Autor Tópico: Lingüística  (Lida 69046 vezes)

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Offline Moro

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Re: Lingüística
« Resposta #225 Online: 02 de Abril de 2010, 23:06:52 »
Os suecos foram donos do país, depois os russos. O sueco até hoje é lingua oficial da finlandia. Os finlandeses não são um povo germânico, não sei bem a história deles.
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Offline DDV

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Re: Lingüística
« Resposta #226 Online: 03 de Abril de 2010, 14:30:36 »
Os finlandeses, assim como os estonianos e outros povos bálticos, colonizaram aquela região ainda no neolítico. Naturalmente, foram dominados por povos indo-europeus depois (os finlandeses foram dominados por suecos e russos). O que surpreende mesmo foi terem sobrevido à assimilação indo-européia.

É provável que a terra não muito boa não tenha atraido tanto os invasores indo-europeus, ou ainda mais provável, foram invadidos por povos indo-europeus numa época em que estes já se encontravam "amansados" pelo cristianismo (os suecos os dominaram no século XIII d.C).

Olhem só o nome da Finlândia e de seu hino em sueco e finlandês:

Suomen tasavalta (finlandês)
Republiken Finland (Sueco)

Maamme (finlandês)
Vårt land (sueco), significa "Minha Terra".
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Offline Fernando Silva

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Re: Lingüística
« Resposta #227 Online: 04 de Abril de 2010, 11:07:22 »
finlandes é parente do Hungaro. É uma lingua fino-hugrica.
E há quem considere que as duas são parentes distantes do turco.

Offline DDV

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Re: Lingüística
« Resposta #228 Online: 04 de Abril de 2010, 11:58:19 »
finlandes é parente do Hungaro. É uma lingua fino-hugrica.
E há quem considere que as duas são parentes distantes do turco.

Sério?!

Bom, olhando a classificação das línguas feitas pela Linguística, isso soa muito absurdo.

O turco é da família Macro-Altáica, a mesma do japonês e coreano! Tem origem nos povos mongóis.



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Offline Fernando Silva

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Re: Lingüística
« Resposta #229 Online: 04 de Abril de 2010, 12:18:01 »
om, olhando a classificação das línguas feitas pela Linguística, isso soa muito absurdo.

O turco é da família Macro-Altáica, a mesma do japonês e coreano! Tem origem nos povos mongóis.

Pesquisando meio ao acaso, por preguiça de pegar meus livros, encontrei isto:

http://www.brazzilbrief.com/viewtopic.php?f=76&t=13968&start=0
Citar
O Finlandês, assim como o Lapão, o Samoiedo, o Estoniano e o Húngaro são línguas URALO-ALTAICAS. Os antepassados dos povos europeus que falam essas línguas eram de origem mongol, e "branquearam" depois de se instalarem na Europa e se mestiçarem com os autóctones. O Tártaro, o Turco, o Turcomano, o Casaque, o Usbeque, o Quirguiz, e o Mongol ainda hoje falado na Mongólia e no norte da China também são línguas Uralo-Altaicas.

Outros povos Uralo-Altaicos já extintos foram os Hunos, os Ávaros, os Petchenegos e o Cázaros.

Offline DDV

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Re: Lingüística
« Resposta #230 Online: 04 de Abril de 2010, 12:33:29 »
Interessante.
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Offline DDV

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Re: Lingüística
« Resposta #231 Online: 04 de Abril de 2010, 12:37:11 »
Na classificação das línguas presente no Wikipédia, o Urálico (ao qual pertence o finlandês) e o Macro-Altáico (ao qual pertence o turco e japonês) são Famílias distintas, tão diferentes uma da outra quanto ambos em relação ao indo-europeu.

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Offline DDV

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Re: Lingüística
« Resposta #232 Online: 04 de Abril de 2010, 12:39:23 »
Achei algo falando sobre um parentesco hipotético entre o grupo Urálico e o Altáico.

http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADnguas_uralo-altaicas
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Lingüística
« Resposta #233 Online: 04 de Abril de 2010, 14:55:56 »
Recentemente (de uns cinco anos pra cá) eu li qualquer coisa sobre começarem a aplicar métodos de cladística em lingüística. Mas não "acompanho" nada de lingüística. Esses métodos repercutiram significativamente nesse meio, produzindo alguma diferença substancial daquilo que se tinha anteriormente?

