Autor Tópico: Lingüística  (Lida 69050 vezes)

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Offline Wolfischer

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Re: Lingüística
« Resposta #325 Online: 15 de Fevereiro de 2011, 21:45:21 »
Vou procurar minhas anotações sobre o tronco uralo-altaico. Só não sei fazer o cladograma.

Tenho também anotações sobre o tronco tupi.

Offline Derfel

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Re: Lingüística
« Resposta #326 Online: 15 de Fevereiro de 2011, 21:46:43 »
Italiano é chato pra cacete, nao entendo patavina, de patavium mesmo

Tinha um povo italico que usava um escudo no peito ( tipo He-man) que dizem que influenciou as armaduras romanas

Sobrou alguma coisa destas caras na lingua italiana?
Seriam os Etruscos?

Offline Eremita

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Re: Lingüística
« Resposta #327 Online: 16 de Fevereiro de 2011, 02:37:18 »
Porém a questão semântica é de muita importância para a ciência. A filosofia da matemática já demonstra os paradoxos e absurdos que se chega com esta linguagem. Mas houve uma época, nos Estados Unidos, que tentavam matematizar o mundo, esclarece-lo através das fórmulas e da simbologia matemática.
É importante. Sem dúvida. O problema está quando se fica demais na semântica.
Embora eu discorde do exemplo do DDV [Ciências Sociais], concordo com o cerne do argumento dele nesse ponto.

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E não somente para a ciência, para toda a cultura. A linguagem artística utiliza-se de outros simbolos para a construção de sentido e significado. Até o cinema tem a sua linguagem.
Nesse caso, sai-se Semântica e entra-se na disciplina mãe dela - Semiótica, o estudo dos símbolos e do simbolismo.
Há um pouquinho de guerra semântica em "o que é linguagem", mas pinturas, a parte visual do cinema e etc. quase não têm linguagem propriamente dita.

E a semiótica não serve apenas pra arquitetura e design e etc. :P

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A sociolinguística tem a ver com o que acho mais lindo na linguística que é esse estudo da cultura das nações, pois o idioma é o que mais representa toda riqueza de informação existente nos mais diversos significados das palavras e até mesmo da sua estrutura. É uma das maneiras de entender o memeplexo do bem (e do mal também) dos países e do mundo. Para não dizer a alma e ficar no popular e comum, pois somos céticos oras!
"Alma", no sentido que você deu, é OK - não um ente real, mas sim o "conjunto de características de dado lugar e tempo que são opostas às de outros lugares e tempos."

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Parabéns para vocês linguístas  :ok:
Parabéns aos lingüistas de verdade. Eu sou só um proto-lingüista :hihi:

...sou só eu que acho isso UMA COISA BELA? Ou é a cerveja que me influencia?
Se é belo, eu  não sei, só sei que gosto.
Ah, por "napolitano", leia-se, o que as pessoas comumente chamam de italiano. Há diversos idiomas na Itália, e o italiano padrão é embasado no idioma de Nápoles.
Eu diria que se baseia no toscano, em particular o dialeto de Florença, a língua de Dante, cujas obras ajudaram a definir o padrão.
Mas é interessante notar que, ao contrário da primeira impressão, não é derivado do dialeto romano :D

Eu achei legal. O sardenho então é descendente direto do latim?
Todas as neolatinas são descendentes "diretas" do latim, vieram diretamente dele, passando por diversos estágios até chegarem ao que são hoje... só que o sardenho se separou das outras antes, só isso.

E o próprio sardenho já se fragmentou em diversos dialetos. Alguns mutuamente incompreensíveis entre si.

Eu poderia ter detalhado e colocado Latim > Sardenho antigo > Sardenho medieval > dialetos atuais, mas isso poluiria e não adicionaria muita informação.
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Offline Eremita

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Re: Lingüística
« Resposta #328 Online: 16 de Fevereiro de 2011, 02:38:04 »
Italiano é chato pra cacete, nao entendo patavina, de patavium mesmo

Tinha um povo italico que usava um escudo no peito ( tipo He-man) que dizem que influenciou as armaduras romanas

Sobrou alguma coisa destas caras na lingua italiana?
Seriam os Etruscos?
Não pesquisei, mas devem ter sido. Os romanos herdaram muita coisa dos etruscos na época que Roma ainda era só uma cidade-Estado.
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Offline Adriano

