Tópico: Perguntas idiotas (ou não!) que não merecem um tópico só para elas

[Lakatos]

Mas bastante coisa é apagada. Existe inclusive muita gente preocupada com a perda de patrimônio cultural da web devido à volatilidade da informação. Enquanto um livro de papel impresso há 15 anos tende a estar plenamente acessível, uma informação publicada na web há 15 anos dificilmente ainda estará no ar. É o que motiva projetos de web archiving, que consistem basicamente em salvar um número gigantesco de capturas de tela de milhões de sites e armazenar em servidores para as futuras gerações poderem acessar esse conteúdo, mesmo que seja apagado de seus domínios originais.

Essas coisas possivelmente em boa parte do tempo não são apagadas exatamente por uma falta de espaço "absoluto", "na internet", nos servidores, mas por não terem mais utilidade a quem publicava mantê-las no ar, ou mesmo direitos de publicação por tempo indefinido.

Rigorosamente é para evitar os custos relacionados a mantê-los armazenados, não parece tão errado chamar isso de "falta de espaço nos servidores" apenas porque a pessoa ou empresa teoricamente poderia investir em servidores de maior capacidade. Mas o que você disse também está certo, já que a "capacidade total" da internet é dinâmica.

[Lakatos]

Ainda levemente relacionado ao assunto de web archiving:

Caso a espécie humana seja abruptamente extinta*, quando tempo aproximadamente nossa informação digital sobreviveria com alguma fidelidade em servidores, discos rígidos, cds, disquetes e similares, considerando que fique intocada e sem grandes variações ambientais? Qual é o "gargalo" físico ou químico de sobrevivência a longo prazo?

*Algo como uma revolta armada de guarda-sóis suicidas ou coisa similar:

[Buckaroo Banzai]

Acho que a resposta que a maioria dos entendidos deve dar deve ser algo "tendendo ao eterno", mas imagino que devem ter nerds mais técnicos nos materiais e física que já calcularam em estimativas mais precisas para cada tipo de mídia. Com números elevados a potência de dez e tudo mais.

[Lakatos]

Acho que a resposta que a maioria dos entendidos deve dar deve ser algo "tendendo ao eterno", mas imagino que devem ter nerds mais técnicos nos materiais e física que já calcularam em estimativas mais precisas para cada tipo de mídia. Com números elevados a potência de dez e tudo mais.

É tanto assim? Eu imaginava algo na ordem de alguns séculos.

[Luiz F.]

Hmmm, não sei não. Já ouvi algo sobre o campo magnético da terra começar a interferir em hds desligados e deteriorar informação em questão de meses. SSD's parecem ser ainda piores, pois a deterioração dos dados acontece devido flutuação da temperatura se eu não me engano. Mas sei lá, minha memória me prega peças, não sei se eu realmente já li isso em algum lugar ou é só memória falsa...

Edit:http://www.extremetech.com/computing/205382-ssds-can-lose-data-in-as-little-as-7-days-without-power

[Buckaroo Banzai]

Isso parece estranho. Eles tem então funções de "manutenção" do que está gravado, então? Não sabia disso, e até ainda suspeito que não. Devem estar falando de condições mais adversas.

Achei isso:

http://www.anandtech.com/show/9248/the-truth-about-ssd-data-retention
[...]

In reality power off temperature of 55°C is not realistic at all for a client user because the drive will most likely be stored somewhere in the house (closet, basement, garage etc.) in room temperature, which tends to be below 30°C.

[...]

All in all, there is absolutely zero reason to worry about SSD data retention in typical client environment. Remember that the figures presented here are for a drive that has already passed its endurance rating, so for new drives the data retention is considerably higher, typically over ten years for MLC NAND based SSDs. If you buy a drive today and stash it away, the drive itself will become totally obsolete quicker than it will lose its data. Besides, given the cost of SSDs, it's not cost efficient to use them for cold storage anyway, so if you're looking to archive data I would recommend going with hard drives for cost reasons alone.

Ainda assim é menos do que eu esperava. Achava que vossem ser mais longevos, em desuso, que HDs magnéticos, agora "parece"* que é o contrário. Mas acho ainda que os discos laser devem bater eles de longe.

Sobre a aparente "função de manutenção" que eu inferi, na verdade não existe (ou ao menos não é disso que falam), mas calha da temperatura mais elevada quando em uso ser favorável à preservação, em contraste com temperaturas aproximadas ou superiores, mas em desuso. Uma vez vi sobre um relatório do google que dizia algo parecidos sobre a durabilidade de HDs nos servidores, os em mais alta temperatura duravam mais. Acho que talvez isso tenha implícito menor flutuação de temperatura, que talvez seja o problema mais direto do que a temperatura em si. Curiosamente ainda não ouvi falar de se ter sistemas de manutenção ativa de uma temperatura mais quente em servidores ou desktops, parece que as pessoas insistem na idéia de que a refrigeração é o desejável, mas parece que é um tiro no pé.



