Autor Tópico: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA  (Lida 15875 vezes)

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Temma

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #100 Online: 15 de Outubro de 2008, 12:25:51 »
"Pirataria não é um problema dos músicos"

De passagem para dar um show em Berna, Chico César fala com swissinfo sobre sua participação em "Paraíba meu amor", o filme recém-lançado do diretor francês Bernard Robert-Charrue e dedicado aos grandes nomes do forró no Nordeste brasileiro.


O cantor e compositor paraibano também explica porque a Internet revoluciona o cenário musical e que a pirataria traz mais vantagens do que problemas para os artistas.[...]


trechos da entrevista:


Além da concorrência, vocês ainda enfrentam o problema da pirataria, um fenômeno generalizado no mundo.
C.C: A pirataria não é um problema dos músicos. Nós sempre vivemos dos shows, das apresentações ao vivo. Eu acho que a pirataria é fruto de um momento de renovação frente a uma inadequação do mercado. Você tem coisas muito novas como a possibilidade de baixar música pela Internet, enquanto que conservadoramente ainda se utiliza o suporte do disco. Aparentemente a sociedade não estava pronta para a Internet, mas na verdade o que ela não quer mais é esse suporte. O desenvolvimento apontou para outro caminho. São as companhias fonográficas, midiáticas ou telefônicas que têm de se entender entre elas e determinar qual será o novo suporte, se ele existirá ou não, se qualquer um poderá baixar o que quiser, se haverá um controle disso tudo.

Então para você não faz diferença?
C.C: Não, não faz diferença.

E quando você encontra coletâneas em MP3 dos seus discos nos camelôs? Não se sente lesado?
C.C: Olha, eu fico até lisonjeado. Isso significa que tem gente querendo escutar a minha música. Eu acho que esse é um momento intermediário e que em alguns anos, talvez dois ou cinco, essa situação esteja mais clara. O destino do CD é o destino da fita cassete: ele vai ter um uso doméstico durante um tempo - eu copio umas músicas para você e de dou - mas vai chegar o momento em que esse meio não vai servir nem para os piratas. Isso, pois as pessoas vão ter computador e vão transferir, umas às outras, seus arquivos.

Você, pessoalmente, também consome música dessa forma?
C.C: Na verdade, eu ganho muitos CDs. Mas também gosto de comprar CDs nas bancas de jornais. No Brasil há um jornal que lançou há pouco tempo uma coleção de jazz e que eu tento acompanhar. São obras que a gente nunca iria encontrar nas lojas, como discos dos anos 40 ou 50. Não tenho o hábito de sentar na frente do computador e passar horas baixando músicas. O máximo que eu faço é uma pesquisa ou outra, como quando alguém me propõe um trabalho que está relacionado com um determinado tema. Aí eu vou a computador e tento recolher as informações.

A Internet ajuda também no seu próprio trabalho como músico?
C.C: É um instrumento muito democrático. Você tem acesso a bibliotecas do mundo inteiro, arquivos de música ou ciência. Ela não pode ser considerada um mal em si.

As novas tecnologias não dão mais independência para o artista em relação às gravadoras? Hoje você mesmo produz o disco e pode distribuí-lo por canais como a Internet, não?
C.C: Alguns artistas sempre foram mais donos do seu próprio nariz do que outros. No meu caso, eu comecei a carreira de forma independente. Eu fiz um disco e o vendi para uma gravadora pequena, a Velas, do Ivans Lins. Depois dei continuidade à carreira no selo MZA Music, do Marco Mazolla, que era ligado à Universal. Acho que tem um tipo de artista que sempre vai ter uma opinião mais firme sobre si mesmo. Isso é mais fácil no meio "indie", do que no "mainstream". Depois eu criei a minha própria gravadora para lançar outros artistas ou produtos diferentes como discos para crianças.

Aí você se tornou completamente independente?
C.C: Não, os meus dois últimos produtos saíram pela gravadora Biscoito Fino. Foi um disco e um DVD, na seqüencia. Já o próximo trabalho, eu não sei onde ele irá sair. Hoje os contratos com as gravadoras são feitos por obra. E, geralmente, o artista apresenta a obra pronta ou um projeto da obra. Ele vai aos estúdios, grava, produz e chega na gravadora dizendo "olha, o que eu tenho é isso aqui".

