.

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #140 Online: 27 de Outubro de 2006, 07:26:55 »
Citar
Então uma sequência fixada em uma população deve obrigatoriamente ter frequência de 100%??? Caramba, seríamos todos clones se isso fosse verdade!

Você não tem a mínima intenção em ler a apostila que a Nina lhe passou, não é? Lá estão suas respostas.

Deus do céu, depois eu é que não entendo de genética. Ele não sabe que um gene fixado tem que ter 100% de frequência. Consulta o link abaixo para voce fazer uma revisão sobre genética. Vai te ajudar no debate.

http://www.bugwood.org/glossary/html/glossary-g.html


Offline DeadLock

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #141 Online: 27 de Outubro de 2006, 07:30:33 »
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Outra coisa, fixação de um gene não é 100% de frequência.

Aiiiiiiiiiiiiiiiii, quero meu dinheiro de volta.    :histeria:

Offline LIAN

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #142 Online: 27 de Outubro de 2006, 10:33:51 »
Dead...o gene não precisa ter 100% de freqüência para estar fixado...quando a freqüência é de 100% ou próximo a isso, dizemos que o gene é monomórfico.

Temos vários exemplos da espécie humana de genes polimórficos e com fixação de alelos. Por exemplo, os alelos A, B e O, nesse caso os três alelos estão fixados, mas por uma questão lógica, os três não possuem uma freqüência de 100%! Um alelo não-fixado é aquele que não se fixou ao longo das gerações, foi perdido ou apresenta uma freqüência irrisória!

Esquece esse link ai...

"gene fixation
      The condition in which a particular allele becomes the only allele present in a population, because of selection or genetic drift. "

Esse conceito tá errado de acordo com a genética de populações!
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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #143 Online: 27 de Outubro de 2006, 10:42:34 »
Dead...o gene não precisa ter 100% de freqüência para estar fixado...quando a freqüência é de 100% ou próximo a isso, dizemos que o gene é monomórfico.

Temos vários exemplos da espécie humana de genes polimórficos e com fixação de alelos. Por exemplo, os alelos A, B e O, nesse caso os três alelos estão fixados, mas por uma questão lógica, os três não possuem uma freqüência de 100%! Um alelo não-fixado é aquele que não se fixou ao longo das gerações, foi perdido ou apresenta uma freqüência irrisória!

Esquece esse link ai...

"gene fixation
 The condition in which a particular allele becomes the only allele present in a population, because of selection or genetic drift. "

Esse conceito tá errado de acordo com a genética de populações!

Favor fundamentar sua afirmação com algum estudo ou pesquisa

Offline DeadLock

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #144 Online: 27 de Outubro de 2006, 10:48:44 »
"Gene fixation refers to a process in population genetics by which a given gene or allele becomes "fixed" in a population; that is, the gene is present in all members of the population with no sequence variations. Thus, the frequency of the gene is equal to 1. Gene fixation can occur by genetic drift alone at neutral loci but can also be accelerated by the action of natural selection. Gene fixation by genetic drift is studied using coalescent theory."

http://en.wikipedia.org/wiki/Gene_fixation


Offline Buckaroo Banzai

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #145 Online: 27 de Outubro de 2006, 10:54:54 »
Me desculpe , mas seu argumento me parece mais uma capitulação diante do problema. Todas as evidências que voce afirma que apoiam a evolução como semelhança morfológica, também se encaixam em uma teoria criacionista. A reutilização de componentes é amplamente utilizada na eletrônica e no paradigma da orientação a objeto.Ninguém fica surpreso pelo fato de um mesmo tipo  de transistor ser usado em equipamentos eletrônicos com finalidades totalmente diferentes.Então voce não pode usar evidências que podem ter mais de uma explicação, como evidência da explicação que voce prefere.

Não são todas as evidências para a evolução que podem ser usadas para o criacionismo; bem, de certa forma, até poderiam, porque um craicionismo teoricamente poderia explicar qualquer coisa não faz absolutamente previsão alguma, basta se dizer que "isso foi inventado", e pronto, não tem como dizer que não pode, porque em teoria, tudo poderia ser inventado por uma entidade misteriosa.

Agora, há uma série de coisas que seriam razoavelmente inesperadas dessa hipótese: a possibilidade de criação de filogenias bastante precisas, "como se existissem" filogenias, ou seja, linhagens biológicas restringindo a distribuição de caracteres. Com invenções, a distribuição de características em comum pode ocorrer sem restrições por linhagens, o que acabaria impedindo a possibilidade de uma única organização de invenções em linhagens, porque as linhagens não exisitiriam realmente. O parentesco biológico real elimina a necessidade desse tipo de coincidência, além de não requisitar um mecanismo todo desconhecido que opera ou operou de forma desconhecida, uma entidade ou força incógnita que criou os seres tais como seriam esperados se fossem descendentes modificados de um ancestral comum.

Isso não vale apenas para caracteres que se poderia até que razoavelmente supor serem inventados, os caracteres adaptativos, mas para tudo que há de neutro nos seres também. Eles literalmente guardam indícios de seu antepassado.


Aí está um diagrama de inserções de retrovírus no DNA de antropóides. Essa é só uma das possibilidades, e totalmente desnecessária do ponto de vista de criações independentes, porque as espécies aí citadas não teriam herdado a inserção retroviral exatamente no mesmo lugar. Ao mesmo tempo, também poderia-se refutar esse parentesco mostrando que as mesmas inserções retrovirais acontecem em seres que são apontados como parentes muito mais distantes, e com "buracos" no meio- algo que vai de acordo com uma hipótese nula, de que essas características são aleatórias quanto a descendência.

