Autor Tópico: Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas  (Lida 103547 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Geologia - Refutação em bases geológicas de textos criacionistas
« Resposta #500 Online: 24 de Maio de 2015, 16:59:32 »
Provavelmente foi o que fez com que se perdesse para o espaço boa parte das águas do dilúvio, bem como o que matou boa parte das espécies aquáticas atualmente extintas.

Se o evolucionismo fosse verdade, se esperaria encontrar "fósseis vivos" como o plessiossauro, nunca afetados por catástrofes de proporções bíblicas, mas sempre sobrevivendo e se aperfeiçoando ante às mudanças gradualistas do ambiente. Mas após décadas de tentativas evolucionistas de encontrar Nessie no Lock Ness, não se tem nada além de fraudes. Casos de alegados plessiossauros encontrados mortos pelas praias também são sempre identificados por especialistas como carcaças de tubarões-elefante (que não, não são um elo intermediário entre tubarões e elefantes, como darwinistas gostariam de afirmar) em decomposição, para a frustração evolucionista.


De "fósseis vivos" aquáticos restam apenas animais que poderiam ter sido levados em aquários na arca de Noé, ou que por uma combinação de fatores geo e ecológicos estiveram abrigados durante essa catástrofe. E perfeitamente não-evoluídos, tal como preveria o criacionismo -- apesar do suposto tempo muito maior para evolução do que o que teria havido desde o macaco (ainda existente) ao homem.

Offline Agnoscetico

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Re:Geologia - Refutação em bases geológicas de textos criacionistas
« Resposta #501 Online: 25 de Maio de 2015, 23:49:24 »
Provavelmente foi o que fez com que se perdesse para o espaço boa parte das águas do dilúvio, bem como o que matou boa parte das espécies aquáticas atualmente extintas.

Se o evolucionismo fosse verdade, se esperaria encontrar "fósseis vivos" como o plessiossauro, nunca afetados por catástrofes de proporções bíblicas, mas sempre sobrevivendo e se aperfeiçoando ante às mudanças gradualistas do ambiente. Mas após décadas de tentativas evolucionistas de encontrar Nessie no Lock Ness, não se tem nada além de fraudes. Casos de alegados plessiossauros encontrados mortos pelas praias também são sempre identificados por especialistas como carcaças de tubarões-elefante (que não, não são um elo intermediário entre tubarões e elefantes, como darwinistas gostariam de afirmar) em decomposição, para a frustração evolucionista.


De "fósseis vivos" aquáticos restam apenas animais que poderiam ter sido levados em aquários na arca de Noé, ou que por uma combinação de fatores geo e ecológicos estiveram abrigados durante essa catástrofe. E perfeitamente não-evoluídos, tal como preveria o criacionismo -- apesar do suposto tempo muito maior para evolução do que o que teria havido desde o macaco (ainda existente) ao homem.

Essa das aguas excedentes do Diluvio ter ido pro espaço ja pensei nessa hipotese e que religiosos iam usar isso como justificativa.
As aguas do Diluvio foi pro planeta Marte entao? Já que foi registrada presença de agua no solo marciano. Como provar que as "aguas execedentes" foram pro espaço?

« Última modificação: 26 de Maio de 2015, 00:01:39 por Agnoscetico »

Offline Lorentz

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Re:Geologia - Refutação em bases geológicas de textos criacionistas
« Resposta #502 Online: 26 de Maio de 2015, 08:30:45 »
Provavelmente foi o que fez com que se perdesse para o espaço boa parte das águas do dilúvio, bem como o que matou boa parte das espécies aquáticas atualmente extintas.

Se o evolucionismo fosse verdade, se esperaria encontrar "fósseis vivos" como o plessiossauro, nunca afetados por catástrofes de proporções bíblicas, mas sempre sobrevivendo e se aperfeiçoando ante às mudanças gradualistas do ambiente. Mas após décadas de tentativas evolucionistas de encontrar Nessie no Lock Ness, não se tem nada além de fraudes. Casos de alegados plessiossauros encontrados mortos pelas praias também são sempre identificados por especialistas como carcaças de tubarões-elefante (que não, não são um elo intermediário entre tubarões e elefantes, como darwinistas gostariam de afirmar) em decomposição, para a frustração evolucionista.


