Autor Tópico: Homossexualidade pode ser genética  (Lida 31559 vezes)

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Offline Bolsonaro neles

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #200 Online: 09 de Junho de 2014, 08:19:22 »
Eu não trollei nada. Eu apresentei uma das teses que tenta explicar o homossexualismo, a psicanalítica. Mas as pessoas preferem dizer que o cara nasce com vontade de dar o rabo e chupar pau por causa de herança genética e outros que é carma. Fazer o que. Não vejo mal nenhum em admitir que a coisa se forma na primeira infância, por influência ou omissão dos responsáveis.  Eu não vou dar os links. As fontes estão aí pra quem quiser ver. Não tem nada de religioso. Tem até ateu desenvolvendo tese nesse sentido. Daí, o cara diz que é besteirol. Lamentável que seja assim.
Famado, você é muito engraçado, a teoria do homossexualismo cármico foi citada por você mesmo, por nenhum outro membro. E a ideia dominante aqui não é a de que os genes são fatores determinantes na orientação sexual, e sim que genética e ambiente se combinam para definirem a orientação sexual de uma pessoa.
Se vc é espírita, sabe que considera o homossexualismo como sendo cármico. Assim como o fato de que uma criança alvejada por um pedófilo o foi porque fez algum tipo de merda na encarnação passada. Isso é o espiritismo e sua doutrina. Não é culpa minha, não fui eu quem inventou. Foi Kardec.
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Já sobre a sua tese de que a homossexualidade é causada pelas experiências vividas na primeira infância, até agora não teve nenhum argumento forte apresentado, e/ou nenhuma referência apresentada, a qual pudêssemos confrontar, e analisarmos se faz algum sentido. O máximo que tu fez foi dizer que a teoria é psicanalítica, mas nenhuma obra, artigo ou estudo nos foi passado, ou seja, pode-se dizer que isso até é uma falácia de apelo a autoridade anônima, já que a psicanalise foi usada como autoridade no assunto, porém de maneira vaga, sem fazer nenhuma menção a uma autoridade em especifico (como um autor, uma obra e/ou um estudo específicos) capaz de serem confrontados.
Não é possível que vc não tenha lido nada sobre Freud e tantas teses que colocam o homossexualismo nas bases freudianas. Se pesquisar sem preconceitos achará.

Offline Bolsonaro neles

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #201 Online: 09 de Junho de 2014, 08:25:25 »
Aliás, qualquer merda de nossa vida pode ser considerada uma interação entre a genética e o ambiente. Eu gosto de comer pão francês com queijo branco e tomar café aguado todo dia no café da manhã. Genética com ambiente. Tudo será genética com ambiente. Então, genética com ambiente é tudo e não é nada. Isso seria primário para tudo na vida. Podemos até entrar em uma discussão sobre predeterminismo e livre arbítrio. Eu não tenho escolha independente de nada. Tudo foi a genética com o ambiente e deu na merda que deu.

Na verdade, o homossexualismo tem forte influência do ambiente. Especialmente da mãe e do pai. Isso é indelével.
 

Offline AlienígenA

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #202 Online: 09 de Junho de 2014, 09:06:10 »
Claro, gostar de comer o que é comestível é cultural. Por isso que os incultos engolem qualquer coisa.

Offline Skeptikós

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #203 Online: 09 de Junho de 2014, 12:52:27 »
Eu não trollei nada. Eu apresentei uma das teses que tenta explicar o homossexualismo, a psicanalítica. Mas as pessoas preferem dizer que o cara nasce com vontade de dar o rabo e chupar pau por causa de herança genética e outros que é carma. Fazer o que. Não vejo mal nenhum em admitir que a coisa se forma na primeira infância, por influência ou omissão dos responsáveis.  Eu não vou dar os links. As fontes estão aí pra quem quiser ver. Não tem nada de religioso. Tem até ateu desenvolvendo tese nesse sentido. Daí, o cara diz que é besteirol. Lamentável que seja assim.
Famado, você é muito engraçado, a teoria do homossexualismo cármico foi citada por você mesmo, por nenhum outro membro. E a ideia dominante aqui não é a de que os genes são fatores determinantes na orientação sexual, e sim que genética e ambiente se combinam para definirem a orientação sexual de uma pessoa.
Se vc é espírita, sabe que considera o homossexualismo como sendo cármico. Assim como o fato de que uma criança alvejada por um pedófilo o foi porque fez algum tipo de merda na encarnação passada. Isso é o espiritismo e sua doutrina. Não é culpa minha, não fui eu quem inventou. Foi Kardec.
Mais a teoria foi desnecessariamente exposta aqui por você

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Já sobre a sua tese de que a homossexualidade é causada pelas experiências vividas na primeira infância, até agora não teve nenhum argumento forte apresentado, e/ou nenhuma referência apresentada, a qual pudêssemos confrontar, e analisarmos se faz algum sentido. O máximo que tu fez foi dizer que a teoria é psicanalítica, mas nenhuma obra, artigo ou estudo nos foi passado, ou seja, pode-se dizer que isso até é uma falácia de apelo a autoridade anônima, já que a psicanalise foi usada como autoridade no assunto, porém de maneira vaga, sem fazer nenhuma menção a uma autoridade em especifico (como um autor, uma obra e/ou um estudo específicos) capaz de serem confrontados.
Não é possível que vc não tenha lido nada sobre Freud e tantas teses que colocam o homossexualismo nas bases freudianas. Se pesquisar sem preconceitos achará.
As obras completas de Freud resultam em vinte volumes1, dos quais li apenas dois2, 3, onde em nenhum deles algo semelhante a esta teoria sua fora apresentado. Como podes ver é muito material para eu afirmar se tem ou não algo sobre homossexualismo associado a eventos da primeira infância nas teorias de Freud. Por tanto facilitaria para nós você nos dizer em qual destes 20 volumes, e em qual texto do volume especifico Freud apresenta tal teoria, se é que ele faz isso.  :ok:


