Autor Tópico: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.  (Lida 35318 vezes)

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Offline Barata Tenno

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #125 Online: 11 de Agosto de 2008, 00:31:57 »
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A doutrina espirita apenas responde aos anseios da humanidade diante dos questionamentos que nenhuma outra religião pode dar.

VideoMaker, poderia citar alguns desses questionamentos ?

Um só e o mais importante. Como se explica a desigualdade no sofrimento?
Partindo do principio claro que somos filhos de um mesmo pai.

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Offline Fernando Silva

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #126 Online: 11 de Agosto de 2008, 07:24:30 »
ué, ateus, agnósticos e pessoas razoáveis não tem esse questionamento. Isso é coisa de religioso que fica buscando finalidade em tudo.
Daí inventa uma explicação consoladora e se agarra a ela, pouco importando se é verdade.

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #127 Online: 11 de Agosto de 2008, 08:08:31 »
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A doutrina espirita apenas responde aos anseios da humanidade diante dos questionamentos que nenhuma outra religião pode dar.

VideoMaker, poderia citar alguns desses questionamentos ?

Um só e o mais importante. Como se explica a desigualdade no sofrimento?
Partindo do principio claro que somos filhos de um mesmo pai.

Sermos filhos de um mesmo pai não é um consenso de todas as religiões. E muito menos dos não religiosos.
--
Si hemos de salvar o no,
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Offline Luis Dantas

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #128 Online: 11 de Agosto de 2008, 08:51:29 »
Partir do princípio de que deveria haver uma explicação religiosa para a desigualdade do sofrimento é uma idéia bem estranha.

Primeiro, porque não há motivo algum nem para esperar que haja igualdade de sofrimento (tantas outras coisas variam, por que o sofrimento seria exceção). 

Segundo, porque a religião não tem por que se preocupar em ficar contabilizando cotas de sofrimento, tarefa que é tão subjetiva (como saber se duas pessoas estão sofrendo "da mesma forma", ou "de forma justa"?  Não há um critério objetivo) quanto inútil (depois que se decide que X está sofrendo mais do que Y, ou menos justamente, o que se faz com essa conclusão?)

Para mim a própria existência dessa preocupação, que é de fato central no Espiritismo, mostra que ele tem prioridades mal escolhidas.  É sintoma de uma tendência exagerada em se comparar aos outros e buscar conforto pessoal.
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline VideoMaker

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #129 Online: 11 de Agosto de 2008, 11:39:23 »

Dantas,
Bem estranho é achar que o sofrimento não tem um seguinificado importante na vida do ser humano. Mas estranho ainda é relativizar este sofrimento, como se fossem coisas que houvesse uma compensação. O cara é favelado e ta em uma cadeira de rodas, outro mora bem mais tem uma unha encravada. Mas é tudo muito relativo, claro!
 Mas o que é a dor né Dantas? A vida com menos ou mais não faz diferença mesmo.
Bem estranho isso...
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Offline VideoMaker

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #130 Online: 11 de Agosto de 2008, 11:40:50 »
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A doutrina espirita apenas responde aos anseios da humanidade diante dos questionamentos que nenhuma outra religião pode dar.

VideoMaker, poderia citar alguns desses questionamentos ?

Um só e o mais importante. Como se explica a desigualdade no sofrimento?
Partindo do principio claro que somos filhos de um mesmo pai.

O Budismo explica muito melhor.......

Qual Budismo?
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Offline Contini

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #131 Online: 11 de Agosto de 2008, 11:49:23 »

Dantas,
Bem estranho é achar que o sofrimento não tem um seguinificado importante na vida do ser humano. Mas estranho ainda é relativizar este sofrimento, como se fossem coisas que houvesse uma compensação. O cara é favelado e ta em uma cadeira de rodas, outro mora bem mais tem uma unha encravada. Mas é tudo muito relativo, claro!
 Mas o que é a dor né Dantas? A vida com menos ou mais não faz diferença mesmo.
Bem estranho isso...