* só chutão de novo. Embora historicamente tenha uma vez ou outra acessado meio "de brincadeira" coisas guardadas em HDs engavetados por anos (chuto que mais de 4), e de disquetes de 5 1/4, por provavelmente perto de uma década (desde ter MSX e/ou Apple, até esbarrar com emuladores deles em PC-X/ATs bem mais tarde, provavelmente dos 586 para cima. Também chuto que as gravações em fita K-7 devam aguentar bastante, especialmente se gravadas em "short play". É provável que haja uma tendência a redução da longevidade pelo uso típico privilegiar espaço e velocidade, querendo atingir densidades cada vez maiores.

Mas é só esperar mais um pouco e alguém posta um artigo com a meia-vida de cada tipo de mídia.


Mas pelo pouco que pesquisei agora, parece que o máximo (significando a maior estimativa de alguém que parecia entender alguma coisa) é uns 70 anos para HDs magnéticos. Mas são poucas as estimativas de armazenamento em desuso. Bem menos do que eu esperava. Esbarrei num artigo explorando a possibilidade de usar ADN para armazenamento digital de longa durabilidade.

[Arcanjo Lúcifer]

Ainda levemente relacionado ao assunto de web archiving:

Caso a espécie humana seja abruptamente extinta*, quando tempo aproximadamente nossa informação digital sobreviveria com alguma fidelidade em servidores, discos rígidos, cds, disquetes e similares, considerando que fique intocada e sem grandes variações ambientais? Qual é o "gargalo" físico ou químico de sobrevivência a longo prazo?

*Algo como uma revolta armada de guarda-sóis suicidas ou coisa similar:

Não entendo nada disso, mas acho que em caso de guerra nuclear não  sobraria nada gravado.

Lembro de um documentário sobre testes nucleares em grande altitude feito nos anos 50, explodiram uma bomba no espaço.

O efeito foi criar uma tempestade magnética  que causou até  um apagão  geral no Havaí.

Acho que nada  gravado em um chip sobreviveria.

[Lakatos]

Não entendo nada disso, mas acho que em caso de guerra nuclear não  sobraria nada gravado.

Lembro de um documentário sobre testes nucleares em grande altitude feito nos anos 50, explodiram uma bomba no espaço.

O efeito foi criar uma tempestade magnética  que causou até  um apagão  geral no Havaí.

Acho que nada  gravado em um chip sobreviveria.

Mas aí entraria na restrição de "grandes variações ambientais" que eu estou retirando do problema.

[Arcanjo Lúcifer]

Entendi.

Mas mesmo assim não  acredito que isso tudo sobreviva por mais que alguns meses ou anos, mesmo sem danos físicos.

O próprio material em que estão  gravados se deteriora sozinho.

[Lakatos]

Da Wikipedia:

As with CDs and computer hard drives, Magnetic media such as audio and videotapes have a limited life span.

Optical media such as CDs, or DVDs contain an organic dye that distinguishes data reading from data writing based on the dye’s transparency along the disk.[3] Conventional CDs and DVDs have finite shelf-life due to natural degradation of the dye, however the new M-DISC uses different technology to produce a DVD with a claimed lifespan of 1000 years. The National Archives and Records Administration lists published life expectancies to be 10 or 25 years or more for normal CDs and DVDs and conservative life expectancies to be between 2 and 5 years.[4] Storage environments, such as temperature and humidity, as well as handling conditions such as frequency of media use and compatibility between the recorder and media, affect media shelf-life.[5] Improvements in media storage and migrations to new recording technologies can make certain formats obsolete within their respective lifespan. Technologists have pointed to internet streaming media, where services such as video-on-demand have contributed to the 33 percent decline in DVD sales the past 5 years, as a challenge for digital preservation.[6]

Audio and video tapes require specific care and handling to ensure that the recorded information will be preserved. For information that must be preserved indefinitely, periodic transcription from old media to new ones is necessary, not only because the media are unstable but also because the recording technology may become obsolete.

Magnetic Media also deteriorates naturally with typical shelf-lives between 10 and 20 years.[7] Magnetic tape can degrade from binder hydrolysis or magnetic remanence decay. Binder hydrolysis, also known as Sticky Shed syndrome, refers to the breakdown of binder, or glue, that holds the magnetic particles to the polyester base of the tape. Tapes which have been stored in hot, humid conditions are particularly vulnerable to this phenomenon and may suffer from accelerated degradation. Severe binder can cause the magnetic material to fall off or sheds from the base, leaving a pile of dust and clear backing. Archivists can bake the tape, which evaporates water molecules on the tape, to temporarily restore the binder before making a copy.

