Souto, pelo atual conhecimento que tenho sobre ciência, ceticismo e consciênciologia não vejo como conflitante essas situações.
Então não tem um atual conhecimento sobre ciência e ceticismo, pelo jeito.
Acredito numa expanção do conhecimento, como na psicologia integral. Mas é especulação minha, coisas que acredito, nada mais que isso.
Não é o comportamento esperado de um cético. E expansão não se escreve com cedilha.
Gosto da filosofia monista de Dennett e do ateísmo, não vejo contradições nisso, apesar de ser difícil de entender e o "erro" cair sobre mim.
Talvez por que você esteja errado e você é quem não percebeu.
Monismo diz sobre a unidade da realidade, ou seja, que tudo o que faz parte da realidade é de uma natureza única — materialista. Um cético acredita exatamente nisso: não existem outras naturezas para tudo o que existe no universo, pois tudo é material. Até nossa consciência é algo criado pelas reações eletroquímicas do nosso cérebro.
O fato de você acreditar que existe algo "imaterial" e que não pode ser alcançado pelo "material" só mostra que você não deve estar entendendo alguma parte daquilo que diz acreditar.
Respeito a sua opinião, mas o que coloco nesse tópico é que não vejo contradição entre o monismo e a multidimensionalidade da consciênciologia. Faço uma integração de conceitos, ao mesmo tempo que os diferencio.
Mas é aí que está o problema. O espírito (a consciência humana em forma de um corpo "astral") é algo alegadamente fora do mundo material. Não dá para conciliar o mundo material com um mundo imaterial a menos que se mostre que tal coisa existe no mundo material. E sabemos que, para existir um espírito, ele precisa ser sólido como uma pessoa (para manter as conexões cerebrais) e ao mesmo tempo gasoso feito o ar. Pior, ele não pode atravessar paredes sem correr o risco de desmanchar. Isso torna a existência de um espírito absurdamente inviável em um mundo material.
Não dá pra conciliar o inconciliável.
Aposto também que você não entende nada de dimensões. Deve estar achando que dimensões são aqueles mundos paralelos que podem ser acessados por portais mágicos, iguais aos desenhos, e não as dimensões geométricas de espaço (altura × largura × comprimento × 4ª dimensão × 5ª dimensão × etc…).
Ou seja, considero o conhecimento filosófico e científico, como algo dentro do conhecimento conscienciológico, não sendo excludente. E nem concordo com tudo que o Waldo escreve, penso que há a necessidade de muita revisão epistemológica.
Aqui encaramos outro problema. Não dá para conciliar filosofia com ciência. É o mesmo que conciliar uma betoneira com um papel higiênico. Ciência trata de fatos, observações e entendimento da realidade. Filosofia trata de idéias e correntes de pensamentos. Você não vai conseguir discutir decentemente se tentar conciliar as duas coisas pois elas não fazem sentido juntas.
Estou colocando isso como crença. Não tenho evidências interpessoais, mas pessoais diria que sim. Mas como de costume, na tradição cética, o erro é meu e tenho ilusões. Ainda bem que na sociedade não é válido isso.
Tá, você tem uma crença pessoal. E nós com isso?
Se você não tem como provar algo, dizer que é uma experiência pessoal não ajuda em nada. Não sabemos se você está alucinando ou enganado por exemplo. Saberíamos se tivéssemos como estudar aquilo que você acredita, coisa que convenientemente não dá.
Aliás essa é uma crítica que faço ao ceticismo, o de considerar tudo como erro de outras pessoas, mas isto é infalseável.
Existem regras na metodologia científica, criadas para garantir que algo é realmente válido e passível de estudo. Uma delas é a de que a evidência é algo necessário para que se começe a estudar qualquer coisa. Precisamos ter a certeza de que não há outras interferências como alucinação, psicose, enganação, etc para podermos levar qualquer alegação a sério. Senão vira bagunça.
Essa é a problemática cética quanto a pseudo-ciência, não tem como provar juridicamente isso, então fica no campo do conhecimento.
Juridicamente?!! Depois não quer parecer burro!
A ciência não precisa provar nada juridicamente. Isso é insano! A ciência precisa provar
cientificamente se algo existe ou não! A decisão de um juiz não vai alterar a realidade ou dobrar o espaço/tempo pra fazer algo se tornar real.
Mas tudo bem, crença é crença, e será respeitada.
Nâo neste site. Já me esforço pra tentar respeitar as
pessoas. Não posso garantir mais que isso.
Eles (raelianos) só querem fazer a replicabilidade humana através do conhecimento genético atual. Nada muito diferente do objetivos da instituição chamada família.
Você comeu cocô?!! Os raelianos acreditam que os humanos foram criados por extraterrestres, e que o Comandante Asthar Sheran (ou qualquer merda assim) vai vir em sua nave espacial buscar os escolhidos (coincidentemente os seguidores da seita).
Eles não querem somente replicar humanos através da clonagem. Eles esperam obter a vida eterna através disso.
Só não podem fazer isso sem uma discussão bioética com a sociedade em geral, para evitar prejuízos a outros seres humanos.
Afff…
Que o que manda é a realidade institucional das organização. Nós não podemos fazer mais do que dizer que estão errados, mas isso não invalida a realidade social. A consciênciologia é reconhecida até como utilidade pelo governo federal.
Leia minhas letras: realidade jurídica não prova porra nenhuma.
Eu tenho o poder de fundar, juridicamente, uma Igreja do Monstro de Espaguete Voador. Só preciso de grana, duas testemunhas e um estatuto para registrar no cartório. Esse processo não é mágico e não altera o espaço/tempo de maneira a tornar o Monstro de Espaguete Voador um ser existente na vida real.
Entendeu?