?? Acho que essa resposta não teve nada a ver com a colocação do Luis...
Resumindo de uma forma simplista, entendi que o Luis quiz dizer é que o universo tá pouco se lixando com o que acontece com um individuo, as leis naturais não estão amarradas ao ser humano, e eu concordo. Na minha opinião pensar diferente disso é humanizar o universo/natureza...e o homem sempre tentou fazer isso criando religiões. Começou com os homens das cavernas e ainda não acabou.
Se desvirtuei sua ideia, me corrija Luis...

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Offline VideoMaker

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #132 Online: 11 de Agosto de 2008, 11:56:11 »

Dantas,
Bem estranho é achar que o sofrimento não tem um seguinificado importante na vida do ser humano. Mas estranho ainda é relativizar este sofrimento, como se fossem coisas que houvesse uma compensação. O cara é favelado e ta em uma cadeira de rodas, outro mora bem mais tem uma unha encravada. Mas é tudo muito relativo, claro!
 Mas o que é a dor né Dantas? A vida com menos ou mais não faz diferença mesmo.
Bem estranho isso...


?? Acho que essa resposta não teve nada a ver com a colocação do Luis...
Resumindo de uma forma simplista, entendi que o Luis quiz dizer é que o universo tá pouco se lixando com o que acontece com um individuo, as leis naturais não estão amarradas ao ser humano, e eu concordo. Na minha opinião pensar diferente disso é humanizar o universo/natureza...e o homem sempre tentou fazer isso criando religiões. Começou com os homens das cavernas e ainda não acabou.
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Bom esta idéia de que o universo esta pouco se lixando não é novidade nenhuma. Como também não é novidade nenhuma que as pessoas vão continuar sofrendo do mesmo jeito e que este sofrimento vai parecer injusto pra muitos. E na verdade é.
Dizer que este sofrimento simplesmente não faz diferença é que é de lascar....
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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #133 Online: 11 de Agosto de 2008, 11:59:41 »

Dantas,
Bem estranho é achar que o sofrimento não tem um seguinificado importante na vida do ser humano. Mas estranho ainda é relativizar este sofrimento, como se fossem coisas que houvesse uma compensação. O cara é favelado e ta em uma cadeira de rodas, outro mora bem mais tem uma unha encravada. Mas é tudo muito relativo, claro!
 Mas o que é a dor né Dantas? A vida com menos ou mais não faz diferença mesmo.
Bem estranho isso...


?? Acho que essa resposta não teve nada a ver com a colocação do Luis...
Resumindo de uma forma simplista, entendi que o Luis quiz dizer é que o universo tá pouco se lixando com o que acontece com um individuo, as leis naturais não estão amarradas ao ser humano, e eu concordo. Na minha opinião pensar diferente disso é humanizar o universo/natureza...e o homem sempre tentou fazer isso criando religiões. Começou com os homens das cavernas e ainda não acabou.
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Bom esta idéia de que o universo esta pouco se lixando não é novidade nenhuma. Como também não é novidade nenhuma que as pessoas vão continuar sofrendo do mesmo jeito e que este sofrimento vai parecer injusto pra muitos. E na verdade é.
Dizer que este sofrimento simplesmente não faz diferença é que é de lascar....


Voce ilustrou perfeitamente o que eu quiz dizer...É essa necessidade de humanizar o universo pra tentar entende-lo....
Ninguem tá dizendo que não se importa com o sofrimento alheio, mas isso não muda nada. Então uma ilusão pode minimizar essa sensação de impotencia...

È como o homem primitivo que não entendia o trovão e criou um deus pra explicá-lo...
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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #134 Online: 11 de Agosto de 2008, 12:06:03 »

Dantas,
Bem estranho é achar que o sofrimento não tem um seguinificado importante na vida do ser humano. Mas estranho ainda é relativizar este sofrimento, como se fossem coisas que houvesse uma compensação. O cara é favelado e ta em uma cadeira de rodas, outro mora bem mais tem uma unha encravada. Mas é tudo muito relativo, claro!
 Mas o que é a dor né Dantas? A vida com menos ou mais não faz diferença mesmo.
Bem estranho isso...