Notas:
1 Cf. Companhia das Letras, Sigmund Freud, Obras Completas, Em 20 volumes
2 Cf. FREUD (1912-1914) TOTEM E TABU, CONTRIBUIÇÃO À HISTÓRIA DO MOVIMENTO PSICANALÍTICO E OUTROS TEXTOS - Obras completas volume 11
3 Cf. FREUD (1923-1925) O EU E O ID "AUTOBIOGRAFIA" E OUTROS TEXTOS - Obras completas volume 16
« Última modificação: 09 de Junho de 2014, 12:54:43 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Bolsonaro neles

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #204 Online: 09 de Junho de 2014, 14:28:12 »
Não são apenas as obras de Freud, mas também as obras dos psicanalistas freudianos.

Amigo, os resultados de sua vida devem ser agradecidos ao seu pai e sua mãe. Eles são responsáveis pela maior parte dos seus sucessos e fracassos. Se vc é um homem de sucesso, isso em muito é o resultado de sua relação com eles. O que lhe transmitiram ou no que se omitiram. Se vc for  um merda psicopata, tb agradeça a eles. Neste caso, em algum momento erraram em alguma coisa e o resultado foi ruim.

O homossexualismo é a mesma coisa. Não estou qualificando de bom ou ruim, mas o resultado do que recebeu deles.

Offline Sergiomgbr

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #205 Online: 09 de Junho de 2014, 14:51:02 »
O que lhe transmitiram ou no que se omitiram. Se vc for  um merda psicopata, tb agradeça a eles. Neste caso, em algum momento erraram em alguma coisa e o resultado foi ruim
Mas um psicopata não é bom ou ruim, mas sim, eventualmente os seus atos.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Skeptikós

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #206 Online: 09 de Junho de 2014, 15:07:50 »
Não são apenas as obras de Freud, mas também as obras dos psicanalistas freudianos.
Algum nome em especifico; autor, obra/texto, qual edição devemos procurar, em que página em especifico e etc.?
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Geotecton

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #207 Online: 10 de Junho de 2014, 09:07:56 »
O Famado usou uma manobra evasiva para redirecionar os "ataques" argumentativos que ele vinha recebendo dos foristas, para os pobres coitados dos espiritas homossexuais, que nem estão aqui para se defenderem, não perceberam isso?

Votemos a confrontar as teorias infundadas do Famado no campo da genética e da psicologia, e esquecemos suas maluquices sobre a teoria homossexualista espiritista, que não tem nada haver com o tema, que é se a causa do comportamento e da orientação homossexual é genética ou psicológica (por influência do ambiente), e se ambas, qual delas é a dominante?

Psicológica, determinada entre a primeira e a segunda infância por influência do ambiente.

Você é bem enfático, famado. Em que você baseia tal afirmação? E não, experiência própria não vale.*

*:lol:

Na lógica, nos cabelos brancos e na observação. Tão simples quanto isso.

A sua "lógica, cabelos brancos e observação" não são argumentos. Então ou você apresenta evidências palpáveis baseadas em dados ou declara o seu "achismo". E neste caso estará sujeito a punições caso continue atuando como um troll.

Fica a advertência.
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Offline Bolsonaro neles

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #208 Online: 10 de Junho de 2014, 09:32:42 »
Companheiro, o fundamento para colocar a origem da homossexualidade na primeira infância está em Freud. Contudo, há inúmeras conrrentes freudianas tendenciosas. Há quem aceite seus argumentos para justificar a homossexualidade como sendo natural (Freud sustenta que todas as pessoas são bissexuais), há quem use seus argumentos para colocar a causa nos pais, enfim, ha inúmeros trabalhos. É só procurar na internet. O que não se pode é desprezar tais argumentos porque os homossexuais querem impor que nasceram assim e, portanto, seria genética a causa.

A maioria dos ateus deste fórum, por preconceito contra as religiões (alguns por serem homossexuais), quer impor que é genético. Mas vc sabe que há ateístas daqui que não entendem assim.

Offline Muad'Dib

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #209 Online: 10 de Junho de 2014, 10:04:25 »
Duvido que o famado seja bobo o bastante para achar que tem alguém aqui engolindo esse monte de merda que ele tá vomitando.

Não adianta pedir fontes porque o que ele tem é só o blábláblá típico dos fundamentalistas religiosos (o que provavelmente ele é), papo esse que o povo aqui tá cansado de saber que completamente infundado.

O negócio do famado é ficar de "joguinhos verbais" que enganam somente os mais desavisados, papo típico de religiosos que chegam aqui "de vez em sempre" e aplicam o famoso golpe "xadrez com pombos". O que o famado mais quer é ser banido para poder chegar nos seus contatos do facebook contando como o povo aqui, sem argumentos para refutá-lo, aplicaram um golpe baixo e silenciaram-no com um banimento.


Offline Muad'Dib

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #210 Online: 10 de Junho de 2014, 10:12:51 »
Por mim, o negócio com o famado seria assim: "Tem fonte que sustente tudo o que está falando e parece contradizer o que os especialistas sérios falam? Tem? Beleza, vamos analisá-la e discuti-la. Não tem? Beleza então famado, você tá certo, isso era óbvio, have a nice fucking day and goodbye."

Se dá trela o cara fica pentelhando, se bani ele fica se achando o vitorioso.