Como isso, e diversos outros tipos de possibilidades razoavelmente esperadas de um não-parentesco geral, em grande escala, entre os seres nunca ocorrem, é consensualmente aceita no meio científico a ancestralidade comum universal. Se temos um mecanismo X, que prediz apenas Y, e mecanismos alternativos não prediriam apenas Y, mas X, Z, A, B, C, e encontramos apenas Y, é mais provável que o mecanismo X seja o responsável, ainda que se possa sempre dizer que por coincidência um mecanismo alternativo gerou apenas o esperado por um mecanismo que efetivamente restringiria conforme o observado.


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O modelo matemático desenvolvido por Haldane simplesmente prova que a evolução dos mamíferos é impossível dentro da interpretação que os evolucionistas fazem dos fósseis.Ou seja, nós nem deveríamos ter surgido ainda.
Não, ele não prova isso. Ainda que a seleção natural imponha mesmo um limite na velocidade de evolução, mesmo os limites calculados seguindo um "Haldanismo fundamentalista" não dizem que a evolução, humana ou outra, não teria sido possível. Isso só é dito com o seguinte argumento "eu não posso acreditar que 1667 genes sejam o suficiente para contabilizar por toda diferença adaptativa entre humanos e chimpanzés", quando não se tem uma prova de que isso não seria suficiente, e nem o número é necessariamente esse, podendo ser maior ainda de forma compatível com o que é observado na natureza.

Mesmo num hipotético cenário onde se provasse definitivamente o limite de 1667 genes evoluídos por seleção natural, e também que os genes necessários para contabilizar pela diferença entre humanos e chimpanzés seria o dobro disso, por exemplo, isso não diz nada quanto ao parentesco, apenas quanto ao mecanismo suposto de evolução adaptativa, a seleção natural. O criacionista Behe, que defende a ancestralidade comum universal, diria que isso não é prova de não-parentesco, mas de que genes foram inventados e inseridos depois da cisão dessas linhagens; outros poderiam propor que há evolução "lamarckista" ainda por ser entendida. Ambas e outras hipóteses são preferíveis a se descartar o parentesco indicado por inúmeras outras evidências, requerendo mecanismos totalmente desconhecidos de materialização, simultânea ou esporádica, de organismos complexos, inteiros, e com aparência - falsa - de parentes próximos.

A possibilidade de evolução por seleção natural não foi ainda descartada, de qualquer forma, e permanece a única explicação que usa mecanismos conhecidos.

Offline LIAN

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #146 Online: 27 de Outubro de 2006, 11:06:03 »
Dead...isso não é novidade pra quem trabalha...é mais ou menos leis de Mendel!:D Alias, o termo correto é fixação de alelo e não de genes!

Os primeiros trabalhos sobre o assunto:

Fisher, R. A. (1922). On the dominance ratio. Proceedings of the Royal Society of Edinburgh 42, 321-34.

Wright, S. (1931). Evolution in Mendelian populations. Genetics 16, 97-159.
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Offline DeadLock

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #147 Online: 27 de Outubro de 2006, 11:40:26 »
Dead...isso não é novidade pra quem trabalha...é mais ou menos leis de Mendel!:D Alias, o termo correto é fixação de alelo e não de genes!

Os primeiros trabalhos sobre o assunto:

Fisher, R. A. (1922). On the dominance ratio. Proceedings of the Royal Society of Edinburgh 42, 321-34.

Wright, S. (1931). Evolution in Mendelian populations. Genetics 16, 97-159.

Então escreve pra Wikipedia e pede a eles para corrigir

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #148 Online: 27 de Outubro de 2006, 11:52:08 »
Whitlock, MC. (2000). Fixation of new alleles and the extinction of small populations: Drift load, beneficial alleles, and sexual selection. Evolution 6: 1855–1861.

http://www.bioone.org/perlserv/?request=get-document&doi=10.1554%2F0014-3820%282000%29054%5B1855%3AFONAAT%5D2.0.CO%3B2#I0014-3820-54-6-1855-F01

Esse artigo é mais recente. E como os textos da Evolution são bastante resumidos, seria uma boa dar uma lida! Só um detalhe, se a fixação de alelos fosse somente com 100%, um teste chamado FsT não existiria!:D
"Não consigo me convencer de que um Deus caridoso e onipotente teria propositalmente criado vespas parasitas com a intenção expressa de alimentá-las dentro de corpos vivos de lagartas." Charles Darwin

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Re: o "dilema de Haldane" e a evolução humana
« Resposta #149 Online: 27 de Outubro de 2006, 12:57:40 »
Whitlock, MC. (2000). Fixation of new alleles and the extinction of small populations: Drift load, beneficial alleles, and sexual selection. Evolution 6: 1855–1861.

http://www.bioone.org/perlserv/?request=get-document&doi=10.1554%2F0014-3820%282000%29054%5B1855%3AFONAAT%5D2.0.CO%3B2#I0014-3820-54-6-1855-F01

Esse artigo é mais recente. E como os textos da Evolution são bastante resumidos, seria uma boa dar uma lida! Só um detalhe, se a fixação de alelos fosse somente com 100%, um teste chamado FsT não existiria!:D

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