7 coisas mais irritantes nos animesQuando você deixa de ser um pirralho que gosta de qualquer coisa com mais de 4 quadros de animação que passa na tevê, você percebe que os desenhos animados costumam possuir clichês extremamente irritantes e que tornam um sacrifício rever inclusive as séries clássicas pelas quais você se apaixonou na sua infância. Como o Puxa Cachorra! não se importa nem um pouco de virar alvo de ataques de otakus fantasiados de Pikachu, preparem-se para 7 coisas mais irritantes nos animes!
#7 Capitão óbvioPorque irrita? Falta aos roteiristas japoneses algumas noções básicas de como conduzir narrativas.
Cavaleiros do Zodíaco é o exemplo clássico, com diálogos “inspiradíssimos” que ficavam ainda melhores na clássica dublagem da tevê Manchete (que a maioria dos leitores provavelmente nem tem idade pra conhecer). Mas a maior parte disso tá no texto original, e mostra que a cagada é mesmo dos caras por trás do roteiro da série.
http://www.youtube.com/v/VXoth7lLzZw"não acredito que um cavaleiro de prata...” ah, vc entendeu!
O exagero, o ápice dessa enrolação se dá na saga dos cavaleiros de prata: após Seiya de Pégaso derrotar o poderoso Misty de Lagarto, todos os inimigos posteriores, ao olharem para o Seiya, insistem em dizer “esse foi o cavaleiro de bronze que derrotou Misty”. Não bastasse isso, sempre tem um mané que completa: “o que? um cavaleiro de bronze derrotar um cavaleiro de prata?”. Isso se repete mais vezes que “A volta do cão arrependido”.
Animes afetados: Todos praticamente, mas a taxa realmente atinge níveis alarmantes em
Cavaleiros do Zodíaco. Mas há diversos exemplos, como em outros animes, como quando rola a cena clássica do cara saindo do meio do fogo/fumaça/explosão e alguém insiste em falar “ele sobreviveu ao meu kame hame há aumentado 200 vezes!” E há a clássica encheção de linguiça dos vilões, que insistem em afirmar que o herói “Jamais poderá vencer alguém como eu!”, mesmo ele já tendo derrotado outros 2376 inimigos antes. E eu nem falei sobre certo planeta alienígena, que ia explodir em 5 minutos...
Pra que serve? Originalmente é pra aumentar a duração de episódios, mas, convenhamos, lutas não precisam ter diálogos. O problema é que por vezes a obviedade e a repetição não resultavam em nada! Os Cavaleiros sempre insistiam na máxima “um golpe nunca funciona duas vezes contra um cavaleiro de Atena” e logo vinha um SEGUNDO GOLPE IGUAL que derrubava o filho d’uma égua!
E se eu quiser fugir disso? O desenho com os melhores diálogos que eu conheço se chama
Yu Yu Hakusho. Praticamente todos os heróis e vilões fogem do clichê do Capitão Óbvio, e a inspiradíssima trupe de dubladores dá um verdadeiro show. Não veja, em hipótese alguma, esse desenho legendado. A dublagem vale a pena!
#6 Personagens “ambíguos”Porque irrita? É regra de todo anime: tem que ter pelo menos um personagem afetado, que pareça mais uma menina que um menino. E não, isso não quer dizer que ele seja gay. Na verdade, se ele fosse abertamente gay, os animes estariam prestando um serviço inestimável à sociedade. Mas eles apenas são... ambíguos. Você se lembra de um por anime: como sou velho, lembro mais do Kurama no
YuYu Hakusho, Shun no
Cavaleiros do Zodíaco, Leiga, no
Shurato, etc. Mas sempre tem um mocinho, de cabelos longos, olhar dócil e fala mansa, que leva todo jeito de que vai se revelar... e nada! O que irrita é isso: raras foram as vezes que eu me lembro de ver um personagem que realmente assumisse essa homossexualidade! Na verdade, o mais próximo disso é o casal Yukito e Touya em
Sakura Card Captors. Veja bem:
SAKURA CARD CAPTORS! É um desenho infantil mais progressista que os desenhos pra gente mais velha...
Isso não é homossexualidade. Isso é amizade.Animes afetados: Principalmente os juvenis, mas a coisa fica feia mesmo nos animes pra meninas, como
Sailor Moon. Não dá pra saber quem pega quem, nem quem gosta do quê. E, muitas vezes, nem quem é homem ou mulher!
Pra que serve? Seria muito, muito bom se esses personagens estimulassem a tolerância e a aceitação dos LGBT na nossa sociedade. Porém, no caso dos animes juvenis, você pode não acreditar, mas a androgenia é o padrão de beleza que agrada o público feminino no Japão! É só ver os ídolos pop deles, que usam os mesmos visuais e ostentam as mesmas carinhas de anjinho dos personagens de anime. Apesar de parecer algo voltado para o público gay, na verdade a “ambiguidade” excessiva desses personagens quer é agradar as meninas! E isso é o mais tosco, pois como essa ambiguidade excessiva é sexy para as mulheres, surgiu todo um mercado de séries de relacionamentos gays (yaoi) voltado para meninas! E nem adianta ir atrás: os yaoi costumam ser de um sexismo vergonhoso.
