O racismo no Brasil é inegável, mas a Thaís Araujo exagerou. Ninguém (ou vá lá, uns poucos idiotas talvez façam isso) muda de calçada no Brasil para não cruzar com um negro só por ele ser negro.
A fala dela foi essa, pelo que vi: "No Brasil, a cor do meu filho é a cor que faz com que as pessoas mudem de calçada, escondam suas bolsas e que blindem seus carros."
Não é a cor que faz com que se mude de calçada, se esconda bolsas e blindem carros. É o medo da criminalidade. Se o camarada está andando em uma rua deserta e vê um branco mal vestido, com atitude suspeita (ok, sei que "atitude suspeita é relativo) vindo do outro lado em sua direção, ele pode ficar com medo e mudar de calçada. Mas não vai mudar se for um negro bem vestido, por exemplo. O fator preponderante não é a cor, é a aparência geral.
Claro, é óbvio que negros são muito mais associados à tal "atitude suspeita" de que falei do que brancos. Mas não é a presença de negros o fator principal para "troca de calçada, esconder bolsa ou blindar carro".