Autor Tópico: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força  (Lida 32864 vezes)

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Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #200 Online: 02 de Setembro de 2010, 20:37:21 »
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Normalmente não precisa fazer pressão para que terras vazias no meio do nada vão para reforma agrária. Governantes adoram dar essas terras para inflar números de reforma agrária. E como elas não tem dono, ninguém vai ficar segurando na justiça aquelas terras para impedir a sua distribuição.

E não basta ser produtivo para cumprir a função social da terra, não se esqueça.


É mesmo? Já viu o MST ocupar áreas no Nordeste?

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E não basta ser produtivo para cumprir a função social da terra, não se esqueça.

Se invadem as terras alegando que NÃO é produtiva apesar de ser totalmente ocupada e gerar impostos é mais uma prova de que o MST é apenas um movimento de quadrilheiros que ganham dinheiro com invasões.

O que é necessário para vc considerar que uma terra cumpre sua função social? Permitir que 200 capiaus (Supondo que não sejam os vagabundos do MST que nunca plantaram P* nenhuma) ocupem uma fazenda para produzir alimentos na base da enxada e sem técnica ou estrutura alguma fazendo com que os produtos cheguem à sua mesa por um preço 10 vezes maior?

Se for assim é melhor ficar como está.

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Não acho que deva desistir por achar que seu movimento não vai ter apoio do governo. Isso é a coisa mais comum que exite. Durante a maior parte do tempo e da história, movimentos sociais são atacados pelo governo.  Vide toda a repressão existente no Rio Grande do Sul. E aqui no Paraná, ela provavelmente vai aumentar bastante, já que quem vai ser governador provavelmente vai ser ou um empresário ou um latifundiário.

Fico feliz em saber que o povo do Rio Grande do Sul quer botar o MST para correr.

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De modo algum pagar imposto basta para cumprir função social. Terra é um recurso finito, que não pode ser produzida. Portanto, deve ser muito bem aproveitada para a melhoria de vida das pessoas.


E o melhor meio de aproveitar é deixar que agricultores profissionais tenham condições de produzir por um preço baixo sem o monte de impostos que impedem que sejam competitivos.

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Mas eu concordo com a importância de se ajudar e estimular a agricultura, talvez por meio de créditos rurais. Se bem que quando falamos de grandes proprietários, eles não tem a desculpa de não poderem pagar por mais infra-estrutura em suas propriedades.

Infraestrura tb é a rede de estradas e portos que permitem que se venda a produção, não é asfaltar estradinha dentro de fazenda.

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Que eu saiba, no caso de imposto rural, o que sai mais caro na verdade é deixar uma terra sem produção alguma. Terras produtivas não-aproveitadas dão um gasto enorme

E por isso afirmo que se é improdutiva de verdade, um dia será vendida voluntariamente.

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O problema é que nem sempre aquilo que se declara nos impostos para o governo é a verdade. Um sujeito pode manter 40% de área não-aproveitada, mas declarar que não aproveitou somente 10%. É muito difícil fiscalizar tudo o que é declarado.

Já ouviu dizer que entre uma safra e outra se é obrigado a deixar a terra descansar para não se esgotar? E que parte das fazendas que o MST invadiu e depredou tinha mata nativa de reserva ambiental que foi cortada pelo MST  que roubou a madeira?

Nem sempre a área desocupada é inutil, mas os capiaus nem levam em consideração.

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O que eu vi foram imagens de um conflito em que dois lados estavam armados e não se sabe bem como tudo começou. Haviam denúncias graves de jornalistas que foram presos, mas depois a polícia local negou que isso tenha acontecido. Mas isso não tem nada à ver com disputas de facções internas armadas ou dirigentes que ficaram ricos estando no movimento.
Enviada: Hoje às 09:30:40Enviado por: CyberLizard  


Os dois lados estavam armados, só que foi o MST que pulou para dentro da cerca.

 O que vc faria se a propriedade fosse sua, seus familiares estivessem lá e vc visse um bando de ignorantes armados invadindo e vindo na direção deles?
 
Eu mandaria fogo sem dó, atiraria para matar.