Offline Bolsonaro neles

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #211 Online: 10 de Junho de 2014, 10:13:26 »
Pense como quiser.

Aliás, estou no forum desde 2007. Já se vão 7 anos. Vc é apenas mais um raivozinho que chegou a pouco.
« Última modificação: 10 de Junho de 2014, 10:15:33 por Bolsonaro neles »

Offline Muad'Dib

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #212 Online: 10 de Junho de 2014, 10:16:37 »
Pense como quiser.

Aliás, estou no forum desde 2007. Já se vão 7 anos.

É mesmo? E dai?

Ainda não conseguiu aprender o mínimo para poder levar um argumento adiante de forma satisfatória?


Tem fonte do que está afirmando famado????


Ou é só besteirol religioso?

Offline Geotecton

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #213 Online: 10 de Junho de 2014, 10:50:35 »
Companheiro, o fundamento para colocar a origem da homossexualidade na primeira infância está em Freud.

Então mostre qual é a obra de Freud que afirma isto, se possível indicando a edição, o capítulo e a página.


Contudo, há inúmeras conrrentes freudianas tendenciosas.

Cite ao menos duas.


Há quem aceite seus argumentos para justificar a homossexualidade como sendo natural (Freud sustenta que todas as pessoas são bissexuais),

E ela não é natural?


há quem use seus argumentos para colocar a causa nos pais, enfim, ha inúmeros trabalhos.

Cite alguns e seus respectivos autores.


É só procurar na internet.

Você não é especialista na área e está debatendo em um fórum que se caracteriza por ter debatedores que quando fazem afirmações, costumam apresentar as fontes.

Então não é aceitável uma resposta do tipo "É só procurar na internet".


O que não se pode é desprezar tais argumentos porque os homossexuais querem impor que nasceram assim e, portanto, seria genética a causa.

Até o momento, pelo que eu pude constatar, a maioria dos foristas entende que a homossexualidade tem origem genética e se desenvolve com a contribuição do meio sócio-ambiental.

Cabe a você demonstrar, de maneira inequívoca, que o homossexualismo tem origem apenas sócio-ambiental, mesmo porque você já cansou de insinuar que o homossexualismo é "pura sem-vergonhice".


A maioria dos ateus deste fórum, por preconceito contra as religiões

O suposto "preconceito" contra as religiões não altera o fato de que você está fazendo afirmações baseadas em percepção pessoal e querendo que elas tenham o mesmo "peso" que informações providas por foristas que advém de pesquisas científicas.


(alguns por serem homossexuais),

Mesmo que alguém seja homossexual, não altera a sua postura inconsequente de fazer afirmações sem base.


quer impor que é genético.

Ninguém quer impor nada. Os dados de pesquisas mais recentes é que permitem tal interpretação.


Mas vc sabe que há ateístas daqui que não entendem assim.

E?
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Offline Bolsonaro neles

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #214 Online: 10 de Junho de 2014, 11:21:55 »
Eu nunca disse que homossexualismo é pura sem-vergonhice e nem que o cara o é por escolha. Se disse, expressei-me mal.

Pura sem-vergonhice é uma relação homossexual. Não o homossexualismo. São coisas diferentes.

Offline Bolsonaro neles

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #215 Online: 10 de Junho de 2014, 11:22:45 »
Pense como quiser.

Aliás, estou no forum desde 2007. Já se vão 7 anos.

É mesmo? E dai?

Ainda não conseguiu aprender o mínimo para poder levar um argumento adiante de forma satisfatória?


Tem fonte do que está afirmando famado????


Ou é só besteirol religioso?
Meu filho, já abandonei a religião há muito tempo.

Offline Geotecton

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #216 Online: 10 de Junho de 2014, 11:25:04 »
Pense como quiser.

Aliás, estou no forum desde 2007. Já se vão 7 anos.

É mesmo? E dai?

Ainda não conseguiu aprender o mínimo para poder levar um argumento adiante de forma satisfatória?


Tem fonte do que está afirmando famado????


Ou é só besteirol religioso?
Meu filho, já abandonei a religião há muito tempo.

É sério?
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Offline _Juca_

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #217 Online: 10 de Junho de 2014, 11:54:52 »


Pura sem-vergonhice é uma relação homossexual. Não o homossexualismo. São coisas diferentes.


PQP. Como você se enrola.

Offline Muad'Dib

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #218 Online: 10 de Junho de 2014, 12:23:12 »


Pura sem-vergonhice é uma relação homossexual. Não o homossexualismo. São coisas diferentes.


PQP. Como você se enrola.

Ele não está se enrolando, tá só repetindo o blábláblá fundamentalista de sempre... "eu odeio é o pecado, mas não odeio o pecador". Só tá colocando uma roupinha nova nos papos toscos de sempre.

Offline Skeptikós

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #219 Online: 10 de Junho de 2014, 13:19:01 »
Devido a insistência (infundada) do Famado de que seríamos nós que deveríamos buscar por fontes que corroborasse a argumentação dele, eu decidi pegar o dicionário de psicanálise que tenho aqui e dar uma lida no verbete "homossexualidade", eis o que encontrei:

Citação de:  DICIONÁRIO DE PSICANÁLISE
homossexualidade

al. Homosexualität; esp. homosexualidad; fr. homosexualité; ing. homosexuality

Termo derivado do grego (homos: igual) e criado por volta de 1860 pelo médico húngaro Karoly Maria Benkert para designar todas as formas de amor carnal entre pessoas biologicamente pertencentes ao mesmo sexo. Entre 1870 e 1910, o termo homossexualidade impôs-se progressivamente nessa acepção em todos os países ocidentais, substituindo assim as antigas denominações que caracterizavam essa forma de amor conforme as épocas e as culturas (inversão, uranismo, safismo, lesbianismo etc.). Definiu-se então por oposição à palavra heterossexualidade (do grego heteros: diferente), cunhada por volta de 1880, que abrangia todas as formas de amor carnal entre pessoas de sexos biologicamente diferentes.