?? Acho que essa resposta não teve nada a ver com a colocação do Luis...
Resumindo de uma forma simplista, entendi que o Luis quiz dizer é que o universo tá pouco se lixando com o que acontece com um individuo, as leis naturais não estão amarradas ao ser humano, e eu concordo. Na minha opinião pensar diferente disso é humanizar o universo/natureza...e o homem sempre tentou fazer isso criando religiões. Começou com os homens das cavernas e ainda não acabou.
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Bom esta idéia de que o universo esta pouco se lixando não é novidade nenhuma. Como também não é novidade nenhuma que as pessoas vão continuar sofrendo do mesmo jeito e que este sofrimento vai parecer injusto pra muitos. E na verdade é.
Dizer que este sofrimento simplesmente não faz diferença é que é de lascar....


Voce ilustrou perfeitamente o que eu quiz dizer...É essa necessidade de humanizar o universo pra tentar entende-lo....
Ninguem tá dizendo que não se importa com o sofrimento alheio, mas isso não muda nada. Então uma ilusão pode minimizar essa sensação de impotencia...

È como o homem primitivo que não entendia o trovão e criou um deus pra explicá-lo...


Então temos dois "jeitos" de enxergamos isso:
Ou somos seres que estamos à mercê de eventos aleatórios que nos faz ser menos ou mais felizes.
Ou somos seres que estamos à mercê de eventos que por mérito nos faz menos ou mais felizes.
O primeiro não explica, pois a vida não precisa ser explicada. O segundo explica e da um sentido a vida.
Não vejo problema por razão e não por fé ficar com o segundo.
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Offline Luis Dantas

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #135 Online: 11 de Agosto de 2008, 12:07:10 »

Dantas,
Bem estranho é achar que o sofrimento não tem um seguinificado importante na vida do ser humano.

O que você quer dizer exatamente com "significado importante"?  Se for a idéia de que o sofrimento é algo que existe para atingir a um fim, "ensinar" alguma lição, então eu realmente acho muito estranha essa idéia de significado importante para sofrimento.

Sofrimento é apenas algo que acontece, e que convém (se o custo não for exagerado) evitar.  Nada mais nada menos que isso.  Não há conveniência (e na minha opinião, nem cabimento em colar algum tipo de significado ou propósito metafísico a ele.

A não ser que você goste do Malteísmo, talvez.

Citar
Mas estranho ainda é relativizar este sofrimento, como se fossem coisas que houvesse uma compensação. O cara é favelado e ta em uma cadeira de rodas, outro mora bem mais tem uma unha encravada. Mas é tudo muito relativo, claro!

Depende do contexto, suponho.  Essas situações, afinal de contas, acontecem na realidade.  A que você se refere exatamente?

Citar
Mas o que é a dor né Dantas? A vida com menos ou mais não faz diferença mesmo.
Bem estranho isso...


Está tentando parecer sarcástico?  Essa sua colocação não tem muito a ver com o que quer que seja.
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Offline Luis Dantas

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #136 Online: 11 de Agosto de 2008, 12:14:38 »
Obrigado, Contini, você entendeu bem.

Então temos dois "jeitos" de enxergamos isso:
Ou somos seres que estamos à mercê de eventos aleatórios que nos fazem ser menos ou mais felizes.

Não são aleatórios.  Sofrer um assalto por andar sozinho à noite em certos lugares não é um evento aleatório, por exemplo.  Mas tampouco é desígnio divino ou "cármico"... é
simplesmente a consequência de uma falta de cuidado ou de informação.  Muita gente tenta ver esses desígnios atuando, mas no fundo isso é só questão de fé mesmo.

E ser mais ou menos felizes é consequência das circunstâncias (ou, como você as chama, eventos), mas também e até mais ainda do tipo de expectativas que temos em relação a elas

Citar
Ou somos seres que estamos à mercê de eventos que por mérito nos faz menos ou mais felizes.

