É estarrecedor o que vejo acontecer aqui. Uma deflagração de comentários sem fim e finalidade útil num frenesi sem limites. Evidenciação nítida da tragédia humana que as drogas sustentam
Não sei qual parte, Liddell Heart, do "eu desisto, você venceu" não ficou clara para você. Para mim, o que fica claro é que se eu não consigo te convencer nem da minha derrota diante de seus argumentos inquestionáveis, se até nisso eu fracasso, então eu devo ter "triunfado" sobre você (eu não veria isso como um triunfo, de fato, pois é lamentabilíssimo ver pessoas pleiteando o "direito" de autoinfligir-se malefícios, embora a irracional irresponsabilidade que os move os faça negar descaradamente os malefícios que infligem em outros por meio de tentativas de "argumentos" que ultrapassam a torpeza, como os seus). O triunfo real é de quem é totalmente livre para fazer o que quer e não fazer o que não quer, que são a mesma coisa.
Seja você, agora, finalmente, capaz ou não de aceitar sua vitória, é a última vez que te retorno. Não tenho o mesmo interesse que você nesse assunto e não tolero atitudes como as suas.
Fico impressionado com a importância dada a um assunto vazio como esse! É a evidenciação do acúmulo de caracteres evolutivos persistentes, que, numa visão primária da teoria, não deviam persistir, fato devido ao "desvio" evolutivo que o processo seguiu nessa espécie...
Estava só lendo, estarrecido, mas não posso deixar de fazer algum comentário diante de certos exageros falaciosos.
A lógica da proibição é similar a do desarmamento ou do "desautomobilizamento": proibe-se a coisa e não seu mau uso (que é o único problema), o que só cria incentivos econômicos para o tráfico, e o mau uso fica em segundo plano ou completamente negligenciado.
Armas são um recurso necessário para a defesa, a sobrevivência, assim como automóveis são para o conforto, o deslocamento além das possibilidades físicas do corpo. Originam-se da nossa evolução como instrumentos que nos capacitam a mais aptidão para a sobrevivência. Drogas, não usadas com finalidade médica, são um recurso necessário para que? Para o atendimento de necessidades desnecessárias?
Drogas são uma ferramenta para o prazer, assim como a TV, o computador, etc... Há quem diga que elas fazem o usuário transcender o meio físico.
Essa eu vou tomar como uma piada. Eu até tentaria responder à comparação com TV e computador, o que me faria me sentir anedótico, mas o que você colocou logo em seguida não merece, com toda a franqueza, meu empenho. Transcender o meio físico? Tá bom, eu acredito nisso... Não gosto de ser preconceituoso, mas sempre me pareceu que o indivíduo que se droga, de alguma forma, já nasceu drogado.
Então essas são as razões de toda essa desgraça das drogas? Prazer e transcender o meio físico?... Muito boooooooom!
Mas prefiro sexo.
A desgraça das drogas é relativo a proibição. Seu sucesso é relacionado ao prazer.
Nossa! Que frases de efeito! Impressionantes!
Mas... a proibição é relativa a que? Pura perversidade de quem gosta de cortar o "barato" dos que se "divertem"? No início, antes de haver a proibição, não havia problema algum e começou a haver, do nada, uma pura implicância contra consumidores "recreativos" (essa é ótima!) de drogas?
A proibição se deu por culpa do lobby americano. Note que as proibições mundiais ocorreram em períodos "próximos".
É mesmo? E daí? É claro que devem ter sido em períodos próximos, quando o consumo se alastrou nas sociedades modernas e industrializadas que começaram a criar circunstâncias de responsabilidade que cidadãos drogados não podiam cumprir a contento, evidenciando o problema que as drogas representam. Nossas sociedades não são mais tribos indígenas.
São períodos próximos, mas em nações com contextos sociais totalmente diferentes. duhh
E você considera que isso contesta o que eu disse? Como, exatamente?
Se todos os países começaram a caçar as drogas em períodos próximos, e todas com contextos sociais diferentes, não tem lógica dizer " o consumo se alastrou nas sociedades modernas e industrializadas". Nem todas os países eram modernos ou industrializados, muito menos tinham um alto consumo de drogas.
E você supõe que isso contesta o que eu disse? Como, exatamente?
Responda algo que seja um real contraponto, por favor. Eu sei que é impossível, mas seria possível você tentar, pelo menos, algo que transpareça alguma dignidade, sem falácias como associação falsa entre diferenças de contextos sociais, modernidade e industrialização, e sem desconsiderar que o mercado de drogas é internacional?