E aí o que ocorre? Você cede o disco e vai para casa com o dinheiro?
C.C: Aí a mídia pode comprar o trabalho ou licenciá-lo. Neste caso você volta a ser dono da matriz em cinco anos, por exemplo. Esse é um novo sistema. As gravadoras tendem a se tornar promotoras dos artistas e ficam mais envolvidas em atividades ligadas ao marketing. Elas vão ganhar a partir da bilheteria dos shows dos artistas, ou seja, vão ser sócias dos artistas. E aí você vai desenvolver essas parcerias por um determinado período, com quem você acha mais conveniente.

« A vida não é feita de hits, mas sim de nichos. »

Chico César Você acha que esse novo esquema dá mais liberdade para o artista? Antes era difícil para o artista conseguir entrar no sistema fechado das gravadoras e rádios?
C.C: Cria-se uma nova base para discussão dos contratos, dos produtos. Talvez uma coisa mais de igual para igual. O artista entra não apenas com a criatividade, mas passa a entender um pouco mais do negócio, obrigatoriamente. Ou ele pode procurar se cercar de pessoas que entendam do negócio.


http://www.swissinfo.ch/por/news_digest/detail/Pirataria_n_o_e_um_problema_dos_m_sicos.html?siteSect=108&sid=8660501&cKey=1202466595000&ty=st

Offline JUS EST ARS

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #101 Online: 15 de Outubro de 2008, 12:29:18 »


Já te disse, evidência anedótica.



Como se eu tivesse citado só a Madonna.

Estamos em uma discussão sem fim. Ou você me apresenta como falsear suas convicções, ou sua convicção será sempre verdadeira.

Você pode falsear a minha apontando uma lei que permita downloads ilegais, ou empiricamente e/ou moralmente, me mostrando que há mais artistas que concordam com os downloads ilegais que os que repudiam.

Como falsear sua convicção?




Me diga, como falsear a sua convicção? Se você me disser que é impossível, então não me resta mais nada que não seja desistir.



Temma

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #102 Online: 15 de Outubro de 2008, 12:34:20 »

Como se eu tivesse citado só a Madonna.



Você listou MONSTROS SAGRADOS da Música Popular. Com certeza hoje todos eles estão numa posição muito mais cômoda em relação as gravadoras.


Sobre a questão da defesa explícita do MP3, por parte da maioria dos artistas. É ULULANTE que gravadoras podem financiar artistas para dizerem o que bem entenderem. Já o contrário, artistas querendo PERDER dinheiro, não deveria ocorrer, né? ou ainda, CRIMINOSOS que baixam downloads ilegais, financiando artistas para que proclamem o downlaoad ilegal



essas horas o poder econômico fala mais alto. Se eu fosse um artista eu pensaria: "-vão baixar ilegalmente de qualquer jeito. A gravadora tá me oferecendo uma grana alta pra fazer uma propaganda no horário nobre com a TIAZINHA DO CAFÉ, pra pedir falar mal da pirataria. Se esses otários querem queimar o dinheiro deles. Vou fazer!!"

Offline JUS EST ARS

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #103 Online: 15 de Outubro de 2008, 12:36:35 »


Isso significa: "é, minhas convicções são infalseáveis"?



Offline Diego

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #104 Online: 15 de Outubro de 2008, 12:36:43 »
JUS, suas afirmações também não são falseáveis:

Você fala que quem faz download ilegal é criminoso.

Porém sequer dá uma espaço para que a discussão sobre copyright evolua e muito menos apresenta formar de resolver o problema (que não seja prendendo internautas)
Estamos discutindo sobre download ilegais, porém você quer que todos participantes do tópico desistam de argumentar contra, pois se alguma coisa é crime não deve ser feita e ponto final.

O objetivo do tópico não é provar que download é crime, mas sim discutir a atual situação dos downloads de músicas. A postura intransigente que você adota não ajuda nada para o debate e muito menos para a evolução do tópico.

