Segue cópia do trecho de um artigo não científico (...)
O artigo provavelmente fez uma confusão (ou o próprio autor, vai saber). Encontrar um elétron em dois lugares ao mesmo tempo violaria a lei da conservação da probabilidade (a probabilidade de encontrar o elétron em algum lugar seria maior do que 1). Este tipo de experiência também não é uma "confirmação" da interpretação de muitos mundos.
Não é misteriosa. Ela parte da premissa que nossa linguagem é inerentemente "contaminada" pelos nosso sentidos, fazendo referência, sempre, a conceitos clássicos não adequados para a descrição da realidade neste nível.
O que ela admite é ignorância com relação ao que podemos conhecer. Eu, sinceramente, não vejo nada de mais nisso até pq, pelo que tudo indica, essa ignorância exsite, e este pode ser um exemplo. Aí é que, em minha opinião, entra a questão da linguagem matemática e da existência ou não de objetos matemáticos.
Estou passando aqui rapidinho, então vou citar algumas objeções à teoria. As duas primeiras, de Einstein.
1. A teoria não dá a menor pista para desenvolvimentos futuros.
2. Não se deve basear uma teoria apenas em quantidades observáveis como Bohr pretende, até porque é o contrário – é a teoria que decide o que pode ser observado.
3. A teoria se preocupa demais com "certezas". É um cabresto científico - nos impede de tentar entender o mundo quântico apenas porque não temos "evidência direta" dele, porque não temos "lingüagem suficiente" (mas e como isso explica podermos entender estes fenomenos perfeitamente em interpretações como a de Bohm?).
Não temos evidência direta em diversas coisas em física, e isso não nos impede de falar sobre elas, e tentar encontrar um modo de testá-las. O próprio átomo já foi considerado ter evidência indireta demais para ser considerado "real".
Viajando mais um puco : volte no tempo, ao momento 0 do big-bang. O que teremos ali: espaço ? tempo? epsaço-tempo? um átomo primordial? ou algo mais parecido com um objeto matemático ?
Não sei!
Mas em física - interpretação de Bohr à parte - um objeto matemático sempre representa algo concreto no mundo físico. Não acredito na existência de "objetos matemáticos" sem interpretação física. Parece tão louco.
Como vc bem ja disse, não é a única coisa; é uma das coisas . Com relação aos muitos mundos, acho exageradamente "anti-econômica". Haja energia!!!!
Mas em cada mundo, a energia se conserva - eu não vejo muito problema nisto.
O problema com esta interpretação é o seu conceito de probabilidade. Pois se tudo acontece, como é que na prática se verifica as probabilidades que a teoria prevê? Este é um longo debate, que até onde sei, ainda não foi resolvido (ou, ao menos, ainda não há consenso).