E se eu quiser fugir disso? Bem, se você não está seguro quanto a sua sexualidade e não quer correr o risco de ver a silhueta do Misty pelado na praia, assista
Dragon Ball Z. Lá, que eu me lembre, todo mundo é maromba e macho. Se bem que, se você prefere desenho com um monte de machão marombado... esquece, para por aqui.
#5 Visual KeiPorque irrita? O que é Visual Kei? Resumidamente, é aquele visual de Clóvis Bornay emo que contamina as bandinhas japonesas, os modelos japoneses e os otakus fãs dessas coisas. E, obviamente, que contamina o visual de personagens de anime. Não dá pra escapar desse exagero: se você joga
Final Fantasy, por exemplo, já deve ter notado a proliferação personagens com roupas impossíveis, cheias de fivelas, de zíperes, bolsos, e cores. Sim, eu sei que os animes são famosos por cabelos espetados e coloridos, mas agora a moda extrapolou a um ponto que você tromba com um clone do Yugi-Oh cada vez que procura algo sobre uma banda japonesa que você achou legal.
“Como se fazer cosplay já não fosse uma façanha.”Animes afetados: A safra mais recente, como
Naruto,
D-Gray Man,
Bleach e os games inspirados no universo dos animes... mas, principalmente, os otakus e as bandas que eles curtem, o famoso J-Pop. O problema é que as bandas estão influenciando o visual dos animes e games, que estão cada vez mais Visual Kei.
Não se fazem mais vilões de games como antigamente.Pra que serve? Basicamente, é uma versão ainda mais exagerada dos personagens “ambíguos” do tópico anterior. Mas, apesar disso, é facilmente reproduzida no mundo real por empresários que querem tirar mais dinheiro das mocinhas que tem sonhos molhados com esses menininhos de cabelo no olho e cara de chorões.
E se eu quiser fugir disso? Eu ia dizer pra você não procurar “Visual Kei” no Google imagens, mas como você já fez isso, que eu sei, se vira com seus pesadelos agora.
#4 Terminologias otakuPorque irrita? Na verdade, nenhum anime explica pra você qual é exatamente a sua vertente, que personagem é o que, e etc. Mas os otakus, aqueles viciados nessa cultura, não apenas fazem questão de usar e abusar de todos os rótulos existentes para definir os elementos de anime e mangá, como incorporam esse comportamento ao seu linguajar do dia-a-dia! Converse cinco minutos com um otaku de verdade e você perceberá que ele fala alguma língua alienígena que não é nem japonês nem português. O tempo todo.
Não sei como ninguém ainda inventou uma parada do orgulho otaku. Não, eu não estou dando ideia...Animes afetados: Na verdade não são os animes que são afetados, mas você, que anda com esse ser bizarro que te acha “suggoi” (extraordinário) e sua namorada “kawaii” (uma gracinha). Eu sei: parece klingon, mas é japonês!
Pra que serve? No Japão é apenas gíria, como as daqui. Mas aqui serve para definir que você é um otaku de verdade, não qualquer fãzinho de
Naruto (porque
Naruto é modinha, já diria um otaku extreme). Isso sem contar as definições diversas para cada gênero. Tem o juvenil masculino (shonen), o feminino (shoujo), o pornográfico (hentai), o quase pornográfico (ecchi), o gênero homossexual masculino (yaoi), o feminino (yuri)... E essa lista não tem fim, mas o importante é que um otaku de verdade não diz nunca “anime pornográfico”, sempre hentai. Mesmo que sejam sinônimos. E ele vai ficar bravo com você se você chamar
Saint Seiya de
Cavaleiros do Zodíaco, ou se preferir a dublagem ao anime legendado...
E se eu quiser fugir disso? Não vá a convenções de anime. Não vá a shows de cantores japoneses. Não se torne amigo de quem acrescenta um “chan”, “san” ou “kun” ao seu nome. Não chegue perto de alguém que usa um uniforme escolar de marinheiro – pode ser um otaku fazendo cosplay ou um fã de Rebelde! Ambos são igualmente prejudiciais!
#3 Exageros no ‘fan service’Porque irrita? É a mesma coisa dos personagens ambíguos: ou você é um hentai, ou não é! Mas tem anime que não se decide! Eu acho que não há problemas em uma ceninha perdida de nudez aqui, ou uma personagem de peitos avantajados ali. Mas hoje a galera chegou num nível de apelação que só pode ser explicada como obra do supremo deus Onã! Chega ao cúmulo de existir até um gênero só de animes ‘fan service’, mas sem serem necessariamente hentais! Pô, pra que deixar a coisa no meio? Taí o
Bleach que não me deixa mentir: boa parte das personagens tem seios com os quais nem seriam capazes de segurar espadas e lutar. E nem falo de
Highscool of the dead...