Nem Sigmund Freud* nem seus discípulos, nem tampouco seus herdeiros, fizeram da homossexualidade um conceito ou uma noção própria da psicanálise*. Por conseguinte, o freudismo*, consideradas todas as suas tendências, não produziu nenhuma teoria específica sobre essa inclinação sexual que se fez derivar da bissexualidade* característica da natureza humana e animal, e que foi inicialmente ligada ao campo das perversões sexuais e, mais tarde, ao da perversão* em geral, como elemento de uma estrutura ternária que engloba a psicose* e a neurose*.

Dada a transformação induzida pela doutrina freudiana no olhar que a ciência e o saber ocidental voltam para a sexualidade* humana, entretanto, podemos afirmar que Freud, a propósito da homossexualidade e com os meios teóricos de que dispunha, realmente rompeu com o discurso psiquiátrico do fim do século XIX. De Bénédict-Augustin Morel (1809- 1873) a Valentin Magnan (1835-1916), passando por Richard von Krafft-Ebing*, esse discurso considerava a homossexualidade como uma tara ou uma degeneração, que caracterizava, aos olhos de alguns deles, uma “espécie” ou uma “raça” sempre maldita, sempre reprovada. Sob esse aspecto, convém assinalar que a figura do homossexual, desde Oscar Wilde (1856-1900) até Marcel Proust (1871-1922), no final do século, enquanto progredia o anti-semitismo, foi acolhida como um equivalente do judeu: “Ao ódio do judeu por si mesmo”, escreveu Hans Mayer, “corresponde o ódio do homossexual por si mesmo.” E esse ódio, em ambos os casos, podia muito bem transformar-se em ódio por si  mesmo: o ódio de si judeu, como em Karl Kraus* ou Otto Weininger*, ou o ódio da parte “feminina” de si, como no Charlus que, no texto de Em busca do tempo perdido, ridiculariza os outros sodomitas.

Freud nunca desconheceu o papel desempenhado pela tradição judaico-cristã na longa história das perseguições físicas e morais infligidas durante séculos aos que eram acusados de transgredir as leis da família e se entregar a práticas sexuais anormais, demoníacas, desviantes, bárbaras e altamente reprovadas pela Bíblia, por Homem dos Lobos, caso Deus, pelos profetas, pela Igreja* e pela justiça dos homens. Amante da cultura grega e apaixonado pela literatura, ele sublinhou muitas vezes que os grandes criadores eram homossexuais, e sempre foi sensível à tolerância do mundo da Antigüidade para com a pederastia, a ponto, aliás, de esquecer que mesmo entre os gregos o amor pelos rapazes podia ser reprovado como um vício que ameaçava a civilização. Em sua interpretação do mito de Édipo*, por exemplo, Freud nunca pensou em evocar o episódio “homossexual” de Laio: quando rei de Tebas, ele havia raptado o belo Crísipo. Hera, protetora do casamento, ficara escandalizada com isso e havia mandado a Esfinge aos tebanos para puni- los por terem sido demasiadamente tolerantes para com essa relação culpada.

Embora nunca tenha sido um militante da causa dos homossexuais, Freud foi marcado, como todos os cientistas de sua época, pelas grandes interrogações provenientes do darwinismo, que almejavam transformar radicalmente a representação que se tinha da sexualidade humana. Daí a inspiração que foi buscar na sexologia*, antes de se desligar dela por completo.

Como doutrina “progressista” do comportamento sexual, a sexologia inventou, tal como a criminologia*, seu vocabulário: tratava-se, na época, de dotar de uma definição “científica” certas práticas sexuais ditas patológicas, que ora se pretendia classificar como doenças hereditárias (e não mais como pecados), a fim de remetê-las à nosologia psiquiátrica, ora se queria definir como crimes ou delitos (e não mais como atos contrários à moral cristã) a fim de julgá-los perante a lei: “A homossexualidade”, escreveu Michel Foucault (1926-1984), “apareceu como uma das imagens da sexualidade ao ser reduzida da prática da sodomia a uma espécie de androginia interna, a um hermafroditismo da alma. O sodomita era um pecador relapso, enquanto o homossexual é hoje uma espécie.” Foi exatamente nesse contexto que se inventaram, na Hungria* e na Alemanha*, os dois termos, homossexualidade e heterossexualidade, que se impuseram definitivamente no século XX.

Em nome dessa teoria hereditarista de uma homossexualidade constitucional, inata ou natural, diversos estudiosos opuseram se às legislações repressivas européias que concerniam à homossexualidade, como é atestado pelas batalhas lideradas por Magnus Hirschfeld* sobre o “sexo intermediário”, por Havelock Ellis* sobre o “inatismo” natural da homossexualidade, e também por um jurista de Hanover: Carl Heinrich Ulrichs (1826-1895). Sendo ele próprio homossexual, Ulrichs publicou, sob o pseudônimo de Numa Numantius, uma série de livros nos quais popularizou o termo uranismo (proveniente do deus da mitologia grega Urano, castrado por seu filho, Cronos, e de Urânia, a musa da astronomia), para sustentar que a inversão sexual era uma anomalia hereditária, próxima da bissexualidade, que produzia uma “alma de mulher num corpo de homem”. Seguindo-se a ele, o psiquiatra Carl Westphal (1833-1890) deu seu apoio à teoria congênita da homossexualidade, afirmando a existência de um “terceiro sexo”. Entre 1898 e 1908, foram lançadas milhares de publicações sobre a homossexualidade.

