É ao mesmo tempo engraçado e duplamente deprimente como a elite branca está sempre ávida por novos negros mansos se habilitando à posição de capitães do mato.
Correm afoitos para elogiar (algumas vezes de "articulado", inclusive) ao primeiro sinal disso, eufóricos com ter talvez mais um evento histórico na vida que possam colocar na gaveta de "exemplos de como não sou racista", junto a "tenho até um amigo negro", para então poderem acrescer sempre que forem começar a fazer uma argumentação iniciada por "eu não sou racista, [tenho até um amigo negro], mas".
A outra parte, apenas deprimente, nada engraçada, é haver negros dispostos a trair o seu povo, movidos pela ambição de serem aceitos entre a elite branca, mesmo que como um servo cativo. "Se não se pode vencê-los, junte-se a eles".