Autor Tópico: O quanto a pirataria prejudica os músicos?  (Lida 16511 vezes)

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Offline SnowRaptor

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #75 Online: 31 de Dezembro de 2009, 12:42:18 »
A definição de roubo não é essa. Envolve ameaça e/ou violência física.

Que seja furto, o crime consiste na subtração do bem. E, de fato, não é isso que acontece quando se copia.

Entretanto, podemos comparar com furtar mercadorias de uma loja. As mercadorias da loja estão à disposição para quem quiser consumí-las, desde que paguem o preço marcado na prateleira. Pirateando, você consome o produto sem pagar o preço estabelecido para ele. De fato, deixa de fornecer ao vendedor/distribuidor a compensação pelo seu consumo e o fornecedor/distribuidor sai "prejudicado" por não lucrar com o produto que você consumiu.

Por outro lado, o fornecedor/distribuidor não tem um prejuízo, já que o que ele faz, no caso da indústria fonográfica/cinematográfica, é fazer as cópias (como no filminho acima) e vendê-las. É diferente de roubar um panetone do mercado. O mercado tem o prejuízo do custo do panetone. E quadno falo em custo, falo do custo iindividual, não do custo fixo de produção que é dividido entre as cópias.

Então fica a questão: furto é crime porque você lucra ou porque a vítima tem prejuízo? Se for o primeiro, pirataria é furto. Se for o segundo, não é. Infelizmente, não há essa distinção na lei justamente porque existe uma lei de conservação de matéria: Se você pega de um lugar,
o bem deve ter saído de outro. Mas quando o bem é informação, a coisa não é exatamente assim.
Elton Carvalho

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“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #76 Online: 31 de Dezembro de 2009, 12:44:55 »
A definição de roubo não é essa. Envolve ameaça e/ou violência física.

Que seja furto, o crime consiste na subtração do bem. E, de fato, não é isso que acontece quando se copia.

Entretanto, podemos comparar com furtar mercadorias de uma loja. As mercadorias da loja estão à disposição para quem quiser consumí-las, desde que paguem o preço marcado na prateleira. Pirateando, você consome o produto sem pagar o preço estabelecido para ele. De fato, deixa de fornecer ao vendedor/distribuidor a compensação pelo seu consumo e o fornecedor/distribuidor sai "prejudicado" por não lucrar com o produto que você consumiu.

Por outro lado, o fornecedor/distribuidor não tem um prejuízo, já que o que ele faz, no caso da indústria fonográfica/cinematográfica, é fazer as cópias (como no filminho acima) e vendê-las. É diferente de roubar um panetone do mercado. O mercado tem o prejuízo do custo do panetone. E quadno falo em custo, falo do custo iindividual, não do custo fixo de produção que é dividido entre as cópias.

Então fica a questão: furto é crime porque você lucra ou porque a vítima tem prejuízo? Se for o primeiro, pirataria é furto. Se for o segundo, não é. Infelizmente, não há essa distinção na lei justamente porque existe uma lei de conservação de matéria: Se você pega de um lugar,
o bem deve ter saído de outro. Mas quando o bem é informação, a coisa não é exatamente assim.


Verdade, eu pensei em furto e escrevi roubo....
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Offline Pellicer

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #77 Online: 31 de Dezembro de 2009, 12:47:41 »
Definição de roubo:"Crime caracterizado pela apropriação ilegítima dos bens de alguém."
Acho a comparação totalmente válida.......

E apropriação implica em retirar a propriedade, o que não acontece no caso de uma cópia. Sua comparação é contraditória.

Não estou dizendo que é certo ou errado, estou dizendo que essa identificação de cópia e roubo é falsa, e que parece mais propaganda de gravadora do que argumento válido. Se quiser argumentar que copiar é errado, pelo menos explique porque copiar prejudica o dono da propriedade intelectual, e não apenas diga que é roubo e roubar é errado.