De "fósseis vivos" aquáticos restam apenas animais que poderiam ter sido levados em aquários na arca de Noé, ou que por uma combinação de fatores geo e ecológicos estiveram abrigados durante essa catástrofe. E perfeitamente não-evoluídos, tal como preveria o criacionismo -- apesar do suposto tempo muito maior para evolução do que o que teria havido desde o macaco (ainda existente) ao homem.

Essa das aguas excedentes do Diluvio ter ido pro espaço ja pensei nessa hipotese e que religiosos iam usar isso como justificativa.
As aguas do Diluvio foi pro planeta Marte entao? Já que foi registrada presença de agua no solo marciano. Como provar que as "aguas execedentes" foram pro espaço?



Na verdade todos os criacionistas estão errados, porque Deus tem poder infinito e simplesmente fez toda a água excedente desaparecer. Não entendo porque tentar explicar o dilúvio para provar a existência de Deus se Ele em Seu poder infinito pode fazer coisas inexplicáveis.
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Offline Pedro Reis

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Re:Geologia - Refutação em bases geológicas de textos criacionistas
« Resposta #503 Online: 26 de Maio de 2015, 14:05:51 »
Citar
Na verdade todos os criacionistas estão errados, porque Deus tem poder infinito e simplesmente fez toda a água excedente desaparecer. Não entendo porque tentar explicar o dilúvio para provar a existência de Deus se Ele em Seu poder infinito pode fazer coisas inexplicáveis.

Talvez isto ajude a entender...

Citar
Em 1968 a Suprema Corte americana considerou a proibição do ensino de evolução (que perdurou por quase todo o século XX em muitos estados americanos) como inconstitucional, pois o motivo da proibição era visivelmente de fundo religioso e violava o princípio constitucional de separação entre estado e religião.

Os criacionistas no inicio dos anos 70 começaram então a divulgar o conceito de ‘criacionismo científico’, supostamente não religioso e que requeriria pelo menos tempo igual de divulgação em sala de aula da ‘teoria rival’, a evolução (Pennock, 2003).

Algumas leis passaram em alguns estados, mas em 1987 a Suprema Corte, no caso Edwards X Aguillard, decidiu que o criacionismo científico era de fato religião, por atribuir a origem humana a um ser sobrenatural.

Diante desta nova derrota ficou claro que os criacionistas precisavam de uma nova estratégia. Assim, o que eles precisavam era de um grupo, aparentemente independente deles, que:

a) se declarasse não criacionista (para fugir à acusação de ser um grupo religioso), que

b) lutasse por legitimidade científica (para poder ser ensinado em sala de aula), legitimidade esta a ser alcançada por bem ou por mal, tentando arrombar a porta se a mesma lhes fosse fechada, acusando os cientistas de autoritários (como se legitimidade científica fosse brinde que vem em caixa de cereal) e que

c) tivesse por mote combater a Teoria da Evolução, unindo forças com os criacionistas assumidos toda vez que isso fosse vantajoso. Então, no fim dos anos 80 surgiu o movimento DI. Se alguém ler a mensagens postadas no JC e-mail (e nos sites do DI) dos defensores do DI, verá que o comportamento descrito acima é exatamente aquele que eles apresentam (se tiverem respostas do DI a esta mensagem, por favor, atentem para este detalhe).

Estas são evidências circunstanciais. A evidência definitiva vem do documento chamado ‘The Wedge Strategy’, que estabelece as bases do movimento DI.

Este documento era interno do instituto criacionista Discovery Institute’s Center for Science and Culture (CSC), mas vazou e foi publicado na internet em 2000 (Pennock, 2003). Uma cópia pode ser encontrada na página http://www.public.asu.edu/~jmlynch/idt/wedge.html

Ele estabelece que a proposta de que os seres humanos foram criados à imagem de Deus é uma das pedras fundamentais da civilização ocidental e que esta proposta está sendo ameaçada por intelectuais materialistas, como Charles Darwin, Sigmund Freud e Karl Marx.