Offline CyberLizard

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #201 Online: 04 de Setembro de 2010, 09:48:40 »
Não vou responder tudo, pois acho que isso implicaria repetir algumas respostas anteriores à perguntas similares feitas alguns posts atrás. Vou tentar evitar criar uma discussão circular. Respondendo às perguntas e comentários que são novidade:

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É mesmo? Já viu o MST ocupar áreas no Nordeste?
Não vi, pois fica muito longe de onde eu moro. Mas sei que a maioria dos acampamentos atualmente estão no nordeste. E a maioria dos conflitos por terra que aconteceram em 2010 (54%) foram no nordeste.

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O que é necessário para vc considerar que uma terra cumpre sua função social?
Estou usando a mesma definição da constituição brasileira. Art. 186:

A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

    I - aproveitamento racional e adequado;

    II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;

    III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;

    IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
 
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Já ouviu dizer que entre uma safra e outra se é obrigado a deixar a terra descansar para não se esgotar? E que parte das fazendas que o MST invadiu e depredou tinha mata nativa de reserva ambiental que foi cortada pelo MST  que roubou a madeira?

Nem sempre a área desocupada é inutil, mas os capiaus nem levam em consideração.
Esse negócio da terra descansar é levada em conta. Normalmente o grau de produtividade oficial parte da declaração do proprietário feito no Importo Territorial Rural, que abrange a produtividade e uso da terra em uma escala anual. À partir disso, uma vistoria pode dizer se o proprietário declarou a verdade ou não.

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E por isso afirmo que se é improdutiva de verdade, um dia será vendida voluntariamente.
Como explica então que ainda hajam terras improdutivas? Não será vendida voluntariamente se as coisas continuarem como estão.  O maior problema é a corrupção, pouca fiscalização, e baixíssima agilidade do judiciário.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #202 Online: 04 de Setembro de 2010, 10:00:33 »
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Não vi, pois fica muito longe de onde eu moro. Mas sei que a maioria dos acampamentos atualmente estão no nordeste. E a maioria dos conflitos por terra que aconteceram em 2010 (54%) foram no nordeste.


A maioria fica no Norte, em área de floresta ou de mineração ilegal.

O MST nunca invade qualquer área realmente desocupada.

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I - aproveitamento racional e adequado;

    II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;

    III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;

    IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
 

1-Uma área de plantio pertencente a uma fazenda de soja com documentação plenamente legalizada não está ocupando a área de forma racional e adequada?

2-O MST derrubou a saqueou madeira que estava em reserva ambiental DENTRO de algumas propriedades, logo só usam preservação como desculpa para saquear o que querem.

3-Algumas fazendas foram invadidas mesmo cumprindo todas as normas trabalhistas.

4-Bem estar dos proprietários e trabalhadores na visão dos capiaus do MST é ficar jogando futebol o dia todo esperando cesta básica e verbas governamentais. Não plantam nem pé de alface porque dá trabalho e na ideologia deles trabalhar é ser explorado.

Não adianta, colega...

A verdade é que são um bando de vagabundos, ignorantes que tem aversão a trabalho.                  
« Última modificação: 04 de Setembro de 2010, 10:03:32 por Arcanjo Lúcifer »

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #203 Online: 04 de Setembro de 2010, 10:06:44 »
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Esse negócio da terra descansar é levada em conta. Normalmente o grau de produtividade oficial parte da declaração do proprietário feito no Importo Territorial Rural, que abrange a produtividade e uso da terra em uma escala anual. À partir disso, uma vistoria pode dizer se o proprietário declarou a verdade ou não.

E quem repassa os dados ao MST?

Quer dizer que o MST tem acesso aos dados fornecidos pelo proprietário ao governo ou invadem de orelhada?

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Como explica então que ainda hajam terras improdutivas? Não será vendida voluntariamente se as coisas continuarem como estão.  O maior problema é a corrupção, pouca fiscalização, e baixíssima agilidade do judiciário.


Do mesmo modo que existem assentamentos do MST totalmente improdutivos.

