Autor Tópico: Revolta Árabe  (Lida 71039 vezes)

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #525 Online: 15 de Fevereiro de 2012, 14:07:29 »
Crise síria se agrava e deixa Obama com poucas opções

Após 11 meses de uma violenta rebelião na Síria, o presidente dos EUA, Barack Obama, baseia sua reação em uma frágil e inexperiente coalizão internacional que tem poucas opções palatáveis para debelar a crise.

A secretária de Estado, Hillary Clinton, qualifica o novo grupo de "Amigos da Síria" como a melhor oportunidade de fortalecer a frágil oposição ao regime do presidente Bashar al Assad e forjar uma solução política, depois do veto de China e Rússia a uma resolução do Conselho de Segurança a ONU sobre o assunto.

Os "Amigos da Síria" incluem aliados árabes dos EUA e a Turquia, enquanto os EUA se limitam a um papel de coadjuvante, deixando que outros governos assumam posições mais assertivas. Mesmo assim, Washington teme se envolver em uma perigosa guerra civil num ponto crucial do Oriente Médio.

"O ritmo do impacto dos nossos esforços está sendo superado pelo ritmo em que o regime sírio está disposto a matar pessoas", disse Steven Heydemann, especialista em Síria no Instituto da Paz, dos EUA.

"A estratégia dos EUA, tal qual está agora, é simplesmente pouco demais e tarde demais, e esse é um crescente ponto de tensão dentro do governo."

Esse debate ocorre em meio a temores cada vez mais sérios de que o conflito já estaria fora de controle, pois os rebeldes anti-Assad recebem armas e apoio material do Iraque e de outros lugares.

Diplomatas da Liga Árabe disseram que uma nova resolução aprovada na terça-feira pelo grupo poderia permitir o fornecimento de armas para os rivais de Assad. Isso poderia lançar o governo Obama na desconfortável posição de apoiar tacitamente aliados árabes que desafiaram seus próprios alertas públicos contra um envolvimento militar no conflito.

"Neste momento, a oposição provavelmente pode obter armas atacando suprimentos militares sírios, agregando desertores e fazendo algumas aquisições no mercado negro", disse um funcionário norte-americano que pediu anonimato.

A Casa Branca reiterou na terça-feira sua preocupação com uma corrida armamentista na Síria. "Ainda acreditamos que uma solução política é o que a Síria precisa, e ainda há chance se a comunidade internacional agir rapidamente", disse Tommy Vietor, porta-voz da Casa Branca.

"Não queremos contribuir para uma maior militarização da Síria, o que levaria o país para um caminho perigoso e caótico", afirmou. "Entretanto, não descartamos a adoção de medidas adicionais caso a comunidade internacional espere demais e a situação piore."

Mas a situação na Síria já é bastante ruim, pois as forças de Assad intensificaram seus ataques contra as forças da oposição e contra civis apanhados no fogo cruzado.

"A guerra se tornou uma questão de sobrevivência para o regime de Assad. Ele está se aproximando do limite máximo da violência que pode empregar", disse Jeffrey White, analista de Oriente Médio no Washington Institute, num estudo divulgado na terça-feira.

Hillary deve discutir possíveis medidas adicionais contra a crise durante sua viagem à Tunísia para a primeira reunião dos "Amigos da Síria", no dia 24.

http://noticias.br.msn.com/mundo/crise-s%c3%adria-se-agrava-e-deixa-obama-com-poucas-op%c3%a7%c3%b5es

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #526 Online: 17 de Fevereiro de 2012, 00:40:57 »
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Oposição síria denuncia prisão de blogueira em Damasco

Razan Ghazzawi teria sido presa pelas tropas do governo junto a Mazen Darwich, diretor de órgão que luta pela liberdade de expressão

O diretor do Centro Sírio para os Meios de Comunicação e a Liberdade de Expressão, Mazen Darwich, e a blogueira Razan Ghazzawi foram detidos nessa quinta-feira pelas forças de segurança sírias em seu escritório em Damasco, afirmaram opositores.


