Até as empresas perceberem que é possível fabricar perfis fake ou maquiados para serem lidos pelos gênios dos departamentos de rh das empresas, bem costurados com respostas pré-fabricadas para entrevistas.
A questão não é o que esta no perfil, se a pessoa é gênio ou não, isso tem no curriculo, são fotos, pra ver se a pessoa tem amigos, que tipo de lugares frequenta, se tem fotos da família, que tipo de coisas a pessoa compartilha, etc. Fora que hoje em dia ter Facebook é uma coisa tão comum, tão necessária para manter contato que quando na pessoa não tem pode ser indício de que a pessoa é anti social, que tem algo a esconder....
Se a pessoa configurar o facebook corretamente, não-amigos não terão acesso a nada disso. E, sinceramente, se uma empresa basear, mesmo que seja um pouco, seu critério de contratação no perfil de facebook da pessoa, não é uma empresa em que eu trabalharia. É a frescura atingindo leveis jamais visto.
Fico imaginando como o mundo sobreviveu até o advento da internet e redes sociais. O processo de contratação de um funcionário deveria ser um pandemônio, praticamente um sorteio, já que tudo que se tinha acesso era ao currículo e a recomendação de empregos anteriores. Como escolher um funcionário sem ver as fotos dele de sunga na praia ou aquele compartilhamento contra a rede globo? Barbarismo.
Então desista de trabalhar em 90% das multinacionais, para cargos importantes e até para promoções para cargos gerenciais o facebook e tweeter são consultados, ninguém fuça facebook para vaga de faxineiro, segurança e caixa de supermercado, e é óbvio que quase nunca essa visita altera a decisão, mas por exemplo, um amigo headhunter me disse que um rapaz novo, de uns 28 anos, perdeu um cargo gerencial numa empresa americana top ten porque compartilhava conteúdo racista no facebook. A empresa nesse caso pode ter evitado um processo civil de milhões de dólares por ter dispensado um gerente racista.
Daí o candidato a gerente tem configurações de privacidade onde só seus amigos vêem seu conteúdo e a empresa faz o quê?
"Pena, um gênio na área e uma aquisição sensacional para o cargo que abriu, mas não conseguimos ver seu facebook. Vamos ver o próximo candidato" *tocando o currículo no lixo*.
Elimina-se o que dá, ninguém disse que é uma ferramenta infalível. Se dispensamos um gênio na área e o motivo foi o perfil dele que não esta aberto, pode ter certeza de que um gênio de igual calibre foi contratado. Como disse, não serve como argumento por si só, mas pode servir como critério de desempate. Contratações e promoções de alto nível normalmente são decididas nos detalhes, os candidatos passam por diversos processos de seleção, alguns testes são extremamente idiotas, onde as respostas dadas não significam nada, mas o modo como o candidato se comporta durante o teste esta sendo avaliado. Um exemplo que me vem a mente foram dois candidatos em que eu fui o responsável pelo processo seletivo, ambos tinham curriculos impecáveis, dois feras na área, foi pedido que fizessem uma redação, o conteúdo de ambos foi muito bom, mas um cometeu vários erros de gramática, enquanto o outro ficou reclamando que ja tinha saído do colégio, que fazer redação era coisa de criança, contratamos o que cometeu erros de gramática. O mala que não queria fazer redação perdeu um salário de 18 mil reais por mês.