Estou ignorando a diferença entre furto e roubo, apesar de já ter sido explicada.

Offline SnowRaptor

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #78 Online: 31 de Dezembro de 2009, 12:48:19 »
Detalhe que faltou: pelo que eu entendo dessas licenças, o consumidor final nunca compra uma música, um filme, um software. Compra o direito de usá-lo. Não sei como é com livros em papel, mas com e-books também é assim.

Em suma, você não compra a obra você compra o direito (limitado) de usufruir dela. No fim das contas, devemos pensar que essas coisas (música, filmes,  software) não são bens, mas sim serviços. Comprar uma música é o que o Stanley Kubrick fez por dez mil dólares  com Singing in the rain para o filme Laranja mecânica.
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Offline SnowRaptor

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #79 Online: 31 de Dezembro de 2009, 12:49:49 »
Se quiser argumentar que copiar é errado, pelo menos explique porque copiar prejudica o dono da propriedade intelectual, e não apenas diga que é roubo e roubar é errado.

Lembrando que precisamos fazer outra clara distinção aqui: direito autoral e direito de cópia. Não sei se existe uma distinção legal aqui no Brasil a respeito disso.
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Offline Barata Tenno

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #80 Online: 31 de Dezembro de 2009, 12:54:13 »
Definição de roubo:"Crime caracterizado pela apropriação ilegítima dos bens de alguém."
Acho a comparação totalmente válida.......

E apropriação implica em retirar a propriedade, o que não acontece no caso de uma cópia. Sua comparação é contraditória.

Não estou dizendo que é certo ou errado, estou dizendo que essa identificação de cópia e roubo é falsa, e que parece mais propaganda de gravadora do que argumento válido. Se quiser argumentar que copiar é errado, pelo menos explique porque copiar prejudica o dono da propriedade intelectual, e não apenas diga que é roubo e roubar é errado.

Estou ignorando a diferença entre furto e roubo, apesar de já ter sido explicada.

Apropriação ilegítima de propiedade intelectual.

Apropriação não significa o sujeto passivo perder a posse, mas sim que o tomou posse ou fez uso de maneira ilegal, as custas do real proprietário.

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Offline Pellicer

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #81 Online: 31 de Dezembro de 2009, 13:36:45 »
Apropriação ilegítima de propiedade intelectual.

Apropriação não significa o sujeto passivo perder a posse, mas sim que o tomou posse ou fez uso de maneira ilegal, as custas do real proprietário.

Esse final também não se aplica a cópias. Se alguém vai num restaurante, come e sai sem pagar, certamente deu prejuízo pro estabelecimento, mas se uma pessoa consegue duplicar um prato e distribuir, não está dando prejuízos pro estabelecimento diretamente. E mesmo o prejuízo indireto (as pessoas não vão mais no restaurante porque conseguem o prato de graça) não é sempre que vai existir. As pessoas não deixam de ir no cinema porque tem filme de graça na internet. As vendas de cd cairam depois da internet, mas mesmo assim é falacioso dizer que caiu por causa da pirataria.

E mais uma vez repito. Não estou defendendo que cópia de MP3 é certo ou errado. Só estou dizendo que não é roubo, e que comparar cópia com roubo é uma comparação covarde.

Offline Moro

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #82 Online: 31 de Dezembro de 2009, 14:50:36 »
Vocês julgam o modelo das gravadoras falido e por isso justificam o roubo. O que isso difere de qualquer outro juizo de valor como por exemplo dos nossos políticos que metem a mão mas fazem o bem para população? Ou alguém que acha caro um bem no supermercado e decide roubá-lo?
(…)
Porque não baixar apenas musicas livres, filmes livres, etc..? Porque não pagam por exemplo por 30% dos filmes que roubam (aí o preço ficaria bem mais barato, apesar de eu não concordar com isso, seria uma maneira de ser um pouco mais coerente).
(...)
É vergonhoso que ladrões sejam sempre os outros. Porque nunca ninguém diz assim "Eu sou ladrão" ? Nem políticos, nem pessoas que subornam... todos tem uma estorinha para falar para si mesmo... sintomático

Você identifica download como roubo, mas essa é uma comparação inválida. As duas coisas podem ser ilegais, mas acaba aí a semelhança. Um videozinho pra explicar pra quem ainda não entendeu essa diferença.