Para o discurso psiquiátrico do século XX, a homossexualidade sempre foi tida como uma inversão sexual, isto é, uma anomalia psíquica, mental ou de natureza constitucional, um distúrbio da identidade ou da personalidade que podia chegar à psicose e que, não raro, conduzia ao suicídio*. A terminologia passou por múltiplas variações: com respeito às mulheres, empregavam se os termos safismo ou lesbianismo, numa referência a Safo, a poetisa grega da ilha de Lesbos que era adepta do amor entre as mulheres; quanto aos homens, falava-se de uranismo, pederastia, sodomia, neuropatia, homofilia etc. A nosologia foi muito mais flexível quanto a esse campo do que em relação à loucura*, e a legislação foi diferente conforme os países.

Foi preciso esperar pela década de 1970, pelos trabalhos dos historiadores — de Michel Foucault a John Boswell (1947-1994) — e pelos grandes movimentos favoráveis à liberdade sexual, para que a homossexualidade deixasse de ser encarada como uma doença e passasse a ser vista como uma prática sexual distinta: falou- se então das homossexualidades, e não mais da homossexualidade, para deixar claro que esta era menos uma estrutura do que um homossexualidade componente da sexualidade humana dotado de uma pluralidade de comportamentos tão variados quanto os dos neuróticos comuns. Freud, aliás, havia apontado o caminho para essa abordagem, fazendo a homossexualidade derivar da bissexualidade e remetendo-a a uma escolha inconsciente, ligada à renegação*, à castração* e ao Édipo.

Em 1974, sob a pressão dos “movimentos de liberação”, a American Psychiatric Association (APA) decidiu, através de um plebiscito, riscar a homossexualidade da lista das doenças mentais. O caso provocou um escândalo. De fato, ele indicou que a comunidade psiquiátrica norte-americana, na impossibilidade de definir cientificamente a natureza da homossexualidade, havia cedido à pressão da opinião pública, fazendo seus membros votarem sobre um problema cuja solução não dependia de um  processo eleitoral. Treze anos depois, em 1987, sem a menor discussão teórica, o termo perversão* desapareceu da terminologia psiquiátrica mundial e foi substituído por parafilia, na qual não mais se incluiu a homossexualidade.

Na história da sexologia e, posteriormente, da psicanálise, Sandor Ferenczi* ocupa um lugar à parte. Em 1906, antes de seu encontro com Freud e num texto sobre os estados intermediários apresentado à Associação de Medicina de Budapeste, tomou abertamente a defesa dos homossexuais perseguidos na Hungria. Desaprovou todos os médicos que os pressionavam a se casar para encontrar “remédio” para seu “pretenso” problema. Mais tarde, em seus textos posteriores, de inspiração psicanalítica, revelou-se um excelente clínico dessa questão.

Entre 1905 e 1915, graças aos trabalhos clínicos de seus discípulos da Sociedade Psicológica das Quartas-Feiras*, que lhe levavam numerosos casos de homossexualidade (Alfred Adler*, Isidor Sadger* etc.), Freud desligou-se da sexologia. O que lhe interessava em termos imediatos não era valorizar, inferiorizar ou julgar a homossexualidade, porém compreender suas causas, sua gênese e sua estrutura, do ponto de vista de sua nova doutrina do inconsciente*. Daí o interesse voltado para a homossexualidade latente dos heterossexuais na neurose e, mais ainda, na paranóia*. Freud conservou o termo perversão para designar os comportamentos sexuais desviantes em relação a uma norma estrutural (e não mais social) e nela incluiu a homossexualidade, da qual fez uma perversão do objeto caracterizada por uma fixação da sexualidade numa inclinação bissexual. Nessa perspectiva, retirou dela qualquer caráter pejorativo, diferencialista, não igualitário ou, inversamente, valorizador. Em suma, introduziu a homossexualidade num universal da sexualidade humana e a humanizou, renunciando progressivamente a fazer dela uma disposição inata ou natural, isto é, biológica, ou então uma cultura, a fim de concebê-la como uma escolha psíquica inconsciente. Em 1905, nos Três ensaios sobre a teoria da sexualidade*, Freud ainda falou de inversão, mas, em 1910, com “Leonardo da Vinci e uma lembrança de sua infância*”, renunciou a esse termo em favor de homossexualidade. Cinco anos depois, numa nota acrescentada aos Três ensaios, expressou claramente sua hostilidade a qualquer forma de diferencialismo e discriminação: “A investigação psicanalítica”, escreveu, “opõe-se com extrema determinação à tentativa de separar os homossexuais dos outros seres humanos como um grupo particularizado.”

Em 1920, a propósito de uma jovem vienense a quem tratava, em virtude de ela gostar de uma mulher e de seus pais quererem obrigá-la a se casar, Freud deu uma definição canônica da homossexualidade, que rejeitou todas as teses sexológicas sobre o “estado intermediário”, o “terceiro sexo” ou a “alma feminina num corpo de homem”. Segundo a doutrina do Édipo e do inconsciente, a homossexualidade, como conseqüência da bissexualidade humana, existe em estado latente em todos os heterossexuais. Quando se torna uma escolha exclusiva de objeto, tem por origem, na mulher, uma fixação infantil na mãe e uma decepção com o pai. Nesse texto, Freud forneceu um esclarecimento clínico da questão, mostrando que era inútil procurar “curar” um sujeito de sua homossexualidade, uma vez que esta se houvesse instalado, e que o tratamento psicanalítico não devia, de maneira alguma, ser conduzido com esse objetivo. Acrescentou que, vez por outra, podia-se desobstruir o caminho que levava ao sexo oposto: nesse caso, o paciente se tornava bissexual. Mas, esclareceu Freud, “transformar homossexualidade um homossexual plenamente desenvolvido num heterossexual é uma empreitada com tão poucas probabilidades de êxito quanto a operação inversa (...)”.