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Re: Lingüística
« Resposta #329 Online: 16 de Fevereiro de 2011, 04:01:58 »
Porém a questão semântica é de muita importância para a ciência. A filosofia da matemática já demonstra os paradoxos e absurdos que se chega com esta linguagem. Mas houve uma época, nos Estados Unidos, que tentavam matematizar o mundo, esclarece-lo através das fórmulas e da simbologia matemática.
É importante. Sem dúvida. O problema está quando se fica demais na semântica.
Embora eu discorde do exemplo do DDV [Ciências Sociais], concordo com o cerne do argumento dele nesse ponto.
Nem tem como não concordar, é algo que faz parte da linguística também:

Citação de: Saussure
Significante X Significado
O signo linguístico constitui-se numa combinação de significante e significado, como se fossem dois lados de uma moeda.
         
  • O significante do signo linguístico é uma "imagem acústica" (cadeia de sons). Consiste no plano da forma.
  • O significado é o conceito, reside no plano do conteúdo.

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E não somente para a ciência, para toda a cultura. A linguagem artística utiliza-se de outros simbolos para a construção de sentido e significado. Até o cinema tem a sua linguagem.
Nesse caso, sai-se Semântica e entra-se na disciplina mãe dela - Semiótica, o estudo dos símbolos e do simbolismo.
Há um pouquinho de guerra semântica em "o que é linguagem", mas pinturas, a parte visual do cinema e etc. quase não têm linguagem propriamente dita.

E a semiótica não serve apenas pra arquitetura e design e etc. :P
Considero como linguagem todo o trato com a informação. Por isso que o funcionamento computacional é descrito em termos de linguagens de programação. Informação é ciência. E a área de informação como um todo é muito extensa vai desde ciência da informação; passando por economia, sociologia e até política. Mas a que eu mais gosto e me aprofundei foi na filosofia da informação, que se estende para a internet e os seus "concorrentes" como a chamada mídia tradicional, a televisão e o cinema. Pierre Levy e Paul Virílio são os seus principais expoentes.


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A sociolinguística tem a ver com o que acho mais lindo na linguística que é esse estudo da cultura das nações, pois o idioma é o que mais representa toda riqueza de informação existente nos mais diversos significados das palavras e até mesmo da sua estrutura. É uma das maneiras de entender o memeplexo do bem (e do mal também) dos países e do mundo. Para não dizer a alma e ficar no popular e comum, pois somos céticos oras!
"Alma", no sentido que você deu, é OK - não um ente real, mas sim o "conjunto de características de dado lugar e tempo que são opostas às de outros lugares e tempos."
Mas como sou apologista de uma alma ateísta, prefiro o vocabulário próprio, caso contrário poderia usar alma até mesmo para me referir a consciência humana, que é real (cérebro).
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Alma é um termo que deriva do latim anǐma, este refere-se ao princípio que dá movimento ao que é vivo, o que é animado ou o que faz mover. De anǐma, derivam diversas palavras tais como: animal (em latim, animalia), animador, ...

É uma questão de estética e estilo de escrita. Memeplexo define bem melhor o meu modo de pensar e o que quero transmitir com isso. Para mim resulta numa bomba intucional, como diria o bom filósofo Dennett, nos seus usos de experimentos mentais.

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Parabéns para vocês linguístas  :ok:
Parabéns aos lingüistas de verdade. Eu sou só um proto-lingüista :hihi:
Tudo bem senhor proto-lingüista  :P
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline 3libras

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Re: Lingüística
« Resposta #330 Online: 17 de Fevereiro de 2011, 01:53:27 »
eu acho que com a evolução da comunicação e internacionalização da informação a tendência é termos um mundo bilingue em um futuro relativamente próximo. onde todos falarão uma lingua local, com forte influencia de uma lingua "geral" internacional, Provavelmente um inglês simplificado.

No Japão, Alemanha, África do Sul, Países nórdicos e no canadá francófono as coisas já são meio que assim se não me engano.
Improbabilíssimo, pois:
1. A esmagadora maioria das pessoas tenta se virar com apenas um idioma, esquivando-se da pressão pelo bilingüismo ao máximo. Vide o caso de imigrantes - passam duas, às vezes três gerações em dado lugar e ainda assim, só sabem o idioma do país de origem.