O que obviamente não acontece na realidade.  Nem poderia, já que se fosse "por mérito" não estaríamos "à mercê", não é verdade? :)

Citar
O primeiro não explica, pois a vida não precisa ser explicada.

Verdade.

Citar
O segundo explica e da um sentido a vida.
Não vejo problema por razão e não por fé ficar com o segundo.

O segundo é fugir da realidade para buscar o conforto.  Um preço alto (e imoral) demais para se pagar pelo conforto, portanto.
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Offline VideoMaker

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #137 Online: 11 de Agosto de 2008, 12:23:49 »

Dantas,
Bem estranho é achar que o sofrimento não tem um seguinificado importante na vida do ser humano.

O que você quer dizer exatamente com "significado importante"?  Se for a idéia de que o sofrimento é algo que existe para atingir a um fim, "ensinar" alguma lição, então eu realmente acho muito estranha essa idéia de significado importante para sofrimento.

Sofrimento é apenas algo que acontece, e que convém (se o custo não for exagerado) evitar.  Nada mais nada menos que isso.  Não há conveniência (e na minha opinião, nem cabimento em colar algum tipo de significado ou propósito metafísico a ele.

A não ser que você goste do Malteísmo, talvez.

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Mas estranho ainda é relativizar este sofrimento, como se fossem coisas que houvesse uma compensação. O cara é favelado e ta em uma cadeira de rodas, outro mora bem mais tem uma unha encravada. Mas é tudo muito relativo, claro!

Depende do contexto, suponho.  Essas situações, afinal de contas, acontecem na realidade.  A que você se refere exatamente?

Citar
Mas o que é a dor né Dantas? A vida com menos ou mais não faz diferença mesmo.
Bem estranho isso...


Está tentando parecer sarcástico?  Essa sua colocação não tem muito a ver com o que quer que seja.


Bom Dantas, quando vc não consegue responder vc começa com coisas do tipo " .. não tem muito a ver com o que que quer que seja."
Mas vou tentar ser mais claro. Tenha paciência.

"O que você quer dizer exatamente com "significado importante"?  Se for a idéia de que o sofrimento é algo que existe para atingir a um fim, "ensinar" alguma lição, então eu realmente acho muito estranha essa idéia de significado importante para sofrimento."

Pois não deveria. Observe o cotidiano que vc vai perceber o quanto o sofrimento lhe traz ensinamentos.
O atleta sofre e bate Recorde. A criança se queima e não põe mais o dedo no fogão. O marido infiel sofre por esta sozinho e aprende a não trair a esposa. E assim o sofrimento vem se mostrando eficiente em ensinar e trouxer o equilíbrio ao ser humano.
Estranho é vc não enxergar isso. Muito estranho...

 "Significado” valeu a correção, vou tentar não errar mais.
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Offline Luis Dantas

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #138 Online: 11 de Agosto de 2008, 12:29:36 »
Não posso mesmo responder coisas que não fazem sentido.  Se isso te incomoda, sinto muito.

Quanto ao sofrimento como instrumento intencional para um aprendizado necessário... essa idéia é bizarra em tantos sentidos! Não espere que eu a leve a sério.
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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #139 Online: 11 de Agosto de 2008, 12:34:01 »
Vamos com calma! É evidente que considerar um simples assalto como débito de um carma seria exagero. Mas acho também que assaltos independem de certos cuidados. Vc pode ser assaltado em plena luz do dia, em um lugar movimentado. E se o assaltante lhe escolhe aleatoriamente, não preciso dizer mais nada.
Bonito isso Dantas: mas também e até mais ainda do tipo de expectativas que temos em relação a elas. 
Vou imaginar isso diariamente e esperar que não me aconteça nada...
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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #140 Online: 11 de Agosto de 2008, 12:38:20 »
Não posso mesmo responder coisas que não fazem sentido.  Se isso te incomoda, sinto muito.

Quanto ao sofrimento como instrumento intencional para um aprendizado necessário... essa idéia é bizarra em tantos sentidos! Não espere que eu a leve a sério.