Sou um defensor da liberdade individual. Mas que liberdade há num consumidor de drogas por vício? Um viciado não é livre. É um prisioneiro de uma clausura terrível.
Errado, a pessoa teve a liberdade de se drogar. Ninguém coagiu ela ao consumo, ela fez por conta própria.
Eu não sei o que leva vocês a pensar que é tão fácil atirar falácias em cima de mim. Você leu bem o que eu comentei antes de dizer esse disparate?
Sim, você entra em profunda contradição ao dizer que viciados não são livres. Ora, os usuários buscam o prazer por trás das drogas, estas não são o fim, mas o meio. Se a busca por prazer faz de alguém um "preso", isso é subjetivo, e não acrescenta nada para esta discussão.
Busca por prazer uma pinóia. Busca por fuga induzida da realidade. Preso não é alguém que pode fazer o que quer; preso é quem não pode deixar de fazer. É claro que nada acrescentará nada a essa discussão. Isso não é uma discussão sobre algo racional; é sobre consumo "recreativo" de drogas. Consumidores são como qualquer crente -- não querem qualquer outra coisa que não seja consumir. O que os move é uma profunda necessidade de consumir, nada mais.
Claro que viciados podem parar de consumir, mas não querem. Sabia que essas palavras são diferentes?
Sabiiiiiiiiia. Muito embora um bom bocado de drogados, no auge da alucinação, afirmem a famigerada frase: "querer é poder". Mas EU sei que são diferentes. O diabo é o sujeito provar que quando ele diz "não quero parar", não está mesmo dizendo é "não posso parar". Você não quer que eu acredite fácil no que os outros afirmam, quer?
Você não deve ter percebido que eles procuram a drogas quando estão lúcidos.
Essa é muito "boa". Eu não devo ter percebido o que passa pela cabeça de consumidores de drogas... Claro que não! Como eu poderia saber?
Não. Nenhum viciado é "lúcido" (entre aspas, porque sua tentativa falaciosa aqui não funcionou, para variar; não é de lucidez que se está falando aqui, é de dependência química; é, drogas têm esse efeito também, entre muitos outros, como os de saúde física que, em casos extremos, significam morte, não só a "onda"). Procuram drogas quando a abstinência produz o desejo *incontrolável* por mais. Não estou falando da primeira vez, que, se é diferente de qualquer outra, é justamente pelo vício. Estou falando de todas as vezes em que o viciado TEM que se drogar e NÃO PODE, NÃO CONSEGUE parar e inventa a lorota de que é porque quer e para quando quiser. Talvez ele mesmo acabe acreditando ou fingindo que acredita nisso. E eu é que não sei a diferença entre querer parar e poder parar?
Quem não parace perceber as coisas é você; principalmente, com quem está teclando.
Se alguém depende de algo, ela quer algo. E eles não procuram drogas apenas por culpa da abstinência, existem drogas muito consumidas, como a cocaína, que não possuem estágios de abstinência(há uma queda de prazer após o uso, mas isso não é abstinência). Ele não quer a droga, por isso inventa uma desculpa para consumi-la? Isso faz muuuiiitto sentido, claudia.
Culpa de abstinência? A abstinência agora seria a culpada? Não seria justo/exato dizer em *razão* da abstinência?
O viciado necessita desesperadamente consumir a droga. Por isso, inventa a desculpa de que quer para não admitir o próprio vício. Isso é alguma novidade? Eu sei muito bem que você entendeu, mas é a última vez que te respondo, por isso eu ainda faço esse último ato de palhaço diante da sua desacanhada desonestidade.
Quem é "claudia"?
E novamente você não soube diferenciar poder e querer.
Poder parar e querer parar. Sei tanto a diferença, que digo: viciados devem ter muita dificuldade em distinguir uma coisa da outra, não eu.
Isso que você escreveu parece o ByteCode dizendo sobre homens dominados. Enfim, pura besteirada subjetiva.
O ByteCode fala de necessidades naturais, fisiológicas e totalmente vantajosas evolutivamente. O assunto aqui versa sobre degeneração evolutiva. Você pode apontar que haja vantagem evolutiva no consumo de drogas como os feitos pelos adeptos do uso "recreativo"? Pode apontar que não haja desvantagens, por outro lado?
Se a pessoa tem necessidade por algo, ela quer algo.