Magnetic tape can also be destabilized by magnetic remanence decay, which refers to the weakening of the tape’s magnetization over time. This weakens the affect tape’s readability, leading to reduced sound clarity and volume or picture hue and contrast. Baking the tape will not restore magnetization. Archivists might instead digitally encode a copy of the tape, preserving its content as a digital data file. It is also common[citation needed] for computer floppy disks to degrade over time, as the lubricants inside the plastic jackets of many older floppies promote the decay of the magnetic medium. Also, the alignment of the magnetic particles of the disk substrate may gradually degrade, leading to a loss of formatting and data. Early laser disk media were prone to degradation as the layers of the disk substrate were bonded with an adhesive that was vulnerable to decay and would crumble over time. This would lead the different layers of the disk to peel apart, damaging the pitted data surface and rendering the disk unreadable

Media at risk include recorded media such as master audio recordings of symphonies and videotape recordings of the news gathered over the last 40 years. Threats to media that must be considered when archiving important record media include accidental erasure, physical loss due to disasters such as fires and floods, and media degradation.

Along with the actual media being degraded over the years, the machines that are available to play back or reproduce the audio sources are becoming archaic themselves. Manufacturers and their support (parts, technical updates) for their machines have disappeared throughout the years. Even if the medium is vaulted and archived correctly, the mechanical properties of the machines have deteriorated to the point that they could do more harm than good to the tape or disc being played.

Many major film studios are now backing up their libraries by converting them to electronic media files, such as .AIFF or .WAV-based files via digital audio workstations. That way, even if the digital platform manufacturer goes out of business or no longer supports their product, the files can still be played on any common computer.

There is a detailed process that must take place previous to the final archival product now that a digital solution is in place. Sample rates and their conversion and reference speed are both critical in this process.

Realmente é bem pouco, até em escala de vida humana.

[Arcanjo Lúcifer]

Em condições  ideais, sem umidade, mofo ou insetos.

Vc já viu o que acontece com uma edificação  totalmente abandonada  em apenas cinco anos?  Principalmente em regiões onde o inverno é  rigoroso?

[Buckaroo Banzai]

Realmente é bem pouco, até em escala de vida humana.

Temos urgentemente que explorar alternativas talvez descartadas precipitadamente, como a memória-bolha e cartões perfurados.

https://en.wikipedia.org/wiki/Voyager_Golden_Record#Materials

[Lakatos]

Realmente é bem pouco, até em escala de vida humana.

Temos urgentemente que explorar alternativas talvez descartadas precipitadamente, como a memória-bolha e cartões perfurados.

https://en.wikipedia.org/wiki/Voyager_Golden_Record#Materials

Ou os bons e velhos blocos de granito.

Como será que os retrogamers lidarão com o fato de que em algumas décadas estarão totalmente reféns da emulação, que tanto odeiam?

[Dr. Manhattan]

Realmente é bem pouco, até em escala de vida humana.

Temos urgentemente que explorar alternativas talvez descartadas precipitadamente, como a memória-bolha e cartões perfurados.

https://en.wikipedia.org/wiki/Voyager_Golden_Record#Materials

Existe um outro problema, até mais sério do que a "shelf life": a informação em CDs e DVDs está codificada. Quando aparece uma nova mídia, surgem também novos métodos de compressão de dados e codificação, o que pode tornar o conteúdo de CDs e DVDs antigos ilegível. Por outro lado, os bons e velhos livros, se bem cuidados, podem permanecer legíveis por séculos...

Aliás, achei o tempo de vida de CDs citado acima exagerado. Tenho CDs com quase 20 anos em casa que ainda estão todos em perfeito estado de conservação. E na casa dos meus pais ainda encontro algumas fitas cassete* que gravei há mais de 20 anos, que estão perfeitamente OK.


*Mama Manhattan se amarra num Dire Straits.

[Buckaroo Banzai]

Aí é só instalar um desARJeador ou o que quer que resolva o problema.

[Arcanjo Lúcifer]

Realmente é bem pouco, até em escala de vida humana.

Temos urgentemente que explorar alternativas talvez descartadas precipitadamente, como a memória-bolha e cartões perfurados.

https://en.wikipedia.org/wiki/Voyager_Golden_Record#Materials

Ou os bons e velhos blocos de granito.

Como será que os retrogamers lidarão com o fato de que em algumas décadas estarão totalmente reféns da emulação, que tanto odeiam?