<a href="http://www.youtube.com/v/djVaJN0f0VQ&amp;hl=en_US&amp;fs=1&amp;" target="_blank" class="new_win">http://www.youtube.com/v/djVaJN0f0VQ&amp;hl=en_US&amp;fs=1&amp;</a>

Se o recurso de imergir o video no post não funcionar, aí vai o link:

Só me falta ter que responder musiquinhas toscas agora.
está tirando dinheiro de quem ia receber, de quem trabalhou para produzir algo.
Se eu faço um software durante dois anos e você não me paga pelo meu trabalho, isso é roubo. OK, vamos seguir o que disse Snow: Furto.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline DDV

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #83 Online: 31 de Dezembro de 2009, 14:51:39 »
Ao invés de ficarem falando de questões "morais" (se copiar algo sem autorização do autor é ou não roubo), por que não nos foquemos na questão do custeamento das obras intelectuais?

Supondo que a cópia de uma obra intelectual sem autorização do autor fosse permitida, quais as possíveis fontes ou meios dessas obras serem custeadas (no mínimo) ou gerarem algum retorno mínimo aos seus autores (preferencialmente)?

Apresentem aí suas idéias para cada tipo de obra intelectual, seja música, filme, livro, software, tecnologia, etc


Com certeza esse é o ponto mais importante dessa questão. Mãos à obra!
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Offline Moro

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #84 Online: 31 de Dezembro de 2009, 14:56:09 »
Por outro lado, o fornecedor/distribuidor não tem um prejuízo, já que o que ele faz, no caso da indústria fonográfica/cinematográfica, é fazer as cópias (como no filminho acima) e vendê-las. É diferente de roubar um panetone do mercado. O mercado tem o prejuízo do custo do panetone. E quadno falo em custo, falo do custo iindividual, não do custo fixo de produção que é dividido entre as cópias.


Quase Snow. Oracle investe 2BI para fazer um SW e o breakeven disso é vender 1 milhão de cópias... se não ter esse volume, é prejuizo causado pelo roubo furto.

O que existe é uma assimetria do custo direto da produção do DVD de software por exemplo, com o valor da mercadoria que ele contém.

Enquanto um processador de Middletier de empresas como Oracle e IBM podem chegar a US100K, o custo do container dele é nada. Na verdade, essas empresas hoje sequer lhe dão um dvd, você assina o contrato e baixa do site.
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Offline SnowRaptor

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #85 Online: 31 de Dezembro de 2009, 15:21:47 »
Eu não queria entrar no mérito do break-even, mas de fato eu estava pensando em filmes e música quando mencionei isso.

E entra aquele aspecto do software como um serviço, que eu concordo. Quando você compra software de uma companhia, ela está prestando serviço pra você através do software.

EU guio minha opinião sobre pirataria assim: "estou prejudicando o autor com isso? se sim, não faço". Assim, baixo da internet episódios de seriados que passam na TV a cabo que eu assino. Ouço música de graça por streaming na web e pego MP3 de CDs que meus amigos ripam.

Em compensação, não pirateio o Windows, por exemplo. Simplesmente porque é um software caro demais para o que ele faz. E pode ser que, quantitativamente meus 300 reais façam tanta diferença pra Microsoft quanto meus 80 pro Pink Floyd, mas os caras do Pink Floyd ganharam os milhões de libras deles com seus shows. Vender o Windows e planos de suporte técnico são as únicas forma da MS receber retorno pelo seu investimento no desenvolvimento do software.