Blogueira síria Razan Ghazzawi em localidade desconhecida (foto de arquivo)

"Por volta das 14h (10h de Brasília), membros dos serviços de segurança invadiram o Centro Sírio para os Meios de Comunicação em Damasco e detiveram Mazen Darwich, sua esposa e um funcionario", indicou Louai Hussein, em Damasco. "Não sabemos quais são as acusações contra ele", acrescentou.

Já o advogado de Direitos Humanos, Anwar al-Bounni, indicou que Razan Ghazzawi, blogueira que se tornou um dos símbolos da revolta no país, também havia sido detida no mesmo local junto a Darwich e outros 12 ativistas.

Bounni disse que Razan, que nasceu em Miami, na Flórida, foi detida no início da tarde na mesma operação das forças de segurança no Centro Sírio para os Meios de Comunicação e a Liberdade de Expressão. "Nós, do Centro Sírio de Estudos Legais, condenamos essas detenções e pedimos que as autoridades sírias os libertem imediatamente," indicou Bounni em um comunicado.

Darwich já havia sido detido no dia 16 de março de 2011 quando assistia a um protesto pacífico diante do Ministério do Interior, em Damasco, segundo informou a Repórteres Sem Fronteiras. Uma semana depois, foi convocado por ter feito declarações sobre as detenções na Síria e sobre os incidentes em Deraa, no sul, havia informado o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

Mazen Darwich, 38 anos, dirige o Centro Sírio para os Meios de Comunicação e a Liberdade de Expressão, oficialmente fechado há quatro anos, mas que segue funcionando sem autorização. Ele também é membro da Repórteres Sem Fronteiras.

Em outro episódio de violência contra lideranças, um "grupo terrorista armado" matou na quarta-feira à noite um imã que voltava para a sua casa perto da capital, informou nesta quinta a agência oficial Sana. Ele é um dos poucos religiosos assassinados desde o começo da revolta contra o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, em março de 2011.

"Um grupo terrorista armado matou na quarta-feira à noite com tiros de metralhadora o imã Ahmad Sadek, de uma mesquita de Damasco, quando voltava para casa de carro, em Buaida", na província de Damasco, ressaltou a Sana. O imã, de 37 anos, atuava em uma mesquita do bairro de Midan, em Damasco. Era casado e tinha quatro filhos.

A violência contra opositores ocorre no mesmo dia em que membros da oposição síria defenderam um boicote ao referendo previsto para 26 de fevereiro sobre uma nova Constituição, por considerarem que o texto mantém o mesmo espírito da atual lei fundamental e concede ao presidente prerrogativas absolutas.

"O projeto de Constituição consagra em seu prólogo e em alguns artigos o espírito do texto atual", afirmam em um comunicado os Comitês Locais de Coordenação (LCC), que coordenam os protestos. "Outorga ao presidente da República prerrogativas absolutas, o eleva ao status de líder absoluto e eterno, permite a reprodução do regime e não garante, assim como a Constituição atual, a separação dos poderes."

Assad anunciou na quarta-feira um referendo para 26 de fevereiro sobre uma nova Constituição, com base no pluralismo e suprimindo qualquer referência ao partido Baath, que governa a Síria há quase 50 anos. O fim da supremacia do Baath era uma exigência da oposição, que também deseja a renúncia de Assad.

Também nesta quinta-feira, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas se prepara para votar em uma resolução que condena as violações dos direitos humanos na Síria e pede para um fim na violência do país.

A iniciativa, apoiada pelos países árabes, é o último estágio entre as tentativas internacionais para mediar o fim da crise. O texto também pede para que o presidente Assad saia do poder.

Mais cedo, a China, que junto à Rússia, vetou uma resolução prévia no Conselho de Segurança da ONU, anunciou que enviaria um diplomata a Síria. O vice-chanceler Zhai Jun irá à capital, em Damasco, na sexta-feira, no que Pequim caracterizou como uma tentativa de encontrar uma resolução "pacífica e apropriada" para o conflito.

