Você fala em geração de empregos, mas se esquece que pequenas propriedades geram mais empregos que grandes latifúndios.
Não é um bom argumento. Não se deve escolher a opção que gere mais empregos e sim a mais produtiva.
A distribuição de renda é maior com produtos mais baratos que com mais gente fazendo produtos caros.
Na época em que as fábricas de tecido tiraram o emprego das tecelagens domésticas essa discussão já existia.
Não. Devemos escolher a opção que gere maior bem-estar para a população. Se eventulmente existir alguma técnica ultra-produtiva, mas que gere outros problemas (degradação ambiental, êxodo rural e aumento de favelas, a riqueza gerada pela produtividade é concentrada e beneficia pouca gente), ela deve ser evitada.
A analogia entre a produção de mercadorias artesanais x industrializadas é falha neste caso. Não estamos falando de um modelo que gera os mesmos produtos de forma primitiva e de outro eficiente. Estamos falando de um modelo oligopolista que concentra um bem limitado como terras e gera monoculturas focadas na exportação e de outro que não gera a mesma concentração e que geraria uma variedade maior de produção.
Fala em empregos indiretos vindos da comercialização de produtos mais baratos, mas se esquece que a produção de latifúndios é focada na exportação.
Não me parece que estejam faltando alimentos no Brasil. Só importamos o que não cresce aqui, como o trigo.
Não, não está faltando. Graças à pequenos e médios agricultores. Não à monoculturas.
E "roubadas" são as terras griladas. Não assentamentos criados depois de muita luta e reivindicação.
Que tal concentrar a reforma agrária nas terras griladas e deixar as fazendas produtivas em paz?
Se é que ainda sobraram terras sem uso.
Não se preocupe, acampamentos e ocupações não são coisas aleatórias, como alguns dão à entender. São feitos justamente para reivindicar as terras que não tem o mínimo de produtividade E aquelas que por outros motivos, não cumprem função social.
Por que algumas pessoas acham que "comunista" = "franciscano"?
A ideologia comunista diz, explicitamente, que "propriedade privada é roubo".
Recomendo estudar O Capital ou tentar entender qual a crítica à propriedade privada dos meios de produção. Isso previne críticas precipitadas ou errôneas.
Acho que o mais neomedievalista é defender a concentração fundiária brasileira, a existência de grandes feudos em que seus senhores feudais fazem o que querem, e não tem nenhuma obrigação a cumprir perante a sociedade. Não precisam dar satisfação de produção e nem cumprir legislação ambiental/trabalhista.
1. Será que ainda restam tantas terras assim nesta situação?
2. Que tal cumprir a lei, analisando caso a caso, em vez de deixar que o MST decida o que é certo e errado?
Terras improdutivas vem diminuindo sim, é verdade. Mas ainda exitem. Com relação à desrespeito à legislação trabalhista, ambiental e grilagens, esse é um velho problema que ainda persiste. Até trabalho escravo ainda tem em vários lugares.
Com relação à segunda sugestão, é que esse negócio de ficar esperando e deixar rolar nunca deu muito certo nos últimos séculos.