Da mesma forma, eu não baixo da internet filmes que estão no cinema, porque é no cinema que os produtores recebem o retorno do investimento. Depois disso, é só lucro. Eu vou ao cinema assistir. Esses dias, pensando nessa de pirataria, eu até fiz um cadastro numa locadora de DVDs.
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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #86 Online: 31 de Dezembro de 2009, 15:35:07 »
Citação de: Agnóstico
Só me falta ter que responder musiquinhas toscas agora.
está tirando dinheiro de quem ia receber, de quem trabalhou para produzir algo.
Se eu faço um software durante dois anos e você não me paga pelo meu trabalho, isso é roubo. OK, vamos seguir o que disse Snow: Furto.

A melhor analogia que eu vejo para a cópia de obra intelectual é a prestação de serviços por encomenda.

Suponha que um carpinteiro receba a encomenda de produzir 20 mesas, e faça um contrato para tal. Ele passa uns 4 meses produzindo as mesas encomendadas. Na hora da entrega, o contrato é cancelado e ele fica sem receber s quantidade pela qual trabalhou. A analogia não é perfeita porque não seria possível desfrutarem das mesas dele de graça (o que o permitiria vender para outros), mas dá uma idéia aproximada da situação do autor de obras intelectuais.  

Resumindo a questão, os pontos principais são esses:

1- Por questões estratégicas, quase todos os países estebeleceram leis que protegem a propriedade intelectual, com o intuito de incentivar uma maior produção das mesmas, pois as pessoas respondem a estímulos e promessas de recompensa para trabalharem e investirem.

1a- Esses países assim fizeram por entender/achar/supor que:
  
 a- Muito mais pessoas se dedicariam à produção de obras intelectuais caso acha recompensa do que na  ausência de recompensa, o que se refletiria na produção intelectual total do país;

 b- Acham/supoem/julgam que uma maior produção de obras intelectuais, tanto quantitativamente quanto qualitativamente, é algo bom, desejável, necessário e mesmo estratégico.

2- Esse direito de propriedade de sua produção intelectual permite que muitas pessoas passem a se dedicar exclusivamente à produção das mesmas de forma privada, sem necessidade de cuidar de seu sustento com outras atividades ou serem sustentadas por instituições estatais.

3- A grande maioria dessas pessoas (não sei quantificar) produzem essas obras devido à recompensa que esperam obter, e não as produziriam na ausência dessa recompensa, seja por desinteresse ou por inviabilidade econômica.

3a- Dissecando melhor o item anterior: a maioria (esmagadora, ao meu ver) não se dedicaria de forma exclusiva a atividades intelectuais caso não pudessem lucrar com isso, e grande parte dos que se dedicariam não conseguiriam prosseguir por inviabilidade econômica, seja porque exigiria um investimento para o qual não há expectativa de retorno, seja porque a pessoa obtem o sustento de outras atividades, não tendo tempo para investir na produção intelectual.

4- Considerando que há um "contrato" da sociedade com os produtores de obras intelectuais (pela lei de proteção da propriedade intelectual), não pagar pela obra que alguém investiu tempo e dinheiro produzindo esperando obter pagamento pelo serviço (esperança essa depositada no "contrato" da sociedade com os mesmos) pode ser caracterizada, no mínimo, como quebra de contrato.


Restaria agora discutir se esse "contrato" da sociedade com os produtores de obras intelectuais é benéfico, maléfico, se sua quebra é nociva à sociedade ou não, etc
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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #87 Online: 31 de Dezembro de 2009, 15:36:18 »
Ao invés de ficarem falando de questões "morais" (se copiar algo sem autorização do autor é ou não roubo), por que não nos foquemos na questão do custeamento das obras intelectuais?