Os grupos de Direitos Humanos dizem que 7 mil civis foram mortos na Síria desde que a revolta contra Assad teve início em março. Ao menos 40 foram mortos na quinta-feira, segundo ativistas.

http://ultimosegundo.ig.com.br/revoltamundoarabe/oposicao-siria-denuncia-prisao-de-blogueira-em-damasco/n1597633053052.html
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Assembleia Geral da ONU aprova resolução que condena Síria

Ban Ki-moon levanta o tom contra regime de Bashar al-Assad e diz que país pode estar sendo palco de crimes contra a humanidade

A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta quinta-feira uma resolução que apoia um plano da Liga Árabe que pede pela renúncia do presidente sírio, Bashar al-Assad, e condena fortemente as violações dos direitos humanos por seu regime.


Embaixador da Síria na ONU, Bashar Jaafari, pede ordem durante uma reunião da Assembleia Geral que discute a crise síria

A votação, na organização composta por 193 membros, foi aprovada por 137 votos favoráveis, contra 12 contrários, e 17 abstenções. A Rússia e a China, que vetaram uma resolução similar no Conselho de Segurança, votaram contra o novo texto.

Diferente do Conselho de Segurança, não há poder de veto na Assembleia Geral e apesar de suas resoluções não terem força legal, elas refletem a opinião mundial em questões importantes.

Segundo a BBC, o Egito introduziu a resolução na reunião em nome de 27 outros países que a apoiavam, e exigiu que os delegados chegassem a um consenso para enviar uma forte mensagem às autoridades sírias.

Mas o embaixador da Síria na ONU, Bashar Jaafari, disse que um voto favorável seria somente uma mensagem de apoio a "todos os extremistas e terroristas". O governo sírio rotineiramente afirma que está combatendo grupos terroristas e gangues armadas.

Jaafari acrescentou que a resolução "acirraria a crise e provocaria mais violência na região como um todo". Antes da votação, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon pediu às autoridades da Síria que parem de matar civis, e disse que o país pode estar sendo palco de crimes contra a humanidade.

"Nós vemos bairros sendo bombardeados indiscriminadamente, hospitais sendo usados como centros de tortura, crianças de dez anos sendo mortas e sofrendo abusos. Nós vemos quase certamente crimes contra a humanidade", disse.

Ban Ki-moon afimrou que era lamentável que a resolução anterior colocada à votação no Conselho de Segurança da ONU tenha sido vetada pela China e pela Rússia, mas que a falta de consenso "não dá licença ao governo para continuar atacando seu povo".

Antes da votação desta quinta, o vice-chanceler russo Gennady Gatilov disse que a última resolução "continua desequilibrada" e então Moscou não poderia apoiá-la. "Ela dirige todas as suas demandas ao governo, e não fala nada sobre a oposição", informou a mídia russa citando-o.

Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores, teve uma breve reunião com seu colega francês, Alain Juppé, em Viena nesta quinta, mas disse que ele - que apoia a resolução - não expôs novas propostas.

Nesta quinta, a China também anunciou que enviaria um diplomata a Síria. O vice-chanceler Zhai Jun irá à capital, em Damasco, na sexta-feira, no que Pequim caracterizou como uma tentativa de encontrar uma resolução "pacífica e apropriada" para o conflito.

Em Pequim, Zhai disse que a China não aprova uma intervenção armada ou que a mudança de regime na Síria ocorra de maneira forçada. Em entrevista divulgada no site do Ministério das Relações Exteriores chinês, ele condenou a violência contra civis e pediu ao governo que respeite a legitimidade de seu povo que pede por reformas.

Ele acrescentou que a aplicação ou ameaça de sanções não "conduzem a uma resolução apropriada da questão". Uma porta-voz da chancelaria chinesa não afirmou se Zhai se encontrará com membros da oposição durante os dois dias da visita, que começa na sexta-feira.

