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Deixando de lado o fato de que de 'inteligente' nosso design não tem nada, segue-se um resumo de muitas discussões sobre o assunto:
Juízo de valor> Esta entidade imaginária é o calo no sapato dos ateus, pois desde a pedra mais rústica encontramos perguntas não respondidas... claro que um Deus das lacunas é sempre melhor que nada.
Não adianta pegar as afirmações de alguns cientistas isolados que, ao contrário do resto da comunidade científica, deixam que suas convicções religiosas influenciem sua vida profissional, e esfregá-las na nossa cara. A hipótese 'Deus' não tem lugar na ciência.
Por que as opiniões destes poucos têm valor e o consenso da comunidade científica, obtido após muita discussão, pesquisa e testes, não é levado em conta?
não conheço qualquer cientista que tentasse demover seus pares em favor da crença em Deus.
Mas, estranho, dizer que existe um consenso da comunidade científica, e mais, pesquisas e testes? como assim?
Dizer "Se eu não sei, então foi Deus" não é uma explicação, é uma desistência. Postular um criador que, por definição é inexplicável, não explica nada. Embora Deus seja uma possibilidade, a resposta mais honesta quando não se tem uma resposta é "Não sei".
Acontece que os que creem na existência de um Deus o fazem por fé, e não por provas materiais... e não dizem "não sei" porque têm suas razões para acreditar.
Fantasioso e iludido seria este, se sem qualquer razão pautasse toda a sua vida em uma crença que ele sabe não ter fundamento. Mártires, santos e lideres que renunciam a vida comum em benefício de seu semelhante o fazem porque creem, e creem porque têm suas razões.
Afirmar que, se eles, que são cientistas, aceitaram a Deus, então nós também temos que aceitar, é apenas um apelo à autoridade. Sem falar em que, se eles aceitaram, os outros, não.
Citar ateus que se converteram também é apelo à autoridade. Por que a conversão deles tem tanto valor e a nossa desconversão não vale nada? Só funciona como exemplo num sentido e não no sentido oposto? Além disto, esses ex-ateus nunca apresentam argumentos convincentes. Repetem sempre as mesmas bobagens que já estamos cansados de refutar e fica a impressão de que a vontade de se agarrar ao consolo da crença venceu a razão e eles finalmente se permitiram acreditar.
Concordo que apelo à autoridade não funciona num debate de pessoas sensatas.
Ateus que se convertem não é um bom exemplo, pois, por que o fariam? Algum argumento poderoso? Alguma experiência divinatória.
O homem acreditará ou não através de sua própria busca e, como disse, não ignoramos que o tempo tem sua importância neste processo. A vida é a grande mestra se não fechamos os olhos à ela.
Despejar valores incompreensíveis de tão grandes, tipo "10 elevado a 40 mil", para provar que uma coisa não pode ter acontecido, também não serve como argumento. O universo está cheio de coisas altamente improváveis e que, no entanto, existem, portanto números soltos, em si, não significam nada.
Além disto, a que fenômenos esses números se aplicam? Ao surgimento repentino de uma forma complexa de vida? Sim, ele é altamente improvável, mas a vida não surgiu já pronta e complexa e é, em vez disto, o resultado de uma lenta acumulação de elementos mais simples ao longo de bilhões de anos e de bilhões de tentativas em bilhões de lugares.
Outro erro é achar que todas as possibilidades são igualmente prováveis. Não são. Dentro de determinadas condições, certas coisas são mais prováveis de acontecer que outras. As reações químicas que levaram ao surgimento da vida eram mais prováveis de acontecer que aquelas que produziriam substâncias inertes ou, pelo menos, prováveis o bastante para que ela viesse a existir.
Veja Fernando, por mais que se tente evitar, as questões essenciais e não respondidas não são simples lacunas. São as bases de toda a nossa existência.
Em princípio eu ficava admirado por saber que cientistas da maior seriedade e inteligência negavam a existência de Deus, quando eles mesmos estavam lidando permanentemente com as estarrecedoras perguntas sem resposta... e que, qualquer hipótese apresentada por outro cientista desafogava sua mente de tão angustiosas incertezas.
Mais tarde compreendi a razão desta descrença: eles não estavam certos nem errados, simplesmente não conseguiam enxergar. E tome-se reencarnações para explicar isto. rsrsrs
Também não funciona citar objetos complexos, como um relógio, como prova de que ele tem que ter tido um criador. Sim, ele precisa de um criador. Não evoluiu sozinho de objetos mais simples. Não há propriedades da matéria que permitam isto, mas, mesmo que ainda não haja resultados conclusivos, a passagem de substâncias orgânicas a organismos capazes de se reproduzir e evoluir tem sido bastante pesquisada e não há nada que pareça impedir que isto aconteça.
Um relógio é resultado do surgimento da vida e da evolução. O erro está em supor que ele surgiria antes da hora.
O exemplo do relógio tem o objetivo de mostrar que se um relógio, que é mecânica elementar sugere e prova a existência de um autor inteligente, por que o Universo, muito mais complexo seria obra do acaso?
Outra bobagem muito citada é a da Primeira Causa. Se tudo tem que ter um criador, Deus também precisa de um criador e não adianta definir, arbitrariamente, que Deus sempre existiu. E, se coisas complexas necessitam de um criador, algo infinitamente complexo como um deus também precisa.
Sempre vai se argumentar que tudo precisa uma causa, logo, Deus também. Os céticos e ateu cansaram de ouvir a resposta de que a lei da origem das coisas não se aplica a Deus, caso contrário não estaríamos debatendo, pois se é Deus não pode estar envolvido por regras da vida material.
Experimente criar um Deus a seu molde. Quero dizer, se existisse Deus, na sua concepção, como deveria ele ser?
Perceberá que por mais perfeito seja, encontrará falhas neste criador.