Apresentem aí suas idéias para cada tipo de obra intelectual, seja música, filme, livro, software, tecnologia, etc

A banda britânica Marillion anuncia em seu website planos de lançar um novo disco e abre um sistema de "reservas", em que os fãs e itneressados reservam para si uma cópia por 10 libras. Quando atinge um certo valor, eles vão lá e gravam, disponibilizando o disco em seu website para compra diretamente deles. Eles inclusive disponibilizam algumas faixas gratuitas quando mencionam o problema do comparilharmento de arquivos em seu site.

Acho essa alternativa bastante válida.

A venda de discos (Blu-ray/DVD) e o downlaod pagos são métodos razoáveis para se obter obras. Só acho que muito dinheiro se perde nos intermediários e acaba sobrando para o artista uma fração muito pequena do total que o consumidor paga. Acho que 5 dólares por cópia, indo pelo menos 60% disso pro autor bastante justo. Eu pago sem pensar 20 dólares num livro que eu queria ler em papel. Se o autor receber uma fração menor do preço pago pelo consumidor, que não seja menos de 30% e que o preço ao consumidor não passe de 20 dólares.

Em termos de software, a coisa é mais complicada, porque há públicos-alvo diferentes. Existem planos diferentes também. É diferente vc vender um programa pra alguém usar e se virar e fornecer o serviço como um todo: software, suporte, desenvolvimento com foco no cliente. Sou a favor do software livre e entendo que software livre não é software grátis. Quando fiz curso técnico em informática, pensei em montar um sistema opensource de genreciamento empresarial, em que eu atuaria junto com o cliente para desenvolver e aprimorar o software, que seria livre, ams meu serviço seria cobrado. Acho um modelo eficiente, win-win.
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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #88 Online: 31 de Dezembro de 2009, 15:41:41 »
Então, DDV, existe nessa história a figura das gravadoras, que seriam, na sua analogia, o fabricante das mesas do carpinteiro. Ela compra uma mesa do carpinteiro por R$20,00 e vende quantas quiser por R$200,00, dando ao carpinteiro uma grana (R$2,00) referente ao desenho da mesa, por item. Ou seja, o carpiteiro recebe em média R$2,00 por mesa, mas o consumidor paga R$200,00 por mesa. Então o povo prefere pegar as cópias que não custam muito mais que a madeira da mesa e não manda nada pro artista.

Só que, apesar do carpinteiro ter o direito de autor, quem tem o direito de cópia é o fabricante. Assim, o carpinteiro não pode vender as mesas dele pelo preço que ele quiser.
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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #89 Online: 31 de Dezembro de 2009, 16:40:55 »
Citação de: Snowraptor
Acho que 5 dólares por cópia, indo pelo menos 60% disso pro autor bastante justo. Eu pago sem pensar 20 dólares num livro que eu queria ler em papel. Se o autor receber uma fração menor do preço pago pelo consumidor, que não seja menos de 30% e que o preço ao consumidor não passe de 20 dólares.

Essa parte que eu acho intrigante, porque a maioria aqui acha que "o mercado deve decidir o preço bla bla bla" e quem não quiser pagar, não compre. Mas, com relação às obras intelectuais esse princípio não vale, pois acham-se no direito de regular e ditar os preços para os autores (tal preço é justo, tal preço não deve ser cobrado, etc). O correto e normal seria não comprar o que se considera caro demais.
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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #90 Online: 31 de Dezembro de 2009, 16:54:48 »
E é exatametne o que eufaço com o Windows, por exemplo: é caro demais, não compro.

Eu não me referi a uma regulamentação dos valores, eu só falei quais valores eu acho justo.
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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #91 Online: 31 de Dezembro de 2009, 16:59:26 »
Então, DDV, existe nessa história a figura das gravadoras, que seriam, na sua analogia, o fabricante das mesas do carpinteiro. Ela compra uma mesa do carpinteiro por R$20,00 e vende quantas quiser por R$200,00, dando ao carpinteiro uma grana (R$2,00) referente ao desenho da mesa, por item. Ou seja, o carpiteiro recebe em média R$2,00 por mesa, mas o consumidor paga R$200,00 por mesa. Então o povo prefere pegar as cópias que não custam muito mais que a madeira da mesa e não manda nada pro artista.

