Autor Tópico: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força  (Lida 32862 vezes)

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #150 Online: 16 de Agosto de 2010, 10:06:18 »
Aliás, já que vc conhece tão bem o "movimento social", pode reponder por qual motivo eles tem tanto medo de um registro legal com nomes e livros de contabilidade?

No capitalismo, isso é coisa de burguês que quer controlar os movimentos sociais revolucionários do povo popular.
Quando a revolução vem, esconder livros de contabilidade é um ato de alta traição contra a pátria, país, povo popular e a pena de morte é o mínimo para quem não ama o adorado líder Lula/Stédile/Dirceu.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #151 Online: 16 de Agosto de 2010, 11:18:35 »
Aliás, já que vc conhece tão bem o "movimento social", pode reponder por qual motivo eles tem tanto medo de um registro legal com nomes e livros de contabilidade?

No capitalismo, isso é coisa de burguês que quer controlar os movimentos sociais revolucionários do povo popular.
Quando a revolução vem, esconder livros de contabilidade é um ato de alta traição contra a pátria, país, povo popular e a pena de morte é o mínimo para quem não ama o adorado líder Lula/Stédile/Dirceu.

Pois é, os vagabundos do MST não mantém qualquer registro pois podem gerar provas e processos contra os mandantes des invasões.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #152 Online: 16 de Agosto de 2010, 14:33:50 »
E aproveitando o assunto, vejamos qual é a desculpa para invadirem uma fazenda histórica em Minas Gerais:

http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia173/2010/03/26/noticia_minas,i=153105/index.shtml

MST invade fazenda histórica na Zona da Mata

"Cerca de 150 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) ocuparam, na madrugada de ontem, a centenária fazenda Fortaleza de Sant’Anna, em Goianá, na Zona da Mata, a 287 quilômetros de Belo Horizonte. A propriedade de 4,2 mil hectares pertence aos descendentes da família Tostes, uma das fundadoras do município de Juiz de Fora. A coordenação do MST alega que um laudo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), emitido há dois meses, aponta que a fazenda é improdutiva...   ...A Fortaleza de Sant’Anna fica a pouco mais de cinco quilômetros do Aeroporto Regional da Zona da Mata e é considerada um marco histórico do auge da elite cafeeira na região. Ela pertenceu, até 1845, ao fazendeiro Joaquim José de Santana. Foi herdada por Maria José de Santana, a baronesa de Santana, que, em 1872, a repassou ao filho, Mariano Procópio Ferreira Lage, engenheiro que projetou a União-Indústria, primeira estrada pavimentada do país, ligando Juiz de Fora a Petrópolis (RJ).

Na segunda metade do século 19, a Fortaleza de Sant’Anna chegou a ter 270 escravos. A sede foi consumida por um incêndio, em março de 2001, mas a fazenda preserva benfeitorias, como o terreiro e as casas de café, um gerador de eletricidade alemão, moradias de colonos e uma igreja. Em suas terras, ainda vivem mais de 20 famílias de descendentes de escravos. “Estamos surpresos. Não sabemos o que vai acontecer”, disse Leia Regina Alves, de 28 anos, que nasceu e passou a maior parte da vida na propriedade. Ela, bisneta de escravos, diz que pelo menos um dos membros da família Tostes visita a fazenda frequentemente.

Além do valor histórico, a Fortaleza de Sant’Anna abriga uma dos mais conhecidos sítios arqueológicos da Zona da Mata. Em suas terras, há uma cadeia de cavernas. Em uma delas, conhecida como Babilônia, foram encontrados, no começo do século passado, uma família indígena mumificada. As peças estão no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. “Nosso povo será guardião do patrimônio cultural e natural desta propriedade”, disse o coordenador MST, ao garantir o livre acesso de estudantes e pesquisadores à área. Ele ressaltou que os invasores terão prioridade numa eventual distribuição de terras...




Offline Fernando Silva

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #153 Online: 17 de Agosto de 2010, 06:53:04 »
Para o MST, uma fazenda que teve um ano ruim devido à seca, mesmo tendo sido sempre produtiva, pode ser desapropriada "porque não é produtiva".

E os assentados, repito, também têm que ser produtivos? Ou tanto faz?

Offline Fernando Silva

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #154 Online: 17 de Agosto de 2010, 06:57:31 »
"O Globo"  16/08/10
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A 'paz no campo'

DENIS LERRER ROSENFIELD

A situação é propriamente surreal. Enquanto permanecemos discutindo sobre se as sentenças judiciais de reintegração de posse, antes e depois de proferidas, devem ou não passar por um processo de mediação estipulado pela Ouvidoria Agrária Nacional, órgão do Ministério do Desenvolvimento Agrário, tribunais pelo país afora decidiram recomendar aos seus juízes que sigam as orientações da mesma Ouvidoria Agrária. Na verdade, ficamos centrados na questão de se essa proposta deve ou não ser retirada do PNDH-3 ou do programa da candidata Dilma Rousseff, quando se trata apenas da parte visível de um grande iceberg. Ora, não estamos diante de uma proposta, mas de algo que já está operando praticamente em vários tribunais do país, graças a atos administrativos de seus respectivos corregedores. Os estados em questão são: Maranhão, Pará, Bahia, Acre, Ceará e Paraná.

Preliminarmente, observemos que os despachos dos respectivos corregedores utilizam uma mesma linguagem, estipulada no próprio ofício da Ouvidoria Agrária Nacional. Particularmente, todos se dizem preocupados com a “paz no campo” e com os “direitos das pessoas”, devendo o Incra e a própria Ouvidoria serem ouvidos antes da concessão das liminares e, depois, no que diz respeito às suas condições de execução. Não é demais assinalar que, sob essas condições, as liminares de reintegração de posses, se essas recomendações forem seguidas pelos juízes, ficarão cada vez mais difíceis de serem cumpridas, algumas mesmo inexequíveis.

O que é bem o que se entende por “paz no campo” e “direitos das pessoas”, mais especificamente, dos “ocupantes”? Os invadidos não cabem bem — ou são excluídos — dos “direitos das pessoas”, talvez por não serem “pessoas” ou “humanos”. Na perspectiva dos ditos movimentos sociais, em particular do MST, da CPT (Comissão Pastoral da Terra) e de outras organizações congêneres, a “paz” significa o direito de invadir qualquer propriedade, sequestrar, manter cárcere privado, matar bois (de preferência com requintes de crueldade, cortando os tendões dos animais), queimar galpões, expulsar e intimidar trabalhadores, aterrorizá-los e destruir maquinários e colheitas. Ou seja, enquanto “se dialoga” com a Ouvidoria Agrária Nacional e o Incra, que reproduzem na maior parte dos casos as mesmas posições dos ditos movimentos sociais, esses podem, impunemente, continuar com suas ações. A impunidade estaria assegurada em nome dos “direitos dos ocupantes”.

Observe-se que a palavra utilizada é “ocupação”, como se não se tratasse de uma invasão, crime juridicamente tipificado. O uso dessa palavra é revelador, porque procura fazer com que atos fora da lei caiam, por assim dizer, dentro da lei, não podendo ser objeto de sanções e punições. Os ocupados, isto é, os invadidos, ficariam, então, à mercê da violência, pois essa aparece travestida de um eufemismo, a saber, o da “ocupação pacífica”. De fato, deve ser muito “pacífico” ver a sua propriedade invadida com pessoas armadas de facões e foices, com a destruição se disseminando por toda parte.

