Gabarito, se você comparar o quanto é destinado à saúde lá e aqui pra cada habitante, verá que fazemos milagres.
Está certo, Pasteur. Eu não quero generalizar ao afirmar que todos que trabalham com o SUS são pessoas envolvidas e comprometidas com trambiques. Sei que tem muita gente séria e que se esforça para dar o seu melhor. Inclusive, sou solidário a esses heróis que podem ser confundidos com as piores peças da engrenagem. A eles, o meu respeito e admiração.
Mas, infelizmente, esse grupo é pequeno e não consegue fazer verão.
Infelizmente, a máquina maior não tem um bom motorista e, por mais que o retrovisor não queira, por menos que os bancos e o estofamento desejem, o veículo segue para o abismo. Porque aqueles que fazer bem ao sistema não possuem o controle do sistema, não dominam a direção que as coisas tomam.
Você há de concordar comigo que colocar mais dinheiro ainda num bolso furado, vai só aumentar a quantidade de moedas que vão cair no chão. O bolso está furado, Pasteur, o saco está roto, tudo que colocar dentro vai cair.
Os que roubam, sonham com esses projetos de aumentar a destinação de recursos federais para a saúde. Os olhos deles brilham quando alguém fala em aumentar a verba da saúde. É tudo o que comissões de licitação bandidas querem, é o paraíso na Terra, é o doce da criança:
"- Ôba, vem mais verba por aí! Vai dar para comprar aquele iate a vista!"
Acredito que você é inteligente o suficiente para saber dos descalabros que existem. Como é que podemos admitir que se deve dar mais dinheiro para essa gandaia de assaltantes de cofres públicos?
Aí você me pede uma sugestão de mudança, de melhoria.
Reforma do sistema. Reforma série, começando pelos que batem ponto e vão embora. Como Madiba disse, isso é o básico do básico.
Aí você me pergunta de novo: quem pode realizar essa reforma.
Sou sincero e digo que não sei. Mas isso não tira de mim o direito de enxergar que está errado, que está mal feito, que está sem dono.
Um abraço cordial.