2. A gente entra em contato com japoneses, alemães, escandinavos e etc. que já são no mínimo bilíngües - e tendemos a acreditar, por essa pequena amostra viciada, que a maior parte dos habitantes desses lugares sabe algum idioma além do nativo.

3. E aqui no Brasil não, mas especialmente na Europa, há a pressão para se ter a língua local e a língua nacional - uma hipotética língua franca mundial estaria num distaaaante terceiro lugar.

4. E, mesmo na hipótese de surgir uma língua franca global, ela teria o mesmo destino de todos os outros idiomas - fragmentar-se em dialetos e, mais tarde, em novos idiomas. Ou seja... além de tudo, não duraria muito.

Ah, e um inglês sanamente simplificado seria irreconhecível frente-a-frente com o inglês normal... :hihi:



aqui um texto bem interessante: http://en.wikipedia.org/wiki/International_English#English_as_a_global_language

Mas há de se convir que o número de pessoas que usam ingles para se comunicar, estudar, publicar artigos que possam ser lidos globalmente etc e fazem do ingles como tal ferramente é MILHÕES de vezes maior que qualquer lingua "criada" para ser universal e dá goleada nas outras linguas muito populares globalmente, como espanhol, português ou mandarin.
« Última modificação: 17 de Fevereiro de 2011, 01:56:15 por 3libras »
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Offline Fernando Silva

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Re: Lingüística
« Resposta #331 Online: 17 de Fevereiro de 2011, 07:14:04 »
Não pesquisei, mas devem ter sido. Os romanos herdaram muita coisa dos etruscos na época que Roma ainda era só uma cidade-Estado.
Alguns dos primeiros reis romanos eram etruscos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_de_Roma


Offline André Luiz

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Re: Lingüística
« Resposta #332 Online: 17 de Fevereiro de 2011, 13:52:50 »
:hihi:

Sei la, os gregos tinham esta mania de dar os seus  fundadores mitologicos para cidades/dinastias/religioes dos outros
Acaba sendo uma demonstração de tolerância cultural deles, se parar pra pensar: "vocês também vieram de um fundador mitológico fodônico".

Andei fuçando na miitologia grega e parece que a diaspora dos filhos de Agenor bate com a expançao  grega no mundo antigo

Sem contar que as filhas e netas de Zeus dao nomes a muitas regioes ( Libia , Europa. Io, Bósforo...)

Fenix ( irmao de Europa) segundo a tradiçao funda cartago

Cilix, funda Sicilia

Cadmos funda Tebas ( O Canaã dos semitas)

A deusa grega Io se transforma na Isis egipcia

Pelo menos essa foi a desculpa religiosa  que os macedonicos deram  para ter alguma legitimidade quando dominaram o Egito


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Não pesquisei, mas devem ter sido. Os romanos herdaram muita coisa dos etruscos na época que Roma ainda era só uma cidade-Estado.

O tipo de guerreiro que me refiro é igual a da estatua do "guerreiro de capestrano", mas nao entendi que raios de povo é esse

http://www.g8italia2009.it/G8/Home/LaSedeDelVertice/G8-G8_Layout_locale-1199882116809_Guerriero_Capestrano.htm

A revista espanhola " La Aventura de la Historia" diz que este povo era iberico e que o escudo pro coraçao foi revolucionario para os romanos 

Ja a National Geographic diz que eram  picenos e que os romanos nao conseguiram derrota-los
« Última modificação: 17 de Fevereiro de 2011, 14:14:03 por André Luiz »

Offline Eremita

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Re: Lingüística
« Resposta #333 Online: 17 de Fevereiro de 2011, 20:21:38 »
aqui um texto bem interessante: http://en.wikipedia.org/wiki/International_English#English_as_a_global_language

Mas há de se convir que o número de pessoas que usam ingles para se comunicar, estudar, publicar artigos que possam ser lidos globalmente etc e fazem do ingles como tal ferramente é MILHÕES de vezes maior que qualquer lingua "criada" para ser universal e dá goleada nas outras linguas muito populares globalmente, como espanhol, português ou mandarin.
3libras, é interessante notar como isso [o uso de uma língua X como língua franca e não uma língua Y] é uma questão menos lingüística e mais política - relações de força.