Só que, apesar do carpinteiro ter o direito de autor, quem tem o direito de cópia é o fabricante. Assim, o carpinteiro não pode vender as mesas dele pelo preço que ele quiser.

A analogia (conforme eu já tinha dito) não é adequada porque as pessoas não podem desfrutar das mesas feitas pelo carpinteiro sem pagar pelas mesmas.

A questão da encomenda é que deve ser ressaltada, pois o carpinteiro (assim como o produtor intelectual) dedicou tempo, trabalho e dinheiro produzindo suas obras esperando receber determiando pagamento pelas mesmas, e não teria feito esse investimento se não estivesse esperando esse pagamento. Mesmo ele ficando com suas mesas (assim como o produtor intelectual "não é privado de sua obra quando a mesma é copiada"), elas não lhe servirão de nada, pois ele só teve a iniciativa de produzí-las PORQUE esperava vendê-las.

Não é sequer argumento dizer que o produtor intelectual não é privado de sua obra quando a mesma é copiada, pois eles somente as produziu (na quase totalidade das vezes) porque lhe foi prometido pagamento por parte de quem as consumir.

 O correto seria lhe deixarem ciente desde o início que não receberá por nenhum trabalho ou custo que tiver, e não prometerem pagamento e depois não pagarem após todo o trabalho e gasto já terem sido feitos  

A sociedade ficaria com menos produção intelectual, ou com produções meia-boca amadoras e baratas. Ficaria sem tecnologias obtidas por pesquisa privada, sem livros não custeados pelo estado e etc, mas pelo menos ninguém mais teria prejuízo ou trabalharia de graça e à toa para os outros.
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Offline _Juca_

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #92 Online: 31 de Dezembro de 2009, 17:03:30 »
Citação de: Snowraptor
Acho que 5 dólares por cópia, indo pelo menos 60% disso pro autor bastante justo. Eu pago sem pensar 20 dólares num livro que eu queria ler em papel. Se o autor receber uma fração menor do preço pago pelo consumidor, que não seja menos de 30% e que o preço ao consumidor não passe de 20 dólares.

Essa parte que eu acho intrigante, porque a maioria aqui acha que "o mercado deve decidir o preço bla bla bla" e quem não quiser pagar, não compre. Mas, com relação às obras intelectuais esse princípio não vale, pois acham-se no direito de regular e ditar os preços para os autores (tal preço é justo, tal preço não deve ser cobrado, etc). O correto e normal seria não comprar o que se considera caro demais.

E quem não tiver um só mp3zinho que seja ai no pc, que levante as mãos.

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #93 Online: 31 de Dezembro de 2009, 17:16:08 »
E é exatametne o que eufaço com o Windows, por exemplo: é caro demais, não compro.

Eu não me referi a uma regulamentação dos valores, eu só falei quais valores eu acho justo.

E ai você me fez pensar, não temos que colocar nessa equação o a divulgação da obra que a pirataria proporciona também? O Windows por exemplo seria tão popular se não houvesse jeito de piratear ?

O linux por exemplo, que é o maior (pequeno) concorrente do Windows, não seria mais usado neste caso, e como é melhor e mais confiável que a maioria dos sistemas operacionais da microsoft (opinião não é minha), não poderia ser um risco ao domínio da gigante do soft?

Offline DDV

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« Resposta #94 Online: 31 de Dezembro de 2009, 17:18:40 »
Citação de: Snowraptor
Acho que 5 dólares por cópia, indo pelo menos 60% disso pro autor bastante justo. Eu pago sem pensar 20 dólares num livro que eu queria ler em papel. Se o autor receber uma fração menor do preço pago pelo consumidor, que não seja menos de 30% e que o preço ao consumidor não passe de 20 dólares.

