aqui um texto bem interessante: http://en.wikipedia.org/wiki/International_English#English_as_a_global_language
Mas há de se convir que o número de pessoas que usam ingles para se comunicar, estudar, publicar artigos que possam ser lidos globalmente etc e fazem do ingles como tal ferramente é MILHÕES de vezes maior que qualquer lingua "criada" para ser universal e dá goleada nas outras linguas muito populares globalmente, como espanhol, português ou mandarin.
3libras, é interessante notar como isso [o uso de uma língua X como língua franca e não uma língua Y] é uma questão menos lingüística e mais política - relações de força.
Lingüisticamente falando, as candidatas a línguas francas ideais são:
Isolativas - cada radical é uma palavra, algo presente em todos os idiomas [ao contrário de flexões e aglutinação];
Regulares - menos exceções, menos aprendizado necessário para a proficiência;
Fonologicamente simples - menos, nesse caso, é mais; o idioma deve ter poucos fonemas, e pouco exóticos, facilitando o aprendizado;
Fonotáticas simples - CV é próximo do ideal, mas até CCVC é bastante aceitável;
Ortograficamente simples - a representação escrita do idioma deve ser idealmente morfêmica, grafêmica e fonêmica;
e por aí vai. Só que, se você reparar, nenhuma das línguas francas que tivemos é assim:
* Latim, grego e sânscrito são altamente flexionados;
* Grego ático e sânscrito fazem uma distinção razoavelmente rara entre fonemas aspirados e não-aspirados;
* Árabe é altamente irregular, com plurais "quebrados" como
kitaab>
kutub [livro>livros] (e esse treco de triliterais é completamente contra-intuitivo);
* Chinês médio e seus sucessores usam tonemas;
* Francês [a língua que cunhou o termo "franca"] tem vogais nasais, o que é um cu pra não-nativos aprenderem;
E agora, falando do inglês, ele é exatamente o oposto de uma língua franca lingüisticamente ideal:
*Altamente irregular
paint>
painted (pintar>pintou), mas
eat>
ate (comer>comeu) e
choose>
chose (escolher>escolheu);
*Fonologia complexa (/θ/ e /ð/ são fonemas raros, distinção de sílabas "tensas" e "relaxadas" também é rara [vide
beach e
bitch]);
*Fonotáticas complexas (chega ao CCCVCCC com
strengths /stɹɛŋθs/ );
*Ortografia francamente ruim (ex:
school,
choose e
machine - o mesmo dígrafo, três sons).
E entretanto, efetivamente, o inglês está sendo usado como língua franca, mesmo com todos esses problemas.
Então, a grande questão pra qualquer proponente de línguas francas artificiais é:
como obter poder suficiente?Se alguém soubesse como, de uma forma prática, os lunáticos do Europanto [ops, Esperanto] já teriam dominado o mundo...
De qualquer forma, o uso do inglês não é eterno... daqui a pouco trocam pelo idioma do país mais
pop daquele momento - seja mandarim, seja espanhol, javanês ou turcomeno.
Não pesquisei, mas devem ter sido. Os romanos herdaram muita coisa dos etruscos na época que Roma ainda era só uma cidade-Estado.
Alguns dos primeiros reis romanos eram etruscos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_de_Roma
Interessante... o foda é que pra essa época, temos muito poucas fontes... e a maior parte delas recorre à mitologia, como Rômulo e Remo.
André: Capestrano é uma cidade italiana, mais ou menos perto de Roma... o guerreiro de Capestrano tem esse nome porque foi encontrado lá.
E pesquisando mais um pouco, o povo que fez essa estátua foram os Vestini, que pra mim foram oscos ou umbros [e portanto, itálicos]... mas nem os especialistas concordam em porra nenhuma nisso