Sua postura em um tópico sobre a legalização da maconha (por exemplo) também não contribuiria em nada.
Afinal, é fumar maconha é crime, quem fuma deve ser preso e ponto final.

Compreende onde quero chegar?
Vamos debater, apresentar possibilidades, formular possíveis mudanças futuras tanto na prosição das gravadoras quanto na posição dos internautas, etc.

Temma

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #105 Online: 15 de Outubro de 2008, 12:38:17 »


Já te disse, evidência anedótica.


Ok, vou ali fazer um levantamento com todos os cantores do mundo e já volto. tá?



E acho que você está levando muito a sério essa discussão. Há uma clara quebra de paradigmas acontecendo. O futuro é completamente indefinido. Há interesses conflitantes, e no caso as gravadoras, não querem perder. O último suspiro é financiar campanhas com artistas pops.

Offline JUS EST ARS

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #106 Online: 15 de Outubro de 2008, 12:41:46 »


Você pode falsear a minha apontando uma lei que permita downloads ilegais, ou empiricamente e/ou moralmente, me mostrando que há mais artistas que concordam com os downloads ilegais que os que repudiam.

Você percebeu que eu dei duas formas de me falsear?

1ª - pelo aspecto legal - me mostre que distribuir músicas pela internet, com copyright em vigor, sem a autorização do detentor de direitos autorais não é ilegal.

2ª - pelo aspecto empírico e/ou moral - me mostre que a maioria dos artistas é a favor do download ilegal.


Se você admite que a primeira é verdadeira, te resta a segunda.



Temma

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #107 Online: 15 de Outubro de 2008, 12:43:49 »
Mas sobre essa compra deliberada de artistas por parte das gravadoras, pra fazer campanha contra a pirataria. Já há desgarrados.


Músicos britânicos se unem contra gravadoras



A chamada 'Coalizão de Renomados Artistas' é integrada por mais de 60 solistas e bandas

LONDRES - Estrelas da música britânica, como o grupo Radiohead e o cantor Robbie Williams, se uniram em um grupo de pressão, para terem um maior controle de seus trabalhos frente às gravadoras, informaram neste sábado, 4, os promotores da iniciativa.
A chamada Coalizão de Renomados Artistas é integrada por mais de 60 solistas e bandas, entre eles a cantora Kate Nash e os grupos Kaiser Chiefs e The Verve.

"É hora de os artistas terem uma voz coletiva forte para lutar por seus interesses", afirmou a respeito Brian Message, agente do Radiohead e de Kate Nash.

Um dos objetivos dos músicos é ficar com os direitos autorais de suas composições - atualmente em mãos de muitas gravadoras -, assim como aumentar sua participação nas vendas de discos e aumentar sua parte na divisão dos ganhos.
Os membros do grupo de pressão acham que, na era digital, a música que compõem pode ser vendida e utilizada por muitos mais canais que no passado, o que faz muitos artistas se sentirem excluídos desses novos mercados.

"Gravadoras e companhias tecnológicas estão assinando acordos para levarem a música aos fãs de novas maneiras", destaca o estatuto da coalizão.

"Os artistas", diz o texto, "não participam dessas negociações e seus interesses provavelmente são considerados por alto. Os artistas deveriam receber uma compensação justa por esses acordos".

Recentemente, várias bandas lançaram seus álbuns na internet, sem o apoio de grandes contratos com gravadoras.

Fonte: Estadão arte e lazer

http://blogs.abril.com.br/fonografia/2008/10/musicos-britanicos-se-unem-contra-gravadoras.html





Achei que era papo de esquerdista isso. não há um livre-acordo espontâneo entre gravadoras e artistas?   ::)

Offline Diego

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #108 Online: 15 de Outubro de 2008, 12:50:12 »


Você pode falsear a minha apontando uma lei que permita downloads ilegais, ou empiricamente e/ou moralmente, me mostrando que há mais artistas que concordam com os downloads ilegais que os que repudiam.

Você percebeu que eu dei duas formas de me falsear?