Assim, o CSC iria reagir, através da construção de uma alternativa às teorias materialistas. Esta construção se chamaria Design Inteligente. O documento estabelece ainda um plano estratégico a ser desenvolvido em cinco anos, compreendendo três fases:

1) Pesquisa, Redação e Publicação;

2) Publicidade e Formação de Opinião;

3) Confrontação Cultural e Renovação.

Como a primeira fase foi um fracasso retumbante (mesmo com generosas verbas para pesquisa), eles passaram direto para a segunda e terceira fases. Pelo menos em um ponto eles acertaram em cheio: “Sem argumentação e pesquisa sólidas, o projeto será apenas mais uma tentativa de doutrinar, ao invés de persuadir”.

Apresentar o dilúvio como um evento sobrenatural seria simples, mas inconstitucional se ensinado em escolas públicas.

Em suma, como não puderam evitar judicialmente que a T.E. fosse ensinada em escolas públicas, e também não puderam impor que o relato do Gênesis fosse apresentado aos estudantes como uma alternativa para as proposições cientificas sobre origem do universo e da vida, a estratégia foi inventar o tal do criacionismo cientifico, com disparates como estes que se esforçam para mimetizar teorias cientificas, objetivando poder introduzir o ensino de religião nas escolas públicas, vindo mascarado em forma na qual pudesse ser apresentado como Ciência.

Não deu certo, pelo menos juridicamente, então partiram para uma nova estratégia: o DI.
« Última modificação: 26 de Maio de 2015, 14:13:29 por Pedro Reis »

Offline JJ

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #504 Online: 10 de Julho de 2015, 11:23:32 »
O Michelson é muito engraçado. :lol: Alguém poderia me explicar por que o pecado é originado no homem e todos os animais se tornam pecadores?


Um crente possivelmente responderia que os animais não são pecadores, mas sendo o homem o topo da criação, e tendo o mandamento divino de dominar os outros animais, então o homem não poderia ser rebaixado sem que os outros animais também fossem rebaixados.

Ou

Quando a Eva e o Adão pecaram, o (poderoso) pecado contaminou toda a criação.

« Última modificação: 10 de Julho de 2015, 23:19:47 por JJ »

Offline Pedro Reis

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #505 Online: 14 de Julho de 2015, 05:02:14 »
O Michelson é muito engraçado. :lol: Alguém poderia me explicar por que o pecado é originado no homem e todos os animais se tornam pecadores?



Um crente possivelmente responderia que os animais não são pecadores, mas sendo o homem o topo da criação, e tendo o mandamento divino de dominar os outros animais, então o homem não poderia ser rebaixado sem que os outros animais também fossem rebaixados.

Ou

Quando a Eva e o Adão pecaram, o (poderoso) pecado contaminou toda a criação.



Só quem se deu bem nessa história foi a serpente. Foi amaldiçoada a se arrastar sobre seu próprio ventre no pó por todo o sempre.

Já imaginou a dificuldade que era para a cobra ter que andar por ai com 4 patas?

Offline JJ

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #506 Online: 14 de Julho de 2015, 13:54:12 »
Provavelmente foi o que fez com que se perdesse para o espaço boa parte das águas do dilúvio, bem como o que matou boa parte das espécies aquáticas atualmente extintas.

Se o evolucionismo fosse verdade, se esperaria encontrar "fósseis vivos" como o plessiossauro, nunca afetados por catástrofes de proporções bíblicas, mas sempre sobrevivendo e se aperfeiçoando ante às mudanças gradualistas do ambiente. Mas após décadas de tentativas evolucionistas de encontrar Nessie no Lock Ness, não se tem nada além de fraudes. Casos de alegados plessiossauros encontrados mortos pelas praias também são sempre identificados por especialistas como carcaças de tubarões-elefante (que não, não são um elo intermediário entre tubarões e elefantes, como darwinistas gostariam de afirmar) em decomposição, para a frustração evolucionista.


De "fósseis vivos" aquáticos restam apenas animais que poderiam ter sido levados em aquários na arca de Noé, ou que por uma combinação de fatores geo e ecológicos estiveram abrigados durante essa catástrofe. E perfeitamente não-evoluídos, tal como preveria o criacionismo -- apesar do suposto tempo muito maior para evolução do que o que teria havido desde o macaco (ainda existente) ao homem.