Lingüisticamente falando, as candidatas a línguas francas ideais são:
Isolativas - cada radical é uma palavra, algo presente em todos os idiomas [ao contrário de flexões e aglutinação];
Regulares - menos exceções, menos aprendizado necessário para a proficiência;
Fonologicamente simples - menos, nesse caso, é mais; o idioma deve ter poucos fonemas, e pouco exóticos, facilitando o aprendizado;
Fonotáticas simples - CV é próximo do ideal, mas até CCVC é bastante aceitável;
Ortograficamente simples - a representação escrita do idioma deve ser idealmente morfêmica, grafêmica e fonêmica;
e por aí vai. Só que, se você reparar, nenhuma das línguas francas que tivemos é assim:

* Latim, grego e sânscrito são altamente flexionados;
* Grego ático e sânscrito fazem uma distinção razoavelmente rara entre fonemas aspirados e não-aspirados;
* Árabe é altamente irregular, com plurais "quebrados" como kitaab>kutub [livro>livros] (e esse treco de triliterais é completamente contra-intuitivo);
* Chinês médio e seus sucessores usam tonemas;

* Francês [a língua que cunhou o termo "franca"] tem vogais nasais, o que é um cu pra não-nativos aprenderem;

E agora, falando do inglês, ele é exatamente o oposto de uma língua franca lingüisticamente ideal:
*Altamente irregular paint>painted (pintar>pintou), mas eat>ate (comer>comeu) e choose>chose (escolher>escolheu);
*Fonologia complexa (/θ/ e /ð/ são fonemas raros, distinção de sílabas "tensas" e "relaxadas" também é rara [vide beach e bitch]);
*Fonotáticas complexas (chega ao CCCVCCC com strengths /stɹɛŋθs/ );
*Ortografia francamente ruim (ex: school, choose e machine - o mesmo dígrafo, três sons).

E entretanto, efetivamente, o inglês está sendo usado como língua franca, mesmo com todos esses problemas.

Então, a grande questão pra qualquer proponente de línguas francas artificiais é: como obter poder suficiente?
Se alguém soubesse como, de uma forma prática, os lunáticos do Europanto [ops, Esperanto] já teriam dominado o mundo... :hihi:

De qualquer forma, o uso do inglês não é eterno... daqui a pouco trocam pelo idioma do país mais pop daquele momento - seja mandarim, seja espanhol, javanês ou turcomeno.



Não pesquisei, mas devem ter sido. Os romanos herdaram muita coisa dos etruscos na época que Roma ainda era só uma cidade-Estado.
Alguns dos primeiros reis romanos eram etruscos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_de_Roma


Interessante... o foda é que pra essa época, temos muito poucas fontes... e a maior parte delas recorre à mitologia, como Rômulo e Remo.



André: Capestrano é uma cidade italiana, mais ou menos perto de Roma... o guerreiro de Capestrano tem esse nome porque foi encontrado lá.

E pesquisando mais um pouco, o povo que fez essa estátua foram os Vestini, que pra mim foram oscos ou umbros [e portanto, itálicos]... mas nem os especialistas concordam em porra nenhuma nisso :hihi:
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Offline Eremita

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Re: Lingüística
« Resposta #334 Online: 17 de Fevereiro de 2011, 21:41:48 »
Sombre o símpio - o projeto tá vivo, embora sem pretensões maiores que sair do papel :hihi:

Tô montando o vocabulário aos poucos, simplifiquei ainda mais a fonologia, e adotei o cirílico como alfabeto padrão, mas com transliteração simples pro latino e pro grego.

Alfabeto (com a transliteração ao latino e pronúncia aproximada em português):
а/a (como em ÁguA, jamais fechado como em Antes);
б/b (como em Bola)
в/v (semivogal; como em ágUa, céU - não se iluda pela ortografia, não tem nada a ver com o "v" de Vela);
г/g (como em GUerra, Gato, nunca como em Gente);
д/d (como em DaDo, nunca como em Dia);
е/e (algo entre o E de idÉia e o de idEal, mas jamais parecendo I como em olhE);
и/i (bem fechado, como em fIlho);
й/j (semivogal; como em paI, cadeIra - não se iluda pela ortografia, não tem nada a ver com J de Jóia);
к/k (como em Cadela, QUeijo, Quando);
м/m (como em Manhã);
н/n (sempre forte, como em Nada; nunca fraco como em aNtes. Em fim de sílaba, a cargo do falante, pode soar como M ou NH);
о/o (algo entre o O de Ótimo e o de Oba; jamais parece U, como em gatO);
п/p (como em Patada);
р/r (sempre brando, como em caRo, nunca forte como em caRRo. Pode ser tRRRRinado, sem problemas);
с/s (equivale ao SS, nunca tem som de Z: Som, aSSado, aCento);
т/t (como em TaTu, nunca como em Tio);
у/u (bem fechado, como em tatU);
ф/f (como em Família);
х/h (não existe em português. Equivale ao CH de baCH no alemão ou o J de Javier no espanhol. Pode ser aproximado usando o RR de caRRo na pronúncia brasileira.)
ч/z (como em TCHau ou [pronúncia brasileira] Tia)