1ª - pelo aspecto legal - me mostre que distribuir músicas pela internet, com copyright em vigor, sem a autorização do detentor de direitos autorais não é ilegal.

2ª - pelo aspecto empírico e/ou moral - me mostre que a maioria dos artistas é a favor do download ilegal.


Se você admite que a primeira é verdadeira, te resta a segunda.





Tá difícil...  :parede:


1)
Não estou tentando provar que download ilegal é crime.
Oq estou tentando fazer é argumentar que o mercado fonográfico não tem nada há ganhar com a atual posição tomada pelas gravadoras.


2) E duvido que exista uma pesquisa neste sentido.
E mesmo que exista, ela não prova nada. Oq está acontecendo atualmente com a música digital independe da vontade das gravadoras e até mesmo dos artistas. As evidências estã ai, enxerga quem quer.

Você está se escondendo atrás das leis, sendo que oq proponho é justamente uma mudança neste sentido.

Offline JUS EST ARS

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #109 Online: 15 de Outubro de 2008, 12:56:56 »


É Diego, é difícil mesmo.

Te dei um argumento falseável legal, você concordou que é verdadeiro.
Te dei um argumento falseável empírico e/ou moral, você implicitamente concordou que é verdadeiro.

Pedi uma forma de falsear seu argumento, não foi dado, ele resta por infalseável.

Então fica assim:

(legal + empírico e/ou moral) vs. (argumento infalseável) - > Bacana, logicamente que o argumento infalseável é que deve ser o verdadeiro.




Temma

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #110 Online: 15 de Outubro de 2008, 12:57:56 »
Grupo britânico pró-downloads ilegais lança segunda parte de documentário

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
da Folha de S.Paulo

"Nós reconhecemos e sabemos que nunca vamos parar a pirataria, nunca. Temos que tentar fazê-la o mais difícil possível." Vinda de quem vem --do presidente da Motion Picture Association of America (MPAA), que reúne os estúdios de cinema dos EUA--, a frase é uma rara admissão de derrota.

Ela está em "Steal This Film 2", documentário britânico pró-downloads e antidireitos autorais lançado no fim do mês passado na internet, para ser baixado gratuitamente --ou "roubado" diretamente do site (www.stealthisfilm.com), como sugere seu título (roube este filme, em inglês).

roduzido por um grupo que se denomina Liga dos Nobres Pares (League of Noble Peers, em referência ao sistema "peer-to-peer", ou P2P, de troca de arquivos on-line entre usuários), o filme é um panfleto a favor da atividade mais polêmica a derivar da internet: o download de filmes, músicas, livros e outras propriedades intelectuais sem pagamento de direitos autorais -aquilo que a MPAA define como "pirataria".

Ele é dirigido pelo britânico Jamie King, 33, Ph.D em filosofia e cineasta amador, que também dirigiu a primeira parte.

"Muita gente acredita que essa mudança na comunicação é temporária, pode ser parada pela indústria do entretenimento, que pode nos impedir de trocar arquivos, de pensar dessa nova maneira. Queríamos fazer um filme que encerrasse essa discussão, que mostrasse que essa revolução não vai ser revertida", disse King à Folha, por telefone.

"Uma vez que isso for entendido pelas pessoas, elas podem começar a pensar criativamente sobre o que virá a seguir. Só quando você acredita que a velha ordem vai acabar é que começa a pensar o que fará a seguir, porque acredita que o futuro não está escrito."

A revolução será baixada


King registrou seus filmes formalmente (com copyright) justamente para praticar o que prega: com direitos registrados, o download da obra sem consentimento se torna ilegal.

"É um paradoxo deliberado. O filme tem copyright em nosso nome, então quem baixa está efetivamente roubando, mas é uma piada, porque isso é exatamente o que queremos."

"Steal This Film 2" reúne diversos entrevistados para defender a tese de que o modelo de entretenimento que envolve direitos autorais está falido e será totalmente derrubado em breve, pela mistura de desenvolvimento tecnológico e de usuários que já crescem acostumados a não pagar por músicas e filmes, por exemplo.