Offline DDV

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #204 Online: 04 de Setembro de 2010, 12:48:35 »
Citação de: Cyberlizard
A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

    I - aproveitamento racional e adequado;

    II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;

    III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;

    IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

Engraçado... se eu não me engano, você defendeu a tomada de terras mesmo estando cumprindo sua "função social", no início desse tópico.   
 
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #205 Online: 04 de Setembro de 2010, 16:23:17 »
Citação de: Cyberlizard
A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:

    I - aproveitamento racional e adequado;

    II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente;

    III - observância das disposições que regulam as relações de trabalho;

    IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.

Engraçado... se eu não me engano, você defendeu a tomada de terras mesmo estando cumprindo sua "função social", no início desse tópico.   
 





Pagina 8:

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E não basta ser produtivo para cumprir a função social da terra, não se esqueça.



Offline CyberLizard

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #206 Online: 06 de Setembro de 2010, 16:44:09 »
Não. O que defendi era a tomada de terras que não cumpriam função social. E como já postei logo aí em cima, realmente NÃO BASTA ser produtivo para cumprir função social, segundo a definição da constituição. Cumprir função social (segundo a própria constituição) envolve mais coisas ALÉM de ser produtivo. Não vejo onde estaria a contradição no que escrevi.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #207 Online: 06 de Setembro de 2010, 17:04:05 »
"Não basta ser produtivo para cumprir sua função social" autoriza aos vagabundos do MST invadirem qualquer propriedade com qualquer desculpa.

O que é "cumprir sua função social" além de produzir algo que será vendido e gerará um monte de empregos indiretos na comercialização dos produtos por um preço mais baixo que seria possível se um bando da capiaus produzisse a mesma quantidade com enxadas e carros de boi?

Fio...os caras não conseguem sequer produzir algo que preste para consumo próprio nas terras que já roubaram quanto mais produzir para abastecer o mercado e exportar.

Offline Price

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #208 Online: 06 de Setembro de 2010, 19:25:09 »
O motivo de invadir/ocupar terras de "bacanas" é as terras estarem fertilizadas, irrigadas e simplesmente prontas para o cultivo (derrr).

O fato é que eles vão atrás de terras produtivas que não cumprem a sua função e que estão prontas para a produção, existem milhares de km² por aí que devem ser tratadas antes de produzir, mas que não estão ocupadas.

Imagino que tenha também algo relacionado ao desmantelamento da propriedade burguesa, não sei se estou certo.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #209 Online: 06 de Setembro de 2010, 19:31:37 »
O motivo de invadir/ocupar terras de "bacanas" é as terras estarem fertilizadas, irrigadas e simplesmente prontas para o cultivo (derrr).

O fato é que eles vão atrás de terras produtivas que não cumprem a sua função e que estão prontas para a produção, existem milhares de km² por aí que devem ser tratadas antes de produzir, mas que não estão ocupadas.

Imagino que tenha também algo relacionado ao desmantelamento da propriedade burguesa, não sei se estou certo.

É exatamente isso, não se trata de ocupar terra sem uso e sim de empurrar a ideologia deles.

NUNCA invadem terras sem uso onde não exista nada para saquear.

Offline Price

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #210 Online: 06 de Setembro de 2010, 19:37:20 »
O certo não é tomar o que está apropriado, levariam muitos anos de processos, e mecher com donos de grandes propriedades... Vide o Sarney, que é dono da metade do Maranhão (terras no nome dele).

Se o governo fizesse algo como as comunas lá da época da Revolução Russa, economizaria um bom dinheiro, e silenciaria eles...
(Se for dividir as terras, que pelo menos instrua os infelizes a cultivar e etc, para que eles não inventem de criar gado.)
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #211 Online: 06 de Setembro de 2010, 22:41:50 »
Pelo menos é coerente com a própria ideologia escrota.Algo que o Lula foi antes de 2002.

Não sei se é tão coerente. Não é esse que tem um saldo bancário consideravelmente polpudo?

Offline Buckaroo Banzai

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #212 Online: 06 de Setembro de 2010, 22:45:37 »
"Não basta ser produtivo para cumprir sua função social" autoriza aos vagabundos do MST invadirem qualquer propriedade com qualquer desculpa.

