Boa noite,
Eu gostei do título do tópico e senti muita vontade de responder após ler o primeiro post, mas como é meu costume, li também todas as discussões já ocorridas.
Geralmente minha intenção é verificar se minha posição, ponto de vista ou argumentação já foi abordada, ou com que grau de sucesso. Porém esse tópico me surpreendeu, já que após pouquíssimas mensagens, o tema da discussão desvia-se totalmente do original.
Todas as mensagens aqui apresentadas foram muito interressantes, e realmente, como disse o DiegoJaf, o tópico não deveria ser trancado, fato que concordo plenamente, visto que as discussões ocorridas aqui, apesar das paixões inflamadas e do fato auto-evidente de se tratar de um assunto sensível e pessoal (que se trata das divergências entre uma moral pessoal e a ética), todas as conversas estão no limite (ao menos) de uma boa discussão e ótimas linhas de argumentação.
Poucos sites ou fóruns na internet que participo (e são muitos ao longo dos anos) apresentaram debates com ambos os lados tão bem defendidos e com tão poucos desvios de conduta (que sempre são magistralmente captados pelas partes contrárias). Enfim poucas falácias e QUASE nenhum Ad-hominem. (talvez uma envenenadinha básica da fonte Poisoning the well sobre os bacharéis de direito...)
Mas o tema que eu gostaria de tratar diz respeito aquele post inicial, que pergunta, em seu cerne, por que alguns de nós somos levados a ter mais empatia com algumas espécies de animais do que com outras (ai inclusa a espécie humana).
Geralmente somos apresentados a idéia de que esta é uma questão estética, isto é, é moral na medida em que varia de pessoa para pessoa ou de um grupo social para outro. Deve-se a uma identificação dos indivíduos com as espécies envolvidas e sua familiaridade, sendo esta uma familiaridade fisiológica e/ou empírica - ou seja, alguns de nós somos comovidos com imagens de vacas e bezerros sendo maltratados, pois somos todos mamíferos e possuímos, inegavelmente, muitas características e fisiologias em comum; outros abominam a idéia de se alimentar de cães, pois tem com esses animais relações pessoais e emotivas, devido a essa convivência ou experiência com a espécie em questão.
Não nego que existe um plano de fundo ético e fundamental na cultura da espécie humana para repúdio a violência gratuita. Mas o problema reside na caracterização destes eventos pelas sociedades em questão.
Estou pensando em como dar melhor continuidade a esta questão, tentarei postar de novo mais tarde (são 06h00min da manhã enquanto escrevo isso...). E fica aqui também minha mensagem de solidariedade aos bacharéis de direito, realmente há um grande número de advogados sendo formados em nosso país (alguns diriam excessivo), e muitos mancham a integridade da profissão (Sr. Luiz Flávio Borges D´Urso, presidente da OAB-SP e advogado da renascer, estou olhando para você), porém é função altamente necessária para a sociedade e um ótimo exercício a argumentação e análise critica.
(e eu não quero fazer direito nem morto!)