O diretor é bastante inflamado na defesa desse ponto de vista. "A história não se move porque advogados negociam contratos com outros advogados, ela se move porque as pessoas a empurram à frente com ações ousadas e, gradualmente, o discurso a alcança."

A posição radical deriva do estado de guerra declarado pela indústria do entretenimento, que reagiu com ferocidade sem precedentes aos downloads, criminalizando a atividade e processando usuários aos milhares, mandando vários para a cadeia, inclusive.

"Eles estão tentando extrair todo o dinheiro que puderem de seus produtos antes de esse modelo de negócio desmoronar. Eles sabem que o tempo é curto, então tentam aterrorizar as pessoas para retardar a mudança o máximo possível."

Pague se quiser

Entre os novos modelos de negócio que já vêm sendo testados, King é partidário do "pague o quanto quiser", que ganhou notoriedade depois que a banda Radiohead lançou seu último álbum desse modo.

O primeiro "Steal This Film", lançado em agosto de 2006, que foi autofinanciado e custou cerca de 3.000 libras (ou R$ 10 mil), já pedia doações (opcionais) de US$ 1 a cada usuário, mas teve arrecadação irrisória.

O segundo custou 23 mil libras (cerca de R$ 79 mil), sendo que 87% do orçamento foram financiados pelo Britdoc (fundação britânica de documentários), e já arrecadou o equivalente a R$ 17 mil --foram 150 mil downloads apenas nos quatro primeiros dias.

Offline Diego

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #111 Online: 15 de Outubro de 2008, 13:08:01 »
Não me recordo de ter concordado em nenhum dos casos.

Oq me recordo é de falar que o objetivo não era provar que a pirataria é crime nem muito menos fazer um plebiscito entre artistas e gravadoras pra ver oq eles querem.

Estou repetindo e repetindo que estamos em um tópico pra debater sobre músicas virtuais.
Não só a situação presente, mas também o passado e o futuro.

Tenho afirmado que a postura das gravadoras não está resultando em nada (é falseável o bastante, não?)
Ninguém argumentou em cima.

Tenho argumentado que download não é a única forma de proliferação de músicas digitas (fácilmente falseável).

Tenho citado a revolução digital e os novos hábitos dos consumidores.

Offline FxF

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #112 Online: 15 de Outubro de 2008, 15:28:41 »
Artistas têm um percentual ou valor fixo na venda de cada CD. Estime o tanto que perdem a cada pirataria realizada.
Download ilegal é crime. Portanto, cana nos criminosos.
Hoje em dia músicas podem ser reproduzidas com mais facilidade do que respirar. Falar em CDs é como falar em enviar cartas por carroça.
Artistas são seres humanos, e por isso, podem se acidentar e ficar inválidos, ou morrer e deixar família que depende de sua renda. Sabe de onde tirarão seu sustento? Da propriedade intelectual pela venda dos CDs.
É o que?
Se tal usuário vender a citação (ex. livros) dizendo que é o autor, estará de fato sujeito a recolhimento da obra e até prisão.
Você detonou o seu próprio argumento... |(
« Última modificação: 15 de Outubro de 2008, 15:32:31 por Ilovefoxes »

Offline JUS EST ARS

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #113 Online: 15 de Outubro de 2008, 16:19:45 »


Entendi. "Pessoal, é fácil violar direitos autorais, logo, não pode ser proibido!".
Depois reclamam dos políticos que pensam da mesma forma sobre roubar o dinheiro público.


Citação de: Ilovefoxes
Citação de: JUS EST ARS
Se tal usuário vender a citação (ex. livros) dizendo que é o autor, estará de fato sujeito a recolhimento da obra e até prisão.
Você detonou o seu próprio argumento... |(

Pode me explicar como?