Note-se, ainda, que essas invasões obedecem a uma logística preestabelecida, começando às 5 horas da manhã, com batalhões precursores, em muitos casos armados com armas de fogo. Horas depois, quando chegam os jornalistas, eles são substituídos por crianças e mulheres, com o intuito de convencer a opinião pública do bem fundado de suas reivindicações.

Outra expressão utilizada é a da “reforma agrária”, como se fosse esse o objetivo dos ditos movimentos sociais. Há uma questão de monta a ser enfrentada aqui, pois diz respeito à natureza da reforma agrária e, mais especificamente, do MST e da CPT.

Trata-se de organizações revolucionárias, que têm como objetivo destruir a economia de mercado, o direito de propriedade, o estado de direito e a democracia representativa.

Todas suas ações se inserem nessa perspectiva mais global, tendo como meta a instauração, no Brasil, de um Estado socialista/comunista. O direito de propriedade, para eles, é um roubo, devendo ser substituído pela propriedade coletiva da terra. Seguem o modelo que foi instaurado na ex-União Soviética, na China maoísta e em Cuba.

Os resultados, aliás, são conhecidos: mortandade de milhões de pessoas por fome, eliminação física dos que se opunham a esse modelo e ruína agrícola e econômica dessas sociedades.

É claro que o discurso era — e é — apresentado como se fosse de natureza moral, visando à “solidariedade” e à “paz no campo”. Nada muito diferente historicamente.

Agora, o que causa estupor é o fato de vários tribunais de Justiça estarem apoiando esse tipo de iniciativa.

Talvez alguns o façam de boa-fé, porém a questão não é essa, pois ela envolve a natureza mesma da sociedade na qual vivemos. Ao apoiarem as ações da Ouvidoria Agrária Nacional estão, de fato, apoiando organizações revolucionárias, que procuram inviabilizar o próprio arcabouço constitucional do Estado brasileiro.

Visam a inviabilizar o estado de direito, instaurando a violência em nome da “paz do campo”. A questão, portanto, é a de se vingará no país a “paz (violenta, revolucionária) do campo” ou o estado de direito e uma sociedade baseada na liberdade.

Os atos normativos baixados pelas corregedorias dos tribunais mencionados se fazem sob a forma de “recomendações” administrativas, não tendo a força da obrigatoriedade.

Neste sentido, sempre se poderá arguir que a liberdade do juiz foi preservada.

É, porém, forçoso reconhecer que essa liberdade começa a ser, cada vez mais, vigiada, como se pairasse sobre a decisão judicial uma recomendação que, em caso de concessão de liminar, não foi seguida.

Cria-se um constrangimento para o juiz e, mais do que isto, um cerceamento possível de sua liberdade.

Pior do que isto, um órgão do Poder Executivo, no caso, a Ouvidoria Agrária, começa a lançar seus tentáculos para dentro do Judiciário.

DENIS LERRER ROSENFIELD é professor de filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Offline Fernando Silva

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #155 Online: 17 de Agosto de 2010, 07:00:54 »
Lembro de uma foto da invasão de uma hidroelétrica pelo MST. A sala de controle cheia de capiaus com cara de débeis mentais, com foices e enxadas, certamente sem a mínima ideia da função de todos aqueles painéis.

E ainda tem gente que defende esses escrotos.

Offline CyberLizard

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #156 Online: 20 de Agosto de 2010, 09:47:49 »
Arcanjo Lúcifer, acho que você sabe que é muito comum a revista Veja publicar denúncias bombásticas contra a esquerda. E boa parte destas denúncias acaba nunca aparecendo em outros órgãos de imprensa, nunca acabam sendo comprovadas e eventualmente acabam sendo esquecidas pelo consciente das pessoas. Até que surja a próxima denúncia bombástica. Como eu já comentei, reportagem de jornal ou revista não é prova nem evidência de nada. Mesmo assim, eu costumo considerar reportagens como relevantes em discussões quando elas partem de fontes jornalísticas não tão descaradamente sensacionalistas.

Com relação à registros oficiais ou registros locais, eles existem e podem ser consultados toda vez que envolve-se cooperação com projetos universitários ou de governo. Ou você acha que é possível receber qualquer apoio ou fazer qualquer parceria com universidades ou com projetos governamentais sem cumprir uma série de pré-requisitos? Eu já havia respondido isso antes. E também já havia comentado da CPMI criada por ruralistas que não descobriu nada com suas investigações. Dessa forma, acho estranho você afirmar com tanta certeza que há irregularidades, quando as investigações da CPMI não acharam nada. Se você tem as tais evidências e provas do que afirma, acho que deveria ter ajudado a CPMI.

No mais, o restante dos seus comentários está seguindo a tal lógica de novela das 8. Segundo ela, quando existe um grupo ou organização "do bem", todos os seus integrantes sempre serão pessoas puras, honestas, sem desvio de caráter e você jamais encontrará nela nada de errado, não importa o quão antiga ou grande ela seja. Assim, se você encontrar dentro de um movimento com 25 anos de existência e de abrangência nacional pessoas que agiram de forma desonesta ou puder encontrar falhas, então, conclui-se que essa organização "é do mal". Eles são os bandidos e devem ser todos punidos. A vida real não é assim, Arcanjo.

Offline CyberLizard

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #157 Online: 20 de Agosto de 2010, 10:03:45 »
Depois do ocorrido, apenas 7 dos "seguranças" que participaram do atentado foram presos enquanto os outros não foram encontrados e jamais punidos. Nada aconteceu com os mandantes do crime. Também não houve nenhuma punição para a empresa.
Pois é. Agora a vítima se defender de agressão passa a ser "atentado" e a invasão passa a ser "legítima".

Então para você o que aconteceu foi que 40 inocentes pistoleiros, todos armados, estavam passeando pela região, quando foram atacados por um covarde grupo formado por 3 homens e uma mulher? Eles tentaram dialogar, como pessoas civilizadas que eram para resolver a situação de forma pacífica, mas foram violentamente atacados pelo perigosíssimo bando, fortemente armado com uma arma de fogo, unhas e dentes. Então, em um ato de grande desespero, ao perderem um colega no ataque, os 40 corajosos pistoleiros, atacados por 4 covardes camponeses, acabaram matando um de seus algozes, arrancaram o olho da outra e deixaram os outros dois gravemente feridos. É isso?

Desculpe, mas não foi isso que concluíram as investigações. Pesquise melhor sobre o ocorrido naquela região.

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O motivo da ocupação era denunciar a produção de soja e milho transgênicos, em uma área próxima demais ao Parque Nacional do Iguaçu, o que é ilegal.
O PT invadiu as plantações da Monsanto porque plantavam transgênicos, mas depois foram apanhados plantando transgênicos também.
Ah, agora o PT também ocupa terras? E eu que pensava que eles eram apenas um partido político eleitoral... Que surpresa, agora estou gostando mais deles, embora ache estranho nunca ter encontrado as tais ocupações e assentamentos do PT. Mas o PT tem CNPJ, não? Se a Monsanto se sentir lesada pela ocupação do PT, pode atacar a sua pessoa jurídica.

Com relação à ocupação do MST da região, desconheço que tenham sido plantados transgênicos na região próxima à um parque florestal lá ou em algum outro lugar, assim como fazia a Syngenta. Se aconteceu, que os responsáveis sejam punidos.

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É incrível. A CPMI não descobriu nada, as investigações não foram capazes de nada. Nenhuma prova foi apresentada. mas algumas pessoas insistem que ocorreram irregularidades. Me pergunto como elas sabem disse diante de ausência de provas. Se elas realmente tem provas, bem que podiam apresentá-las...
Teria acontecido o mesmo que com o mensalão do PT: ainda estaria tudo numa fila de espera para ser julgado sabe-se lá quando.
Calma lá, o mensalão do PT teve a sua existência comprovada e ninguém tem dúvidas de que ele realmente existiu. O fato de haver impunidade é outra história. Mas quando falamos dos tais desvios de verbas que vocês estão acusando, estamos falando de algo que sequer teve existência comprovada.

