"No capitalismo, os resultados são melhores do que as intenções. No socialismo, as intenções são melhores que os resultados" - Winston Churchill.
Depende das intenções e dos resultados que se busca. No capitalismo pode-se ter intenções bem melhores que resultados tantas quantas vezes o inverso também é verdadeiro. No socialismo, não se busca resultados como lucro financeiro, então a comparação é só mais uma falácia do tempo da guerra fria.
Se a comparação da intenção é desenvolvimento humano, também há vários paradigmas, quando de um lado temos sociedades muito desenvolvidas e igualitárias , subdesenvolvidas e com grandes disparidades sociais e ainda , absurdamente, desenvolvidas e também com grandes disparidades, e no socialismo temos apenas subdesenvolvidas ou de renda média ( algumas ex-repúblicas soviéticas e européias orientais, mas igualitárias).
Se a comparação for no campo político, o lugar no qual se formou as grandes democracias ocidentais foram as mais capitalistas, mas com a ressalva de que apoiram e ainda apóiam grandes e pequenas ditaruras capitalistas de antes e de hoje em nome do capital. Já no campo socialista não houve uma só democracia e somente houve e há grandes tiranias e ditaduras policiais. Nesse caso a frase também não faz muito sentido, pois a intenção dos comunistas não eram lá essas coisas.
A frase de Sir Churchill faz todo sentido, sim, Juca.
Primeiro, porque o capitalismo é apenas livre-iniciativa organizada. Não existe uma grande ideologia por trás disso, não há slogans revolucionários, credos, fé na perfeição humana, culto aos mártires, etc.
Schumpeter, que estudou a fundo o marxismo em economia, assinalou na sua mais importante obra que o ideário socialista é a versão laica do cristianismo puritano que orientava a sociedade feudal.
A condenação do lucro financeiro é tão católica quanto o Papa.
Por outro lado, os socialistas reconhecem (porque julgams ser ruim) que o capitalismo não carece de ideologia. Porque não precisa focar nas intenções e, sim, nos resultados (financeiros, é claro).
Foi assim que Michael Moore conseguiu explicar porque seus filmes "anti-capitalistas" são distribuídos por grandes corporações no mundo todo. Lembro até hoje da entrevista em que ele diz que pode trabalhar normalmente porque "esse sistema não tem ideologia, ideiais, que nós temos" ou algo assim.
Ele podia continuar pregando contra o capitalismo à vontade nos seus filmes, desde que isso configure lucro para as distribuídoras de cinema. Os executivos não dão a mínima.