O que é "cumprir sua função social" além de produzir algo que será vendido e gerará um monte de empregos indiretos na comercialização dos produtos por um preço mais baixo que seria possível se um bando da capiaus produzisse a mesma quantidade com enxadas e carros de boi?

Fio...os caras não conseguem sequer produzir algo que preste para consumo próprio nas terras que já roubaram quanto mais produzir para abastecer o mercado e exportar.

Esse papo de "terras produtivas não cumprem a sua função social" é um neomedievalismo que dá medo.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #213 Online: 06 de Setembro de 2010, 22:50:12 »
Trechos pertinentes de textos de Xico Graziano:

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[...] A unanimidade política se provou no Estatuto da Terra, promulgado pelo regime militar em novembro de 1964. Nem a turma da direita, que chutou a democracia no golpe, se opôs à desapropriação do latifúndio, um obstáculo ao progresso.

A nova lei deu nome aos bois. Os latifúndios passaram a ser divididos em dois grupos: "por dimensão" e "por exploração". No primeiro caso, 600 módulos de terra eram o limite de sua extensão, área situada entre 20 mil e 50 mil hectares, dependendo da região. Maior que isso, poderia ser desapropriado para reforma agrária. Terra dividida.

Já os latifúndios "por exploração" precisavam, independentemente de seu tamanho, provar que eram produtivos. Daí surgiram os índices de produtividade que o Incra utiliza, até hoje, para caracterizar a função social da propriedade rural. Se estiver ociosa, com baixa produção, pau nela. Vai para o assentamento dos sem-terra. Muito bem.

Dois cadastramentos gerais foram realizados naquela época. As estatísticas eram devastadoras, configurando forte concentração da estrutura agrária. Em 1984, atualizados, os dados serviram para fundamentar o plano de reforma agrária da Nova República. Eles mostravam que os latifúndios se apropriavam de 90% do território. Um escândalo.

O cadastro indicava existirem 305 latifúndios "por dimensão", que, somados, detinham área maior do que a explorada, na outra ponta, por milhões de pequenos agricultores. Ninguém poderia concordar com isso. Reforma agrária já.

Se a ditadura não aplicou, na prática, o Estatuto da Terra, a democracia, restabelecida, o faria. Assim, há 25 anos, se iniciava a fase moderna da reforma agrária brasileira. Seus resultados, sofríveis, frustraram as expectativas, transformando a prometida redenção da miséria rural numa polêmica interminável. Por quê?

Duas explicações importam aqui. Primeiro, destrinchando as estatísticas oficiais, verificou-se que, entre os latifúndios "por exploração", 700 mil detinham área menor que 100 hectares de terra. Quer dizer, eram "pequenos" latifúndios. Um contrassenso incompreensível. Segundo, entre os grandões, apenas um ou outro acabou efetivamente desapropriado na reforma agrária, por uma razão elementar: dificilmente eles eram encontrados nas vistorias de campo. Representavam enormes terras griladas, cadastradas no Incra, porém fictícias. Latifúndios "fantasmas".

O equívoco desnorteou os agraristas. Estava em curso um processo de modernização agropecuária que, hoje, caracteriza o capitalismo no campo. Nos últimos 30 anos, o latifúndio transformou-se em grande empresa rural, mantendo-se grande, mas tornando-se produtivo. Integrado com a agroindústria, ao lado de fortes cooperativas, constitui o complexo chamado agronegócio.

Após a Constituição de 1988, mudou a lei agrária. Desapareceram as antigas denominações do latifúndio, substituídas pela nova caracterização econômica da grande propriedade: produtiva ou improdutiva. Até hoje, entretanto, o conceito histórico, tão marcante, permanece sendo utilizado. E, infelizmente, deformado.

João Pedro Stédile, ideólogo do MST, caracteriza atualmente o latifúndio como a propriedade rural que, embora cultivando café, soja, cana, eucalipto, ou utilizada na pecuária, ocupe área superior a mil hectares. Ponto. Não interessa se utiliza tecnologia, paga bem aos empregados ou conserva o solo. Importa apenas o tamanho, aliás, bem abaixo dos antigos latifúndios "por dimensão".