Offline CyberLizard

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #158 Online: 20 de Agosto de 2010, 10:19:46 »
E aproveitando o assunto, vejamos qual é a desculpa para invadirem uma fazenda histórica em Minas Gerais:

http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia173/2010/03/26/noticia_minas,i=153105/index.shtml

MST invade fazenda histórica na Zona da Mata

"Cerca de 150 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) ocuparam, na madrugada de ontem, a centenária fazenda Fortaleza de Sant’Anna, em Goianá, na Zona da Mata, a 287 quilômetros de Belo Horizonte. A propriedade de 4,2 mil hectares pertence aos descendentes da família Tostes, uma das fundadoras do município de Juiz de Fora. A coordenação do MST alega que um laudo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), emitido há dois meses, aponta que a fazenda é improdutiva...   ...A Fortaleza de Sant’Anna fica a pouco mais de cinco quilômetros do Aeroporto Regional da Zona da Mata e é considerada um marco histórico do auge da elite cafeeira na região. Ela pertenceu, até 1845, ao fazendeiro Joaquim José de Santana. Foi herdada por Maria José de Santana, a baronesa de Santana, que, em 1872, a repassou ao filho, Mariano Procópio Ferreira Lage, engenheiro que projetou a União-Indústria, primeira estrada pavimentada do país, ligando Juiz de Fora a Petrópolis (RJ).

Na segunda metade do século 19, a Fortaleza de Sant’Anna chegou a ter 270 escravos. A sede foi consumida por um incêndio, em março de 2001, mas a fazenda preserva benfeitorias, como o terreiro e as casas de café, um gerador de eletricidade alemão, moradias de colonos e uma igreja. Em suas terras, ainda vivem mais de 20 famílias de descendentes de escravos. “Estamos surpresos. Não sabemos o que vai acontecer”, disse Leia Regina Alves, de 28 anos, que nasceu e passou a maior parte da vida na propriedade. Ela, bisneta de escravos, diz que pelo menos um dos membros da família Tostes visita a fazenda frequentemente.

Além do valor histórico, a Fortaleza de Sant’Anna abriga uma dos mais conhecidos sítios arqueológicos da Zona da Mata. Em suas terras, há uma cadeia de cavernas. Em uma delas, conhecida como Babilônia, foram encontrados, no começo do século passado, uma família indígena mumificada. As peças estão no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. “Nosso povo será guardião do patrimônio cultural e natural desta propriedade”, disse o coordenador MST, ao garantir o livre acesso de estudantes e pesquisadores à área. Ele ressaltou que os invasores terão prioridade numa eventual distribuição de terras...

Fio, ter sítio arqueológico não é desculpa para manter latifúndio considerado improdutivo mesmo pelos índices não-atualizados produtividade. Se é uma fazenda que não cumpre sua função social, deve perder o seu dono atual e ser usado em reforma agrária. Naturalmente, o sítio arqueológico deve ser mantido.

Offline CyberLizard

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #159 Online: 20 de Agosto de 2010, 10:20:42 »
Para o MST, uma fazenda que teve um ano ruim devido à seca, mesmo tendo sido sempre produtiva, pode ser desapropriada "porque não é produtiva".

E os assentados, repito, também têm que ser produtivos? Ou tanto faz?

Já respondi isso. Se não me engano, à 1 ou 2 páginas atrás deste tópico.

Offline CyberLizard

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #160 Online: 20 de Agosto de 2010, 10:42:52 »
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A 'paz no campo'

DENIS LERRER ROSENFIELD

A situação é propriamente surreal. Enquanto permanecemos discutindo sobre se as sentenças judiciais de reintegração de posse, antes e depois de proferidas, devem ou não passar por um processo de mediação estipulado pela Ouvidoria Agrária Nacional, órgão do Ministério do Desenvolvimento Agrário, tribunais pelo país afora decidiram recomendar aos seus juízes que sigam as orientações da mesma Ouvidoria Agrária. Na verdade, ficamos centrados na questão de se essa proposta deve ou não ser retirada do PNDH-3 ou do programa da candidata Dilma Rousseff, quando se trata apenas da parte visível de um grande iceberg. Ora, não estamos diante de uma proposta, mas de algo que já está operando praticamente em vários tribunais do país, graças a atos administrativos de seus respectivos corregedores. Os estados em questão são: Maranhão, Pará, Bahia, Acre, Ceará e Paraná.
E não é por meio de acordos a melhor forma de resolver contendas? Se há um protesto, manifestação ou  ocupação que denuncia algo, não é importante verificar a procedência das denúncias?

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Preliminarmente, observemos que os despachos dos respectivos corregedores utilizam uma mesma linguagem, estipulada no próprio ofício da Ouvidoria Agrária Nacional. Particularmente, todos se dizem preocupados com a “paz no campo” e com os “direitos das pessoas”, devendo o Incra e a própria Ouvidoria serem ouvidos antes da concessão das liminares e, depois, no que diz respeito às suas condições de execução. Não é demais assinalar que, sob essas condições, as liminares de reintegração de posses, se essas recomendações forem seguidas pelos juízes, ficarão cada vez mais difíceis de serem cumpridas, algumas mesmo inexequíveis.
Inexequíveis quando há a comprovação de uma denúncia legítima. Quando mostra-se que a dita propriedade não cumpre com sua função social e a lei diz que deve ser desapropriada mesmo. Quando não é o caso, não vejo dificuldades em realizar a reintegração de posse.

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O que é bem o que se entende por “paz no campo” e “direitos das pessoas”, mais especificamente, dos “ocupantes”? Os invadidos não cabem bem — ou são excluídos — dos “direitos das pessoas”, talvez por não serem “pessoas” ou “humanos”. Na perspectiva dos ditos movimentos sociais, em particular do MST, da CPT (Comissão Pastoral da Terra) e de outras organizações congêneres, a “paz” significa o direito de invadir qualquer propriedade, sequestrar, manter cárcere privado, matar bois (de preferência com requintes de crueldade, cortando os tendões dos animais), queimar galpões, expulsar e intimidar trabalhadores, aterrorizá-los e destruir maquinários e colheitas. Ou seja, enquanto “se dialoga” com a Ouvidoria Agrária Nacional e o Incra, que reproduzem na maior parte dos casos as mesmas posições dos ditos movimentos sociais, esses podem, impunemente, continuar com suas ações. A impunidade estaria assegurada em nome dos “direitos dos ocupantes”.
Sim, claro. E também comem criancinhas, não?

"Impunidade"? Mas é justamente isso que precisa acabar. "Direito das pessoas?" Isso é o que precisa ser preservado. E é justamente para isso que deve-se identificar os maiores focos de violência no campo. Veja o Pará, por exemplo. Durante os últimos 30 anos, ocorreram 819 assassinatos motivados por disputas de terra. Neste tempo, ocorreram somente 6 condenações e nenhuma prisão. Isso só foi denunciado pela mídia tradicional depois da morte de uma freira americana. Diante disso, a existência de mediações é uma forma de tentar coibir esta barbárie.