Um ano depois, em Psicologia das massas e análise do eu*, ele deu uma definição mais clara da homossexualidade masculina: ela sobrevém depois da puberdade, nos casos em que se instaurou na infância um vínculo intenso entre o filho e a mãe. Em vez de renunciar a esta, o filho se identifica com ela, transforma-se nela e procura objetos capazes de substituir seu eu*, aos quais ele possa amar como foi amado pela mãe. Por fim, numa carta de 9 de abril de 1935 a uma norte-americana cujo filho era homossexual e que se queixara disso, Freud escreveu estas palavras: “A homossexualidade não é uma vantagem, evidentemente, mas nada há nela de que se deva ter vergonha: não é um vício nem um aviltamento, nem se pode qualificá-la de doença; nós a consideramos uma variação da função sexual provocada por uma suspensão do desenvolvimento sexual. Diversos indivíduos sumamente respeitáveis, nos tempos antigos e modernos, foram homossexuais, e dentre eles encontramos alguns dos maiores de nossos grandes homens (Platão, Leonardo da Vinci etc.). É uma grande injustiça perseguir a homossexualidade como um crime, além de ser uma crueldade. Se a senhora não acreditar em mim, leia os livros de Havelock Ellis.” Freud acrescentou ainda que era inútil querer transformar um homossexual em heterossexual. Note-se que ele ficava muito mais à vontade com a homossexualidade masculina do que com a feminina, que lhe era muito mais enigmática, na medida em que ele tinha em relação às mulheres, e em particular à sua filha, um complexo paterno do qual se defendia.

Os herdeiros de Freud não seguiram nem suas diretrizes nem as de Ferenczi e, frente à homossexualidade, mostraram-se de extrema intolerância, a ponto de ela se haver tornado uma espécie de “continente negro” na história do movimento psicanalítico. A partir de dezembro de 1921 e durante um mês, essa questão dividiu os membros do Comitê Secreto* que dirigiam a International Psychoanalytical Association* (IPA). Os vienenses mostraram-se muito mais tolerantes do que os berlinenses. Apoiados por Karl Abraham*, estes últimos consideravam, com efeito, que os homossexuais eram incapazes de ser psicanalistas, uma vez que a análise não os “curava” de sua “inversão”. Apoiado por Freud, o corajoso Otto Rank* opôs se aos berlinenses. Declarou que os homossexuais deveriam poder ter acesso normalmente à profissão de psicanalista, conforme sua competência: “Não podemos rechaçar essas pessoas sem outra razão válida, do mesmo modo que não podemos admitir que elas sejam perseguidas pela lei.” Rank lembrou também que havia diferentes tipos de homossexualidade e que era preciso examinar cada caso particular. Ernest Jones* recusou-se obstinadamente a levar em conta essa posição, apoiou os berlinenses e declarou que, aos olhos do mundo, a homossexualidade era “um crime repugnante: se um de nossos membros o cometesse, atrairia para nós um grave descrédito”. Assim, aquele que fora acusado de abuso sexual durante sua temporada no Canadá tornou-se, por sua vez, e durante muito tempo, o representante de uma política de discriminação que pesaria muito sobre o destino da psicanálise no mundo. Sob a pressão de Jones e dos berlinenses, os membros do Comitê cederam — inclusive Ferenczi e Freud. Assim, a homossexualidade foi banida da legitimidade freudiana, a ponto de ser novamente considerada uma “tara”.

Ao longo do tempo e durante mais de 50 anos, sob a crescente influência das sociedades psicanalíticas norte-americanas, submetidas por sua vez às teses da APA, a IPA reforçou seu arsenal repressivo. Depois de se afastar das posições freudianas para ditar as normas sobre o acesso dos homossexuais à análise didática*, ela não hesitou, sempre num sentido contrário à clínica freudiana, em qualificar os homossexuais de pervertidos sexuais e em julgá-los ora inaptos para o tratamento psicanalítico, ora curáveis desde que a análise tivesse por objetivo orientá-los para a heterossexualidade. Para não ser acusada de discriminação, a direção da IPA não editou nenhuma regra escrita sobre esse assunto, mas suas sociedades evitaram, no mundo inteiro, integrar em suas fileiras candidatos que fossem oficialmente homossexuais.

Anna Freud* desempenhou um grande papelna deturpação das teses de seu pai. Estando homossexualidade ela mesma sob a suspeita do meio psicanalítico de manter uma ligação “culpada” com Dorothy Burlingham*, Anna militou contra o acesso dos homossexuais à análise didática. Apoiada por Jones e pelo conjunto das sociedades norte americanas da IPA, exerceu nesse campo uma influência considerável, que não foi contrabalançada pela corrente kleiniana, mais liberal, mas pela qual a homossexualidade (latente ou consumada) era vista, sobretudo em sua versão feminina, como uma identificação com um pênis sádico, e, em sua versão masculina, como um distúrbio esquizóide da personalidade.

Em sua prática, Anna Freud sempre teve como objetivo transformar seus pacientes homossexuais em bons pais de família heterossexuais, daí o conseqüente desastre clínico. Em 1956, pediu à jornalista Nancy Procter-Gregg que renunciasse a citar no The Observer a célebre carta de seu pai datada de 1935: “Há várias razões para isso, uma das quais é que, hoje em dia, podemos tratar de muito mais homossexuais do que julgávamos possível a princípio. A outra razão é que os leitores poderiam ver nela uma confirmação de que tudo o que a análise pode fazer é convencer os pacientes de que suas falhas ou ‘imoralidades’ não são graves, e de que eles devem aceitá-las com alegria.”