Offline Mr."A"

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Re: Lingüística
« Resposta #234 Online: 10 de Abril de 2010, 21:03:50 »
Você diz aplicação de cladística na história das línguas ou nos aspectos biológicos da linguagem? Poderia citar um exemplo?
8-)

Offline Derfel

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Re: Lingüística
« Resposta #235 Online: 10 de Abril de 2010, 22:38:10 »
Acho que o Buckaroo quis dizer na formação e evolução de uma língua a partir de outra mais antiga.

Offline André Luiz

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Re: Lingüística
« Resposta #236 Online: 12 de Abril de 2010, 14:58:35 »
Certa vez eu li que os assirios talvez tenham sido o povo "melhor varrido da face da terra em toda historia", que nao deixaram sequer uma herança linguistica

Medos e caldeus nao gostavam deles  :twisted:

Só se sabe que eram semitas mas nao se tem a minima ideia de como falavam

Isso é verdade?


Offline Geotecton

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Re: Lingüística
« Resposta #237 Online: 12 de Abril de 2010, 23:52:38 »
Certa vez eu li que os assirios talvez tenham sido o povo "melhor varrido da face da terra em toda historia", que nao deixaram sequer uma herança linguistica

Medos e caldeus nao gostavam deles  :twisted:

Só se sabe que eram semitas mas nao se tem a minima ideia de como falavam

Isso é verdade?



Ao que me consta sobre a denominação "assírias" existiam pelo menos 3 línguas: a siríaca que chegou a nós como um linguajar ligado às seitas cristãs do Oriente Médio; o aramaico e a acádica (ou acádia, não lembro bem).
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Lingüística
« Resposta #238 Online: 17 de Abril de 2010, 02:19:10 »
Você diz aplicação de cladística na história das línguas ou nos aspectos biológicos da linguagem? Poderia citar um exemplo?

História das línguas. Não sei de exemplo algum, li sobre isso há alguns anos mas não fui muito atrás.







Talvez interesse aos que acompanham o tópico:

The Place of the Linguistics History
in the Construction of the Modern Science of Language (video)
Lecturer: Noam Chomsky (MIT, USA)
Coordinator: Francis Aubert (director of the School of Philosophy, Languages and Human Sciences of USP)
Date: November 22, 1996
Duration: 1h43min

http://wms.emm.usp.br:7070/iea/iea961122a.wmv

Offline Derfel

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Re: Lingüística
« Resposta #239 Online: 01 de Maio de 2010, 15:01:57 »
Recentemente (de uns cinco anos pra cá) eu li qualquer coisa sobre começarem a aplicar métodos de cladística em lingüística. Mas não "acompanho" nada de lingüística. Esses métodos repercutiram significativamente nesse meio, produzindo alguma diferença substancial daquilo que se tinha anteriormente?

Buckaroo, dando uma olhada no próprio tópico, nos primeiros posts do Eremita, achei isso aqui:

(eu deveria editar o post anterior, mas bah)

As famílias de idiomas são construídas mais ou menos como táxons biológicos: você parte de um monte de espécies/idiomas atuais, vê qual é a similaridade genética/fonética deles, procura por fósseis/registros de seus antepassados e elabora uma hipótese. Nela, você explica por que tal espécie/idioma é parente de tal, e quais as mutações ocorridas.

EDIT: olhe isto.


Yes, há cladogramas na lingüística, também. O artigo do qual tirei é o http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-44502006000200005&lng=enpt&nrm=iso&tlng=enpt ; lá mostra mais ou menos como é que o treco de "X é parente de Y" é feito.

Offline Derfel

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Re: Lingüística
« Resposta #240 Online: 01 de Maio de 2010, 15:04:39 »
Gostaria de saber se vocês: será que com a reforma ortográfica do português pode acontecer de se perder ou mudar a pronúncia de algumas palavras? Algo como Tranqüilo (pronunciando trancuilo), escrevendo tranquilo ser pronunciado como trankilo?

Offline Geotecton

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Re: Lingüística
« Resposta #241 Online: 01 de Maio de 2010, 15:19:12 »
Gostaria de saber se vocês: será que com a reforma ortográfica do português pode acontecer de se perder ou mudar a pronúncia de algumas palavras? Algo como Tranqüilo (pronunciando trancuilo), escrevendo tranquilo ser pronunciado como trankilo?

