Quem disse primeiro que propriedade é roubo foi Proudhon. Mas me parece que você não entendeu bem qual o ponto defendido por Proudhon quando ele escreveu isso e nem qual a crítica dele e de marxistas sobre a propriedade privada dos meios de produção. Ninguém nunca foi contra que trabalhadores pudessem aproveitar o fruto de seu trabalho.
http://www.algosobre.com.br/biografias/pierre-joseph-proudhon.html"Em
1840 publica o livro O Que É a Propriedade?, no qual observa que ela só causa danos à estrutura social: "A propriedade é um roubo", afirma. Em 1846 lança Filosofia da Miséria. Defende a organização da sociedade sem o controle de nenhuma autoridade imposta, baseada no auxílio mútuo entre as pessoas na esfera da produção e do consumo, com a criação de pequenas associações."
Colega, o cara viveu em 1800 e cacetada quando tudo era fabricado manualmente e o mundo não tinha nem metade da população atual, acha que dá mesmo para levar a sério as teorias dele no mundo de hoje?
http://brasil.indymedia.org/media/2007/07//387423.pdf"A Propriedade é Impossível porque é homicida"
Se o direito de ganho pudesse sujeitar-se às leis da razão e da justiça, ficaria
reduzido a uma indenização ou reconhecimento cujo máximo não ultrapassaria jamais, para
um único trabalhador, certa fração do que ele é capaz de produzir; já o demonstramos. Mas
por que o direito de ganho, não receemos chamá-lo por seu nome, o direito de roubo, se
deixaria governar pela razão, com a qual nada tem em comum? O proprietário não se
contenta com o ganho tal como o bom senso e a natureza das coisas lhe asseguram: quer ser
pago dez, cem, mil, um milhão de vezes. Sozinho, não extrairia de sua coisa mais que 1 de
produto e exige da sociedade, que não foi feita por ele, o pagamento não de um direito
proporcional ao poder produtivo dele, proprietário, mas um imposto per capita; taxa seus
irmãos segundo sua força, número e operosidade. O lavrador tem um filho: Ótimo, diz o
proprietário, é um ganho a mais. De que modo efetuou-se essa metamorfose do
arrendamento em capitação? Por que nossos jurisconsultos e teólogos, esses doutores tão
hábeis, não reprimiram essa extensão do direito de ganho?
O proprietário calcula, segundo sua capacidade produtiva quantos trabalhadores são
necessários para ocupar sua propriedade, partilha-a entre eles e diz: Cada um me pagará a
renda. Para multiplicar tal renda, basta-lhe então dividir a propriedade. Ao invés de avaliar
o lucro que lhe é devido tomando por base seu trabalho pessoal, avalia-o tomando por base
seu capital; e graças a essa substituição, a propriedade que nas mãos do dono só pode
produzir um, vale para esse dono dez, cem, mil, um milhão. A partir daí, sua tarefa se
resume em anotar os nomes dos trabalhadores que vão aparecendo e em dar permissões e
quitações.
Não contente ainda com o serviço tão cômodo, o proprietário se recusa a arcar com
o déficitresultante de sua inação: lança-se sobre o produtor, do qual exige sempre a mesma
retribuição. Uma vez elevado o arrendamento a sua máxima potência, o proprietário nunca
o rebaixa; a sua carestia dos meios de subsistência, a falta de braços, os inconvenientes das..."
Resumindo, os patrões malvados que insistem em comprar uma propriedade, máquinas e pagar salários não podem ter lucro com ela, quem deve ficar com tudo é o capiau que foi contratado.