Jacques Lacan* foi o primeiro psicanalista da segunda metade do século a romper radicalmente com a perseguição dirigida contra os homossexuais na IPA. Não apenas aceitou em análise numerosos homossexuais — sem procurar reeducá-los, sem tratá-los como desviantes ou doentes e sem jamais impedi-los de se tornarem psicanalistas, se assim o desejassem, como também, ao fundar em 1964 a École Freudienne de Paris* (EFP), aceitou inclusive o princípio da integração deles como didatas. Assim, o lacanismo* foi, na França* e, mais tarde, nos países onde se implantou, a ponta de lança de uma reativação da tolerância freudiana para com a homossexualidade. Essa tolerância se prendia à própria personalidade de Lacan. Libertino e sedutor das mulheres, leitor de Sade e de Bataille e grande admirador da obra de Foucault, ele não tinha nenhum preconceito em relação às diversas formas da sexualidade humana. Do ponto de vista teórico, não introduziu modificações na doutrina freudiana do Édipo e da bissexualidade, mas, no plano clínico, pelo interesse especial que dedicou à paranóia e à sexualidade feminina*, ele, mais do que Freud e Melanie Klein*, abriu um caminho original para o estudo da homossexualidade feminina.

Nos Estados Unidos*, a partir de 1975, as teses psicanalíticas sobre a homossexualidade masculina e feminina foram radicalmente contestadas pelos “movimentos de liberação” dos homossexuais, que, travando uma luta pela igualdade de direitos entre os sexos, recorreram à noção de gênero* para explorar esse campo e mostrar que a sexualidade em geral é uma construção ideológica que escapa a qualquer realidade anatômica. Esses estudos (gay studies, lesbian studies) tomaram um rumo diferencialista, e vimos ressurgir uma terminologia que rejeita a própria noção de homossexualidade em prol de uma reivindicação de tipo identitário ou comunitarista. Daí a criação de um vocabulário específico, que define categorias favoráveis ou hostis às práticas homossexuais: homofobia, heterossexismo, homofilia etc.

• Sigmund Freud, Três ensaios sobre a teoria da sexualidade (1905), ESB, VII, 129-237; GW V, 29-145; SE, VII, 123-243; Paris, Gallimard, 1987; “Leonardo da Vinci e uma lembrança de sua infância” (1910), ESB, XI, 59-126; GW, VIII, 128-211; SE, XI, 63-129; OC, X, 79-164; “Psicogênese de um caso de homossexualidade numa mulher” (1920), ESB, XVIII, 185-216; GW, XII, 271-302; SE, XVIII, 145-172; Correspondance, 1873-1939 (Londres, 1960), Paris, Gallimard, 1966 • Carl Heinrich Ulrichs (Numa Numantius), “Memnon”. Die Geschlechtsnatur des mannmännlichen Lieben (1868), Leipzig, Max Spohr, 1898 • Sandor Ferenczi, “États sexuels intermédiaires” (1905), in Les Écrits de Budapest, Paris, EPEL, 1994, 243-56; “O homoerotismo; nosologia da homossexualidade masculina”, in Psicanálise II, Obras completas, 1913-1919 (Paris, 1970), S. Paulo, Martins Fontes, 1992, 117-30 • Claude Lorin, Le Jeune Ferenczi, Paris, Aubier, 1983; Sandor Ferenczi, de la médecine à la psychanalyse, Paris, PUF, 1993 • Irving Bieber (org.), Homosexuality. A Psychoanalytic Study, N. York, Basic Books, 1962 • Jacques Lacan, O Seminário, livro 8, A transferência (1960-1961) (Paris, 1991), Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1992 • Hans Mayer, Les Marginaux. Femmes, Juifs et homosexuels dans la littérature européenne (Frankfurt, 1975), Paris, Albin Michel, 1994 • Michel Foucault, História da sexualidade: vol. 2, O uso dos prazeres, vol. 3, O cuidado de si (Paris, 1984), Rio de Janeiro, Graal, 1985 • Frank J. Sulloway, Freud, Biologist of the Mind, N. York, Basic Books, 1979 • John Boswell, Christianisme, tolérance sociale et homosexualité. Les Ho homossexualidade mosexuels en Europe occidentale des débuts de l’ère chrétienne au XIVe siècle (Chicago, 1980), Paris, Gallimard, 1985; Les Unions du même sexe dans l’Europe antique et médiévale (N. York, 1994), Paris, Fayard, 1996 • Philippe Ariès e André Béjin (orgs.), Sexualités occidentales, Paris, Seuil, col. “Points”, 1982 • Pierre Thuillier, “L’Homosexualité devant la psychiatrie”, La Recherche, 213, vol.20, setembro de 1985, 1128-39 • James Lieberman, La Volonté en acte. La Vie et l’oeuvre d’Otto Rank (N. York, 1985), Paris, PUF, 1991 • Kenneth Lewes, The Psychoanalytical Theory of Male Homosexuality, Londres, Quartet, 1988 • Élisabeth Young-Bruehl, Anna Freud: uma biografia (N. York, 1988), Rio de Janeiro, Imago, 1992 • Judith Butler, Gender Trouble. Feminism and the Subversion of Identity, N. York, Routledge, 1990 • Phyllis Grosskurth, O círculo secreto (Londres, 1991), Rio de Janeiro, Imago, 1992 • Élisabeth Badinter, XY. Sobre a identidade masculina (Paris, 1992), Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1994, 2ª ed.