É possível, visto que a língua não é algo estático e nem é só determinada por especialistas.
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Offline Barata Tenno

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Re: Lingüística
« Resposta #242 Online: 01 de Maio de 2010, 16:08:17 »
Gostaria de saber se vocês: será que com a reforma ortográfica do português pode acontecer de se perder ou mudar a pronúncia de algumas palavras? Algo como Tranqüilo (pronunciando trancuilo), escrevendo tranquilo ser pronunciado como trankilo?
Acho que pode acontecer, nas se pararmos para pensar, a maioria do povo não usa e nem nunca usou o trema, e mesmo assim a pronuncia nao se modificou....
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Derfel

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Re: Lingüística
« Resposta #243 Online: 01 de Maio de 2010, 20:12:24 »
Gostaria de saber se vocês: será que com a reforma ortográfica do português pode acontecer de se perder ou mudar a pronúncia de algumas palavras? Algo como Tranqüilo (pronunciando trancuilo), escrevendo tranquilo ser pronunciado como trankilo?
Acho que pode acontecer, nas se pararmos para pensar, a maioria do povo não usa e nem nunca usou o trema, e mesmo assim a pronuncia nao se modificou....

Com tranquilo pode ser, mas com outras mais incomuns a mudança pode ser mais rápida, como "argüir", por exemplo.

Offline DDV

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Re: Lingüística
« Resposta #244 Online: 01 de Maio de 2010, 20:16:45 »
Certa vez eu li que os assirios talvez tenham sido o povo "melhor varrido da face da terra em toda historia", que nao deixaram sequer uma herança linguistica

Medos e caldeus nao gostavam deles  :twisted:

Só se sabe que eram semitas mas nao se tem a minima ideia de como falavam

Isso é verdade?




Se não em engano, os assírios tinham o acádico como sua língua oficial ou "nobre" (como era o latim na Europa), usada em seus escritos. O acádico é um idioma semita, e tinha um alto prestígio na região, por ser associado às realizações dos acádios (aos quais pertencia Hamurabi).


Quanto ao serem exterminados, motivos era o que não faltavam!

Os assírios foram, sem a menor sombra de dúvida, um dos povos mais temidos e odiados que já existiu na face da terra. Além das atrocidades e dos requintes de crueldade de praxe que faziam com os povos vencidos, inauguraram pela primeira vez (se não me engano) o odioso sistema de deportação de povos, arrancando-os de suas terras originais, misturando-os com outros.


Se eu fosse citar agora os povos mais cruéis e assassinos que já exixtiram, me lembraria dos assírios, mongóis e astecas.

Para cada um desses povos, era FACÍLIMO encontrar alianças contra os mesmos. Os assírios foram eliminados por uma grande aliança entre caldeus, medos, persas e outros que não lembro. Os espanhóis acharam numerosas alianças contra os astecas. Os mongóis foram os mais precavidos: simplesmente matavam todo mundo, não sobrando ninguém que pudesse futuramente servir de aliado contra eles.



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Offline DDV

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Re: Lingüística
« Resposta #245 Online: 01 de Maio de 2010, 20:20:24 »
Citação de: André Luiz
Só se sabe que eram semitas mas nao se tem a minima ideia de como falavam

O acervo da biblioteca de Nínive encontrado é vastíssimo. Foi a maior fonte de escrita cuneiforme encontrada, se não me engano.

A maior parte dos mitos e histórias sumérias, assim como leis, costumes, reis, etc foram na verdade encontrados em bibliotecas assírias.

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Offline Fernando Silva

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Re: Lingüística
« Resposta #246 Online: 02 de Maio de 2010, 14:24:55 »
O acervo da biblioteca de Nínive encontrado é vastíssimo. Foi a maior fonte de escrita cuneiforme encontrada, se não me engano.
Só que a escrita cuneiforme era usada por várias línguas.
A maior parte dos mitos e histórias sumérias, assim como leis, costumes, reis, etc foram na verdade encontrados em bibliotecas assírias.
Depois de traduzidos.

