Gigaview, doeu aqui só de ler. pqp.
A coisa se parece mesmo uma mamona no formato, sério.
Oxalato de cálcio tb.
Em Abril de 2010, numa noite absolutamente normal, eu, então com 27 anos, estava em casa assistindo a um filme quando comecei a sentir uma dorzinha de barriga. Nada de preocupante.
Fui ao banheiro, porém nada aconteceu.
A dor progrediu. Uma hora mais tarde já era duas vezes mais forte e estava incomodando razoavelmente.
Novamente fui ao banheiro. Novamente nada veio.
Mais uma hora se passou. Já era 0h30.
Foi à partir desse momento que eu comecei a sentir uma dor
de leve nas costas. Lado esquerdo, no meio.
Tomei um copo d'agua e fui pra cama. "Daqui a pouco çaporra passa..."
Após uma hora mal-dormida, a dor de barriga estava forte e a das costas havia progredido para o nível
Foda.
Fui ao banheiro novamente. "Nada?!?! Quiporreessa??? Quiquitacontecendo???"
Já eram duas da manhã.
A dor nas costas era lancinante.
Finalmente eu me deitei no chão, estirado, pois a dor não me permitia ficar em posição fetal.
Foi então que eu acordei minha namorada e pedi pra ela chamar uma ambulância.
15 minutos depois chegaram dois camaradas. Eles me fizeram algumas perguntas e me levaram pro hospital.
Segundo minha namorada, quando chegamos lá, eu estava branco e suando frio.
Dois Raios-X e 1 litro de soro mais tarde, o diagnóstico:
- A dor de barriga era resultado de uma constipação.
- A dor nas costas era de uma pedra descendo pelo meu uréter esquerdo. A desgraçada (felizmente?) se deslocou naturalmente até a minha bexiga e iria ser expelida em alguns dias. Haviam outras duas pequenas, uma em cada rim, resultado de 6 meses de uma alimentação propícia e pouca ingestão de água.
A Dotôra me prescreveu um anti-inflamatório, um remédinho pra ajudar na diluição das pedras e um divino analgésico que continha 1,5% de morfina.
Passados 2 dias, senti um "incômodo" no canal da uretra.
A maldita pedra queria conhecer o mundo exterior.
Tomei um litro de água e aguardei.
A vontade veio.
Peguei uma jarra e dei à luz a uma pedrinha (semelhante à que aparece na parte inferior da foto acima), a qual guardo com muito zelo.
Foi o primeiro e, até o momento, o único caso. Que permaneça eternamente com um episódio piloto de uma série que não decolou.
Uma pessoa que sofre de câncer terminal e que convive com
metade(!) da dor que eu senti tem toda a razão de querer dar fim à vida.