Temma

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #114 Online: 15 de Outubro de 2008, 16:46:22 »
É curiosa a moralidade com que esse tópico é discutido. Equivalem o baixar uma música a surrupiar um produto do mercado, ou mesmo dinheiro diretamente de um caixa, e manifestam a mesma sede de justiça quanto a um e outro ato. Parece que o ato de saber que o conteúdo é protegido por copyright  torna o ato em si tão repugnante. Falei uma página atrás sobre o conteúdo do youtube, e que devido a natureza quase orgânica com que seu conteúdo é alimentado, é praticamente impossível evitar que não seja disponibilizado vídeos que infrinjam leis de copyright. Aliás - diria que não há nenhum interesse de seus donos que isso seja respeitado. Ainda assim, recebi uma ingênua e conveniente resposta que dizia que se esperava que vídeos do youtube fossem retirados quando em conflito com as leis de copyright. Ora, se isso não for simplesmente um sofisma, é espantosa a capacidade com que uma pessoa  consegue enxergar apenas o que lhe é conveniente. Não é necessário ficar só na revolução que o youtube causou. livros em pdf, artigos exclusivos de sites, tudo isso são repassados adiante pela internet, e não se moraliza o ato de ver um inocente vídeo no youtube, nem mesmo o artigo exclusivo da revista semanal. Essa condenação voraz ao download deliberado, aliado a vista grossa feita a outras formas de acesso a conteúdos protegidos pelos mesmos copyrights, só demonstra como moralizar um ato é prejudicial à reflexão.


Isso tudo é análogo a um homem condenar com veemência e em público aqueles que procuram a prostituição infantil, ao mesmo tempo em que se dirige ao baixo meretrício na calada da noite pra procurar os "serviços" de uma dama da noite, e se surpreende ao saber que a garota no carro dele é menor de 18 anos. Que absurdo diria ele! não é a mesma coisa. Tudo bem que eu não perguntei a idade dela, e ela aparenta ter quatorze, mas... se o conselho tutelar não faz o seu papel, eu não posso fazer nada!! quer dizer, até posso, vestir a camisinha.... ou, no caso em pauta... dar o play 




Acho que vou começar a me comportar assim. ABOMINO o download de conteúdo protegido. Mas fazer o quê! o rapidshare e o megaupload não se policiam! ora, eles que prestem um serviço decente, filtrando esse conteúdo ilegal, se não o fizerem, são ELES os errados, e não eu. Eu nunca imaginei que aquilo fosse ilegal.  ::)



E, sinceramente, é mais fácil eu acreditar em duendes do que que a alguém realmente se policia quanto ao copyright daquilo que acessa na internet.  ::)

Offline JUS EST ARS

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #115 Online: 15 de Outubro de 2008, 17:00:58 »


Citação de: Temma
É curiosa a moralidade com que esse tópico é discutido. Equivalem o baixar uma música a surrupiar um produto do mercado, ou mesmo dinheiro diretamente de um caixa, e manifestam a mesma sede de justiça quanto a um e outro ato.
Ora, se uma música vale dinheiro, e se há proprietário desse direito, como que não é igual?

"Pessoal, é fácil roubar dinheiro público, vamos roubar?"



Temma

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #116 Online: 15 de Outubro de 2008, 17:28:50 »


Citação de: Temma
É curiosa a moralidade com que esse tópico é discutido. Equivalem o baixar uma música a surrupiar um produto do mercado, ou mesmo dinheiro diretamente de um caixa, e manifestam a mesma sede de justiça quanto a um e outro ato.
Ora, se uma música vale dinheiro, e se há proprietário desse direito, como que não é igual?



assim como tudo que é protegido por leis de copyright, como e-books, conteúdo para assinantes, AND muitíssimos vídeos do youtube. Ora, mas é NOTÓRIO que pessoas realmente ÍNTEGRAS, antes de acesso a qualquer tipo de conteúdo que circula pela internet, procuram saber se o que está sendo acessado não viola leis de copyright. Imagine. Afinal, não fazer isso seria imoral. Ninguém quer ser um surrupiador de conteúdo, um malandro oportuno, cumplice de crimes quando lhe convém.  :chorao:

Offline JUS EST ARS

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #117 Online: 15 de Outubro de 2008, 17:35:38 »


Ora, é uma coisa se assistir um vídeo no youtube sem saber que não poderia fazê-lo, eventualmente baixar uma música sem saber que era proibido.

Outra coisa é sair por aí baixando o último CD lançado, ou as músicas famosas de  tal artista, ou o filme que ainda não passou no cinema, ou criar um comunidade como aquela do orkut que só se destina a disponibilizar conteúdo ilegal. Tudo sem vergonha.