"Eu acredito que a mensagem dessa visita é que a China espera por uma resolução pacífica e apropriada para a situaçãp na Síria, e que os chineses terão um papel construtivo de mediaçaõ", disse Liu Weimin. Na semana passada, Zhai teve um encontro com uma delegação opositora da Síria em Pequim.

Na Síria, as forças do governo teriam lançado um ataque contra a cidade de Deraa no sul do país, um dos redutos da oposição. O grupo ativista Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) disse que havia temores de um massacre na província de Deraa em Sahm al-Julan, onde dezenas de civis desapareceram.

"Testemunhas dizem que as forças de segurança atiraram nos civis e então os colocoram em caminhonetes. Seu destino é desconhecido", disse o grupo em comunicado.

Há também registros de violência na fronteira com o Iraque e em Kfar Nabuda, na província central de Hama, onde um número considerável de civis e de soldados rebeldes - que desertaram do Exército de Assad e foram para o lado rebelde - foram mortos.

De acordo com o relato de ativistas, cerca de 40 foram mortos no país na quinta-feira. Há também registros de mais ataques do governo em Homs, que junto à Hama foi atingido com grandes ofensivas das tropas do governo.

A Síria estabeleceu um referendo para o dia 26 de fevereiro para uma nova constituição, com base no pluralismo e suprimindo qualquer referência ao partido Baath, que governa a Síria há quase 50 anos. O fim da supremacia do Baath era uma exigência da oposição, que também deseja a renúncia de Assad.

No entanto, segundo relatos, ativistas dos Comitês de Coordenação Locais afirmaram que vão boicotar o referendo, por ele representar uma continuidade do espírito da atual lei fundamental e concede ao presidente prerrogativas absolutas.

http://ultimosegundo.ig.com.br/revoltamundoarabe/assembleia-geral-da-onu-aprova-resolucao-que-condena-siria/n1597633686512.html

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #527 Online: 17 de Fevereiro de 2012, 21:45:52 »
Os direitos humanos ainda representam algo de importante para as democracias liberais, mas são zero para autocracias como a China e a Rússia apenas sujeitas aos seus interesses estratégicos... Basta os EUA parecerem fracos e desinteressados para que a eliminação de uma população se efetuar sem problemas de maior. Isso não entra nas contas de Moscovo ou de Pequim..., nem nunca entrou..., basta ver como atuam contra as suas próprias populações quando enfrentam resistência interna.
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Re:Revolta Árabe
« Resposta #528 Online: 18 de Fevereiro de 2012, 11:44:10 »
Os direitos humanos ainda representam algo de importante para as democracias liberais, mas são zero para autocracias como a China e a Rússia apenas sujeitas aos seus interesses estratégicos...

Não muito diferente do comportamento que os EUA adotaram na Guerra fria e ainda adotam(Palestina é um exemplo) . Na diplomacia internacional,influência e dinheiro valem mais que a vida,exceto nos casos em que priorizar a vida garante o dinheiro e/ou a influência .
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Re:Revolta Árabe
« Resposta #529 Online: 18 de Fevereiro de 2012, 18:15:38 »
Os direitos humanos ainda representam algo de importante para as democracias liberais, mas são zero para autocracias como a China e a Rússia apenas sujeitas aos seus interesses estratégicos...

Não muito diferente do comportamento que os EUA adotaram na Guerra fria e ainda adotam(Palestina é um exemplo) . Na diplomacia internacional,influência e dinheiro valem mais que a vida,exceto nos casos em que priorizar a vida garante o dinheiro e/ou a influência .

Os chineses e os russos exterminaram milhões dos seus próprios cidadãos deliberadamente, apenas por razões ideológicas e políticas, em pleno século XX. Colocaram um número indeterminado dos seus cidadãos em campo de trabalho forçado...