EDIT: agora pensando bem, essa fonologia é o mínimo comum entre o japonês e o espanhol :hihi:
« Última modificação: 17 de Fevereiro de 2011, 21:47:20 por Kajsar »
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Offline André Luiz

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Re: Lingüística
« Resposta #335 Online: 18 de Fevereiro de 2011, 12:18:17 »
« Última modificação: 18 de Fevereiro de 2011, 12:21:18 por André Luiz »

Offline Fernando Silva

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Re: Lingüística
« Resposta #336 Online: 18 de Fevereiro de 2011, 12:49:28 »
Sabe-se la como acabei achando isso aqui, tem umas inscriçoes bacanas

http://members.fortunecity.com/mpdutra/Italia/lingua_picena.htm

http://members.fortunecity.com/mpdutra/Italia/proto_it.htm
Interessante. Dão uma boa idéia da situação. Nunca estudei muito a fundo a história das línguas itálicas.

Offline Geotecton

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Re: Lingüística
« Resposta #337 Online: 18 de Fevereiro de 2011, 13:58:47 »
Foto USGS

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Re: Lingüística
« Resposta #338 Online: 19 de Fevereiro de 2011, 04:00:49 »
Sabe-se la como acabei achando isso aqui, tem umas inscriçoes bacanas

http://members.fortunecity.com/mpdutra/Italia/lingua_picena.htm

http://members.fortunecity.com/mpdutra/Italia/proto_it.htm
Sou completamente ignorante nesse assunto [Itália pré-Roma]. Mas o material é interessantíssimo, vale à pena eu dar uma estudada a fundo nele... adoro essa parte arqueológica da Lingüística. :D
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Offline Fernando Silva

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Re: Lingüística
« Resposta #339 Online: 19 de Fevereiro de 2011, 09:08:00 »
Aprender mais de uma língua beneficia o cérebro e pode adiar surgimento do mal de Alzheimer.

http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/dominar+uma+segunda+lingua+traz+beneficios+ao+cerebro/n1238037249052.html
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Dominar uma segunda língua traz benefícios ao cérebro

Série de estudos divulgados hoje nos Estados Unidos mostram que aprender uma língua desde cedo pode até adiar o mal de Alzheimer

Os benefícios em ser fluente em mais de uma língua se estendem a muito mais que melhores chances no mercado de trabalho. Segundo um grupo de estudos apresentado na manhã desta sexta-feira (18) durante a reunião anual da Sociedade Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), em Washington, saber um segundo idioma pode até adiar o início do mal de Alzheimer.

Ellen Bialystok, professora de psicologia na Universidade York, em Toronto, apresentou os resultados de uma pesquida com 450 pacientes com Alzheimer, metade deles bilíngues, e descobriu que aqueles que falavam dois idiomas desde pequenos apresentaram sintomas da doença quatro a cinco anos mais tarde do que aqueles que falavam apenas uma língua.

O fato não previne a doença em si, mas as habilidades cognitivas dos bilíngues criam uma espécie de barreira que retarda o início do mal.

Ellen e outros pesquisadores presentes no painel à imprensa acreditam que ser exposto a uma segunda língua desde o início da vida faz com que o cérebro fique mais flexível e capaz de realizar várias tarefas ao mesmo. Isso acontece porque o cérebro "usa" as duas línguas o tempo todo, mas "desliga" a que não está sendo usada no momento. Esse exercício cria uma habilidade de controle que tende a se consolidar durante ao longo da vida.