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Observe-se que a palavra utilizada é “ocupação”, como se não se tratasse de uma invasão, crime juridicamente tipificado. O uso dessa palavra é revelador, porque procura fazer com que atos fora da lei caiam, por assim dizer, dentro da lei, não podendo ser objeto de sanções e punições. Os ocupados, isto é, os invadidos, ficariam, então, à mercê da violência, pois essa aparece travestida de um eufemismo, a saber, o da “ocupação pacífica”. De fato, deve ser muito “pacífico” ver a sua propriedade invadida com pessoas armadas de facões e foices, com a destruição se disseminando por toda parte.

Note-se, ainda, que essas invasões obedecem a uma logística preestabelecida, começando às 5 horas da manhã, com batalhões precursores, em muitos casos armados com armas de fogo. Horas depois, quando chegam os jornalistas, eles são substituídos por crianças e mulheres, com o intuito de convencer a opinião pública do bem fundado de suas reivindicações.
Já acompanhei duas ocupações. Uma delas bem no começo. Não consegui vr os tais batalhões iniciais. Os tais batalhões com armas de fogo devem ser mestres da camuflagem, não? Quantas ocupações será que o sujeito que escreveu acompanhou?

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Outra expressão utilizada é a da “reforma agrária”, como se fosse esse o objetivo dos ditos movimentos sociais. Há uma questão de monta a ser enfrentada aqui, pois diz respeito à natureza da reforma agrária e, mais especificamente, do MST e da CPT.

Trata-se de organizações revolucionárias, que têm como objetivo destruir a economia de mercado, o direito de propriedade, o estado de direito e a democracia representativa.
Esqueceram de avisar ele que ser comunista já deixou de ser crime e que portanto, não dá mais para prender e torturar pessoas por este motivo.

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Todas suas ações se inserem nessa perspectiva mais global, tendo como meta a instauração, no Brasil, de um Estado socialista/comunista. O direito de propriedade, para eles, é um roubo, devendo ser substituído pela propriedade coletiva da terra. Seguem o modelo que foi instaurado na ex-União Soviética, na China maoísta e em Cuba.

Os resultados, aliás, são conhecidos: mortandade de milhões de pessoas por fome, eliminação física dos que se opunham a esse modelo e ruína agrícola e econômica dessas sociedades.

É claro que o discurso era — e é — apresentado como se fosse de natureza moral, visando à “solidariedade” e à “paz no campo”. Nada muito diferente historicamente.

Agora, o que causa estupor é o fato de vários tribunais de Justiça estarem apoiando esse tipo de iniciativa.

Talvez alguns o façam de boa-fé, porém a questão não é essa, pois ela envolve a natureza mesma da sociedade na qual vivemos. Ao apoiarem as ações da Ouvidoria Agrária Nacional estão, de fato, apoiando organizações revolucionárias, que procuram inviabilizar o próprio arcabouço constitucional do Estado brasileiro.
Ou talvez o façam por encontrarem denúncias válidas e flagrantes desrespeitos à lei por parte de vários proprietários.

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Visam a inviabilizar o estado de direito, instaurando a violência em nome da “paz do campo”. A questão, portanto, é a de se vingará no país a “paz (violenta, revolucionária) do campo” ou o estado de direito e uma sociedade baseada na liberdade.

Os atos normativos baixados pelas corregedorias dos tribunais mencionados se fazem sob a forma de “recomendações” administrativas, não tendo a força da obrigatoriedade.

Neste sentido, sempre se poderá arguir que a liberdade do juiz foi preservada.

É, porém, forçoso reconhecer que essa liberdade começa a ser, cada vez mais, vigiada, como se pairasse sobre a decisão judicial uma recomendação que, em caso de concessão de liminar, não foi seguida.

Cria-se um constrangimento para o juiz e, mais do que isto, um cerceamento possível de sua liberdade.

Pior do que isto, um órgão do Poder Executivo, no caso, a Ouvidoria Agrária, começa a lançar seus tentáculos para dentro do Judiciário.
Onde é que a recomendação da existência de mediação altera qualquer coisa a legislação já existente?

Offline CyberLizard

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #161 Online: 20 de Agosto de 2010, 11:04:04 »
Lembro de uma foto da invasão de uma hidroelétrica pelo MST. A sala de controle cheia de capiaus com cara de débeis mentais, com foices e enxadas, certamente sem a mínima ideia da função de todos aqueles painéis.

E ainda tem gente que defende esses escrotos.

Eles são caipiras, feios, trabalham em atividades manuais e não estudaram engenharia. Esses foram os argumentos que restaram?

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #162 Online: 20 de Agosto de 2010, 12:36:02 »
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Arcanjo Lúcifer, acho que você sabe que é muito comum a revista Veja publicar denúncias bombásticas contra a esquerda. E boa parte destas denúncias acaba nunca aparecendo em outros órgãos de imprensa

A rvista Veja tb publicava denúncias contra os governos anteriores, um deputado petista chegou a mostrar a revista em um discurso na Câmara elogiando a revista e depois esculhambando a revista quando o PT assumiu o poder e começou a aparecer sujeira de todo lado.

Mas não é coisa que os petistas gostam de lembrar.

E muitos "orgãos da imprensa" não aceitam publicar algo contra seu principal anunciante.

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Como eu já comentei, reportagem de jornal ou revista não é prova nem evidência de nada.

Bom, colega... os petistas não consideram como provas nem mesmo o depoimento do Duda Mendonça na CPI afirmando que recebeu pagamentos do PT em uma conta no exterior e que mais tarde foi fato comprovado.

Aliás, se um dia pegarem o Lula em flagrante assaltando um mercadinho de esquina vão falar que é armação da mídia.

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Com relação à registros oficiais ou registros locais, eles existem e podem ser consultados toda vez que envolve-se cooperação com projetos universitários ou de governo. Ou você acha que é possível receber qualquer apoio ou fazer qualquer parceria com universidades ou com projetos governamentais sem cumprir uma série de pré-requisitos?

Dado o número de escândalos com ONGs fajutas, desvios comprovados e fraudes que vieram a público nos últimos 8 anos, acho que é extremamente fácil receber apoio ou verbas do governo se vc tiver um bom amigo ocupando um cargo de chefia no governo.

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Eu já havia respondido isso antes. E também já havia comentado da CPMI criada por ruralistas que não descobriu nada com suas investigações.

E é exatamente por tal motivo que o MST não tem qualquer registro.

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Dessa forma, acho estranho você afirmar com tanta certeza que há irregularidades, quando as investigações da CPMI não acharam nada. Se você tem as tais evidências e provas do que afirma, acho que deveria ter ajudado a CPMI.


Quiseram achar? Ou vc acha mesmo que um país onde 2/3 dos políticos tem ficha criminal vai investigar alguma coisa?

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No mais, o restante dos seus comentários está seguindo a tal lógica de novela das 8. Segundo ela, quando existe um grupo ou organização "do bem", todos os seus integrantes sempre serão pessoas puras, honestas, sem desvio de caráter e você jamais encontrará nela nada de errado, não importa o quão antiga ou grande ela seja. Assim, se você encontrar dentro de um movimento com 25 anos de existência e de abrangência nacional pessoas que agiram de forma desonesta ou puder encontrar falhas, então, conclui-se que essa organização "é do mal". Eles são os bandidos e devem ser todos punidos. A vida real não é assim, Arcanjo.


No seu caso , a "organização do bem" é o MST, aquele grupo de capiaus que invade e destrói propriedades tomando a lei nas próprias mãos ou o PT, aquele partido fundado pelo cara que tem um filho que passou de biólogo de zoológico a dono de rede de televisão em apenas quatro anos?

"Assim, se você encontrar dentro de um movimento com 25 anos de existência e de abrangência nacional pessoas que agiram de forma desonesta ou puder encontrar falhas, então, conclui-se que essa organização "é do mal". Eles são os bandidos e devem ser todos punidos. A vida real não é assim, Arcanjo."

