Bem, isso já aconteceu, por uma civilização em algum lugar do sistema Vegano (estrela Vega), a 25 anos-luz da Terra (como relatado por Sagan
).
Mas sério:
A intensidade de uma onda eletromagnética (associada ao transporte de energia, dado pelo "vetor de Poynting"), tem uma dimensão de Potência por Área de uma casca esférica (no caso de uma fonte pontual que irradia em todas as direções) de raio igual à distância considerada em relação à fonte. Ou seja, como disse o Dbohr, é inversamente proporcional ao quadrado da distância.
Por exemplo, usando a estrela Alfa Centauri (a mais próxima de nosso planeta)(tirando o Sol, claro), que fica a 4,3 anos-luz, uma antena de telecomunicações, na Terra, irradiando a 1 MW irá chegar em Alfa Centauri com uma intensidade de 4,8 vezes 10 na potência de -29 watts por metro quadrado (estou com este exemplo aqui, de notas de aula
). Isto é muito, muito fraco. Mas não sei qual é a sensibilidade tecnologicamente possível, hoje. Algum colega da área de telecomunicações realmente poderia dar uma luz.
Mas esta intensidade pode ser bastante aumentada se o transmissor não irradiar em todas as direções, mas mantiver o transporte de energia com uma certa direcionabilidade. É o caso do laser que, mesmo com um inevitável ângulo de divergência, consegue manter a intensidade por uma distância muito, muito maior. Um exemplo bastante ilustrativo: um laser de 3 mw, com um pequeno ângulo de divergência de 0,17 mrad, incide em um anteparo a 40 metros com uma intensidade de 82,6 watts por metro quadrado (problema típico de transporte de energia). Uma fonte que irradia em todas as direções (uma lâmpada, por exemplo), teria que ter uma potência de 1,7 MW (mega!!) para sua luz chegar com a mesma intensidade, à mesma distância!