Essa das aguas excedentes do Diluvio ter ido pro espaço ja pensei nessa hipotese e que religiosos iam usar isso como justificativa.
As aguas do Diluvio foi pro planeta Marte entao? Já que foi registrada presença de agua no solo marciano. Como provar que as "aguas execedentes" foram pro espaço?



Na verdade todos os criacionistas estão errados, porque Deus tem poder infinito e simplesmente fez toda a água excedente desaparecer. Não entendo porque tentar explicar o dilúvio para provar a existência de Deus se Ele em Seu poder infinito pode fazer coisas inexplicáveis.


No livro de Gênesis a narrativa do mito do dilúvio  não  está recheada de milagres, pelo contrário  as coisas que são narradas  estariam de acordo com um modelo de mundo físico que se acreditava na época.   

Repare que o meio usado para salvar a família de Noé e os bichos é um grande barco, algo normal que obedeceria a física de senso comum da época, o autor não inventou um milagre exótico, como por exemplo fazer flutuar  Noé e os bichos numa nuvem.

Deste modo, é com essa perspectiva de ter sido imaginada a partir da física de senso comum da época, é que a estorinha deve ser analisada.
 


« Última modificação: 14 de Julho de 2015, 13:58:16 por JJ »

Offline Geotecton

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #507 Online: 09 de Outubro de 2015, 01:36:51 »
Idade de bolha de ar?

Sim!


Isso não existe,

Existe sim!  :)


isso não tem como saber,

Tem sim, embora não seja frequente!  :)


eu não acredito nisso.

Isto é um problema seu:P
« Última modificação: 09 de Outubro de 2015, 01:42:50 por Geotecton »
Foto USGS

Offline Pilantrólogo

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Re:Geologia - Refutação em bases geológicas de textos criacionistas
« Resposta #508 Online: 09 de Outubro de 2015, 08:23:44 »

[...]
Não. Não é simplória. Estas citações simplesmente não existem na descrição do “dilúvio”. A possibilidade de uma taxa de deriva continental apregoada pelos criacionistas é zero.

Hoje, o fluxo de calor sob crosta oceânica recente é de aproximadamente 250 mW/m2  em locais onde há um deslocamento de 4 a 5 cm por ano. Imagine o fluxo de calor necessário para que uma placa deslizasse a 652,70 metros por hora?
 
Seria muito grande, mas qual o problema ?  Gaia pode fornecer qualquer fluxo de calor que fosse necessário.

Invocação do sobrenatural para explicar a ocorrência de um suposto evento geológico de imensas proporções e o controle mágico dos efeitos colaterais previstos para tal evento, de modo que seu o impacto fosse direcionado a um propósito em particular.
Eis o problema.

Apenas uma pergunta: Gaia ao menos obedece as leis da termodinâmica?
Digo... No caso em questão, ela redirecionou (i.e. tomou emprestado) o fluxo de calor que permitiu a uma placa tectônica deslizar a 652,70m/h de outras partes da Terra, ou Gaia simplesmente criou e dispersou tal fluxo do éter?   

Caso o conhecimento da língua inglesa seja avançado o suficiente, eu recomendaria assistir ao video abaixo. Muito didático e explica razoavelmente bem o porquê da versão clássica do grande dilúvio ser bullshit apenas uma obra de ficção. Enjoy.

<a href="https://www.youtube.com/v/l9zr6sr1t2s" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/l9zr6sr1t2s</a>
"(...) the future is already here. It's just not very evenly distributed." - William Ford Gibson

Offline Geotecton

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #509 Online: 09 de Outubro de 2015, 08:37:06 »
O JJ estava ironizando.
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Offline Pilantrólogo

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #510 Online: 09 de Outubro de 2015, 09:55:44 »
O JJ estava ironizando.

Da mesma maneira como ironizou aqui e aqui e em comentários como esse e outros nesse tópico, os quais estimularam respostas sérias de outros foristas, inclusive suas? 
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Offline SnowRaptor

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #511 Online: 09 de Outubro de 2015, 15:12:10 »
Lei de Poe ao contrário? :hein:
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline JJ

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #512 Online: 09 de Outubro de 2015, 15:40:23 »
O JJ estava ironizando.