Falácia. Não necessariamente. Temos necessidades de que nem desconfiamos. Temos necessidades que não queremos (como dormir, por exemplo). Eu gostaria de não precisar comer, beber, respirar, mas não posso evitar. Não tenho querer; só necessidade. Psicopatas têm necessidade de matar; cleptomaníacos, de roubar. Muitos procuram tratamento porque não querem suprir suas "necessidades". E, nossa! Quem diria?! Turbas de drogados procuram assistência porque o querer deles não é suficiente! Que coisa, não?!
Se não desconfiamos, não temos necessidade. E querer não é gostar - eu não gosto de respirar, mas quero respirar, pois do contrário eu morreria. Os viciados gostam de se drogar e querem se drogar. Se não, por que muitos usuários voltam a usar drogas após a desintoxicação?
A esmagadora maioria das pessoas não faz ideia de um número enorme de elementos essenciais à própria sobrevivência e, ainda assim, se não suprirem a necessidade que têm desses elementos, morrem ou adoecem. Que falácia é essa de que "se não desconfiamos, não temos necessidade? Que necessidade é essa sua de fugir tanto da realidade e com tanta torpeza?
Sua necessidade de distorcer a realidade é mesmo impressionente. Você não gosta de respirar? Tem algum desconforto respiratório? Eu não gosto da NECESSIDADE que tenho de respirar pois me é uma limitação, mas não posso evitar. Não tem nada que ver com gostar assim como não tem a ver aqui. Portanto, não inclua mais uma variável descabida onde se está falando de querer algo e precisar de algo tanto ao ponto de não poder não querer. 'Gostar' não tem que se intrometer nesse assunto.
A primeira vez, mesmo a da reincidência, é devida à natureza evolutivamente inferior do indivíduo. As seguintes começam a se tornar um processo autônomo em que o indivíduo perde a própria autonomia consciente.
E claro que os viciados querem outras coisas - muitos são cantores, escritores, poetas, filósofos e etc...
Crentes também querem "outras coisas", mas que ninguém ouse mexer nas suas ilusões!
Mais falácia. "Qualquer outra coisa" que eu disse é no tocante ao assunto. Não querem analisar a realidade sobre a questão (como, no caso do crente, se deuses existem ou não; só querem acreditar). Mas uma enorme quantidade de drogados chega ao ponto de não serem MESMO capazes de querer mais nada na vida.
As drogas causam um prazer biológico muito grande.
Prazer *biológico*? Você não está percebendo, ao menos, que está no departamento errado? O que é um prazer biológico? Há efeitos prazerosos associados a certas funções biológicas mas o prazer, em si, não existe como algo biológico. Drogas não causam DANOS biológicos? Drogas não causam DANOS comportamentais? Drogas não causam problemas e danos a terceiros, ainda que considerando, apenas, os efeitos biológicos e psíquicos das mesmas? Vai negar tudo isso? Já te dou uma ajuda avisando que não me admirará se negar.
As drogas entopem os receptores que reabsorvem a dopamina(responsável pelo prazer), deixando-a por mais tempo na sinapse e perpetuando a sensação de prazer. Algumas drogas, como heroína e crack, causam danos psicológicos. Porém, o primeiro, na maioria das vezes, causa danos em quem já tem problemas mentais, e o segundo só está no mercado devido ao seu baixo preço. Cocaína, maconha, entre outras, não causam danos psicológicos, apenas prazeres psicológicos.
Sobre os danos comportamentais, um usuários de cocaína, por exemplo, pode ter uma vida social muiiiittto comum.
Eu já esperava que você negasse, mas simplesmente desviar dos danos a terceiros eu esqueci de considerar que você poderia fazer.
Você supõe que isso que expôs esclarece ou mesmo, sequer, aborda meus questionamentos?
Por isso eles não querem deixar seu vício, que, para eles, lhe faz bem.
E aqui você confessou que é vício mesmo o que torna tudo muito engraçado. "O sujeito não quer deixar seu *vício*(????????) porque lhe faz bem"!!!!!!! Não, não é porque ele é dependente, fica desesperado quando abstém-se e não tem nenhum controle sobre si mesmo, sobre seus impulsos, não. É porque ele gosta muito, faz bem, não é? É isso que você chama de vício, então? Sua própria definição de vício?
Errado, muitos usuários vão para a reabilitação, são desintoxicados, e voltam a usar drogas. Amy Winehouse é só um exemplo.