A frase acima serve tb ao PT, até pode (Até pode..) existir alguém honesto dentro da imundice que é o partido, mas a julgar pela posição deles em relação a atos do MST ou a relação deles com o Chapolim Colorado, o Imoralez e as FARCS que segundo o apedeuta "É um movimento político legítimo" acho bem duvidoso que exista alguém honesto no meio do antro.




Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #163 Online: 20 de Agosto de 2010, 12:42:34 »
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Calma lá, o mensalão do PT teve a sua existência comprovada e ninguém tem dúvidas de que ele realmente existiu. O fato de haver impunidade é outra história. Mas quando falamos dos tais desvios de verbas que vocês estão acusando, estamos falando de algo que sequer teve existência comprovada.

Ah..mas é claro...

O caixa dois do PT funcionava com grana de origem plenamente conhecida, inclusive aquela grana viva que transportavam em maletas, cuecas...

Até declaravam todos os valores à Receita Federal antes de enfiar no bolso de alguém.

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Fio, ter sítio arqueológico não é desculpa para manter latifúndio considerado improdutivo mesmo pelos índices não-atualizados produtividade. Se é uma fazenda que não cumpre sua função social, deve perder o seu dono atual e ser usado em reforma agrária. Naturalmente, o sítio arqueológico deve ser mantido.

E claro é o MST que vai cuidar de tudo, da guarda do sítio arqueológico, da preservação da floresta, da distribuição de terras... sem qualquer registro do que fazem ou de alguém que se responsabilize.

Desde quando os vagabundos tem mais autoridade que o judiciário?
« Última modificação: 20 de Agosto de 2010, 12:45:51 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Fernando Silva

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #164 Online: 20 de Agosto de 2010, 12:47:15 »
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Ora, não estamos diante de uma proposta, mas de algo que já está operando praticamente em vários tribunais do país, graças a atos administrativos de seus respectivos corregedores. Os estados em questão são: Maranhão, Pará, Bahia, Acre, Ceará e Paraná.
E não é por meio de acordos a melhor forma de resolver contendas? Se há um protesto, manifestação ou  ocupação que denuncia algo, não é importante verificar a procedência das denúncias?
A primeira coisa a se fazer é expulsar e prender os invasores. A segunda, só depois que a primeira tiver sido completada, é verificar se os criminosos tinham algum motivo justo.
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Preliminarmente, observemos que os despachos dos respectivos corregedores utilizam uma mesma linguagem, estipulada no próprio ofício da Ouvidoria Agrária Nacional. Particularmente, todos se dizem preocupados com a “paz no campo” e com os “direitos das pessoas”, devendo o Incra e a própria Ouvidoria serem ouvidos antes da concessão das liminares e, depois, no que diz respeito às suas condições de execução. Não é demais assinalar que, sob essas condições, as liminares de reintegração de posses, se essas recomendações forem seguidas pelos juízes, ficarão cada vez mais difíceis de serem cumpridas, algumas mesmo inexequíveis.
Inexequíveis quando há a comprovação de uma denúncia legítima. Quando mostra-se que a dita propriedade não cumpre com sua função social e a lei diz que deve ser desapropriada mesmo. Quando não é o caso, não vejo dificuldades em realizar a reintegração de posse.
O MST não é o executivo nem o judiciário. Seus criminosos podem fazer passeatas e chacoalhar suas ridículas bandeiras, mas não têm o direito de tomar a justiça nas mãos.
Se invadiram (e não "ocuparam"), têm que ser enxotados e presos.
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O que é bem o que se entende por “paz no campo” e “direitos das pessoas”, mais especificamente, dos “ocupantes”? Os invadidos não cabem bem — ou são excluídos — dos “direitos das pessoas”, talvez por não serem “pessoas” ou “humanos”. Na perspectiva dos ditos movimentos sociais, em particular do MST, da CPT (Comissão Pastoral da Terra) e de outras organizações congêneres, a “paz” significa o direito de invadir qualquer propriedade, sequestrar, manter cárcere privado, matar bois (de preferência com requintes de crueldade, cortando os tendões dos animais), queimar galpões, expulsar e intimidar trabalhadores, aterrorizá-los e destruir maquinários e colheitas. Ou seja, enquanto “se dialoga” com a Ouvidoria Agrária Nacional e o Incra, que reproduzem na maior parte dos casos as mesmas posições dos ditos movimentos sociais, esses podem, impunemente, continuar com suas ações. A impunidade estaria assegurada em nome dos “direitos dos ocupantes”.
Sim, claro. E também comem criancinhas, não?
"Impunidade"? Mas é justamente isso que precisa acabar. "Direito das pessoas?" Isso é o que precisa ser preservado. E é justamente para isso que deve-se identificar os maiores focos de violência no campo. Veja o Pará, por exemplo. Durante os últimos 30 anos, ocorreram 819 assassinatos motivados por disputas de terra. Neste tempo, ocorreram somente 6 condenações e nenhuma prisão. Isso só foi denunciado pela mídia tradicional depois da morte de uma freira americana. Diante disso, a existência de mediações é uma forma de tentar coibir esta barbárie.
O MST não invade essas fazendas. Ou invade?
E, ainda assim, vale o que eu disse acima.
Já acompanhei duas ocupações. Uma delas bem no começo. Não consegui vr os tais batalhões iniciais. Os tais batalhões com armas de fogo devem ser mestres da camuflagem, não? Quantas ocupações será que o sujeito que escreveu acompanhou?
Só duas? Num país deste tamanho? Essas duas permitem afirmar que nada de diferente aconteceu nas outras todas?
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Outra expressão utilizada é a da “reforma agrária”, como se fosse esse o objetivo dos ditos movimentos sociais. Há uma questão de monta a ser enfrentada aqui, pois diz respeito à natureza da reforma agrária e, mais especificamente, do MST e da CPT.

Trata-se de organizações revolucionárias, que têm como objetivo destruir a economia de mercado, o direito de propriedade, o estado de direito e a democracia representativa.
Esqueceram de avisar ele que ser comunista já deixou de ser crime e que portanto, não dá mais para prender e torturar pessoas por este motivo.
Não, desde que os criminosos não tentem impor sua ideologia à força e fiquem apenas no campo da discussão e das passeatas.
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Talvez alguns o façam de boa-fé, porém a questão não é essa, pois ela envolve a natureza mesma da sociedade na qual vivemos. Ao apoiarem as ações da Ouvidoria Agrária Nacional estão, de fato, apoiando organizações revolucionárias, que procuram inviabilizar o próprio arcabouço constitucional do Estado brasileiro.
Ou talvez o façam por encontrarem denúncias válidas e flagrantes desrespeitos à lei por parte de vários proprietários.
E isto cabe a eles decidir?

Offline Fernando Silva

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #165 Online: 20 de Agosto de 2010, 12:50:45 »
Lembro de uma foto da invasão de uma hidroelétrica pelo MST. A sala de controle cheia de capiaus com cara de débeis mentais, com foices e enxadas, certamente sem a mínima ideia da função de todos aqueles painéis.

E ainda tem gente que defende esses escrotos.

Eles são caipiras, feios, trabalham em atividades manuais e não estudaram engenharia. Esses foram os argumentos que restaram?
Espantalho.

O lugar de um bando de capiaus ignorantes carregando foices e enxadas não é na sala de controle de uma usina hidroelétrica.
Ponto final.

Essa invasão foi um crime e todos deveriam estar presos.