Se a raça  humana quiser guardar algo dos idiomas para decifrarem no futuro, ou a história dos dias atuais, vai precisar esculpir em pedra ou argila queimada...

Daqui 2000 anos não existirá nada dos nossos dias que seja aproveitável.

Se desenterrarem algo será  só  lixo, pneus velhos, garrafas plásticas, esqueletos com pares de próteses de silicone com o tamanho de air  bags...

[Gigaview]

Se desenterrarem algo será  só  lixo, pneus velhos, garrafas plásticas, esqueletos com pares de próteses de silicone com o tamanho de air  bags...

Se evoluirmos para o "tudo biodegradável" não vai sobrar nem lixo. Isso sugere uma resposta para mistério dos antigos astronautas que estiveram aqui e não deixaram nem ao menos um parafuso de vestígio de suas presenças.*


* Na verdade deixaram mas a arqueologia oficial tenta ocultar esses "out-of-place artifacts".

[Arcanjo Lúcifer]

Se desenterrarem algo será  só  lixo, pneus velhos, garrafas plásticas, esqueletos com pares de próteses de silicone com o tamanho de air  bags...

Se evoluirmos para o "tudo biodegradável" não vai sobrar nem lixo. Isso sugere uma resposta para mistério dos antigos astronautas que estiveram aqui e não deixaram nem ao menos um parafuso de vestígio de suas presenças.*


* Na verdade deixaram mas a arqueologia oficial tenta ocultar esses "out-of-place artifacts".

Alguma coisa sempre sobra, por exemplo, aquelas baterias feitas com vasos de barro que os extraterrestres usavam nos ovnis para atravessar o universo.

Alta tecnologia...
Pelo menos foi o que o Daniken afirmou.

[Gigaview]

Se desenterrarem algo será  só  lixo, pneus velhos, garrafas plásticas, esqueletos com pares de próteses de silicone com o tamanho de air  bags...

Se evoluirmos para o "tudo biodegradável" não vai sobrar nem lixo. Isso sugere uma resposta para mistério dos antigos astronautas que estiveram aqui e não deixaram nem ao menos um parafuso de vestígio de suas presenças.*


* Na verdade deixaram mas a arqueologia oficial tenta ocultar esses "out-of-place artifacts".

Alguma coisa sempre sobra, por exemplo, aquelas baterias feitas com vasos de barro que os extraterrestres usavam nos ovnis para atravessar o universo.

Alta tecnologia...
Pelo menos foi o que o Daniken afirmou.

Aquilo foi gambiarra dos protobrasileiros produzidos no laboratório do Jardim do Éden.

[Buckaroo Banzai]

Notei, acho que em mais de um lugar, em comentários com plugin do facebook, alguns que são somente um link para um outro perfil do facebook, totalmente do nada, contexto nenhum. O que é isso? Alguma tática coletiva de trapacear nos resultados de busca do google?

Exemplo:


http://exame.abril.com.br/pme/noticias/bel-pesce-conta-sua-versao-apos-polemica-nas-redes-sociais

[Lakatos]

Você está falando de quando apenas escrevem "Fulano de Tal" no comentário?

É uma marcação, as pessoas fazem isso quando não tem nada para comentar mas querem indicar a matéria para que o outro leia.

[Buckaroo Banzai]

Que esquisito, imaginaria que isso pudesse ser melhor feito internamente no facebook, sem emporcalhar os comentários por aí.

[Lakatos]

É que esse é o jeito mais fácil. Você apenas marca o nome da pessoa e ela recebe uma notificação automática, sem te dar o trabalho de ter que enviar o link.

Isso parecerá muito trabalhoso dentro de alguns anos, quando inventarem um jeito de você enviar notificações apenas com a força do pensamento. "Como é que antigamente as pessoas se davam o trabalho de ter que escrever palavras, digitando letra por letra?"

[Spencer]

Num quarto,totalmente escuro, uma lanterna acesa apontada para um botão, por exemplo, faz com que a outra face do botão não seja iluminada, mas o feixe da lantena é continuo e visível.
Considerada a desproporção das dimensões entre o Sol (lanterna) e da Terra (botão), por que o céu - nossa atmosfera - é escuro à noite?

[Buckaroo Banzai]

Num quarto, tem paredes, chão, teto, mobília, refletindo alguma luz em todas as direções. No espaço, as coisas mais próximas são a Lua e a atmosfera, então as coisas não são, apenas com o Sol, fora do "esperado".

Feixes de luz são visíveis por poeira ou outra coisa (vapor, chuva) refletindo a luz.

No que seria realmente "inesperado", supostamente se deve à expansão do universo impedir de sermos inundados pela luz de outras estrelas.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Paradoxo_de_Olbers