Ora, o modelo agrícola do País, ainda concentrador, pode ser criticado. Mas o latifúndio sempre caracterizou relações atrasadas de produção, mau uso da terra, servilismo. Confundir a empresa capitalista no campo com a propriedade oligárquica entorpece o raciocínio. Latifúndio produtivo soa ilógico.

Curiosa a mente das pessoas. Há quem, não percebendo que o mundo mudou, repete o mesmo chavão a vida toda. Tromba com a realidade. Outros, mais inteligentes, sabem das mudanças. Mas, para manter o discurso atrasado, escondem-se na mentira dos conceitos. Deturpam a realidade.

 

Publicado em O Estado de S. Paulo

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[...] Os plantios convencionais recebem várias aplicações de herbicidas, dependendo do grau de infestação da área cultivada. E, normalmente, tais agrotóxicos, seletivos ou de “préemergência”, são mais contaminantes que o glifosate, utilizado nas lavouras transgênicas. Todos, por serem tóxicos, exigem o cuidado da receita agronômica.

Existe um complicômetro, alardeado pelos críticos. A tecnologia RR pertence à Monsanto, grande multinacional norte-americana, mesma empresa que fabrica o fungicida Roundap Ready. Óbvio está o risco de se criar danosa dependência do agricultor à garra monopolista do Tio Sam. Pode ser, mas há um senão.

A patente mundial do glifosate expirou em 2000, caindo para domínio público. À semelhança da medicina, vira produto genérico. Apenas no Brasil, atualmente, 18 empresas, nacionais e estrangeiras, fabricam 20 marcas comerciais do herbicida, todos com a mesma base química. Há, portanto, forte concorrência no mercado. A mentira ideológica omite a relevante informação.

A biotecnologia, incontestavelmente, trabalha a favor da redução dos pesticidas agrícolas. O fato, objetivo, recebeu o primeiro atestado oficial quando, em 2003, no processo de votação da Medida Provisória 131, o núcleo agrário do PT solicitou um relatório sobre a matéria. Visita em campo, relatada na Comissão de Agricultura, confirmava as vantagens agronômicas da nova tecnologia. Por isso os pequenos agricultores gaúchos a adotavam, contrabandeando-a da Argentina.

Foram, na época, arrolados 12 aspectos positivos. Incluíam a redução no uso de herbicidas, aumento na praticidade da lavoura, economia de combustível, redução de perdas e maior liberdade do trabalho rural. Anotava ainda o reaparecimento de pequenos mamíferos, aves e peixes nas redondezas dos campos de produção. “Um banho de realidade”, conforme se expressou a agrônoma Maria Thereza Pedroso, responsável pelo relatório petista. [...]

http://www.xicograziano.com.br/artigos/181/mentira-ideologica


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[...] O problema não está restrito à Hiléia. No Paraná, a antiga Fazenda Araupel, com 33 mil hectares de Mata Atlântica, repleta de centenárias araucárias, está agonizando nas mãos do MST. Em 18 anos de história, foi o maior desmatamento identificado pela SOS Mata Atlântica. Culpa do Incra.

Na área de proteção ambiental de Guaraqueçaba, litoral paranaense, desde 2003 um grupo de invasores exige as terras, segundo eles, abandonadas. Até a Ministra Marina Silva, sempre tão quieta com temor do patrulhamento petista, já se manifestou contrária ao projeto de assentamento. Os sem-terra, todavia, não desistem. Dizem que, entremeado ao mosaico protegido da região lagunar-estuarina, vão instalar um projeto agroecológico. Será crível?

Ora, a visão ecológica dos invasores de terra está próxima de zero. Nem poderia ser diferente. Com a fábrica de sem-terras montada no país pelo MST e congêneres, os pretendentes da reforma agrária compõem-se de pessoas excluídas da sociedade, desqualificadas no mercado de trabalho, desajustados urbanos. No velho marxismo, a eles se denominam lumpenproletariado, incapazes de obter consciência revolucionária. Imagine entender o aquecimento global.