Da mesma maneira como ironizou aqui e aqui e em comentários como esse e outros nesse tópico, os quais estimularam respostas sérias de outros foristas, inclusive suas? 


Nestes posts aqui, quando me referi a Gaia, o Geotecton está certo, eu estava ironizando, ou melhor estava imitando a resposta que crentes dariam em relação ao deus deles.



Offline JJ

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #513 Online: 09 de Outubro de 2015, 15:40:47 »

Offline Pilantrólogo

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Offline Fenrir

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #515 Online: 15 de Março de 2018, 21:43:45 »
Geotecton está jogando xadrez com pombos
"Nobody exists on purpose. Nobody belongs anywhere. Everybody's gonna die. Come watch TV" (Morty Smith)

"The universe is basically an animal. It grazes on the ordinary. It creates infinite idiots just to eat them." (Rick Sanchez)

Offline Geotecton

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #516 Online: 21 de Maio de 2018, 18:22:09 »
Geotecton está jogando xadrez com pombos

Sim, em grande parte do tempo eu joguei partidas inteiras.

Mas avalio que serviu para mostrar o quão desinformados sobre Geologia são os criacionistas.
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Offline Peter Joseph

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #517 Online: 08 de Outubro de 2018, 15:41:09 »
Catastrofismo, Uniformitarismo ou os dois juntos?  :hein:

Citar
Hoje, a maioria dos geólogos combina pontos de vista catastrofistas e uniformitaristas, entendendo que a história da Terra é uma história lenta e gradual pontuada por ocasionais eventos catastróficos naturais que afetaram a Terra e seus habitantes. [14]

https://en.wikipedia.org/wiki/Catastrophism
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #518 Online: 08 de Outubro de 2018, 16:41:06 »
Catastrofismo, Uniformitarismo ou os dois juntos?  :hein:

Citar
Hoje, a maioria dos geólogos combina pontos de vista catastrofistas e uniformitaristas, entendendo que a história da Terra é uma história lenta e gradual pontuada por ocasionais eventos catastróficos naturais que afetaram a Terra e seus habitantes. [14]

https://en.wikipedia.org/wiki/Catastrophism


Os dois.

A descrição supra é o entendimento atual da quase totalidade dos geocientistas e profissionais das geociências.
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Offline Peter Joseph

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #519 Online: 08 de Outubro de 2018, 19:21:29 »
Então quer dizer que o Catastrofismo foi totalmente desacreditado (muitas vezes relacionado com idéias religiosas) no século XIX e reacreditado mais recentemente?  :hein:
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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #520 Online: 09 de Outubro de 2018, 09:30:01 »
Então quer dizer que o Catastrofismo foi totalmente desacreditado (muitas vezes relacionado com idéias religiosas) no século XIX e reacreditado mais recentemente?  :hein:

Conceitos como uniformitarismo, catastrofismo, atualismo e gradualismo não são ciência sensu strictu e sim parte da história da epistemologia geológica, sendo que todos são o reflexo das idiossincrasias de seus autores, na corrente de pensamento vigente naquele respectivo tempo histórico.

Mas hoje se tem que:

No "atualismo" infere-se que é possível entender o passado da Terra pelos atuais elementos geológicos.

No "gradualismo" afirma-se que boa parte dos fenômenos geológicos ocorrem de maneira lenta e contínua.

No "catastrofismo" afirma-se que alguns fenômenos geológicos são muito rápidos na escala de tempo planetária.

No "uniformitarismo" infere-se que os fenômenos geológicos são, no geral, semelhantes desde o início da Terra.


