Talvez você tenha razão, talvez eu pudesse te acusar disso em relação ao comunismo e te dizer que você não está seguindo o mesmo critério e postura com os comunistas e budistas, por um motivo insondavel para mim, talvez uma admiração ao budismo
Acontece que eu já li textos budistas assim como eu já li textos de Karl Marx. Meu posicionamento é baseado numa atitude inquisitiva inegavelmente consistente e justa.
Se para explicar que a ação de alguém afeta outrém eu preciso falar do Bikhu de cinco olhos no mundo de Brahma, que no nirvana o sujeito não sente frio nem calor e depois ele ouve as 3 vozes do além.... eu vou descartar isso, e sinceramente Dante, esperava que você fizesse o mesmo. E se as pessoas defendem esse texto dizendo que é apenas uma estorinha, não reclamem que eu peço ONDE no mesmo texto o autor classifica isso de estorinha... Ou então não reclamem que eu diga que o texto é alienante e pode gerar confusão e fanatismo.
Outro ponto importante. Me diziam que eu criticava porque não conhecia os textos do Budismo. Me passaram um link, li boa parte dos textos e só encontrei bullshit. Após isso, me disseram que as bullshits não são bullshits porque só são estorias... e volto à minha sentença anterior
Em primeiro lugar, os princípios do budismo são a compaixão, o desapego, a impermanência e a (consciência da) causalidade. Todo o resto é alegoria, sincretismo e idiosincrasia.
Em segundo, os textos budistas são como são porque esta é a maneira pela qual os autores acreditavam que as pessoas seriam melhor instruídas acerca destes princípios.
Filósofos ocidentais tem vários estilos literários: monólogos, diálogos, meditações, experimentos mentais etc. Se você pegar, por exemplo, uma descrição categórica da filosofia de Platão, ela parece ridícula. Mas fica difícil detectar onde estaria o erro de raciocínio ao ler um de seus persuasivos diálogos. Geralmente filósofos escrevem em forma de diálogo para que um dos interlocutores seja o porta-voz de objeções que o autor já antecipou às suas idéias. No caso de Platão, ele escrevia em diálogos por acreditar que todos tem uma vaga reminescência da verdade e, dialogando com quem exerça uma posição inquisitiva, tomamos consciência da verdade.
Voltando ao budismo, enquanto nas religiões abraânicas o que vale é "devemos obedecer a Deus e ele obriga a isto e proíbe aquilo", para o budismo o que vale é "seria bom para você tentar viver de acordo com estes princípios, sendo que só você pode saber como aplicá-los em sua vida". Por isso não faz sentido textos budistas de teor categórico.
Agora, sua crítica aos textos budistas não e baseada em semiótica, hermenêutica ou teoria literária, mas somente na sua experiência pessoal de não conseguir ser instruído por eles. Sendo que desde o começo você teve uma predisposição negativa com o assunto.
Muito interessante Dante.
Sem entrar no detalhe que sua postura é inegavelmente justa segundo você mesmo, o que já é uma besteira.
Vamos direto ao ponto.
O Famado me diz que eu não estou levando em conta os mesmos fatores (Hermenêutica, exegese, que não conheço a bíblia, etc..), que não quero ser instruído e ucas.
E quando alguém começa a citar esses termos para não entrar no núcleo da doutrina me parece uma clara estratégia de saída pela tangente. Deveria haver algo que prove de uma maneira lógica para quem não tem uma simpatia a priori pelo tema, para não dizer religiosa, que o budismo tem qualidade. E qual a melhor maneira?
Mostrando a qualidade do texto, e não falando sobre a hermenêutica. E sabe o que mais? Evangélicos também dizem que seus textos são alegorias, que na época em que foram escritas os profetas achavam que assim iriam ser melhor assimilados, partem do pressuposto que a pessoa que escreveu estava em um grau acima dos demais.
Só que a mera observação, essa companheira que deveria nos manter no prumo, diz que não há nada demais nos textos que os supostos evoluidos escreveram. Nada Dante.
Se um evangélico instruido como o Dantas viesse para cá com a mesma linha de argumentação - que é só uma metáfora, que não é para ser seguido,etc.. - os textos ridículos do cristianismo iam ser melhores? Não, o mesmo com o budismo.
Se alguém me fala sobre energia escura, acho bisonho. Não importa que seja "ciência" e não religião. E por sorte vi esses dias que muitos cientistas acham a energia escura bisonha mesmo...
Dante, eu não tenho a mínima vocação para questões que são falaciosas, e esse é provavelmente o caso do budismo. Se você acha que o budismo tem uma mensagem boa, simples, coloque os textos que analisamos... e vemos se poderia ser dito de maneira mais precisa, adequada, etc.. Ainda estou no aguardo.
Simples e prático
1- Qualidade do texto. Me coloque alguma coisa para ser criticada. Tudo o que lí não quer dizer nada ou pode ser dito de maneira melhor E invariavelmente gera ruídos interpretativos.
2- Evidencias de cunho prático: Estatísticas demonstrando que budistas se dão melhor do que os outros em alguma questão palpável..
ou qualquer evidência...
Modificado
Em primeiro lugar, os princípios do budismo são a compaixão, o desapego, a impermanência e a (consciência da) causalidade. Todo o resto é alegoria, sincretismo e idiosincrasia.
Em primeiro lugar, os princípios do cristianismo são a compaixão, amar aos outros como a si mesmo, perdão, fraternidade, etc... Todo o resto é alegoria, sincretismo e idiosincrasia.
Como podemos ser contra isso, não é mesmo??