Incautos se perdoam. Os lideres, todavia, são lúcidos, politizados. Arquitetam muito bem seus atos. Misturam o sonho da revolução socialista com uma espécie de fundamentalismo à moda fascista. Assim cresceram, alimentando-se da subserviência dos miseráveis. Agora temperam seu discurso com pitadas de ecologia. Buscam, inteligentemente, antenar-se, na palavra, com o reclamo atual da opinião pública. [...]

http://www.xicograziano.com.br/artigos/207/cinismo-agrario

Offline Buckaroo Banzai

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #214 Online: 06 de Setembro de 2010, 22:52:36 »
As terras estão cumprindo sim suas funções sociais. Quem não está são os líderes do MST, que não fazem nada que preste para a sociedade.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #215 Online: 06 de Setembro de 2010, 22:59:38 »
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Sonho regressivo



Era 30 de novembro de 1964. O General Castelo Branco, primeiro presidente militar do país, promulgava o Estatuto da Terra, defendendo a reforma agrária. [...]

Carmem de Salis, jovem e atrevida historiadora, lança agora novas luzes sobre essa intrigante questão. Sua excelente tese de doutoramento, apresentada recentemente à UNESP/Assis, rompe com a teoria dominante na esquerda, comprovando, com sólida análise, que o governo militar não jogava para a torcida. Os formuladores do Estatuto da Terra defendiam a reforma agrária com convicção.

A diferença entre a proposta de João Goulart e a de Castelo Branco residia, fundamentalmente, na ideologia. Ambos visavam a desapropriação dos latifúndios. Mas, na perspectiva da esquerda, a reforma agrária deveria desaguar no socialismo. Para os castelistas, ao contrário, o objetivo era encorajar o capitalismo. Como?

Fortalecendo a propriedade privada da terra. Acabar com os “parasitas” da estrutura fundiária, os velhos coronéis, permitiria criar uma progressista “classe média” no campo, com óbvia tendência conservadora. Nada melhor para evitar o perigo comunista de então.

Os acontecimentos posteriores impediram que o reformismo liderado por Castelo Branco prevalecesse. Seu falecimento, em julho de 1967, abriu as portas para a “linha dura" do regime militar. Primeiro, assumiu Costa e Silva, Ministro da Guerra; depois, em 1969, chegou Médici. Época dos brucutus torturadores. Com eles, a política fundiária muda completamente, priorizando-se a colonização das terras devolutas na Amazônia.

A ousadia da pesquisadora da UNESP abre brecha para uma reflexão. Fazer reforma agrária não significa, automaticamente, mudar o sistema econômico. Nem, tampouco, distribuição de terras se confunde com socialismo. Basta analisar a história.

O capitalismo europeu somente vingou quando, na Revolução Francesa, os camponeses tomaram as terras dos nobres. Quem ganhou foi a nascente burguesia urbana. No Japão, após a Segunda Guerra, a reforma agrária promovida pelos EUA criou as bases de formidável economia. Propriedade privada.

Na Rússia, verifica-se diferente rumo. A política revolucionária, executada na ponta da baioneta pelos comandados de Lênin, depois Stalin, levou à forçada coletivização da agricultura. Em Cuba, igualmente, a terra acabou nacionalizada por Fidel Castro. Propriedade coletiva.

Inexiste conclusão fácil nessa matéria. Tudo indica, porém, que a evolução da história superou o drama agrário, trazendo novos dilemas ao campo, como a problema ecológico. Há, decerto, os que ainda tentam fazer revolução no campo. Mas estes se assemelham a um perverso dom Quixote: criam uma fantasia, manipulam a pobreza e inventam moinhos de vento.

Com o fim do socialismo, a luta pela igualdade social tem transformado a reforma agrária numa espécie de sonho regressivo. A sociedade global, consumista, competitiva, parece exigir, no íntimo das pessoas, aquela busca de quietude que apenas se encontra no campo, a busca da paz que brota da terra. Uma utopia.