➢ DIFERENÇA SEXUAL; FETICHISMO; FLIESS, WILHELM; GRODDECK, GEORG; LIBIDO; NARCISISMO; PERALDI, FRANÇOIS; PULSÃO; SADOMASOQUISMO; SPANUDIS, THEON; STOLLER, ROBERT; STRACHEY, JAMES; TRANSEXUALISMO; WEININGER, OTTO.


(Cf. Dicionário de psicanálise/Elisabeth Roudinesco, Michel Plon; tradução Vera Ribeiro, Lucy Magalhães; supervisão da edição brasileira Marco Antonio Coutinho Jorge. — Rio de Janeiro: Zahar, 1998.  pp. 350-355)

Como visto acima, Famado esta falando famadês, as suas suposições não encontram respaldo nem mesmo nas teorias psicanalíticas.  :hihi: :hihi:

Para garantir, a partir de uma busca no Google Acadêmico, com os termos homossexualismo, psicanálise, primeira infância, tão usados aqui pelo Famado, como sendo teorias psicanalíticas acerca da homossexualidade, e que refutariam as teorias atuais, não retorna nenhum artigo acadêmico que dê suporte as suposições do Famado, de que existe uma teoria psicanalítica relacionando a homossexualidade a primeira infância, e que esta refutaria as teorias atuais acerca da homossexualidade.

Abraços!
« Última modificação: 10 de Junho de 2014, 15:17:40 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Geotecton

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #220 Online: 10 de Junho de 2014, 13:22:28 »
Devido a insistência (infundada) do Famado de que é agente que deveríamos buscar fontes que corroborasse a argumentação dele, eu decidi pegar o dicionário de psicanálise que tenho aqui e dar uma lida no verbete "homossexualidade", eis o que encontrei:
[...]

Sugiro trocar a parte negritada ("é agente") por "nós".  :)


P.S.

Sobre qual "agente" você se refere?

Da CIA ou da (ex) KGB? :biglol:

Foto USGS

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #221 Online: 10 de Junho de 2014, 13:26:14 »
Devido a insistência (infundada) do Famado de que é agente que deveríamos buscar fontes que corroborasse a argumentação dele, eu decidi pegar o dicionário de psicanálise que tenho aqui e dar uma lida no verbete "homossexualidade", eis o que encontrei:
[...]

Sugiro trocar a parte negritada ("é agente") por "nós".  :)
Troquei agente por a gente.  :hihi: :hihi: não; "nós deveríamos" fica melhor mesmo.


P.S.

Sobre qual "agente" você se refere?
Ao 007.  :histeria: :histeria:

Da CIA ou da (ex) KGB? :biglol:
o 007 era inglês, isso faz dele um agente do serviço de espionagem britânico MI-6.  :biglol: :biglol:

Piadas a parte, texto corrigido.

 :ok:

« Última modificação: 10 de Junho de 2014, 13:29:31 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Sergiomgbr

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #222 Online: 10 de Junho de 2014, 13:45:18 »
Devido a insistência (infundada) do Famado de que é agente que deveríamos buscar fontes que corroborasse a argumentação dele, eu decidi pegar o dicionário de psicanálise que tenho aqui e dar uma lida no verbete "homossexualidade", eis o que encontrei:
[...]

Sugiro trocar a parte negritada ("é agente") por "nós".  :)
Troquei agente por a gente.  :hihi: :hihi: não; "nós deveríamos" fica melhor mesmo.

Nesse caso, procure corrigir a concordância verbal/nominal também. Sugeriria no lugar de

Devido a insistência (infundada) do Famado de que seria nós que deveríamos buscar por fontes,

Devido a insistência (infundada) do Famado de que seríamos nós que deveríamos buscar por fontes
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Geotecton

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #223 Online: 10 de Junho de 2014, 13:54:17 »
Devido a insistência (infundada) do Famado de que é agente que deveríamos buscar fontes que corroborasse a argumentação dele, eu decidi pegar o dicionário de psicanálise que tenho aqui e dar uma lida no verbete "homossexualidade", eis o que encontrei:
[...]

Sugiro trocar a parte negritada ("é agente") por "nós".  :)
Troquei agente por a gente.  :hihi: :hihi: não; "nós deveríamos" fica melhor mesmo.


P.S.

Sobre qual "agente" você se refere?
Ao 007.  :histeria: :histeria:

Da CIA ou da (ex) KGB? :biglol:
o 007 era inglês, isso faz dele um agente do serviço de espionagem britânico MI-6.  :biglol: :biglol:

Piadas a parte, texto corrigido.

 :ok:

A intenção não foi fazer troça. Apenas colaborar com bom-humor.


P.S.

Eu erro bastante e recebo muitas "correções na cabeça".

Mas todas elas com caráter construtivo.
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Offline Bolsonaro neles

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Re:Homossexualidade pode ser genética
« Resposta #224 Online: 10 de Junho de 2014, 14:39:43 »


Pura sem-vergonhice é uma relação homossexual. Não o homossexualismo. São coisas diferentes.


PQP. Como você se enrola.

Ele não está se enrolando, tá só repetindo o blábláblá fundamentalista de sempre... "eu odeio é o pecado, mas não odeio o pecador". Só tá colocando uma roupinha nova nos papos toscos de sempre.
Não é nada disso. Eu entendo que o homossexualismo é algo da psiqué humana. O cara gosta de homem e isso não pode ser mudado. Não acredito em ex-viado. Mas que dar a bunda é uma tremenda sem-vergonhice isso é. Se não é, então dá a bunda e não enche o saco.

 

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