Probleminha com o Latex ali. 
Pois é, então o que permanece da pergunta continua sendo o relevante: olhando para um fóton, como sua velocidade aumenta?
Na verdade, a pergunta mais pertinente seria: "porque o fóton fica mais lento dentro do prisma?"
A velocidade da luz é menor em um meio dielétrico por causa do fenômeno da dispersão. Ou seja, dentro do meio, a dependência da frequência da luz com o inverso do comprimento de onda (a chamada Relação de Dispersão) deixa de ser uma linha reta, virando uma curva (ver figuras). Isso acontece porque o fóton se acopla a certas excitações do meio, sejam elas mecânicas (fônons) ou eletrônicas (plasmons, excitons). Isso faz com que os fótons no meio fiquem "vestidos", algo que lembra o mecanismo de Higgs. Esses fótons "vestidos" são chamados de polaritons. Quando dizemos que a velocidade do fóton fica menor, queremos na verdade dizer que a chamada
velocidade de grupo dele diminui. Esta é dada pela derivada da relação de dispersão. Note que para uma reta, esta derivada é constante. No caso de uma dispersão curva, a velocidade de grupo vai depender do comprimento de onda (ou seja, do momento do fóton - como no caso de uma partícula com massa). Quando o polariton se propaga até a superfície do meio, você pode então dizer que ele vai ter uma probabilidade de ser absorvido por algum átomo do material, e então reemitido - se for para fora do meio ele vai sair alegremente com velocidade c, como toda partícula sem massa deve fazer.*
Polaritons de excitons**:

Polaritons de fônons:

*E não, o fóton não tem massa mesmo. Você pode fazer uma equivalência entre a energia de um fóton e algum mc^2, mas isso não é o mesmo que dizer que ele "tenha" massa.
**Excitons são pares elétron-buracos que... bem, é uma longa história.