O sofrimento só é um instrumento intencional na sua cabeça! O sofrimento é a reação ao ato equivocado.
Lei de causa e efeito.
Talvez então vc ache nosso mundo bizarro, pois não é diferente disso.
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Offline Fernando Silva

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #141 Online: 11 de Agosto de 2008, 12:44:05 »
O sofrimento só é um instrumento intencional na sua cabeça! O sofrimento é a reação ao ato equivocado.
Lei de causa e efeito.
Talvez então vc ache nosso mundo bizarro, pois não é diferente disso.
Pelo menos, nós não achamos que o universo é assim porque alguém quis que fosse.

Offline Luis Dantas

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #142 Online: 11 de Agosto de 2008, 13:16:30 »
Nesse nível, Video, não dá mesmo para ter diálogo.

Seja feliz com suas certezas, mas não espere que eu as compre.
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Offline Contini

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #143 Online: 13 de Agosto de 2008, 11:04:33 »

Dantas,
Bem estranho é achar que o sofrimento não tem um seguinificado importante na vida do ser humano. Mas estranho ainda é relativizar este sofrimento, como se fossem coisas que houvesse uma compensação. O cara é favelado e ta em uma cadeira de rodas, outro mora bem mais tem uma unha encravada. Mas é tudo muito relativo, claro!
 Mas o que é a dor né Dantas? A vida com menos ou mais não faz diferença mesmo.
Bem estranho isso...


?? Acho que essa resposta não teve nada a ver com a colocação do Luis...
Resumindo de uma forma simplista, entendi que o Luis quiz dizer é que o universo tá pouco se lixando com o que acontece com um individuo, as leis naturais não estão amarradas ao ser humano, e eu concordo. Na minha opinião pensar diferente disso é humanizar o universo/natureza...e o homem sempre tentou fazer isso criando religiões. Começou com os homens das cavernas e ainda não acabou.
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Bom esta idéia de que o universo esta pouco se lixando não é novidade nenhuma. Como também não é novidade nenhuma que as pessoas vão continuar sofrendo do mesmo jeito e que este sofrimento vai parecer injusto pra muitos. E na verdade é.
Dizer que este sofrimento simplesmente não faz diferença é que é de lascar....


Voce ilustrou perfeitamente o que eu quiz dizer...É essa necessidade de humanizar o universo pra tentar entende-lo....
Ninguem tá dizendo que não se importa com o sofrimento alheio, mas isso não muda nada. Então uma ilusão pode minimizar essa sensação de impotencia...

È como o homem primitivo que não entendia o trovão e criou um deus pra explicá-lo...


Então temos dois "jeitos" de enxergamos isso:
Ou somos seres que estamos à mercê de eventos aleatórios que nos faz ser menos ou mais felizes.
Ou somos seres que estamos à mercê de eventos que por mérito nos faz menos ou mais felizes.
O primeiro não explica, pois a vida não precisa ser explicada. O segundo explica e da um sentido a vida.
Não vejo problema por razão e não por fé ficar com o segundo.


...pois é..."Então temos dois "jeitos" de enxergamos isso:" nós, humanos, temos....visão humanizada da natureza, o homem tentando explicar o trovão...

por outro lado, como somos humanos não estamos limitados a apenas dois modos de ver a situação, são milhares de modos diferentes, variando com a crença e cultura de cada um...mas continua sendo algo humano, no campo do imaginario. Eu estou falando do mundo real, que existe independente de nós humanos existirmos ou não....Se a raça humana se extinguir amanhã, o mundo continua sendo regido pelas mesmas leis naturais que as rege hoje...O mundo não depende do espiritismo, cristianismo, budismo ou qualquer outra religião que o homem cria em suas fantasias...
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Offline Mauricio Rubio

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #144 Online: 13 de Agosto de 2008, 17:00:45 »
Será que se os seres humanos em geral não fossem menos egoistas, não ostentassem tanto o poder sobre os outros, não existisse tanto desequilibrio, o sofrimento em geral não seria menor? Será que os pobres coitados que nasceram na favela tem toda a culpa de se tornarem criminosos?

