DI:
Deixando de lado o fato de que de 'inteligente' nosso design não tem nada, segue-se um resumo de muitas discussões sobre o assunto:
Não adianta pegar as afirmações de alguns cientistas isolados que, ao contrário do resto da comunidade científica, deixam que suas convicções religiosas influenciem sua vida profissional, e esfregá-las na nossa cara. A hipótese 'Deus' não tem lugar na ciência.
Por que as opiniões destes poucos têm valor e o consenso da comunidade científica, obtido após muita discussão, pesquisa e testes, não é levado em conta?
Dizer "Se eu não sei, então foi Deus" não é uma explicação, é uma desistência. Postular um criador que, por definição é inexplicável, não explica nada. Embora Deus seja uma possibilidade, a resposta mais honesta quando não se tem uma resposta é "Não sei".
Afirmar que, se eles, que são cientistas, aceitaram a Deus, então nós também temos que aceitar, é apenas um apelo à autoridade. Sem falar em que, se eles aceitaram, os outros, não.
Citar ateus que se converteram também é apelo à autoridade. Por que a conversão deles tem tanto valor e a nossa desconversão não vale nada? Só funciona como exemplo num sentido e não no sentido oposto? Além disto, esses ex-ateus nunca apresentam argumentos convincentes. Repetem sempre as mesmas bobagens que já estamos cansados de refutar e fica a impressão de que a vontade de se agarrar ao consolo da crença venceu a razão e eles finalmente se permitiram acreditar.
Despejar valores incompreensíveis de tão grandes, tipo "10 elevado a 40 mil", para provar que uma coisa não pode ter acontecido, também não serve como argumento. O universo está cheio de coisas altamente improváveis e que, no entanto, existem, portanto números soltos, em si, não significam nada.
Além disto, a que fenômenos esses números se aplicam? Ao surgimento repentino de uma forma complexa de vida? Sim, ele é altamente improvável, mas a vida não surgiu já pronta e complexa e é, em vez disto, o resultado de uma lenta acumulação de elementos mais simples ao longo de bilhões de anos e de bilhões de tentativas em bilhões de lugares.
Outro erro é achar que todas as possibilidades são igualmente prováveis. Não são. Dentro de determinadas condições, certas coisas são mais prováveis de acontecer que outras. As reações químicas que levaram ao surgimento da vida eram mais prováveis de acontecer que aquelas que produziriam substâncias inertes ou, pelo menos, prováveis o bastante para que ela viesse a existir.
Também não funciona citar objetos complexos, como um relógio, como prova de que ele tem que ter tido um criador. Sim, ele precisa de um criador. Não evoluiu sozinho de objetos mais simples. Não há propriedades da matéria que permitam isto, mas, mesmo que ainda não haja resultados conclusivos, a passagem de substâncias orgânicas a organismos capazes de se reproduzir e evoluir tem sido bastante pesquisada e não há nada que pareça impedir que isto aconteça.
Um relógio é resultado do surgimento da vida e da evolução. O erro está em supor que ele surgiria antes da hora.
Outra bobagem muito citada é a da Primeira Causa. Se tudo tem que ter um criador, Deus também precisa de um criador e não adianta definir, arbitrariamente, que Deus sempre existiu. E, se coisas complexas necessitam de um criador, algo infinitamente complexo como um deus também precisa.