Creio que seja uma das teorias para explicar por que o Sol interno da Terra não cai. Outra alternativa seria que o espaço interno é maior que o externo, virtualmente inexistente (estaríamos no interior da esfera terrestre, assim como todo o resto do universo), e a física é toda ajustada em torno disso.
Exato! O sol interno não cai. Mas tem um probleminha... A força gravitacional do sol interno seria sentida pelos habitantes intraterrenos, que despencariam em direção a esta fornalha interior.
De modo que, por eliminação, é a segunda teoria que deve ser verdadeira.
Não sei se é brincadeira ou manifestação irônica de ceticismo com o resultado que eu postulei.
De fato cometi algumas imprecisões que agora corrijo:
1o caso) Ponto A interno – Foi provado, no tópico "Campo no Interior de um Condutor" , que o campo é nulo neste ponto.
No artigo não está apresentada esta prova - que teria sido demonstrada em um tópico anterior - mas, de qualquer forma, não se pode transportar diretamente este resultado, sem maiores considerações, para a GRAVIDADE por conta do detalhe grifado abaixo:
"Campo no interior de um
CONDUTOR."
Mas eu posso mostrar que sendo este condutor esférico teríamos um efeito análogo a gravidade em planetas ocos. Ou seja, o campo gravitacional interior seria nulo.
Estava pensando em uma maneira de mostrar isto sem matemática e sem figuras. Vamos ver se consigo...
Como diria Jack, o estripador: "Vamos por partes."
Sabemos que a Lei de Coulomb tem a mesma forma da lei da gravitação universal de Newton. É a mesma equação, só muda o valor da constante e o fato de existirem dois tipos de cargas e só um tipo de massa. Mas algebricamente estas diferenças não fazem diferença.
Portanto a Lei de Gauss pode ser aplicada tanto a campos elétricos como a campos gravitacionais.
Bom, o "1º) ponto" afirma que foi provado que o campo é nulo no interior de qualquer CONDUTOR fechado. ( Dentro de uma caixa de metal, por exemplo. )
Acho que podemos entender o que ocorre de maneira bem simples, através de um experimento mental:
Suponha que você, magicamente, pudesse pegar um punhado de elétrons em uma das mãos, e os "derramasse" sobre uma superfície condutora fechada. Talvez o gabinete do seu desktop...
O que aconteceria?
Como os elétrons se repelem logo se espalhariam, e como não podem "saltar" para fora do metal, teria que se espalhar sobre a superfície condutora do seu gabinete. Elétrons em movimento = corrente elétrica.
Porém a experiência nos mostra que esse tipo corrente duraria menos de
nanosegundos, o que nos leva a concluir que os elétrons instantaneamente adquiriram uma configuração de equilíbrio.
Agora devemos entender que tipo de configuração teria que ser.
Para isso faça uma nova experiência ( esta pode ser mental ou não ): ponha um livro sobre a mesa. O que acontece? Nada! O livro fica imóvel sobre a mesa. Agora, se inclinarmos lentamente o tampo da mesa em um determinado momento o livro irá escorregar.
Antes o livro permanecia imóvel porque a NORMAL anulava a força PESO. Ao inclinar a mesa surge uma componente da força peso na direção da inclinação, e quando essa componente se torna maior que a força de atrito o livro escorrega.
Ou seja, COISAS SÓ PODEM PERMANECER IMÓVEIS SOBRE UMA SUPERFÍCIE AO EFEITO DE ALGUM CAMPO DE FORÇAS, SE A NORMAL ESTIVER PERPENDICULAR A ESTA SUPERFÍCIE. E claro, resultando que o próprio campo naquele ponto é também perpendicular a superfície, sendo totalmente cancelado, ou contrabalanceado, pela força normal.
Daí que voltando a caso do nosso condutor, concluímos que se há equilíbrio eletroestático só pode ser porque os elétrons se movimentaram de forma a adquirir uma configuração onde em cada ponto da superfície o campo elétrico é perpendicular a esta superfície.
E isto independe da forma. Pode ser uma caixa retangular metálica, uma esfera, um cilindro, uma coisa disforme... E se o campo é perpendicular e apontado para fora ( porque não poderia ser apontado para dentro, já que os elétrons querem se afastar, já que se repelem, e não se juntar no interior da superfície fechada. ),
então implica que o campo no interior da superfície é nulo."Mas isto não aconteceria com a gravidade!", você dirá. Porque a matéria não pode ser reorganizar assim como os elétrons se movimentam sobre um condutor.
Sim. Mas neste caso particular trata-se de uma esfera, uma forma totalmente simétrica. De modo que a única configuração possível para esse equilíbrio seria a carga excedente se distribuir de maneira uniforme por toda a superfície da esfera. Quer dizer, há uma densidade de carga uniforme por toda a superfície da esfera condutora.
Então é exatamente o mesmo caso de um planeta oco onde a densidade de massa da casca esférica é uniforme.
O que é o caso para todos os planetas. As diversas camadas possuem densidades mais ou menos uniformes, já que eles se formam
sob a ação da própria gravidade, fazendo com que as camadas mais externas sejam as menos densas e as internas progressivamente mais densas.
É como misturar areia, óleo e água em uma cuba e dar uma mexida: a areia vai compor a camada de baixo, depois o óleo e por cima a camada de água, menos densa.
Correções e acréscimos em azul.