Errado o que, exatamente? É a diferença entre a primeira vez e as seguintes que já mencionei. Será que existe a mais mínima chance, quase milagrosa que seja, de suas respostas, ao menos, parecerem ser direcionadas às minha perguntas? Lembre que é a última chance de você tentar.
Quanto ao "mau uso", mau uso????? O que entendo como mau uso de drogas é qualquer um que não seja com finalidades terapêuticas, médicas, para melhorar a saúde do indivíduo, mental e física e não para limitar ainda mais os já naturalmente restritos limites do corpo e da mente.
Você é que está certo sobre o que é bom ou mau? Então toda religião está errada.
É claro que toda religião está errada! De onde você veio, afinal?
Nem toda a religião está errada, a sua vigora com muita força, pelo jeito.
Meu deus! Mais um crente para me dizer que não crer e crer; que falta de religião é religião...
Você não tem argumentos melhorezinhos não?
Se você mehorar os seus, talvez os meus melhorem. Mas por favor, use argumentos falseáveis contra as drogas, e não coisas subjetivas.
Subjetivas? Eu estou dizendo coisas subjetivas?????? Não estou sob efeito de drogas, meu caro. Não sou adepto da falseabilidade. É preciso acreditar nela para ser e eu não acredito.
Agora, nem precisa se preocupar em realizar feias esquivas. Não tenho tempo para perder com isso mesmo. Não entrei aqui para ficar discutindo. Não preciso de drogas. Só preciso que quem as consome não me cause problemas.
Definição de bom e mau é subjetivo. Daí, seus argumentos não tem base lógica, é apenas mais uma opinião pessoal exaltada, daí, não é falseável.
Uma coisa é, para mim, um indício claro de falta de argumentação: quando começam a decretar que o que declaramos é opinião pessoal. É você quem decide isso? Não no meu caso, pode esquecer. Não tenho opinião nenhuma.
Quando não se usa argumentos objetivos, inicia-se uma discussão baseada em opiniões, e não em fatos.
Sinto muito. Você deveria saber, como todos aqui já sabem (devem saber, penso eu), quão pouco objetivo eu sou. É da minha natureza utópica, sabe? Lamento se não pude me nivelar ao refinado rigor das suas argumentações impecáveis.
Definição de bom e mau é subjetiva se não correlata ao que é profícuo para a sobrevivência. A evolução não tem objetivo, mas tem um sentido: selecionar os mais aptos, sempre. E, aqui, "bom" e "mau" tornam-se plenamente objetivos, como inteligente e estúpido, vantajoso e desvantajoso, eficiente e ineficiente, vital e mortal. Ninguém foge da evolução.
Definição de "bom" e "mau", por si, é sempre subjetiva. Agora, se você atribui uma relação e/ou um fim, o uso de "bom" pode ser aceitável, mas, nesse caso, equivocado.
Einstein um brilhante matemático(há quem diga que ele roubou das idéias de Henri Poincaré, mas isso é um outro assunto), Carl Sagan, o gênio, Arnold Schwarzenegger, quando fisiculturista, todos esses usavam drogas. E eram ótimos no que faziam. Logo, sua afirmação que drogas são um "mau" para evolução foi uma conclusão suuupperr equivocada, e errada.
Só o que posso dizer, por meu conhecimento, é que Einstein não roubou ideia alguma de Poincaré. A única droga de que Einstein fazia uso, que sei, era o tabaco do seu cachimbo. Não espere que eu simplesmente acredite em tudo que você disse aí em cima. Quando se relata eventos, fatos históricos, é necessário muito rigor com as fontes e, pelo menos, apresentá-las. De qualquer forma, evolução não é simples como você está tentando delimitar aqui, não mudando, em nada, o fundamento do que eu disse. Evolução não é apenas sucesso social indidual e é preciso avaliar, quantitativimente, a influência das drogas (negativas, irrelevantes ou, possivelmente, positivas) no suposto sucesso independente do indivíduo, além da resistência aos efeitos danosos que muitos têm, sem dúvida, mais que outros, caso em que a evolução teria conferido imunidade a drogas, evidenciando o fator ambiental negativo que elas representariam. Se você quer contestar algo desse nível, pode ser tudo, menos simplista. A única coisa simples nisso tudo é o fato de que as drogas são degradantes, ainda que em graus variados. E o que é degradante, por definição, diminui aptidão para sobrevivência.
Sei que nada disso adiantará diante da sua grande honestidade, mas o pouco tempo do fim de semana que dediquei aqui já foi desperdiçado mesmo...