Eu repito a pergunta:
Se os receptores pararem de comprar peças automotivas roubadas os roubos parariam, mas isso nunca vai acontecer, então pra que gastar dinheiro prendendo receptadores? Eles só querem as peças, são seres inocentes e puros. Cinismo essas horas da noite é foda.
Os compradores tem opção de comprar no mercado legalizado.
Barata E Diegojaf [E todos que são a favor de pau no usuário por ser financiador do tráfico], por favor respondam:
Se o mercado de compra e venda de peças automotivas fosse proibido pelo Estado;
Se a policia perseguisse os consumidores desse mecado;
Se as peças fossem vendidas apenas pelos traficantes;
Quando vocês quisessem comprar uma roda, vocês comprariam um carro novo seguindo o bom principio da ética, moral e respeito à lei?
PS: Tantos "Ses" mas o cenário da proibição da maconha é justamente esse, sendo que a proibição, assim como uma hipotética proibição de peças automotivas, NÃO SE JUSTIFICA.
A compra de produtos de origem criminosa se justifica apenas para produtos essenciais e que não podem ser substituidos. Comparar peças automotivas com maconha é como comparar remedios com balas. Eu aceito que se roube um remedio para um filho doente, não aceito que se roube um par de tenis so para ficar na moda. Sacou a diferença?
Tá vendo como é bem pessoal essa ideia de essencial e necessário. Eu usei esse exemplo porque pra mim, carro é tão essencial e necessário quanto maconha. Eu não vou morrer sem carro, não vou deixar de trabalhar, não vou ficar sem mulher... eu tenho carro por comodidade, se não, seria como a dois anos atrás, quando eu não tinha carro.
Claro, como eu tenho carro agora, eu não seria hipocrita de dizer que compraria um carro novo ou deixaria de ter carro, apenas porque a venda de peças é proibida. Eu iria buscar a melhor solução para mim entendendo que o Estado está errado em manter a proibição.
E detalhe: Como estamos falando de ação indireta na violência, sua colocação mais correta seria: "comprar remédio roubado para tratar o filho doente ou comprar tênis roubado para ficar na moda"
E ai é que mora a diferença entre eu e você Bob, eu não coloco o meu prazer ou comodidade acima do bem estar da sociedade.Deixaria de andar de carro e protestaria contra a lei. Voces acham que o Estado estando errado, paga o preço, não percebem que a atitude de voces não prejudica o estado, prejudica as pessoas, seus vizinhos, seus parentes e amigos.
Mas Barata, uma coisa é o moralmente correto, e nesse sentido eu concordo com seus posts. Usuário que compra do tráfico está indiretamente associado à violência e isso é inquestionavel.
(Veja que no meu post de autopeças eu coloco que "iria buscar a melhor solução para mim entendendo que o Estado está errado em manter a proibição" assim como faço no caso da Maconha que é o autocultivo.
Outra coisa é querer que 100% dos usuários sejam moralmente corretos e parem de consumir ou comecem a arriscar o plantio caseiro para acabar com o tráfico. ( Eu sei que você é a favor da legalização do cultivo porque você enxerga o absurdo a lei tratar um ativista como algo pior que usuário financiador do tráfico).
Cara, isso não vai acontecer nunca porque a ação do usuário é comprar, ele não vê individuos armados, ele não é ameaçado, muito menos sobe o morro. O usuário geralmente compra do Zé da Esquina. Dessa forma, é de se esperar que poucos tenham a conciencia global das consequencias do tráfico.
Para a maioria dos usuários ainda é mais fácil, mais barato e melhor comprar do Zé da Esquina e para essa maioria pouco importa se maconha é legalizada ou não. Estamos falando de uma parcela comum da população, onde a maioria é APATICA;
Cara, com certeza dos 5000 desfilando na marcha do rio, nem a metade sabem ao certo os motivos reais da proibição. Querem legalizar para que seja mais tranquilo para eles comprar maconha, para que acabe esse estigma de maconheiro ser associado à violência e blablabla. Não sabem nada de fibra de canhamo, de biocombustivel, nada!
A realidade é uma só, a Lei de Drogas precisa ser revista SIM. E ela inevitavelmente vai ser revista SIM, independente da adesão de 100% dos maconheiros ou de 0% dos não maconheiros no ativismo.
E outra, nem você nem ninguém aqui pode excluir os usuários do grupo de vitimas da violência do tráfico.