 


Artigo publicado no Jornal O Estado de São Paulo, no dia 02/12/2008
 

Fonte: O Estado de S. Paulo




http://www.xicograziano.com.br/artigos/170/sonho-regressivo

Offline Buckaroo Banzai

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #216 Online: 06 de Setembro de 2010, 23:02:43 »
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Quote from: Xico Graziano
[...] Mais tarde, a birra, agora já comandada pelos neo-revolucionários do MST, avançou contra as grandes fazendas de pecuária. E depois contra as plantações de soja. A idéia básica permaneceu a mesma: assentado que se preze deve produzir a subsistência, roça diversificada, um pouco de tudo, arroz com feijão, milho para a galinha caipira, uma hortinha, o porco na lavagem, leite na teta da vaca... Nostalgia rural.

Escudando-se nessa tese, as autoridades do Incra deram a ordem de despejo para 12 famílias, entre os 176 assentados em Araraquara. Desobedientes, elas haviam se especializado na produção de cana-de-açúcar. Pelas recomendações oficiais, apenas metade da terra, no máximo, poderia receber o doce plantio do açúcar.

A situação não é específica do conflituoso assentamento Bela Vista. Vários outros projetos de reforma agrária apresentam casos semelhantes. O problema nem é restrito às áreas de reforma agrária. O plantio de cana-de-açúcar oferece boa rentabilidade e atrai os pequenos agricultores em geral. Afinal, embora modestos, eles também desejam ganhar dinheiro, trocar de carro, estudar os filhos. Enfim, progredir na vida.

Pense bem. Qual o objetivo último da reforma agrária? Tornar, simplesmente, o sem-terra um agricultor, para que padeça as agruras da terra ou, mais além, garantir-lhe condições dignas de existência? Ora, na economia de mercado, importa a renda, não a terra. Impedir o assentado de buscar rentabilidade, atrás da cana-de-açúcar ou qualquer outra atividade, é defender o atraso.

Quem comunga esse pensamento obscurantista, que obriga a reforma agrária a cuidar da subsistência básica, deveria ele próprio pegar na enxada e plantar um palmo de roça. Arregaçar a camisa e cultivar no sol. Os urbanóides, a começar de certas lideranças políticas dos sem-terra, formulam regras sem conhecimento realista, nem prático, do assunto.

No passado, época do Brasil rural, as fazendas e sítios eram auto-suficientes. Produzia-se o gostoso pão-nosso-de-cada-dia. A economia monetária estava incipiente. Mas, aos poucos, tudo mudou. As pessoas se mudaram para a cidade, e a roça de subsistência acabou trocada pela gôndola do supermercado. Agricultor nenhum planta mais arroz e feijão para comer, prefere comprar. Chega melhor, e mais barato, no almoço.

Com a modernização da agropecuária, seguindo a tendência da economia geral, forçou-se a especialização do trabalho. E, sabidamente, a escala de produção interfere nos custos. Dessa forma, manter uma roça de subsistência, para aliviar o orçamento doméstico, funciona quando existir trabalho ocioso na propriedade rural. Fora disso, não faz sentido.

Proibir que os assentados de reforma agrária dediquem-se àquilo que mais dá dinheiro, obrigando-os a produzir alimentos básicos, representa um grande equívoco, burrice das grossas. Pior, condena o (ex)sem-terra à vida miserável, um autoritarismo disfarçado. [...]

Offline Sr. Alguém

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #217 Online: 07 de Setembro de 2010, 17:23:05 »
Pelo menos é coerente com a própria ideologia escrota.Algo que o Lula foi antes de 2002.

Não sei se é tão coerente. Não é esse que tem um saldo bancário consideravelmente polpudo?
Quando escrevi ainda não sabia esse detalhe sobre o patrimônio do sujeito. :)
Se você acha que sua crença é baseada na razão, você a defenderá com argumentos e não pela força e renunciará a ela se seus argumentos se mostrarem inválidos. (Bertrand Russell)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Humanismo_secular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_social

Offline Felius

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #218 Online: 08 de Setembro de 2010, 03:26:13 »
Pelo menos é coerente com a própria ideologia escrota.Algo que o Lula foi antes de 2002.