Afinal, se existe a desigualdade no mundo, tem que existir os que estão "por cima" e os que estão "por baixo", não vejo isso como mérito, mesmo porque, grande parcela das pessoas que estão "por cima" aparementemente não tem mérito algum à receber, muito pelo contrário ... Os que "estão por cima" querem mais é continuar por cima e querem que os que "estão por baixo" aceitem isso com submissão, e isso óbviamente só gera conflito, não é verdade?

Será que ao invés de ficarmos nos preocupando com karmas, com isso ou com aquilo, e ao inves disso observassemos os nossos próprios problemas e os resolvessemos, o "mérito" não seria distribuido para todos? O sofrimento não iria diminuir e a felicidade crescer? É a velha história de tirar de si mesmo a responsabilidade e atribuir a merda à circunstâncias externas, mas me é muito claro que toda a merda está somente dentro de cada um de nós.
« Última modificação: 13 de Agosto de 2008, 17:04:42 por Mauricio Rubio »
"Para quem a agitação não existe,
e para quem ser/existir e não ser/existir
    estão superados,
ele é alguém – que está além do medo,
        feliz,
       sem angústia,
a quem os devas não podem ver"

Buda Sakyamuni

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #145 Online: 13 de Agosto de 2008, 17:08:30 »
Shits happen
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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #146 Online: 13 de Agosto de 2008, 22:12:14 »
Será que se os seres humanos em geral não fossem menos egoistas, não ostentassem tanto o poder sobre os outros, não existisse tanto desequilibrio, o sofrimento em geral não seria menor?

Claro que seria. Mas aí, de uma maneira apenas figurativa, os humanos não seriam humanos. Mesmo existindo pessoas mais, digamos, coletivas, a maior parte luta pelo melhor para sua familia, sua casa, sua equipe, etc.. E, de uma maneira geral, quem não age assim fica sem o melhor para sua família, sua equipe, etc..

Querer que os seres humanos não se relacionem através de vínculos mercantis é realmente querer muito dos humanos como espécie.

Afinal, se existe a desigualdade no mundo, tem que existir os que estão "por cima" e os que estão "por baixo", não vejo isso como mérito, mesmo porque, grande parcela das pessoas que estão "por cima" aparementemente não tem mérito algum à receber, muito pelo contrário ... Os que "estão por cima" querem mais é continuar por cima e querem que os que "estão por baixo" aceitem isso com submissão, e isso óbviamente só gera conflito, não é verdade?
Mas não se quer o mérito. A meritocracia é boa para o sistema, individualmente alguém pode estar "por cima" , sem mérito algum e muito bem obrigado.


Será que ao invés de ficarmos nos preocupando com karmas, com isso ou com aquilo, e ao inves disso observassemos os nossos próprios problemas e os resolvessemos, o "mérito" não seria distribuido para todos? O sofrimento não iria diminuir e a felicidade crescer? É a velha história de tirar de si mesmo a responsabilidade e atribuir a merda à circunstâncias externas, mas me é muito claro que toda a merda está somente dentro de cada um de nós.

Não entendi o que seria o "mérito" distribuido para todos.
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Offline Mauricio Rubio

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #147 Online: 14 de Agosto de 2008, 10:38:27 »
Ingenuidade é achar que no estado em que a humanidade se encontra haja felicidade. Eu penso que se existe a desigualdade, mesmo que os que estão por cima desfrutem dos mais diversos tipos de prazeres, serão somente prazeres, ainda haverá desconforto, ainda haverá stress, ainda haverá medo, ainda haverá duvida, ainda haverá violencia, sofrimento etc etc. Porque? Porque mesmo quem desfruta dos maiores prazeres quer sempre mais, e quem não consegue desfrutar dos mesmos prazeres busca uma forma de tentar alcançar pelo menos uma fração disso e impõe isso como um objetivo, uma meta, e seguem a vida em busca de vir-a-ser "alguem", ser reconhecido, ter fama, ter sucesso, e todos esses tipos de coisas, vivem perseguindo algo efemero, muitas vezes sem conseguir alcançar o que tanto desejavam, e ai entra o desespero, a angustia, a depressão etc etc.

