Isso me lembra a situação das lojas que vendem produtos parcelados, muitos compram estes produtos com a intenção de não pagar as prestações porque sabem que, dentro de cinco anos, terão o seu nome retirado da lista de maus pagadores, podendo comprar novamente no crediário.
Tem também o caso da pessoa que compra uma TV de R$499,00 em 24 X R$59,90 e não paga as prestações, ou paga algumas e depois para, porque sabe que a loja, depois de um tempo, proporá um acordo.
O que acontece?
As lojas, sabendo que não adianta processar estas pessoas, propõe um acordo onde uma dívida de, digamos, R$8.000,00 pode ser paga por R$800,00 e a pessoa volta a ter crédito limpo na praça.
A sitaução do mp3 é similar.
Um dia o mercado (as gravadoras e seus artistas) vão achar uma maneira deles mesmos resolverem esse ímpasse. Nenhum usuário quer que o próximo filme do Homem de Ferro seja abandonado porque não existe dinheiro para produzí-lo. É uma questão de mercado, afinal até o pirata é um consumidor, e colocando o governo no meio para regulamentar, pode-se muito bem permitir que este último troque os pés pelas mãos.
Uma grande loja aqui do Brasil, premia os seus clientes habituais com uma taxa de juros menor, porque sabe que o risco deste cliente não pagar a fatura em dia é muito pequeno. Ou seja, o bom pagador é premiado com juros baixos, ao invés de pagar pelo calote dos outros. Ao invés da loja ficar correndo atrás do mau pagador, a lei é clara quanto a isso, ela prefere manter os bons pagadores.
Não adianta a indústria cobrar X a mais do cliente que compra o produto original, para com isso minimizar as perdas recorrentes da pirataria, sendo que isso afastará ainda mais o eventual consumidor de produtos piratas. Por que digo eventual? Porque existem aqueles que, mesmo que tenha música a um centavo, ainda irão recorrer a pirataria, só que dái não é apenas uma questão econômica, mas também uma cultura cultivada por alguns.
Para não haver interpretações erradas sobre o que eu falei:
Eu NÃO estou defendendo a pirataria, apenas ACHO que, antes que o Estado consiga algo eficaz para se coibir essa prática, o mercado chegará a uma solução primeiro, assim como as lojas fazem com os maus pagadores.