Me enoja e me decepciona a maneira como as coisas vem sendo tratadas neste tópico.
Estão criticando a religião por doutrinação bitolada realizadas por séculos a fio, tendo ela mesmo se anunciado como a detentora exclusiva da verdade, e agora estão querendo tomar para sí o título.
Bem ,imagino então que todos aqueles que defendem o método científico como sendo
única maneira honesta de se tentar mostrar evidências, estão sendo acusados e equiparados à aqueles que defendem o método "faça o que está escrito senão vai pro inferno". A ciência ao contrário da religião não teme o contraditório, se alimenta dele, é construída através da dúvida e não da certeza, na ciência tudo é verdade até que se prove o contrário, na religião, mesmo que se mostre por A mais B, que não é daquele jeito, pra ela continua a ser verdade, de outra maneira não seria mais religião.
Eu tenho a verdade. Eu estou correto. Eu sou o absoluto.
Deixa eu adiantar uma coisa, a igreja fez isso no período da inquisição. Não deu certo.
Então porque continua sendo religioso?
Sou contra qualquer prática abusiva contra as crianças, qualquer coisa que as traumatize e que impeça o seu crescimento de maneira saudável e feliz. O que me surpreende é os doutrinadores ateus bradarem para sí um título messiânico, de que a religião é ruim e faz de todos traumatizados, homofóbicos e agressores de mulher. Que coisa nojenta.
Estão tomando para sí o título de oniscientes, onipresentes e onipotentes. Todos estão errados, nós estamos certos.
Deixa eu adiantar algo, as igrejas e os deuses já fizeram isso, deu errado.
Porque então continua a ser religioso?
Quem garante que poupar a criança do místico, do fantasioso não prejudique mais o seu crescimento do que a frequencia a uma religião? E se for provado cientificamente que é melhor para o desenvolvimento sadio da criança que ela creia nestas coisas até certa idade, o que vocês vão fazer? Vão levá-las à igreja? Ia ser muito interessante.
Se for provado cientificamente que dizer para uma criança ( ou adulto) que se ela não acreditar em deus, ela vai queimar eternamente no inferno, minha cabeça daria um nó. Porque como pode ser isso condizente com a ética?
E eu não duvido muito que um estudo provasse tais fatos.
Não é preciso um estudo para comprovar que a religião pode confortar as pessoas. Mas é preciso confortar com uma mentira? É preciso confortar com uma história terror e medo?
Assim como não é preciso um estudo para comprovar que existem milhares de maneiras de confortar uma pessoa apenas dizendo coisas das quais existem evidências científica e não são claramente um conto da carochinha.
Eu, como religioso me sinto extremamente ofendido com tudo o que foi escrito até aqui. Agora sei o que vocês sentem quando são discriminados e não é nada bom. Mas o paradoxo nisso tudo é que estou sendo discriminado por aqueles que lutam contra a discriminação! Seria trágico, se não fosse cômico.
Como eu disse ao Barata, existe uma clara distinção entre as pessoas e a instituição, mas claro, a pessoa ao se deparar com o contraditório, é preciso que comece a ser mais honesta com sua própria vida e pare de se autoenganar.
O que fazemos ao atacar a instituição e mostrar suas falhas, pode ser claramente rebatido e contraargumentado, mas é muito difícil, encontrar argumentos sólidos que defendam um conto mitológico como sendo verdade.
Vamos decidir para qual época da civilização nós vamos regredir! Se para a época da Inquisição, do misticismo louco e desenfreado, ou para a época do comunismo/socialismo, onde a religião foi controlada pelo Estado e igualmente trágico.
Está se fazendo de vítima. Poderia argumentar por exemplo porque segue uma religião claramente homofóbica, preconceituosa e indutora de hábitos da idade média. E eu sei que você não é assim, mas porque ainda a defende?
Muito se fala sobre a época mais negra da igreja católica, mas se colocarmos na ponta do lápis, talvez o comunismo ateu tenha feito tantas vítimas quanto, ou mais!
Está construindo um espantalho.
Luto pelo bom senso e pela liberdade. Sem exageros religiosos e sem exageros ateus. Que se preze a integridade física e mental da criança e que seja poribido tudo o que comprovadamente lhe vá fazer mal.
O que passar disso é balela, preconceito louco, nocivo e desenfreado de religiosos que acreditam ou não em Deus.
Isso é que é exagero, desde quando ponderar contra as contradições religiosas é preconceito louco e desenfreado.