Nesses, a essência é igual: "Pessoal, é fácil roubar dinheiro público, vamos roubar?"



Temma

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #118 Online: 15 de Outubro de 2008, 17:49:51 »

Ora, é uma coisa se assistir um vídeo no youtube sem saber que não poderia fazê-lo, eventualmente baixar uma música sem saber que era proibido.



moralmente falando, não vejo muita distinção. Afinal de contas, alguém por acaso procura saber se aquele conteúdo infringe as leis de copyright? Ou é conveniente fechar os olhos a probabilidade? Confesso que o repulsivo colecionador de MP3s aqui, só lembra do copyright quando o youtube retorna o erro: "esse vídeo foi retirado por infringir as leis de copyright"*.

Lembrando... eu sou um repulsivo ladrão de propriedade intelectual, então nada melhor se esperaria de mim. Já os distintos cavalheiros do tópico que atacam o download ilegal, esses eu tenho certeza que estão ao lado da moral. "-Olha esse documentário do Richard Dawkins, muito legal, veja ele cara!". "-Ah, não vou poder ver. desculpe. Esse vídeo nem deveria estar aí. vou reportá-lo"

E, mantendo a analogia anterior, se você concorda que a ignorância lhe permite se escusar do seu compromisso em não ver conteúdo protegido, o mesmo também cabe ao cara que "por acaso" pega uma prostituta de dezesseis anos na beira de estrada. "-aconteceu. Não foi a intenção."











* e nada como uma busca pelo mesmo assunto relacionado ao vídeo removido para já encontrar N outras versões do mesmo vídeo. 
« Última modificação: 15 de Outubro de 2008, 18:05:23 por Temma »

Offline JUS EST ARS

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #119 Online: 15 de Outubro de 2008, 18:07:23 »


Citação de: Temma
moralmente falando, não vejo muita distinção. Afinal de contas, alguém por acaso procura saber se aquele conteúdo infringe as leis de copyright?
Ora, sob o aspecto moral, saber ou não que se pratica um ato proibido faz toda a diferença. Pelo visto você tem um conceito todo próprio de moral.
 

Citação de: Temma
E, mantendo a analogia anterior, se você concorda que a ignorância lhe permite se escusar do seu compromisso em não ver conteúdo protegido, o mesmo também cabe ao cara que "por acaso" pega uma prostituta de dezesseis anos na beira de estrada. "-aconteceu. Não foi a intenção."
Aqui é variável de acordo com o que levou a moça de 16 anos a se prostituir, mas regra geral, essa prática pode atentar contra os bons constumes, mas não tem nada de imoral, sequer de ilegal.



Temma

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #120 Online: 15 de Outubro de 2008, 18:15:21 »
Sim. mas o debate é justamente esse. Quando é um genuíno não saber? quando é pura conveniência? estamos aqui falando na verdade de conteúdos os quais muito provavelmente são protegidos. é como ir a um banco, encontrar um homem armado e com capuz no rosto, carregando sacos de dinheiro e gritando, e no meio da confusão, pegar um dos sacos que ficou pra trás. E ao ser preso disser: "-mas eu não imaginava!"



Ignorar o conteúdo ilegal de um site como o youtube equivale a ignorar que a garota era pré-púbere.




Fica evidente que o que se faz é lavar as mãos com o que é disponibilizado num site como o youtube. a regra é: o que ainda não foi apagado, é consumido.
« Última modificação: 15 de Outubro de 2008, 18:23:56 por Temma »

Offline JUS EST ARS

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #121 Online: 15 de Outubro de 2008, 18:19:03 »


Tranquilamente, não há um genuíno não saber naquela comunidade do orkut, sendo ali pura conveniência.

Toda vez que alguém sai determinado a baixar uma música proibida na internet, ele sai por pura conveniência (ooooooh, legal vou baixar aquela do Legião!).



Temma

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #122 Online: 15 de Outubro de 2008, 18:28:52 »

Tranquilamente, não há um genuíno não saber naquela comunidade do orkut, sendo ali pura conveniência.