Animes afetados: Principalmente os pra meninos (shonen), mas já tá virando quase um gênero próprio: a criatividade vai tão longe que tem até anime onde os caras ganham seus poderes chupando os seios das mulheres. Acredite, é verdade: jogue no google
Seikon no Qwaser, mas é por sua conta e risco
E esse é um anime sobre zumbis.Pra que serve? Pra atrair os jovens otakus onanistas que vivem enclausurados sem contatos com mulheres para as séries. Não que eles não fossem assistir, mas amplia o público. Quem gosta de piratas vai assistir
One Piece porque tem piratas. Quem gosta de peitos vai assistir por causa da
Nami, da
Nico Robin, da
Boa Hancock...
E se eu quiser fugir disso? Assista só hentais ou só animes para crianças, como
Bakugan e
Pokemon. Se bem que
Pokemon...
Você está neste momento com a mesma expressão da Misty, não?#2 FillersPorque irrita? Entra na mesma categoria dos “capitães óbvios”: representa uma falta de noção imensa dos roteiristas de anime. Digamos que você está acompanhando uma série legal, com um roteiro bacana e, de repente, surge um novo vilão mal construído, sem motivação alguma, que nada tem a ver com a história e que toma uns 60 capítulos da sua série favorita! Além daqueles personagens inúteis, que não existem no mangá, mas estão lá pra vender novos bonequinhos ou ajudar a enrolar um pouquinho mais o roteiro (cof, cof.. cavaleiros de aço... cof, cof). Isso acontece em praticamente todos os animes, ao ponto de fazerem novas versões de alguns deles apenas pra tirar os vários episódios desnecessários – Sim,
Dragon Ball Kai, estou olhando pra você!
Animes afetados: Todos os que são baseados em mangá, principalmente quando o sucesso é estrondoso o suficiente pra começarem a série cedo demais. E aqueles que, como
Cavaleiros do Zodíaco, precisam vender mais e mais brinquedos associados à série.
Mãe! Compra um desse pra mim!Pra que serve? Quando um anime baseia-se num quadrinho, em geral, ele é bem fiel a sua fonte. Mas essa fidelidade, pelo ritmo de produção, faz com que o desenho alcance a publicação rapidamente, o que deixa os produtores sem ideias para dar continuidade à série. Aí entram os fillers, preenchendo o espaço vazio entre uma parte do mangá e a seguinte. Não raro, isso leva a uma quebra imensa na narrativa principal, pois são inseridos elementos que nada tem a ver com a história só pra encher linguiça. Às vezes dá certo, como é o caso da saga nórdica dos
Cavaleiros do Zodíaco, que é muito boa. Às vezes a falta de qualidade dos fillers é tão ruim, que eles são capazes de enterrar o anime de vez... Sim,
Samurai X, agora estou olhando pra você.
E se eu quiser fugir disso? É difícil ver um anime que mantenha a sua regularidade mesmo com a presença de fillers, ou que não os possua. Eu sugiro que você acompanhe apenas as aventuras que tenham a ver com os mangás publicados. Às vezes não se perde nada em não acompanhar esses fillers.
#1 Tudo acontece na escolaPorque irrita? Já perceberam que praticamente todos os animes de qualquer gênero se desenrolam em ambiente escolar? Não sei por qual motivo, mas a idade preferida de heróis japoneses é algo em torno de 13 a 14 anos, e sempre todos vestidos de colegiais! Mesmo quando não há motivo algum para tanto, os protagonistas são jovens em idade escolar, mas com cabeça de adultos e capazes de coisas como pilotar robôs gigantes, lutar com espadas como se fossem samurais experientes, manifestar poderes incríveis... E na maioria das vezes tudo, de ataques zumbis a lutas com superpoderes contra demônios, tudo acontece dentro das escolas!
Temos 13 anos e pilotamos robôs melhor que você!Animes afetados: De hentais a samurais, praticamente tudo.
Pra que serve? Talvez por uma questão de identidade com o seu público, pois o público de mangás e animes é majoritariamente juvenil. Depois, pelo fetiche do uniforme de marinheira, que deu origem a uma legião de tarados pedófilos. E... bem, não sei mais porque. Vai ver por passarem a maior parte do dia na escola, os japoneses acham que tudo pode acontecer lá, ou que tudo na vida acontece com pessoas em idade escolar. O pior é que, na maioria das vezes, esses personagens não aparentam ter a idade que tem! Ou vai dizer que você acha mesmo que o Hyoga tem 14 anos? Ou que a Orihime, de
Bleach, conquistou aqueles peitões com apenas 15 anos?
Não importa que essas personagens não estejam na escola: os fãs fazem questão de por uniformes nelas.E se eu quiser fugir disso? Serve pra praticamente toda essa lista: desligue a tevê e procure um mangá chamado
Lobo Solitário. Será o mágico momento em que você acreditará piamente que a cultura otaku do Japão ainda tem alguma esperança.
http://puxacachorra.blogspot.com.br/2012/02/7-coisas-mais-irritantes-nos-animes.html