Janet Werker, da Universidade de British Columbia, afirmou que essas habilidades podem se manifestar muito cedo, com apenas meses de idade. A professora de psicologia estuda bebês em ambientes bilíngues e em seu estudo mais recente, mostrou que a habilidade de diferenciar entre duas línguas independe dos idiomas falados pelos bilíngues.

Sua equipe examinou bebês nas Espanha que estavam aprendendo tanto espanhol quanto catalão. Sua equipe apresentava às crianças vídeos sem som de mulheres falando francês e inglês, e registraram que, com poucos meses de vida, os pequenos bilíngues já conseguiam diferenciar entre as duas línguas, ainda que não as compreendessem. Já os bebês expostos a apenas espanhol não conseguiam perceber a diferença entre entre inglês e francês. "Os bebês percebiam os movimentos faciais diferentes em cada idioma. Os franceses estão sempre fazendo biquinho, por exemplo", descreveu a psicóloga durante o painel.

Benefícios também para os adultos

Os exatos mecanismos pelos quais é tão mais fácil aprender uma segunda língua na juventude do que na idade adulta ainda não são completamente conhecidos, mas as pesquisadoras presentes no painel arriscam um palpite: "Crianças pequenas têm o luxo de só fazer uma coisa na vida, que é aprender uma língua. O cérebro adulto é bombardeado com milhares de outras demandas," disse Ellen.

Isso quer dizer que os benefícios de ser bilíngue estão restritos somente a quem teve a sorte de ser exposto a várias desde pequeno? Não, segundo as pesquisadoras. "Claro que quanto mais fluente, melhor, mas qualquer aprendizado já ajuda," disse a professora canadense. "O importante é manter o cérebro ativo".

Offline Cientista

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Re: Lingüística
« Resposta #340 Online: 19 de Fevereiro de 2011, 15:16:37 »
Citação de: Russ Rymer
A Linguística é a parte do conhecimento mais fortemente debatida no mundo acadêmico. Ela está encharcada com o sangue de poetas, teólogos, filósofos, filólogos, psicólogos, biólogos e neurologistas além de, não importa o quão pouco, qualquer sangue possível de ser extraído de gramáticos.
O que podem me dizer sobre isto?

Eu já li muito sobre filosofia da linguagem  :?

Inclusive, tem um ser, que não pode ser nomeado, que dizia que o problema da filosofia era a guerra linguística, perdia-se muito tempo com isto.
Fiquei curioso... Que "ser" "inomeável" seria esse? Posso saber de alguma forma (não nomeadamente)?

Aos poucos, vou me inteirando mais sobre seus dramas. Agora, descobri que leu muito sobre "filosofia da linguagem". Isto explica muita coisa... mas, falar em filosofia da linguagem é mais ou menos como falar em cor do campo eletromagnético.

Offline Cientista

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Re: Lingüística
« Resposta #341 Online: 19 de Fevereiro de 2011, 15:27:19 »

Citação de: Saussure
Significante X Significado
O signo linguístico constitui-se numa combinação de significante e significado, como se fossem dois lados de uma moeda.
Essa interessante comparação com uma 'bilateralidade numismática' tem sentido muito menos metafórico do que possa parecer. Minha teoria linguística da ilusão do "eu" passa por aí. As unidades físicas que registram unidades linguísticas são bilaterais dessa forma, podendo "acoplarem-se" umas às outras, não necessariamente respeitando uma correspondência original com a realidade.
« Última modificação: 19 de Fevereiro de 2011, 15:32:51 por Cientista »

Offline Adriano

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Re: Lingüística
« Resposta #342 Online: 19 de Fevereiro de 2011, 16:14:44 »

Citação de: Saussure
Significante X Significado
O signo linguístico constitui-se numa combinação de significante e significado, como se fossem dois lados de uma moeda.
Essa interessante comparação com uma 'bilateralidade numismática' tem sentido muito menos metafórico do que possa parecer. Minha teoria linguística da ilusão do "eu" passa por aí. As unidades físicas que registram unidades linguísticas são bilaterais dessa forma, podendo "acoplarem-se" umas às outras, não necessariamente respeitando uma correspondência original com a realidade.
Me parece fazer muito sentido com a memética, considerando importante a qualidade computacional do cérebro na aquisição de informação e em qual direção vetorial (inteligências multiplas) irá se manisfestar o indivíduo. A inteligência lógico-matemática, é a que envolve a maior abstração linguísca. É mais tradicional e é a referência para os testes de QI.
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Offline André Luiz

