Humberto Francis.
51 é o número!!!!!
Re: Qual o pior argumento em favor da existência de Deus?
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Citação de: lusitano em 29 Mar 2009, 12:42:21
Muitíssimo boa pergunta.
Eu creio no seguinte: A experiência pessoal é indispensável, à confirmação dos fenómenos naturais. Se nós dependemos da opinião dos outros, então escapa-nos qualquer coisa.
Se a objectividade, exige a confirmação do maior número possível de testemunhos, isto é, de consciências auto-perceptivas, então hipoteticamente, no caso da "discussão" presente, também precisa da confirmação consciente do próprio morto. Mas como o próprio morto, presunçosamente não pode dar o seu aval, então fica uma dúvida importante, em suspenso...
E quem disse que se exige confirmação por testemunhos ?
Se o morto, rigorosamente não tiver sua consciência "morta" não seria razoável se acharem evidências desta ? E evidências objetivas não parece ser pedir muito.
Isso só será possível com o recurso a tecnologia do futuro, quando existir a profissão de sonhador, como o que acontece num dos livros de Isaac Azimov, e no filme "relatório final". Ademais quando um defunto, está clinicamente morto, as experiências subjectivas, passadas num plano imaginário, ou astral, na minha opinião, não mais têm lugar no cérebro objectivo, por este se encontrar incapacitado para o efeito. Seria indispensável primeiro, por exemplo, filmar as ondas gravitacionais. Até lá, não se pode objectivamente, registar o mundo imaginário.
Recorda-se das experiências dos finalistas de medicina, efectuadas no filme
a "Linha final"?
De facto a minha experiência da morte, é de ver os outros mortos. Ora os meus melhores sonhos, sugerem-me que devo desconfiar, que de facto se morre em termos de auto-percepção. porque por diversas vezes, já me encontrei a observar o meu corpo a dormir na cama. E outras pessoas contam experiêncis semelhantes.
Que tal a hipótese de só foi sua impressão durante o sonho, pela qual vc se convenceu por evidências factuais ?
Novamente vc apela a evidência anedotal.
Concerteza que eu aceito isso que você propôe. E evidentemente, que eu apelo para evidência anedotal. Mas eu não descarto facilmente uma experiência pessoal, apesar disso...
Ainda hoje depois do almoço, fiz uma sesta, para analisar de novo esta conversa e o danado do meu cérebro pregou-me de novo a partida da duplicação de consciência.
Isto é o que você chama de sonho recorrente, não é?Portanto - se um morto - não tem meios de se experienciar morto, então quem sabe, se não haverá uma meta-continuidade mental ou espiritual, como especulam os modernos neo-platónicos e neo-pitagóricos?
Evidências mensuráveis e objetivas, por favor ?
Peço desculpas, quanto a essa sua insistência em verificações mensuráveis; mas na minha cidade, não existem laboratórios de investigação científica com esse fim.
Na última consulta psiquiátrica, que eu fiz, o especialista com quem eu conversei,
disse-me, que o nosso país, em matéria de estudos sobre os sonhos lúcidos, não fez quaisquer progressos, depois de Freud e Jung. Portanto, como é que eu vou conseguir apresentar-lhe evidências científicas,
sobre o mundo das ideias e formas perfeitas proposto por Platão...?!?...
E citando os neo-cartesianos: estou auto-perceptivo, logo existo. Portanto, não podem ser os outros, que hão-de atestar a minha futura inexistência. Sou eu.
Ora, se eu confirmar conscientemente que estou morto - é porque não estou.
Insisto, que a última palavra cabe aos mortos. Não em relação aos vivos, mas em relação a si mesmos.
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E se eles não puderem dar a sua palavra, porque efetivamente estão mortos, vc se recusa a aceitar qq evidência em contrário ?
Seja menos seletivo, menos subjetivo. Por favor...
Você está falando de cadáveres... Eu estou falando de consciências auto-perceptivas.
Eu recuso-me a admitir, que a consciência se possa extinguir com o corpo físico, porque "o meu cérebro", cria sonhos, que me levam a duvidar, que a mente se extinga, com a morte orgânica.
Como é que eu posso ser menos subjectivo, se quando sonho mais lucidamente,
analiso estas conversas, interrogo o meu cérebro sobre o assunto e o meu cérebro astutamente, deixa ao meu critério pessoal, chegar a uma conclusão...
Ora se inclusivamente, há pouquíssima investigação nesta área, por parte dos "batas brancas", como é que eu posso ser mais objectivo? Sou apenas um amador mais ou menos solitário, espantadíssimo com estes fenómenos naturais.
E sobre os seus sonhos recorrentes, atreva-se lá a contar alguma coisa sobre esse assunto...
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especulativamente - artur.