Eu acho essa mania das pessoas ficarem se declarando comunistas, socialistas, marxistas, capitalistas, esquerdistas, direitistas, qualquerista, é pura necessidade de ter uma ideologia. Que coisa mais inútil.
"Eu sou lenista-trotskista-socialista-neo-capitalista-anarquista liberal!"
É? Ninguém se importa.
Ideologia, eu quero uma pra viver.
Eu sou ateísta marxista (entre dezenas de outros conceitos que posso associar ao meu ateísmo)
Entendo o marxismo como a figura do ateísmo político. Vejo um pano de fundo na ideologia comunismo versus capitalismo, em que o teísmo e o ateísmo foram fortemente confrontados. O ateísmo científico de hoje em dia tenta eliminar a influência do passado, mas a ideologia sintetizada na frase de que a religião é o ópio do povo, permanece forte no neo-ateísmo.
Então é a mistura do meu fanatismo religioso com o meu fanatismo político
E qual a utilidade disso?
A mesma utilidade que tem tudo o que o Adriano escreve.
Sobre o ponto de vista holístico, e tendo como referência autores pós-modernos e pré-socráticos, temos que a visão foucaultiana corrobora a instrumentação do estado capitalista como opressor e determina o capitalismo como motivador dessa opressão.
Claro que Marx é o gênio que encontrou essa dissonância entre capital, felicidade e a bunda da minha sogra, e propos magistralmente uma solução onde esses intervenientes em princípio irreconciliáveis tornam-se participantes da reconfiguração e partilhamento dos interesses individuais e de grupo.
O não entendimento da relação entre capital, felicidade e principalmente a bunda de minha sogra fez o socialismo ruir.
Mas há novas esperanças: Há novos gênios, principalmente entre os pós adolecentes que nunca trabalharam em nada sério (e que por isso não estão intoxicados com uma interpretação deturpada da realidade), que determinaram um novo caminho a seguir, o que basicamente exclui a bunda da minha sogra como fator determinante e propõe a bunda da sogra do Snow, Geo e DDV como nova premissa estruturante da realidade, com um fator de sensibilidade muito mais relevante para a explicação das séries históricas dos ciclos de depressão do capitalismo, trocando assim a interpretação equivocada de Kondratiev.