.
« Última modificação: 20 de Agosto de 2010, 12:58:58 por Fernando Silva »

Offline Fernando Silva

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #166 Online: 20 de Agosto de 2010, 12:55:06 »
O PT invadiu as plantações da Monsanto porque plantavam transgênicos, mas depois foram apanhados plantando transgênicos também.
Ah, agora o PT também ocupa terras? E eu que pensava que eles eram apenas um partido político eleitoral... Que surpresa, agora estou gostando mais deles, embora ache estranho nunca ter encontrado as tais ocupações e assentamentos do PT. Mas o PT tem CNPJ, não? Se a Monsanto se sentir lesada pela ocupação do PT, pode atacar a sua pessoa jurídica.
Aqui eu me enganei, mas eu vejo o MST como o exército do PT. Eles fazem o serviço sujo enquanto o PT posa de democrático.

E como assim "Se a Monsanto se sentir lesada" ?
Não deveria ser automático aparecer a polícia e expulsar os criminosos?
Com relação à ocupação do MST da região, desconheço que tenham sido plantados transgênicos na região próxima à um parque florestal lá ou em algum outro lugar, assim como fazia a Syngenta. Se aconteceu, que os responsáveis sejam punidos.
A questão aqui é que o MST justificou sua invasão e destruição com o cultivo de transgênicos. Eles não falaram em "próximo a um parque florestal". E depois foram apanhados plantando transgênicos.

Se não houvesse transgênicos na Monsanto, teriam usado algum outro pretexto, tipo "Eles são multinacionais", ou "Essa fazenda é grande demais".


Offline Fernando Silva

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #167 Online: 20 de Agosto de 2010, 13:49:29 »
Onde é que a recomendação da existência de mediação altera qualquer coisa a legislação já existente?
A questão é que foi criado um monte de instâncias que devem opinar antes que alguma providência seja tomada quanto à invasão. Cada uma empurra a decisão com a barriga enquanto o invadido fica no prejuízo e não pode fazer nada para expulsar os crimin... digo, os "ocupantes".

Não é à toa que Pimenta Neves continua solto 10 anos após ter matado a ex-namorada e ter sido oficialmente condenado. Há sempre um meio de se adiar a execução da sentença. Com tanta gente para decidir e o próprio MST "opinando", fica mais difícil ainda a vítima conseguir socorro.

E sem essa de "mediação". Não se negocia com bandidos. Invadiu, tem que prender.

Offline CyberLizard

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #168 Online: 23 de Agosto de 2010, 10:49:44 »
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Fio, ter sítio arqueológico não é desculpa para manter latifúndio considerado improdutivo mesmo pelos índices não-atualizados produtividade. Se é uma fazenda que não cumpre sua função social, deve perder o seu dono atual e ser usado em reforma agrária. Naturalmente, o sítio arqueológico deve ser mantido.

E claro é o MST que vai cuidar de tudo, da guarda do sítio arqueológico, da preservação da floresta, da distribuição de terras... sem qualquer registro do que fazem ou de alguém que se responsabilize.

Desde quando os vagabundos tem mais autoridade que o judiciário?

Arcanjo, por que não esperamos o desenrolar dos eventos na região? Me parece apressado de sua parte alegar que a ocupação irá atacar ou destruir o sítio arqueológico. Se isso acontecer, eu acho que deve haver punição sim. Mas até agora isso não ocorreu e não acho que irá ocorrer.

Com relação à "Desde quando os vagabundos tem mais autoridade que o judiciário?"...

Bem, Arcanjo, você reconhece o direito da população protestar contra alguma injustiça? Acha certo manifestantes bloquearem alguma rua para chamar a atenção sobre algo que está errado, mesmo que isso cause uma perturbação temporária no trânsito?  Acha certo que parte da população ocupe um prédio ou estabelecimento público quando o local em questão está agindo de forma errada ou de forma evidentemente contrária aos interesses da população?  Acha certo que um local particular seja ocupado quando ele está em flagrante desrespeito às leis e devido à isso, a população está sendo prejudicada? Eu acho que todas estas coisas são legítimas. Não se trata de ter mais autoridade que o judiciário, pois ninguém está dando golpe de estado para substituir o judiciário. Trata-se de realizar uma manifestação e é uma das poucas formas que a população mais pobre tem para fazer pressão sobre a sociedade. para se contrapor à grandes empresas ou ruralistas que conseguem pressionar a sociedade por meio de lobby. No final das contas, o ideal é que o governo seja conduzido pelo povo.

Nas demais coisas que você escreveu, acho que você perdeu um pouco o foco da discussão. Não estávamos falando do PT. Historicamente, o PT apoiou o MST sim. Mas não foi o único partido. E ultimamente esse apoio vem até diminuindo à medida que o partido se acomoda mais na posição de poder. Dentro do movimento existem sim pessoas que apóiam o PT. Assim como existem aquelas que apóiam outros partidos. E existem pessoas bastante críticas ao PT. A única coisa que vejo que dá para generalizar é: ninguém por lá quer que o Serra ganhe.

Offline CyberLizard

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #169 Online: 23 de Agosto de 2010, 11:13:15 »
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Ora, não estamos diante de uma proposta, mas de algo que já está operando praticamente em vários tribunais do país, graças a atos administrativos de seus respectivos corregedores. Os estados em questão são: Maranhão, Pará, Bahia, Acre, Ceará e Paraná.
E não é por meio de acordos a melhor forma de resolver contendas? Se há um protesto, manifestação ou  ocupação que denuncia algo, não é importante verificar a procedência das denúncias?
A primeira coisa a se fazer é expulsar e prender os invasores. A segunda, só depois que a primeira tiver sido completada, é verificar se os criminosos tinham algum motivo justo.
Acho que a sua lógica se aplica quando temos um estado imparcial onde as contendas são resolvidas de forma justa e não há impunidade contra crimes, sejam eles cometidos por quem for. Não acho que é o caso. Já cansei de postar aqui vários casos de irregularidades e crimes cometidos por ruralistas ou empresas estrangeiras que possuem terras por aqui. Acho que não é segredo a impunidade enorme contra casos de grilagens, trabalho escravo ou crimes ambientais existentes no Brasil. Também não é segredo o evidente desrespeito à própria legislação existente, o que faz com que grandes proprietários continuem com fazendas improdutivas ou que não cumprem sua função social sem serem incomodados.

Diante de tudo isso, deixo de considerar como "bandidos", pessoas que ocupam uma área onde algum crime está ocorrendo e reivindicam justiça.


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Preliminarmente, observemos que os despachos dos respectivos corregedores utilizam uma mesma linguagem, estipulada no próprio ofício da Ouvidoria Agrária Nacional. Particularmente, todos se dizem preocupados com a “paz no campo” e com os “direitos das pessoas”, devendo o Incra e a própria Ouvidoria serem ouvidos antes da concessão das liminares e, depois, no que diz respeito às suas condições de execução. Não é demais assinalar que, sob essas condições, as liminares de reintegração de posses, se essas recomendações forem seguidas pelos juízes, ficarão cada vez mais difíceis de serem cumpridas, algumas mesmo inexequíveis.
Inexequíveis quando há a comprovação de uma denúncia legítima. Quando mostra-se que a dita propriedade não cumpre com sua função social e a lei diz que deve ser desapropriada mesmo. Quando não é o caso, não vejo dificuldades em realizar a reintegração de posse.
O MST não é o executivo nem o judiciário. Seus criminosos podem fazer passeatas e chacoalhar suas ridículas bandeiras, mas não têm o direito de tomar a justiça nas mãos.
Se invadiram (e não "ocuparam"), têm que ser enxotados e presos.