O "catastrofismo" (termo criado por Cuvier, embora o conceito seja muito anterior), por exemplo, foi aceito por boa parte da história da Geologia européia desde o final da Antiguidade porque suportava a narrativa bíblica do dilúvio. Entre o final do século XVIII e o início do XIX, o pensamento iluminista se impôs e Lyell demonstrou que muitos dos fenômenos geológicos são lentos e contínuos, o que levou a diminuição na influência do "catastrofismo".
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Offline Peter Joseph

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #521 Online: 09 de Outubro de 2018, 11:05:59 »
Pois é, isto é uma característica de todo sistema complexo adaptável, muda lentamente mas com recorrentes rompantes explosivos de mudança rápida. Com a Terra não haveria de ser diferente.
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Offline JJ

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #522 Online: 14 de Outubro de 2018, 10:38:54 »
Então quer dizer que o Catastrofismo foi totalmente desacreditado (muitas vezes relacionado com idéias religiosas) no século XIX e reacreditado mais recentemente?  :hein:

Conceitos como uniformitarismo, catastrofismo, atualismo e gradualismo não são ciência sensu strictu e sim parte da história da epistemologia geológica, sendo que todos são o reflexo das idiossincrasias de seus autores, na corrente de pensamento vigente naquele respectivo tempo histórico.

Mas hoje se tem que:

No "atualismo" infere-se que é possível entender o passado da Terra pelos atuais elementos geológicos.

No "gradualismo" afirma-se que boa parte dos fenômenos geológicos ocorrem de maneira lenta e contínua.

No "catastrofismo" afirma-se que alguns fenômenos geológicos são muito rápidos na escala de tempo planetária.

No "uniformitarismo" infere-se que os fenômenos geológicos são, no geral, semelhantes desde o início da Terra.


O "catastrofismo" (termo criado por Cuvier, embora o conceito seja muito anterior), por exemplo, foi aceito por boa parte da história da Geologia européia desde o final da Antiguidade porque suportava a narrativa bíblica do dilúvio. Entre o final do século XVIII e o início do XIX, o pensamento iluminista se impôs e Lyell demonstrou que muitos dos fenômenos geológicos são lentos e contínuos, o que levou a diminuição na influência do "catastrofismo".



Boa resposta. Bom resumo.


 :ok:  :ok: :ok: :ok: :ok: :ok: :ok:




Offline Gorducho

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #523 Online: 15 de Outubro de 2018, 10:06:55 »
Pois é, isto é uma característica de todo sistema complexo adaptável, muda lentamente mas com recorrentes rompantes explosivos de mudança rápida. Com a Terra não haveria de ser diferente.
Não sei sobre "sistemas complexos adaptáveis", mas é a Teoria das Singularidades
https://books.google.com.br/books?id=5aCqyTCElNkC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false

Sob certas circunstancias variações diferenciais nos parâmetros/condições de contorno de funções analíticas pode gerar variações finitas ("saltos") no valor dessas.
Com 197000000 mi² de crosta — pois as partes submersas tb. contam, claro...— ao longo de milhões de anos não deveria ser diferente  :oba:
« Última modificação: 15 de Outubro de 2018, 10:15:25 por Gorducho »

Offline Peter Joseph

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Re:Geologia - Refutação, em bases geológicas, de textos criacionistas
« Resposta #524 Online: 15 de Outubro de 2018, 18:39:42 »
Pois é, isto é uma característica de todo sistema complexo adaptável, muda lentamente mas com recorrentes rompantes explosivos de mudança rápida. Com a Terra não haveria de ser diferente.
Não sei sobre "sistemas complexos adaptáveis", mas é a Teoria das Singularidades
https://books.google.com.br/books?id=5aCqyTCElNkC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false

Sob certas circunstancias variações diferenciais nos parâmetros/condições de contorno de funções analíticas pode gerar variações finitas ("saltos") no valor dessas.
Com 197000000 mi² de crosta — pois as partes submersas tb. contam, claro...— ao longo de milhões de anos não deveria ser diferente  :oba:

 :ok:

São coisas que creio certamente estarem relacionadas. Tendo também relação com a teoria Marxista de que mudanças quantitativas tendem a levar a mudanças qualitativas nos sistemas sociais, assim como nos sistemas biológicos. À medida que mais e mais informação é adquirida pelo sistema e é acumulada, em algum momento isto excederá quantitativamente um certo nível onde produzirá alguma mudança qualitativa no sistema, não podendo mais retornar à condição qualitativa anterior, a menos que gaste muita energia pra isto, o que não é aconselhável de modo algum :biglol:
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
O Minhocário - https://ominhocario.wordpress.com/

 

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