Aí você está misturando instinto com pressão social.
A pressão social se dá em nível racional, dentro daquilo que mais facilmente "sabemos porquê" fazemos.
Ou seja... Poucos os homens sabem "porquê" sentem repulsa na idéia de namorar uma "saidinha", mas todos sabem do "porquê" do medo de casar com uma mulher que é filha de algum futuro sogrão "linha-dura".
É pelo mesmo motivo. Ser mais saidinha é uma estratégia reprodutiva que se aproveita dos, ou lida com, pais protetores. Por isso não é raro que hajam essas duas "personas", santinha para o papai, e devassa quando sai de casa. Isso evoluiu porque, para aquelas com pais com genes protetores, havia vantagem reprodutiva em ser geneticamente mais ousada. Essas conseguiam engravidar mais do que as mais recatadas, que esperam os avanços dos pretendentes, que tendem a se afugentar ao conhecer o pai, na maior parte dos casos.
Eu li apenas alguns posts e mantenho meu estado de choque em perceber que a maioria não entende nada de psicologia evolucionista e nem evolução. Convenhamos, critérios de escolha de parceiros é o que determina quais indivíduos terão sucesso na propagação de seus genes.
É óbvio que os instintos masculinos foram moldados a não assumir compromisso com mulheres, digamos como no popular, "vagabundas". A razão é mais óbvia ainda! O homem terá dúvidas enormes quanto a legitimidade de seus filhos. Os homens que aceitavam compromisso com "vagabundas" tiveram menos sucesso reprodutivo, pois ficaram criando seres que não eram de seu sangue e deixaram de se reproduzir melhor.
Meio como aquela coisa dos homens preferirem oito sobrinhos filhos da irmã a um filho, e desprezarem como lixo os sobrinhos do irmão...
Pode parecer óbvio, se você acha que a ciência se resume a imaginar uma vantagem reprodutiva a dado comportamento, assumir que existia uma mutação para essa variante de comportamento instintivo, e que foi selecionado, mas a coisa não é tão simples assim.
Acho que o seu problema é semelhante a muitos daqui do fórum... "Relativizar" qualquer fato que possa soar como "desagradável" ou "tabú".
Não, o "problema" é simplesmente não aceitar qualquer coisa como fato apenas porque dá para imaginar, de forma bem despreocupada, que aconteceu.
A escolha de parceiros é algo extremamente determinante para o sucesso da propagação dos genes de um indivíduo.
Uma fêmea que consegue escolher e adquirir bons provedores e bons reprodutores tem mais chances de propagar seus genes do que aquelas que "não sabem escolher" ou que "não tem atratividade suficiente para se dar ao luxo de escolher".
E esse processo é muito, mas muito antigo... É um instinto primitivo, que antecede em muito nossa própria espécie.
Não estou dizendo que as mulheres (e os homens) não selecionam parceiros, que isso não tem um longo histórico evolutivo.
Você rebate o que escrevo apenas especulando que eu conheço pouco ou quase nada sobre evolução e se esquece de apresentar argumentos que me refutem ou sustentem essa sua "relativização" das coisas. É o erro mais comum nesse fórum quando se trata de assuntos "tabús".
Não "relativizei" nada. Também não preciso "refutar" qualquer coisa que alguém imagine que pareça ser possível, cabe aos defensores da idéia provarem, provar não ser meramente uma possibilidade dentre tantas outras, mas um fato mesmo. Isso não é "relativizar".
Por exemplo, doenças venéreas, e não um medo instintivo de ser corno, poderia bem ser a causa de uma preferência a parceiras(os) menos promíscuas(os). O que, assim como a questão do ciúme, não precisa ser uma coisa geneticamente determinada para representar vantagem reprodutiva
.
Engraçado que as mulheres, instintivamente[citation needed], não tem preferência sexual por homens menos "promíscuos". Pelo contrário, diversas pesquisas revelam que a imagem de "garanhão" de um homem aumentam a atratividade que este exerce sobre as mulheres (atratividade sexual).
Será que um cara, inicialmente não é atraente, de repente vira promíscuo apesar disso, e então se torna atraente?
Ou será que simplesmente os caras atraentes, são atraentes (!), e por isso (dã!), atraem a mais mulheres (oh!), que não estão necessariamente atraídas pela promiscuidade (uau!), talvez -- e ênfase no talvez, porque é uma hipótese muito ousada -- preferissem um cara que fosse igual em todas as outras características, mas não fosse promíscuo?
Engraçado também que os homens, instintivamente, tendem a aceitar fazer sexo sem compromisso com desconhecidas, mesmo que haja séria desconfiança quanto ao seu comportamento de "santa".
Há que se fazer distinções. Os homens evitam as mais vagabundas pelo medo instintivo de pegar doenças venéreas, mas vão pegar aquelas só mais ou menos, e como disse antes, instintivamente preferindo usar camisinha (coito interrompido, sexo oral, ou sexo anal, no Pleistoceno) para fugir do sogrão que o obrigaria a dividir seus recursos.