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Re: Lingüística
« Resposta #343 Online: 19 de Fevereiro de 2011, 17:36:49 »
Sabe-se la como acabei achando isso aqui, tem umas inscriçoes bacanas

http://members.fortunecity.com/mpdutra/Italia/lingua_picena.htm

http://members.fortunecity.com/mpdutra/Italia/proto_it.htm
Sou completamente ignorante nesse assunto [Itália pré-Roma]. Mas o material é interessantíssimo, vale à pena eu dar uma estudada a fundo nele... adoro essa parte arqueológica da Lingüística. :D

Ta meio abandonado este site,  mas o conteudo fuçando nos links é do paleolitico a idade do ferro italiana

Offline Eremita

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« Resposta #344 Online: 21 de Fevereiro de 2011, 20:13:56 »
André, meu camarada... lendo esse sítio, qualquer um sente-se perito em potencial sobre idiomas da Península Itálica :D
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Offline Fernando Silva

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Re: Lingüística
« Resposta #345 Online: 16 de Abril de 2011, 08:50:53 »
A linguagem (e a língua mãe de todas as outras) teria surgido no sudoeste da África e daí se espalhado pelo mundo.
O critério usado foi o da quantidade de fonemas. A língua original teria um número muito maior e, com o tempo, houve uma redução.

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/04/africa-teria-sido-berco-de-toda-linguagem-humana.html
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África teria sido berço de toda linguagem humana

A língua se expandiu junto com o ser humano, sugere estudo.
Pesquisador aplicou na linguística um conceito da genética.



Uma pesquisa publicada pela “Science” mostra que a origem da língua falada está na África. Já se sabia que o homem moderno surgiu no continente e, com este estudo, vem a hipótese de que existe uma relação entre os dois aspectos.

“As línguas se espalharam da mesma maneira que nós expandimos, essa é a conclusão do artigo. Não levamos só os nossos genes, levamos a língua também”, afirmou ao G1 Quentin Atkinson, professor da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, autor da pesquisa.

“Uma hipótese para por que conseguimos expandir tão rapidamente a partir da África é que a língua complexa foi uma inovação, uma vantagem real para nós, permitindo que cooperássemos e nos coordenássemos em grupos, mais que qualquer outro hominídeo”, explicou o cientista. Embora não possa afirmar com certeza, ele calcula que as línguas complexas tenham surgido entre 50 mil e 70 mil anos atrás.

A pesquisa não consegue precisar de que lugar na África vêm as línguas faladas, consegue precisar apenas que é na África Subsaariana. Por outro lado, as línguas consideradas mais recentes são as da região da Polinésia e as originais da América do Sul, como o Tupi e o Guarani.

"Efeito fundador em série"
Para rastrear as origens da língua falada, Atkinson aplicou na linguística um conceito da genética chamado “efeito fundador em série”.

“Quando há uma expansão, uma população pequena se separa e vai para outro território. Quando ela faz isso, leva junto apenas uma parte da diversidade da população original. Isso é chamado de ‘efeito fundador’”, explicou. “Isso pode acontecer muitas e muitas vezes, e é chamado de ‘efeito fundador em série’”, completou, em sua definição.

Em vez de genes, a pesquisa analisou fonemas. As línguas que apresentassem maior diversidade de sons, fossem eles vogais, consoantes ou tons – variação de fala que não existe em português e é usada, por exemplo, no mandarim. De acordo com o conceito do “efeito fundador em série”, as línguas que apresentassem mais diversidade estariam mais próximas do ponto de origem, e vice-versa.

Na pesquisa, foram analisadas 504 idiomas. Segundo o pesquisador, foram amostras selecionadas com critérios geográficos, já que há mais de 6 mil línguas no mundo.

Offline Unknown

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Re: Lingüística
« Resposta #346 Online: 17 de Abril de 2011, 23:13:51 »
EDIT: agora pensando bem, essa fonologia é o mínimo comum entre o japonês e o espanhol :hihi:

Sempre achei a pronúncia de japonês relativamente mais fácil para aprender e usar que a de outras línguas. Mais a escrita é horrível. Nesse caso ainda prefiro o alfabeto latino por ter a impressão de que o mais simples. Ou existe algum menor que ele?