Essa parte que eu acho intrigante, porque a maioria aqui acha que "o mercado deve decidir o preço bla bla bla" e quem não quiser pagar, não compre. Mas, com relação às obras intelectuais esse princípio não vale, pois acham-se no direito de regular e ditar os preços para os autores (tal preço é justo, tal preço não deve ser cobrado, etc). O correto e normal seria não comprar o que se considera caro demais.

E quem não tiver um só mp3zinho que seja ai no pc, que levante as mãos.


Eu não tenho (tenho só umas músicas copiadas de CDs do pessoal daqui de casa mesmo, até olhei por via das dúvidas).

E se tivesse? Isso faria os pontos acima colocados automaticamente falsos?

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline DDV

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #95 Online: 31 de Dezembro de 2009, 17:23:00 »
E é exatametne o que eufaço com o Windows, por exemplo: é caro demais, não compro.

Eu não me referi a uma regulamentação dos valores, eu só falei quais valores eu acho justo.

E ai você me fez pensar, não temos que colocar nessa equação o a divulgação da obra que a pirataria proporciona também? O Windows por exemplo seria tão popular se não houvesse jeito de piratear ?

Mas os produtores de obras intelectuais (pelo menos a maioria, e TODOS os que investem grana na produção) não querem ser "populares" com quem não paga. Eles preferem e necessitam mais de 100 pessoas que pagam do que de 100 000 que não pagam.

Eles não estão a fim de comprar popularidade porque acham bonito e grandioso serem populares, estão a fim de ficarem populares para que comprem seus produtos.

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Offline DDV

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #96 Online: 31 de Dezembro de 2009, 17:28:35 »
Por exemplo: se não houvesse a pirataria, TALVEZ o Linux fosse mais popular do que o Window... mas os proprietários do Windows teriam mais lucros.

Preciso perguntar qual o preferível?

Lembrando uma coisa (para quem se esqueceu ao debater esse assunto): os produtores buscam em última instância o lucro, e não a popularidade. Quem busca a popularidade pela popularidade em si mesma disponibiliza de graça sua produção.
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Offline Dodo

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #97 Online: 31 de Dezembro de 2009, 17:42:47 »
Ao invés de ficarem falando de questões "morais" (se copiar algo sem autorização do autor é ou não roubo), por que não nos foquemos na questão do custeamento das obras intelectuais?

Supondo que a cópia de uma obra intelectual sem autorização do autor fosse permitida, quais as possíveis fontes ou meios dessas obras serem custeadas (no mínimo) ou gerarem algum retorno mínimo aos seus autores (preferencialmente)?

Apresentem aí suas idéias para cada tipo de obra intelectual, seja música, filme, livro, software, tecnologia, etc


Com certeza esse é o ponto mais importante dessa questão. Mãos à obra!

O software livre é um exemplo, onde o produto é disponibilzado gratuitamente sob uma licença específica, mas é cobrado pelo suporte técnico, treinamento, manuais, etc, ou seja, paga quem quer, quem tiver tempo e conhecimento pode procurar as soluções por conta própria.
No caso das músicas, alguns artistas que não estão ligados a nenhuma gravadora, ou possuem a sua própria, disponibilizam algum conteúdo gratuito para os seus fãs, mas, lógicamente, cobram ingresso pelos shows e também pela venda de CDs ou o DVDs.
A Steam vende jogos online muitas vezes por preços drasticamente inferiores às versões "físicas", e com a parceria do PayPal com bancos nacionais, ficará muito mais fácil para comprar versões originais de games.
Quanto aos filmes, o que vejo são soluções para aluguel de filmes onde, por algumas dezenas de reais, é possível ter acesso a um grande número de títulos.
Os livros, acredito eu, sofreram uma queda significativa de preço quando forem portados para os formatos eletrônicos, que começaram a se popularizar agora.

