Giga, com certeza, o espiritismo tem esse lado nocivo sim. Claro, um espírita esquizofrênico vai sempre achar que está ouvindo ou vendo espíritos, e a crença vai piorar muito sua situação.
A pretensão "científica" é ridícula, e os malabarismos que o Leafar faz para encaixar a realidade dentro da sua crença é mesmo desanimadora, é uma prova clara de como uma religião ou idelogia pode cegar uma pessoa, mesmo que ela seja inteligente.
Eu só acho que isto não é privilégio do espiritismo, praticamente todas as religiões tem estes aspectos nocivos. O grau de "toxidez", pelo que vejo, é diretamente proporcional ao "grau" da crença. O Leafar, por exemplo, já se intoxicou a níveis perigosos. Mas não é diferente de outros crentes que vejo aqui e em outros fóruns, como o Erivelton, para citar um.
A maioria dos religiosos que conheço pessoalmente, sejam católicos, evangélicos ou espíritas, pratica uma religião light, tem seu deusinho pessoal, que sacam do bolso quando tem alguma dificuldade ou precisam atingir algum objetivo. Mas na maior parte do tempo, não pensa muito na questão da religião, até porque questionar para ele é um tabu e eles não querem perder uma muleta tão útil na hora que precisarem.
Para estas pessoas a religião tem uma certa vantagem na vida, o cara pode não ter muita autoconfiança, mas usa deus para isso, é como um placebo. Tudo bem, é ilusão, mas na prática, funciona. É chato para mim, como cético e ateu, ficar vendo isso, porque soa tremendamente ridículo, tudo que o cara consegue é porque "deus deu", está sempre agradecendo "a deus em primeiro lugar", e por aí vai. Mas para eles, ajuda.
O problema, na minha opinião, não é o "remédio", mas a dose. Vocês conhecem o espiritismo bem melhor que eu, e talves ele seja mesmo mais "tóxico", mas os espíritas com quem convivo no dia a dia não são piores nem melhores que católicos ou evangélicos, simplesmente trocam uma ilusão idiota por outra, e com isso tem uma muletinha útil para enfrentar a vida e o medo da morte.