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Offline uiliníli

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Re: Lingüística
« Resposta #347 Online: 18 de Abril de 2011, 19:24:55 »
Menor não significa necessariamente melhor. Se uma língua tem muitos fonemas e um alfabeto pequeno você tem a receita para o desastre (inglês, eu estou falando de você).

E no caso do japonês e do chinês há um bom motivo para eles usarem esses caracteres bizarros deles: há muitas palavras homófonas e usar o alfabeto latino iria gerar muita ambiguidade. O coreano, por outro lado, não tem esse problema, por isso eles conseguiram substituir os caracteres de origem chinesa por um alfabeto próprio nem grande e nem pequeno, mas do tamanho ideal para o idioma.

Agora, se você estava se referindo ao design e à simplicidade das letras, acho que o cirílico e o grego estão em pé de igualdade com o alfabeto latino, melhor que eles eu só conheço o alfabeto Shaviano, que foi proposto para o inglês e é claro que não vingou. Mas esse alfabeto foi desenhado especificamente para diminuir a quantidade de traços por caractere e com isso aumentar a velocidade da escrita a mão. http://en.wikipedia.org/wiki/Shavian_alphabet

Offline Unknown

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Re: Lingüística
« Resposta #348 Online: 18 de Abril de 2011, 21:33:48 »
Menor não significa necessariamente melhor. Se uma língua tem muitos fonemas e um alfabeto pequeno você tem a receita para o desastre (inglês, eu estou falando de você).

Por isso que elogiei o japonês nesse aspecto. Os fonemas são relativamente simples, apesar de um ou outro mais chato. E aí um alfabeto curto dá conta.


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Offline Aronax

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Re: Lingüística
« Resposta #349 Online: 02 de Agosto de 2011, 16:13:58 »
O sotaque mais xucro, grosso e assustador de todo o universo conhecido

(e do desconhecido também) é o nosso, oriundo do gaúcho bravio,

meio italianado. Esse dicionário é quase perfeito, especialmente

para quem não é 'nativo' deste chão!!!

E pra quem não sabe falar com a gente então manda  o dicionário

abaixooooooooo:

Alemoa: loura
Atorá: cortar
Baita: grande
Cagar a pau: bater
Camassada de pau: apanhar
Campiá: procurar
Chumaço: conjunto de alguma coisa
Cóça de laço: apanhar
Crêendios pai: exclamação quando algo dá errado
De revesgueio: de um tal jeito
Fincá: cravar
Garrão: calcanhar
Incebando: enrolando, fazendo cera
Ingrupi: enganar
Ínôzá: amarrar (já viu palavra com todas as sílabas com acento?)
Intertê: fazer passar o tempo com algo
Inticá: provocar
Invaretado: nervoso
Japona: jaqueta de nylon
Jóssa: coisa
Judiá: mal tratar
Kakedo: pessoas que não valem nada
Malinducado: mal educado
Paiêro: fumo de palha
Pânca: modo de se portar, por exemplo: panca de motoqueiro

(jeito de motoqueiro)
Pare, home do céu: parar, o mesmo que 'se par de bobo' e

'deusolivre home'.
Pestiado: com alguma doença
Pexada: acidente
Podá: ultrapassar, ou cortar, o mesmo que apodá
Pozá: dormir em algum lugar
Rancho: compra do mês
Relampejando: trovejando
Resbalão: escorregar
Sinalêra: semáforo
Táio: corte
Tchuco: bêbado
Trupicá: tropeçar
Tunda de laço: apanhar
Vortiada: passeio
Ximia: doce de passar no pão

 

Exemplo de aplicação:

Agora manda esse e-mail para intertê os teus amigos, aproveita enquanto teu chefe foi dá uma vortiada... Não sei como ele não vê que mesmo intuiado de trabalho você fica incebando o dia inteiro... Pare de campiá desculpa, fica falando que tá pestiado e ainda consegue ingrupi o coitado do chefe... Mas vai logo, antes que ele volte e fique invaretado de te ver pescociando... Pare de se bostiá, home do céu, não seja malinducado e manda essa jóssa de uma vez.
Uma verdade ou um ser podem ser vistos de vários pontos, porém a verdade e o ser estão acima de pontos de vista.

 

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