Toda vez que alguém sai determinado a baixar uma música proibida na internet, ele sai por pura conveniência (ooooooh, legal vou baixar aquela do Legião!).



Até isso pode mudar. o download de músicas via internet para fins de divulgação pode crescer tanto que realmente ficariam em dúvida sobre qual conteúdo é legal ou não. isso é uma observação empírica, e não me baseio só na minha opinião pra afirmar isso.




Mas... a moralidade demonstrada nesse tópico não combina com um tu quoque. Pessoas vis que fazem esse tipo de coisa numa comunidade são gente DO MAL. inocentes usuários do youtube são gente DO BEM.

Offline Dodo

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #123 Online: 15 de Outubro de 2008, 18:30:16 »
Citação de: Temma
E, mantendo a analogia anterior, se você concorda que a ignorância lhe permite se escusar do seu compromisso em não ver conteúdo protegido, o mesmo também cabe ao cara que "por acaso" pega uma prostituta de dezesseis anos na beira de estrada. "-aconteceu. Não foi a intenção."
Aqui é variável de acordo com o que levou a moça de 16 anos a se prostituir, mas regra geral, essa prática pode atentar contra os bons constumes, mas não tem nada de imoral, sequer de ilegal.


Citar
"Art. 244-A:  Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o  desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual:" (AC)*

"Pena – reclusão de quatro a dez anos, e multa." (AC)

Se alguém sai com uma prostituta menor de idade pode ser enquadrado neste artigo, pois isso caracteriza exploração sexual. Confirmei com o Conselho Tutelar de minha cidade.

EDIT: troquei o "você" por "alguém". Não quero ser mal-interpretado.
« Última modificação: 15 de Outubro de 2008, 18:33:20 por Dodo »
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline JUS EST ARS

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Re: Bush assina lei antipirataria para músicas e filmes nos EUA
« Resposta #124 Online: 15 de Outubro de 2008, 18:35:47 »


Por isso que disse que depende do que a motivou a cometer o ato, e quando se fala regra geral, implicitamente se está dizendo que admite exceções. O acórdão abaixo é do Superior Tribunal de Justiça, corte máxima apreciar a questão (e não o STF, eis que a questão versa sobre lei e não sobre Constituição), e ilustra bem a questão:



CRIMINAL. ART. 244-A DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. CONFIGURAÇÃO. CLIENTE OU USUÁRIO DO SERVIÇO PRESTADO PELA INFANTE JÁ PROSTITUÍDA E QUE OFERECE SERVIÇOS. NÃO ENQUADRAMENTO NO TIPO PENAL. DESCONHECIMENTO DA IDADE DA VÍTIMA. AUSÊNCIA DE DOLO. RECURSO DESPROVIDO. I. O crime previsto no art. 244-A do ECA não abrange a figura do cliente ocasional, diante da ausência de "exploração sexual" nos termos da definição legal. II. Hipótese em que o réu contratou adolescente, já entregue à prostituição, para a prática de conjunção carnal, o que não encontra enquadramento na definição legal do art. 244-A do ECA, que exige a submissão do infante à prostituição ou à exploração sexual. III. Caso em que a adolescente afirma que, argüida pelo réu acerca de sua idade, teria alegado ter 18 anos de idade e ter perdido os documentos, o que afasta o dolo da conduta do recorrido. lV. A ausência de certeza quanto à menoridade da "vítima" exclui o dolo, por não existir no agente a vontade de realizar o tipo objetivo. E, em se tratando de delito para o qual não se permite punição por crime culposo, correta a conclusão a que se chegou nas instâncias ordinárias, de absolvição do réu. V.Recurso desprovido.
(Superior Tribunal de Justiça; REsp 884.333; Proc. 2006/0192434-4; SC; Quinta Turma; Rel. Min. Gilson Langaro Dipp; Julg. 10/05/2007; DJU 29/06/2007; Pág. 708)



Citação de: Dodo
EDIT: troquei o "você" por "alguém". Não quero ser mal-interpretado.

Pára com isso, rapá  :D





 

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