Claro que para relacionamento duradouro os critérios são outros, conforme já expliquei anteriormente.
Sim, nesse caso escolhemos instintivamente as reprodutoras/parideiras, e quanto menos assanhadas, melhor.
E claro... Entre escolher uma gostosa "santinha" e uma gostosa "vadia" nem preciso dizer que a maioria opta pela primeira.
Você diz "escolher", mas não para casar, porque para casar,
não escolhemos instintivamente as mais gostosas, que não são necessariamente boas reprodutoras (geralmente as mais gordas não são consideradas "gostosas", mas uma quantidade extra de gordura corporal é energia extra para o desenvolvimento saudável do bebê e resistência pós-parto da mãe), e ao mesmo tempo, elas também são mais visadas pelos garanhões. Optando por uma parideira menos atraente, minimizamos a nossa chance de sermos chifrados, então foi esse o instinto de casamento que desenvolvemos.
Para se ter uma idéia, muitas práticas sexuais não-reprodutivas comumente não são bem vistas como coisas que se faça com as mães de nossos filhos, ou seja, a função dela não é o sexo por prazer, mas para reprodução. O sexo por prazer, com ênfase em práticas sexuais não-reprodutivas, as mais condenadas, ficam a cargo de amantes e prostitutas.
Uma dessas repercussões culturais foi até registrada algum filme, não lembro qual (acho que era ou um com Al Pacino, mas pode ter sido "a fogueira das vaidades"), onde o personagem inclusive justifica a necessidade da prostituta ou amante porque não aceitaria de forma alguma que a mãe de seus filhos os beijasse com a mesma boca que usa para certas atividades.
Essa estratégia reprodutiva de santinha é bem interessante. Como você disse, nós as preferimos às mais atiradas, para evitar DSTs e os pais super-protetores (que elas não costumam ter, provavelmente por serem genes que andam juntos). O interessante disso tudo é que e, isso criou uma situação onde aquelas que têm genes que desengatam o barangueamento se aproveitam das duas estratégias de forma genial: são tanto mais visadas para sexo sem compromisso, usando a gostosura como isca, mas ao engravidar, logo mais barangueiam, e diminuem a ameaça de chifre na perspectiva do marido, que é então "fisgado" e decide passar a prover à prole que teve com ela (chifrando-a sempre que possível, se ela não se transformar em uma mulher ameaçadora demais de tão feia), e passar a usá-la como reprodutora.
Fantásticos esses exemplos de como os genes nos usam e alteram nossos comportamentos e nossos corpos para se reproduzir, das formas mais "engenhosas".
Os que optam pela segunda é porque sabem que a "santinha" provavelmente é mais "difícil" e que eles não possuem capacidade ou disposição para "batalhar".
Mas isso não é um "erro"; é assim tanto os bunda-moles quanto as fogosas perpetuam os genes que determinam esses respectivos traços.
Mais uma vez... Devemos "relativizar" somente aquilo que é provavelmente relativo. Eu posso citar ainda outros fatos que refutam essa sua "relativização" dos padrões de escolha masculino.
E pra mim é mais do que óbvio que mulheres "fáceis" são as que mais traem, inclusive... O motivo é simples... Mulheres fáceis geralmente são as menos atraentes e aceitam o que vier... E ficam felizes da vida quando "algum deles" (coitados, diga-se de passagem) resolve assumir compromisso com elas (se apaixonam). Nem preciso dizer que esses "alguns" provavelmente serão corneados.
Não ficou nem um pouco claro o porque a tendência da mulher mais feia conseguir mais facilmente arranjar um amante que uma atraente.
Aonde que eu escrevi isso?
Disse que quem casa com feias provavelmente serão corneados. Diferente da estratégia reprodutiva da reprodutora-baranga que eu expliquei, que é justamente uma "segurança" na hora de escolher a parceira. O inverso também acontece, é uma disputa, tanto mulheres quanto homens preferem se casar com parceiros mais feios que eles mesmos, para diminuir a ameaça de perder recursos, seja esse recurso algo como dinheiro, casa, carro (mulheres) ou o útero e glândulas mamárias (homens).
Como muitas vezes a cultura serve de exemplo de nossas tendências inatas, por ser produto delas, há aquela "vizinha bonita" do "seu" Madruga, que adorava os homens feios.
Mulheres bonitas preferem homens feios
Casamento de feio com bonita tem mais chance de dar certo
A semana começou polêmica! O Daily Mail repercutiu ontem (23) uma pesquisa que afirma que as mulheres bonitas ficam mais satisfeitas quando estão se relacionando com homens feios.
Hoje (24) a BBC também noticiou essa pesquisa, que foi conduzida por uma equipe de psicólogos da Universidade do Tennessee e analisou como a diferença entre o 'nível de atratividade' dos parceiros se relaciona com a satisfação de um casal.
Segundo o professor James McNulty, que coordenou o estudo, em entrevista ao Daily Mail, os homens mais bonitos que suas parceiras demonstraram tendência a oferecer menos apoio emocional e prático às suas mulheres".