Offline Fernando Silva

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Re: Lingüística
« Resposta #247 Online: 04 de Maio de 2010, 16:57:24 »
A Lei de Murphy em várias línguas, dialetos e sotaques, inclusive linguagens de programação:

http://www.courtois.cc/murphy/murphy_original.html

Offline André Luiz

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Re: Lingüística
« Resposta #248 Online: 06 de Maio de 2010, 10:32:04 »
A escrita cuneifome era tao boa assim?

Até os hititas usaram

Offline Fernando Silva

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Re: Lingüística
« Resposta #249 Online: 07 de Dezembro de 2010, 07:44:48 »
http://marcosloku.multiply.com/journal/item/11308
           
Citar

 Pelo menos precisamos de tentar ler o texto, possivelmente não entendamos na totalidade, mas dá para entender muitas coisas com este calão infernal que cada dia aumenta ou se renova, muitas vezes atrapalhando a lingua portuguesa que é o nosso vector de comunicação e recepção de conhecimento. Os estrangeiros falantes de portugues, não vivendo em Angola ou em qualquer comunidade jovem angolana ou de bandidos angolanos (aí sim o curso é completo!) nem vale a pena tentarem a leitura, pois jamais poderão entender esta calão.

    Sds F. S. Andrade


           PRA QUEM É ANGOLANO DE VERDADE.
 
           
Citar
Estória de um Angolano
 
Depois de ter sapado pra tuga voltei pra banda porq lá tava malaike.
Tava bué ansioso pra ver os meus bradas, meus tropas, meus kambas, meus avilos e também keria marar a minha mboa. akele kawele da tuga já tava me bondar coxito a coxito. No caminho pró kubiko o motorista do ndomblé foi penteado por um catorzinho. Eu não desci porq seria bué rijo apanhar outro. A espera foi dura porque tava sentado ao lado duma kota q tinha uma dizumba bué malaike e ainda por cima o kobéle era um uí bué boelo q só tava a falar a toa.


Quando xeguei na minha rua controlei que tinham me estendido de milhões. Os pipols já tavam a pensar q eu tava bossanga, q tinha virado nguvulu. Eles nem sabiam q eu tive de paiar os meus mambos pra poder voltar. A minha mamoite preparou já uns páiter bem esperançosa q o puto dela agora tinha kumbú. Quando lhe dei a dica q tava paiado ela meteu as mãos no nguimbo, disse q tinha lhe facado porq ela já tinha feito uns kilapis a contar com a minha massa. A kota ficou lixada me disse pra bazar da house dela e eu disse tass.


Mais tarde fui ter com os meus alós pra saber das novidades. Eles me galaram e perguntaram onde é q tavam os grifes e o bote q eu falei q ia trazer. Não deu, eu disse. Eles me contaram tudo q tinha rolado e a pior foi ouvir q a minha dama tava com outro muadié.


Me disseram q ela afinal gosta de partir braço e q não maia qdo o assunto é kumbú. Que ela agora tá a tchilar com um papoite q tá a lhe dar vida mulata. Fikei bué fudido e só pensava em dar umas sandalhas no trolo mas os meus cambas me disseram q a garina tinha um guardilha bué caenche e q ele ia me pancar tipo sou filho dele. aceitei só. Nakela noite sapamos num boda pra festejar a minha volta. Chupei, papei e tarrachei tipo nada, ainda tava pra perar uma xkindoza mas ela saiu pra dar uma sussa e já n voltou. Acho q me deu um jajão. Na hora de voltar eu é q fui o nduta, dei bué de mbaias, os meus tropas pensaram q íamos parar mas eu canguei bem akele 2000.
Dia seguinte comecei a banzelar acerca da minha laife: n tou a amarrar, n tou a bumbar, n tenho mboa, já n sou ndengue, n tenho os faz-me-rir, n sou um granda muadié, tou bué fininho tipo vou dar o caldo e n me aparece nenhuma fezada.
Daki a pouco já nem vou poder matabichar, vou akabar por fikar tarla e por se bondar. o pior é q no meu komba nem vai ter uma gti se ker porque vai ser o komba dum granda fobado. Epá vou dar a tiroza.


OBS: se entendeste tudo é porque és 100% angolano, ou melhor, muangolé. Caso contrário és um langa disfarçado :-) 

 

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