O debate que quero gerar é: A ignorância de crer em "besteiras" não-comprovadas cientificamente não é uma coisa boa? Lembrem a pesquisa com os monges que apontou-os como as pessoas mais felizes do mundo.
A ignorância é uma coisa boa, para quem é ignorante. Para quem busca conhecimento (Bilú), existe uma grande satisfação em encontrá-lo. Mesmo que o conhecimento seja de que não haverá nada depois.
E não tem como alguém "desligar" o senso crítico ou ceticismo depois de tê-lo desenvolvido, e com isso desfrutar de uma vida simples de crença. Não vejo como uma opção.
Existe uma grande satisfação momentânea, temporária. Após adquirir aquele conhecimento, se descobre um universo de outras coisas desconhecidas, e novamente a busca se inicia, é um ciclo infinito.
Dessa forma, interpreto que - me corrijam se estou equivocado - quem está sempre buscando não se auto-realiza, não alcança a felicidade plena. Logo, concluo que buscar conhecimento é abrir mão da felicidade pura.
Seguindo essa linha, abrir mão da felicidade não me parece uma besteira tão grande quanto acreditar em religiões? Ou talvez os dois não sejam besteiras?
Eu acho que não é uma opção.
É claro que um indivíduo pode sim optar pela ignorância e a irracionalidade. Se refugiar no fanatismo, e ter neste um conforto para seus dilemas existenciais.
Embora seja possível para o indivíduo, não dá para imaginar essa postura como uma resposta para a sociedade como um todo. A humanidade não encontraria a felicidade se abdicasse de buscar o conhecimento, ao contrário, isso nos levaria de volta aos horrores do obscurantismo medieval.
De qualquer forma, embora o saber nem sempre revele uma realidade que gostaríamos, faz parte da natureza humana tentar compreender o mundo que lhe cerca. E o conhecimento é como o gênio que sai da garrafa: uma vez alcançado não há como voltar atrás.
Hoje nos encontramos nesta situação, onde antigas mitologias não podem mais ser sustentadas em confrontação com a realidade objetiva. Só nos resta seguir em frente, continuar avançando.
O fanatismo não é a resposta.