O Agnóstico fala que os humanos lutam porque querem o "melhor", o melhor para sua familia, sua casa, sua equipe, seu circulo fechado de conhecidos, e o resto do mundo que se foda. É por causa desse tipo de pensamento egoista que as pessoas não conseguem ver a Beleza em lugar nenhum, são vazios e por isso buscam o conformismo do prazer.

Eu penso que se a humanidade percebesse realmente quais são as coisas importantes e houvesse uma maneira de evoluirmos, não fisicamente, não com objetos, com coisas, com tecnologias, mas evoluisse interiormente, e conseguissem ver realmente a Beleza, o prazer e a felicidade iriam surgir naturalmente, sem conflito algum e sem limitações, isso obviamente soa um tanto utopico, mas utopico não é igual a impossivel, então quem sabe um dia aqui na Terra, ou em algum outro planeta por ai a fora exista essa Harmonia e os seres que vivem lá desfrutem da verdadeira Felicidade.
"Para quem a agitação não existe,
e para quem ser/existir e não ser/existir
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ele é alguém – que está além do medo,
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a quem os devas não podem ver"

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Offline Moro

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #148 Online: 14 de Agosto de 2008, 10:59:26 »
Maurício Maurício

Eu tinha certeza que você ia responder isso...
Não falei sobre certo ou errado, falei sobre o comportamento humano, as is. Você discorda que o ser humano procura o melhor para sua familia, seu país, sua equipe, para si?

Antes de vir com idéias pre-concebidas sobre mim e interpretar o mundo de acordo com as promessas vazias da tua religião religião (de novo), entenda o que disse.

Você quer falar que tudo seria melhor se fôssemos assim ou assado, claro, concordo. Se todos colocássemos nosso EU em segundo plano em detrimento da coletividade, lindo, beleza, só que ... irreal e inexistente para a espécie como um todo.

E o resto é aquele seu discurso vazio, que é o proselitismo de tua religião. Você quis dizer que se todos seguíssemos o mundo como sua religião prega veríamos a Felicidade, o Ser, a Verdade e aquelas coisas que todos sabemos que você não sabe o que está falando.

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Offline Galthaar

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Re: Os dois motivos que me levam a não ser ateu.
« Resposta #149 Online: 14 de Agosto de 2008, 11:21:40 »

Maurício,

A felicidade definitiva (ou pelo menos duradoura) realmente existe? Ou felicidade é algo que se sente quando se alcança algum objetivo?

Devemos nos aperceber de que a felicidade não é um objetivo per se, e sim um guia que nos controla como se fosse um objetivo, mas em realidade visando um objetivo maior que é a sobrevivência do ser. Em outras palavras: a felicidade é um meio e não um fim.

O que quero dizer com isto?

Suponha que você harmonize a humanidade inteira e consiga igualar tudo e todos em termos materiais. Haverá alguma chance desta estabilidade se manter? NÃO. E sabe por quê? Porque no fundo, o ser humano não quer ser igual (não quando pode estar por cima). O aumento de potência é o objetivo principal e a felicidade é apenas um marcador que diz ao ser quando ele o consegue.

Somos capazes de não nos deixar manipular por este controle interno? Talvez. Uma espécie de budismo seria provavelmente a melhor maneira, mas é preciso perceber que toda dor e toda a felicidade são SIM relativas a situação e ao ser que a experimentam. Certa dose de niilismo pode ajudar neste objetivo, assim como um sarcasmo que o coloque em seu lugar quando o desejo o atormentar novamente (e ele sempre atormenta), e uma dose mais forte de humor irônico para superar os fracassos inevitáveis de tal busca.
"A dominação social no capitalismo, no seu nível mais fundamental, não consiste na dominação das pessoas por outras pessoas, mas na dominação das pessoas por estruturas sociais abstratas constituídas pelas próprias pessoas."

Moishe Postone, Tempo, trabalho e dominação social

 

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