Não sei se é tão coerente. Não é esse que tem um saldo bancário consideravelmente polpudo?
Quando escrevi ainda não sabia esse detalhe sobre o patrimônio do sujeito. :)

Sendo honesto, o velho tem uns 80 anos. É perfeitamente possível que ele tenha simplesmente poupado esse dinheiro, especialmente se ele for condizente com o próprio discurso, e não for "consumista". Continua sendo um maluco esquerdista que quer quebrar o brasil, mas um maluco honesto (Não que isso faça ele melhor, pelo contrario). :P
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Offline Fernando Silva

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #219 Online: 08 de Setembro de 2010, 07:13:31 »
Não dá para esconder que "reforma agrária" é só desculpa.
Exato. Por que diabos o MST destruiu ferrovias da Vale e invadiu a sala de controle de uma hidroelétrica?

E desde quando "reforma agrária" se justifica por si só? Ou é prioridade? Ou um valor absoluto?

Por que destruir laboratórios de pesquisas?

Offline Fernando Silva

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #220 Online: 08 de Setembro de 2010, 07:17:29 »
Citar
Proibir que os assentados de reforma agrária dediquem-se àquilo que mais dá dinheiro, obrigando-os a produzir alimentos básicos, representa um grande equívoco, burrice das grossas. Pior, condena o (ex)sem-terra à vida miserável, um autoritarismo disfarçado. [...]

[MST on]Esses assentados que insistem em ganhar dinheiro são uns traidores da causa.[/MST off]

Offline Fernando Silva

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #221 Online: 08 de Setembro de 2010, 07:19:06 »
Sendo honesto, o velho tem uns 80 anos. É perfeitamente possível que ele tenha simplesmente poupado esse dinheiro, especialmente se ele for condizente com o próprio discurso, e não for "consumista".
Se ele fosse honesto, não teria ficado com nada. Afinal, toda propriedade é roubo.
Teria usado tudo em prol da "causa".

Offline Sr. Alguém

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #222 Online: 08 de Setembro de 2010, 15:22:42 »
Ele mesmo admitiu, no CQC, que é um "traidor da classe".
Se você acha que sua crença é baseada na razão, você a defenderá com argumentos e não pela força e renunciará a ela se seus argumentos se mostrarem inválidos. (Bertrand Russell)
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Offline O Grande Capanga

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #223 Online: 08 de Setembro de 2010, 18:10:17 »
O Matusalém tem dinheiro nos EUA. Por que ele não colocou em algum banco cubano ou venezuelano?

Com essa idade e com essa grana, ele deveria sair por aí viajando pelo mundo e comendo muita mulher.

Offline O Grande Capanga

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Re: PSOL vai tomar riquezas e redistribuir à força
« Resposta #224 Online: 08 de Setembro de 2010, 18:28:50 »
O que os idiotas úteis não sabem, é que toda relação econômica (produção, comércio etc.) que envolve os setores agropecuários e adjacentes (silvicultura, extrativismo etc.) desde o insumo até o consumidor final, é agronegócio (melhor reconhecido como a Cadeia do Agronegócio).

Se um sem-terra assentado produz e vende, ele faz parte do agronegócio da mesma forma que a Monsanto, Cargil, Friboi etc. E também da mesma forma que o Carrefour é varejista, o mercadinho do Seu Zé também é. Entenda que fazer parte é que todos ali do agronegócio estão inseridos nesse setor (Cadeia do Agronegócio), só que uns fazem parte de um elo da cadeia que outros não fazem.

O argumento mais babaca é que não sei lá quantos por cento dos alimentos que comemos vêm de pequenas e médias propriedades rurais. Eu pergunto: e daí? Por acaso agropecuária é só plantar comida? Tá faltando comida no Brasil? Todo mundo sabe que no Brasil existe desperdício de alimentos, desde antes da porteira até quando jogamos fora depois de pronto. O problema é logístico e não de escassez.

Outra coisa que precisam entender, é que agronomia é muito mais do que comida:

-Cana-de-açúcar: álcool (combustível), açúcar (insumo de muitos alimentos) e energia (termolétricas);
-Madeira: celulose, construção civil e móveis;
-Soja: ração animal e insumo pra diversos alimentos humanos;
-Entre outros...

Se vão produzir só comida, o restante vão importar?

 

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