São soluções que surgiram naturalmente e, a meu ver, são uma alternativa para quem não quer consumir conteúdo pirata, é claro que a margem de lucro de quem produz, em alguns casos, pode ser até menor, mas compensaria se aumentasse a quantidade de pessoas que usassem estas alternativas.

É claro que posso estar falando uma tremenda besteira.  :?
« Última modificação: 31 de Dezembro de 2009, 17:46:04 por Dodo »
Você é único, assim como todos os outros.
Alfred E. Newman

Offline FxF

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #98 Online: 31 de Dezembro de 2009, 18:54:01 »
Mas os produtores de obras intelectuais (pelo menos a maioria, e TODOS os que investem grana na produção) não querem ser "populares" com quem não paga. Eles preferem e necessitam mais de 100 pessoas que pagam do que de 100 000 que não pagam.

Eles não estão a fim de comprar popularidade porque acham bonito e grandioso serem populares, estão a fim de ficarem populares para que comprem seus produtos.
Sim, estão. A Microsoft cometeu o erro de pensar assim e se deu muito mal.

O Windows sobrevive simplesmente por ser o mais popular, pois programas são feitos para ele (ou para uma nova versão). Se nenhum programa fosse feito para o Windows, alguém levaria?

E o Windows Vista foi o erro. Tentaram não só dificultar a pirataria do próprio sistema operacional, mas foram mais além e a pirataria de outros produtos no sistema operacional.

Moral da história: mais de 50% das pessoas que usavam programas piratas não quiseram usar o Windows Vista.

Logo os que compraram uma versão legítima do Windows Vista começaram a reclamar "mas o aplicativo X só roda no XP, não no Vista, segundo o website eles não querem se dar ao trabalho de atualizar o programa porque ninguém usa o Windows Vista."

Moral da história: alguém está pensando em atualizar sua versão do Windows?
O software livre é um exemplo, onde o produto é disponibilzado gratuitamente sob uma licença específica, mas é cobrado pelo suporte técnico, treinamento, manuais, etc, ou seja, paga quem quer, quem tiver tempo e conhecimento pode procurar as soluções por conta própria.
No caso das músicas, alguns artistas que não estão ligados a nenhuma gravadora, ou possuem a sua própria, disponibilizam algum conteúdo gratuito para os seus fãs, mas, lógicamente, cobram ingresso pelos shows e também pela venda de CDs ou o DVDs.
A Steam vende jogos online muitas vezes por preços drasticamente inferiores às versões "físicas", e com a parceria do PayPal com bancos nacionais, ficará muito mais fácil para comprar versões originais de games.
Quanto aos filmes, o que vejo são soluções para aluguel de filmes onde, por algumas dezenas de reais, é possível ter acesso a um grande número de títulos.
Os livros, acredito eu, sofreram uma queda significativa de preço quando forem portados para os formatos eletrônicos, que começaram a se popularizar agora.

São soluções que surgiram naturalmente e, a meu ver, são uma alternativa para quem não quer consumir conteúdo pirata, é claro que a margem de lucro de quem produz, em alguns casos, pode ser até menor, mas compensaria se aumentasse a quantidade de pessoas que usassem estas alternativas.

É claro que posso estar falando uma tremenda besteira.  :?
Porque seria besteira? O FireFox é livre e a Mozilla parece ter se dado muito bem. Ninguém aqui vai discutir que a única maneira de se lucrar é "vendendo CDs".

CD é um objeto pré-histórico. As pessoas hoje estão até pensando em não deixar leitores de CD em seus PCs, da mesma forma que abandonaram os leitores de disquetes.
« Última modificação: 31 de Dezembro de 2009, 18:57:55 por Ilovefoxes »

Offline SnowRaptor

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Re: O quanto a pirataria prejudica os músicos?
« Resposta #99 Online: 31 de Dezembro de 2009, 18:55:38 »
Eles consertaram muita coisa desse tipo no Windows Se7en.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

 

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