Perguntinha só por curiosidade (Leafar).
Vc acredita em alguma foto (Ou viu, sei lá) de materialização que mostra “ectoplasma” saindo, seja de qual orifício for, de seres humanos...?
Eu conheci recentemente um “lugar espírita”, onde constantemente “há” invocações de espíritos. Suponho que o lugar que vc freqüenta também seja semelhante. Onde eu quero chegar?
Se constantemente vcs dizem ter relações até mesmo físicas com tais seres, isso faria que vcs tivessem provas absolutamente incontestáveis, mas parece que não às têm, né...
Sempre é mesmo charlatanismo...
No Portal do Espírito um dia surgiu uma discussão sobre esse tema e um dos participantes (o lucídio), que é médico, ou seja, não é nenhum ignorante, apareceu dizendo: "eu acredito nesses fenômenos porque já presenciei."
Para mim que nunca presenciei nada parecido, e não tenho acesso a reuniões mediúnicas e nunca senti ou presenciei nada que pudesse afirmar positivamente "são espíritos", só tenho 3 opções: acreditar, não acreditar, ou admitir hipoteticamente a possibilidade. Eu fiquei com a terceira. Mas então, o que faço? Acredito no lucídio? Num primeiro momento não posso, pois não o conheço e ele pode estar mentindo ou equivocado. Então você parte para a análise de outros fatos.
Vamos retornar novamente a Willian Crookes: antes de começar a estudar os fenômenos espiritualistas ele já era um cientista famoso e renomado. Declarou que pesquisaria os fenômenos com o objetivo de desmascará-los, e disse ainda que era um dever das pessoas intelectualizadas ajudar a desmistificar superstições. Pouco tempo mais tarde surgiram os seus primeiros artigos contrariando a sua idéia inicial, ou seja, atestando a veracidade do fenômeno. E um pouco mais tarde foram publicadas as fotos de Katie King materializada num jornal científico. Supondo que era tudo falso, vamos praticar um pouco de empatia e examinar as suas razões para fazer o que fez. Coloque-se na pele dele e me diga o que faria se você estivesse em seu lugar:
1. Ele tinha algum interesse pessoal na propagação de um superstição? Dinheiro? Fama? Pelo que sei ele já era rico e famoso como cientista. Alguma outra razão razoável?
2. Ele provavelmente tinha consciência de que os fenômenos não poderiam ser realizados por outros, ainda que respeitadas as mesmas condições. E que por causa disso, o seu nome poderia ser prejudicado e achincalhado (o que aliás, ocorreu de fato). A pergunta é: o que o teria motivado a correr esse risco tendo a convicção de serem falsos os fenômenos?
3. Alguns dizem que, no caso das fotos, ele teria tido um caso com Florence Cook, então com 15 anos, o que o tornaria hediondo. Supondo ser isso verdade, o que o levaria a misturar o nome de sua amante com seus assuntos científicos, expondo-se a ser descoberto e destruir o seu nome e reputação. Ele podia transar com ela, dar um dinheiro e ficar nisso mesmo. Porque ele misturaria as coisas tendo convicção de que era tudo falso? Isso sem falar que ele teria que se dar ao trabalho de falsificar 42 fotos. Não acha muito trabalho em prol da destruição da própria reputação?
Considerando esses fenômenos falsos, eu não encontro justificativa racional para o seu procedimento. Mas se ele tivesse convicção do oposto, a explicação para o seu procedimento é lógico. Sendo um homem que busca a verdade e não tendo medo de defendê-la, não teve medo de expor o seu nome numa causa que sabia ser verdadeira. Esta última é a hipótese que tem mais peso para mim. Formule outras, se discordar, e analisaremos o seu valor.
Teve outras fotos com Chico Xavier. Faça a mesma análise empática e analise as suas razões para se envolver.
Portanto, caro Mussolim, não são as fotos pelas fotos. Mas o nome de quem elas trazem.
Você esquece que a prova cabe a quem afirma a existência de um objeto ou fenômeno, não a quem duvida dessa existência...
Não, Luis, eu não me esqueço. Você é que esquece que nós as temos espalhadas aos milhares ao redor do mundo. O problema é que não estão no formato que vocês exigem e nem têm aquele fator de repetitibilidade que vocês exigem. Infelizmente essa exigência não estamos ainda capazes de satisfazer e é só por esse motivo que a DE ainda é chamada de crença. Senão seria chamada de "fato".
Além do mais, não estamos vendendo nada e não prometemos nada para ninguém. Convidamos as pessoas a conhecer a nossa doutrina e a quem ela não satisfizer que se sinta livre para buscar coisa melhor. Também não cobramos dízimos, contribuições e nada que possa ser contestado na defesa do consumidor dos nossos fiéis. Cada um que dá o faz com consciência de que não vai voltar.
Além do mais, você também se esquece que a estrada é de mão dupla. Aquele que afirma que alguma coisa é verdadeira, tem que provar. Mas aquele que afirma que é falso também. Senão fica argumento contra argumento. É nesse estágio que estamos agora.
Um abraço.