Não é o tipo de livro que me atrai, mas uma amiga estava tão empolgada e já no segundo volume que me emprestou o primeiro.
É uma colcha de retalhos de várias referências caricatas do universo feminino difíceis de engolir; da protagonista que é uma garota de 21 anos virgem (em 2011...), quase formada em literatura, sem nunca ter tido um namorado, mas despertando o interesse de todos os homens a sua volta, ela é uma donzela como outra qualquer. O cara é um charmoso milioriário (sério, tinha que ser charmoso e milionário? justo quando eu pensava que não poderia ficar mais cafona... surge o príncipe encantado!) que curte um BDSM. Muito mais do que se sentir interessada e curiosa pelo universo sexual e novo com que está tendo contato, ela só aceita participar das experiências sadomasoquistas para conquistá-lo... e por aí vai. A autora tenta dar a impressão de que a garota é dona de uma personalidade forte, apesar da aparência frágil, mas ela só tem lampejos desse temperamento em algumas briguinhas bobas, para medir forças, fazendo coisas apenas para irritá-lo, ao invés de fazer o que tem vontade. Aliás, ela é muito mal construída, sem consistência, não consegue gerar nenhuma identificação é só desperta pena.
Cafona, clichê e baunilha. Não entendi o sucesso, tampouco terminei o livro. E se houver um filme será do tipo que eu detesto.
Aleluia de novo!!!
Eu já estava começando a me sentir meio estranha, considerando que as mulheres que conheço estão tao empolgadas com o livro que até me senti meio "et" quando falei que achava um romance tipo "Julia/Sabrina/Bianca" (daqueles que vendem em bancas de revista). Em outras palavras: fraco, repleto de clichês, um romance para mulheres adultas que certamente curtiram/curtiriam a saga Crepúsculo.
A única diferença, pelo que pude notar, entre o livro e os da Norah Roberts são as pitadas sexuais, o bondage, o s&m. De resto, tem a mocinha apaixonada que "se admira no espelho e percebe que tem olhos grandes e cabelos desalinhados", um galã rico que a deixa ruborizada e sem fôlego sempre que a vê... Não sei dizer se o livro pode ser classificado como pornográfico/pervertido, mas pelos comentários que já ouvi, não acho que seja algo de outro mundo. Como disse alguém, "para quem vive de feijão com arroz, uma lasanha costuma soar como um prato gourmet", deve ser algo por aí...
Existem livros melhores que abordam a temática sexual, como "A história de O" ou "Contos Libertinos".