Vide minha resposta anterior ao Arcanjo Lúcifer.

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O que é bem o que se entende por “paz no campo” e “direitos das pessoas”, mais especificamente, dos “ocupantes”? Os invadidos não cabem bem — ou são excluídos — dos “direitos das pessoas”, talvez por não serem “pessoas” ou “humanos”. Na perspectiva dos ditos movimentos sociais, em particular do MST, da CPT (Comissão Pastoral da Terra) e de outras organizações congêneres, a “paz” significa o direito de invadir qualquer propriedade, sequestrar, manter cárcere privado, matar bois (de preferência com requintes de crueldade, cortando os tendões dos animais), queimar galpões, expulsar e intimidar trabalhadores, aterrorizá-los e destruir maquinários e colheitas. Ou seja, enquanto “se dialoga” com a Ouvidoria Agrária Nacional e o Incra, que reproduzem na maior parte dos casos as mesmas posições dos ditos movimentos sociais, esses podem, impunemente, continuar com suas ações. A impunidade estaria assegurada em nome dos “direitos dos ocupantes”.
Sim, claro. E também comem criancinhas, não?
"Impunidade"? Mas é justamente isso que precisa acabar. "Direito das pessoas?" Isso é o que precisa ser preservado. E é justamente para isso que deve-se identificar os maiores focos de violência no campo. Veja o Pará, por exemplo. Durante os últimos 30 anos, ocorreram 819 assassinatos motivados por disputas de terra. Neste tempo, ocorreram somente 6 condenações e nenhuma prisão. Isso só foi denunciado pela mídia tradicional depois da morte de uma freira americana. Diante disso, a existência de mediações é uma forma de tentar coibir esta barbárie.
O MST não invade essas fazendas. Ou invade?
E, ainda assim, vale o que eu disse acima.
O Pará, uma das regiões rurais mais violentas do Brasil, é sim um dos lugares onde o MST atua e onde o movimento foi vítima dos mais violentos ataques. Como o Massacre de Eldorado dos Carajás.

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Já acompanhei duas ocupações. Uma delas bem no começo. Não consegui vr os tais batalhões iniciais. Os tais batalhões com armas de fogo devem ser mestres da camuflagem, não? Quantas ocupações será que o sujeito que escreveu acompanhou?
Só duas? Num país deste tamanho? Essas duas permitem afirmar que nada de diferente aconteceu nas outras todas?
De nenhuma forma eu estou dizendo que todo o meu conhecimento do movimento vem apenas de ter acompanhado duas ocupações. E em nenhum momento imaginei ser onisciente sobre tudo o que acontece nas disputas fundiárias do Brasil. Assim como você e o professor de filosofia que escreveu o artigo não são oniscientes. Formamos nossas opiniões à partir das mais diversas fontes de informações. Com meu comentário, estava apenas lembrando da importância do empirismo.

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Agora, o que causa estupor é o fato de vários tribunais de Justiça estarem apoiando esse tipo de iniciativa.

Talvez alguns o façam de boa-fé, porém a questão não é essa, pois ela envolve a natureza mesma da sociedade na qual vivemos. Ao apoiarem as ações da Ouvidoria Agrária Nacional estão, de fato, apoiando organizações revolucionárias, que procuram inviabilizar o próprio arcabouço constitucional do Estado brasileiro.
Ou talvez o façam por encontrarem denúncias válidas e flagrantes desrespeitos à lei por parte de vários proprietários.
E isto cabe a eles decidir?
No trecho acima eu estava falando de tribunais de justiça, já que estava respondendo o artigo que você postou. Acho que não ficou muito claro pela forma que eu quotei, e por isso alterei logo aí em cima para deixar isso mais claro. Então sim, cabe à eles decidir.

Offline CyberLizard

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #170 Online: 23 de Agosto de 2010, 11:25:17 »
Lembro de uma foto da invasão de uma hidroelétrica pelo MST. A sala de controle cheia de capiaus com cara de débeis mentais, com foices e enxadas, certamente sem a mínima ideia da função de todos aqueles painéis.

E ainda tem gente que defende esses escrotos.

Eles são caipiras, feios, trabalham em atividades manuais e não estudaram engenharia. Esses foram os argumentos que restaram?
Espantalho.

O lugar de um bando de capiaus ignorantes carregando foices e enxadas não é na sala de controle de uma usina hidroelétrica.
Ponto final.

Essa invasão foi um crime e todos deveriam estar presos.

Se você está falando da hidrelétrica de Xingó, no Sergipe, a ocupação ocorreu porque a hidrelétrica havia ficado com a obrigação de construir um canal de irrigação na região. Ela inclusive havia recebido verbas públicas para isso. Mesmo assim, as obras haviam sido interrompidas e a população local estava sofrendo com secas.

http://www.mst.org.br/node/1000

As ocupações não são coisas aleatórias. Costuma-se haver um motivo para elas e eles devem ser apurados.

Offline CyberLizard

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #171 Online: 23 de Agosto de 2010, 11:38:10 »

Com relação à ocupação do MST da região, desconheço que tenham sido plantados transgênicos na região próxima à um parque florestal lá ou em algum outro lugar, assim como fazia a Syngenta. Se aconteceu, que os responsáveis sejam punidos.
A questão aqui é que o MST justificou sua invasão e destruição com o cultivo de transgênicos. Eles não falaram em "próximo a um parque florestal". E depois foram apanhados plantando transgênicos.

Se não houvesse transgênicos na Monsanto, teriam usado algum outro pretexto, tipo "Eles são multinacionais", ou "Essa fazenda é grande demais".
Desconheço detalhes do caso que você comenta. Não sei se o motivo da ocupação realmente foram só transgênicos ou não. O que posso dizer à você é que o movimento é contrário ao uso de transgênicos. O que o movimento faz com relação à isso é divulgar os seus motivos e enfatizar isso nas reuniões e assembléias onde há discussão sobre temas políticos e organizativo. Também há um apoio e incentivo  para que assentados não utilizem transgênicos. Mas fora isso, o uso de transgênicos não é motivo de expulsão do movimento e não há nada que realmente obrigue assentados a serem fieis à política de evitar transgênicos.

Nunca estive em nenhum assentamento em  que transgênicos eram usados aqui no Paraná. Isso não quer dizer que eles não possam existir em algum lugar e que não haja uma contradição interna no movimento por causa disso. Embora eu ache que deva ser um caso bastante raro. Pesquisando por casos de ocorridos como este, eu nem estou conseguindo achar nada.

Offline Geotecton

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #172 Online: 23 de Agosto de 2010, 13:32:07 »
[...]
Bem, Arcanjo, você reconhece o direito da população protestar contra alguma injustiça? Acha certo manifestantes bloquearem alguma rua para chamar a atenção sobre algo que está errado, mesmo que isso cause uma perturbação temporária no trânsito?  Acha certo que parte da população ocupe um prédio ou estabelecimento público quando o local em questão está agindo de forma errada ou de forma evidentemente contrária aos interesses da população?  Acha certo que um local particular seja ocupado quando ele está em flagrante desrespeito às leis e devido à isso, a população está sendo prejudicada? Eu acho que todas estas coisas são legítimas. Não se trata de ter mais autoridade que o judiciário, pois ninguém está dando golpe de estado para substituir o judiciário. Trata-se de realizar uma manifestação e é uma das poucas formas que a população mais pobre tem para fazer pressão sobre a sociedade. para se contrapor à grandes empresas ou ruralistas que conseguem pressionar a sociedade por meio de lobby. No final das contas, o ideal é que o governo seja conduzido pelo povo.
[...]

Voce quer dizer que o ideal é abandonar a democracia representativa e partir para uma democracia direta?

E se for este o caso, qual é o modelo mais adequado? O suíço, com frequentes consultas populares por meio de referenduns; o utópico socialista, com comitês populares constituídos de "iluminados representantes do povo"; ou algo inovador?

O tamanho e a heterogeneidade da população brasileira praticamente inviabilizam o modelo suíço. Os exemplos históricos são mais do que suficientes para não adotarmos o modelo utópico socialista, a menos é claro, que queiramos terminar como Cuba ou a Coréia do Norte, ambas nas mãos de uma família ditatorial.


Nas demais coisas que você escreveu, acho que você perdeu um pouco o foco da discussão. Não estávamos falando do PT. Historicamente, o PT apoiou o MST sim. Mas não foi o único partido. E ultimamente esse apoio vem até diminuindo à medida que o partido se acomoda mais na posição de poder. Dentro do movimento existem sim pessoas que apóiam o PT. Assim como existem aquelas que apóiam outros partidos. E existem pessoas bastante críticas ao PT. A única coisa que vejo que dá para generalizar é: ninguém por lá quer que o Serra ganhe.

Porque será, heinnn?
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Offline Geotecton

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #173 Online: 23 de Agosto de 2010, 13:53:32 »
Acho que a sua lógica se aplica quando temos um estado imparcial onde as contendas são resolvidas de forma justa e não há impunidade contra crimes, sejam eles cometidos por quem for. Não acho que é o caso. Já cansei de postar aqui vários casos de irregularidades e crimes cometidos por ruralistas ou empresas estrangeiras que possuem terras por aqui. Acho que não é segredo a impunidade enorme contra casos de grilagens, trabalho escravo ou crimes ambientais existentes no Brasil. Também não é segredo o evidente desrespeito à própria legislação existente, o que faz com que grandes proprietários continuem com fazendas improdutivas ou que não cumprem sua função social sem serem incomodados.

Diante de tudo isso, deixo de considerar como "bandidos", pessoas que ocupam uma área onde algum crime está ocorrendo e reivindicam justiça.

E quem verifica a veracidade das proposições desta afirmação: "deixo de considerar como 'bandidos', pessoas que ocupam uma área onde algum crime está ocorrendo e reivindicam justiça"?

Voce verificou "in loco", no Paraná por exemplo, todas as "ocupações" do MST para poder fazer tal afirmativa?

Tenho certeza que não, porque eu conheço duas invasões em áreas produtivas - sob qualquer critério técnico - ocorridas há menos de 5 anos e que foram realizadas em um cenário de total banditismo.


O Pará, uma das regiões rurais mais violentas do Brasil, é sim um dos lugares onde o MST atua e onde o movimento foi vítima dos mais violentos ataques. Como o Massacre de Eldorado dos Carajás.

Pergunta retórica.

Qual seria a sua atitude, como policial militar do estado do Pará, se em uma dada manifestação, um grupo de pessoas viesse ao seu encalço com foices, ou mesmo de mãos livres, mas em grande número?


De nenhuma forma eu estou dizendo que todo o meu conhecimento do movimento vem apenas de ter acompanhado duas ocupações. E em nenhum momento imaginei ser onisciente sobre tudo o que acontece nas disputas fundiárias do Brasil. Assim como você e o professor de filosofia que escreveu o artigo não são oniscientes. Formamos nossas opiniões à partir das mais diversas fontes de informações. Com meu comentário, estava apenas lembrando da importância do empirismo.

As nossas opiniões não são formadas apenas pela fontes de informações, mas também (eu diria principalmente) pela bagagem ideólogica.


Ou talvez o façam por encontrarem denúncias válidas e flagrantes desrespeitos à lei por parte de vários proprietários.

É possível que agora ocorra uma mudança em sua opinião sobre a manipulação do Judiciário por parte das "elites"?
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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #174 Online: 23 de Agosto de 2010, 20:14:51 »
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Arcanjo, por que não esperamos o desenrolar dos eventos na região? Me parece apressado de sua parte alegar que a ocupação irá atacar ou destruir o sítio arqueológico. Se isso acontecer, eu acho que deve haver punição sim. Mas até agora isso não ocorreu e não acho que irá ocorrer.

Apressado? Os caras ocupam estradas e cobram "pedágio" de quem tem que passar por lá, saqueiam cargas de caminhões, vendem madeira ilegal alegando que "já tinham cortado mesmo!" destróem plantações, tratores, matam gado ,revendem terras invadidas, desviam dinheiro público via ONGs fajutas que ninguém sabe onde vai parar já que não possuem contabilidade para justificar gastos...

Tem razão, acho que é meio precipitado achar que vão saquear um sítio arqueológico, afinal cacos de cerâmica indígena não devem valer muito e eles devem ter muito respeito por história...

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Bem, Arcanjo, você reconhece o direito da população protestar contra alguma injustiça?

 PROTESTAR para mim é denúnciar à mídia, procurar meus direitos na justiça...

Desde quando tenho o direito de invadir e depredar uma propriedade só porque o dono fez algo que considero errado? Principalmente pelo fato de que existe um judiciário, leis que garantem o direito à propriedade ou a reintegração de posse se (SE) ela foi realmente invadida por quem o MST acusa.

Mas ninguém no MST procura a justiça para denunciar supostos abusos, afinal eles já invadem de cara porque é disso que sobrevivem.

Aposto que se vc invadir a casa de um capiau do MST ele vai mandar chumbo em vc na mesma hora.

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Acha certo manifestantes bloquearem alguma rua para chamar a atenção sobre algo que está errado, mesmo que isso cause uma perturbação temporária no trânsito?  Acha certo que parte da população ocupe um prédio ou estabelecimento público quando o local em questão está agindo de forma errada ou de forma evidentemente contrária aos interesses da população?  Acha certo que um local particular seja ocupado quando ele está em flagrante desrespeito às leis e devido à isso, a população está sendo prejudicada?

E para resolver qualquer problema existe um judiciário, mais uma vez: O que dá direito a um movimento ilegal de invadir uma propriedade?  Primeiramente como podem afirmar que determinada propriedade é ilegal se não tiveram acesso a documentos que comprovam tal fato?

"Acho que é ilegal, é grande demais e o dono é rico então vamos invadir!"

É este o critério para determinar se invadem ou não?

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Trata-se de realizar uma manifestação e é uma das poucas formas que a população mais pobre tem para fazer pressão sobre a sociedade. para se contrapor à grandes empresas ou ruralistas que conseguem pressionar a sociedade por meio de lobby. No final das contas, o ideal é que o governo seja conduzido pelo povo.

Errado colega, a "população" de capiaus do MST é uma massa de manobra usada por criminosos usada para encher os bolsos de gente muito rica que faz de conta que é pobre.

E que ganham muita grana nas invasões.

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Nas demais coisas que você escreveu, acho que você perdeu um pouco o foco da discussão. Não estávamos falando do PT. Historicamente, o PT apoiou o MST sim. Mas não foi o único partido. E ultimamente esse apoio vem até diminuindo à medida que o partido se acomoda mais na posição de poder. Dentro do movimento existem sim pessoas que apóiam o PT. Assim como existem aquelas que apóiam outros partidos. E existem pessoas bastante críticas ao PT. A única coisa que vejo que dá para generalizar é: ninguém por lá quer que o Serra ganhe.

É mesmo? Pois até a pouco tempo atrás havia um atalho para o site do MST no site oficial do PT, e havia inclusive um atalho para o site do Foro de São Paulo que o Lullalá diz que "não existe".






 

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