Os chineses continuam a eliminar cidadãos no Tibete e no Turquestão oriental, regiões que integram a RPChina. Os russos bombardearam até à exaustão a sua própria cidade de Grosny, chegando a disparar pelo menos um míssil terra-terra contra a sua população civil e, hoje, reprimem a população dos seus territórios no Caucasso do norte ferozmente. Putin não hesitou em liquidar mais de uma centena de cidadãos russos num teatro em Moscovo para eliminar alguns terroristas, etc..

Em que parte do seu território e contra os seus próprios cidadãos fizeram ou fazem os EUA algo de semelhante? Era isso sequer possível no sistema político americano no séc XX e XXI?

Não comparemos o maior país do mundo livre com os dois maiores das autocracias no campo do respeito pelos direitos humanos e nem sequer no respeito pelos seus próprios cidadãos... Pobre mundo se a hegemonia na força militar passasse para russos ou chineses...   
« Última modificação: 18 de Fevereiro de 2012, 18:17:40 por Sérgio Sodré »
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Re:Revolta Árabe
« Resposta #530 Online: 21 de Fevereiro de 2012, 19:58:44 »
Líbia ''liberada'' à ONU: ''Os gays são uma ameaça à humanidade''

“Esta não é a primavera árabe que esperávamos”, declarou Hillel Neuer (foto), diretor executivo da United Nations Watch, organização responsável por monitorar a eficácia das atividades das Nações Unidas. O comentário chega após o representante da "nova" Líbia anunciar ante o Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU que “os gays ameaçam a religião e a continuação e reprodução da raça humana”.

A reunião do organismo, dedicada à luta contra a violência e a discriminação pela orientação sexual, foi a primeira que participou a delegação líbia desde a derrubada do regime de Muammar Kadafi. O país havia sido expulso do Conselho em março de 2011, quando suas autoridades foram acusadas de violar os direitos humanos e usar a força contra os manifestantes pacíficos. Em novembro de 2011, pouco após a morte do coronel Kadafi, foi devolvida à Líbia a militância no organismo.

No encontro do CDH desta quarta-feira (15), o representante líbio detalhou que, se seu país tivesse participado do organismo, na hora de se discutir a resolução sobre os direitos das minorias sexuais apoiaria outros estados islamistas que criticaram o documento.

“O avanço da homofobia do novo governo líbio, junto ao abuso permanente dos presos e a violência incessante, põem em relevo muitas das perguntas sérias que as pessoas tem sobre a dedicação do novo regime em melhorar os números obscuros de seu antecessor”, disse Neuer em resposta a esta declaração.

Sublinhou também que a militância da Líbia no Conselho de Direitos Humanos da ONU foi restaurada muito rapidamente, sem analisar os dados sobre o cumprimento dos direitos humanos no país. Segundo ele, é muito preocupante que, outra vez no organismo o Estado norte-africano apoie explicitamente as ideias do Islã fundamentalista.

“Não serão fundamentalistas moderados, como na Tunísia e no Egito. Tentarão impor uma ditadura de um Estado islâmico e uma economia islâmica”, opina o ex-embaixador da Rússia na Líbia, Alexéi Podtserob. Segundo o ex-embaixador, outro perigo é que agora o país é suficientemente débil para atrair a atenção da Al-Qaeda e inspirar a busca de êxito em seu território. Por sua vez, o vice primeiro-ministro, Dmitri Rogozin, também acentua que os frutos de uma primavera árabe não são para as forças democráticas, segundo o que já foi demostrado nas eleições da Tunísia e do Egito. Uma vez que os islamistas estejam no poder, a Líbia obterá campos de treinamento para os extremistas fundamentalistas, sustenta o político.

Segundo Rogozin, a culpa é dos políticos ocidentais que “decidiram se meter em uma guerra civil alheia, como um elefante em uma tenda de porcelana”. Insiste que no caso de um conflito armado interno, é inadmissível o apoio desde o estrangeiro a uma das partes em guerra.

http://www.diarioliberdade.org/option=com_content&view=article&id=24544%3Alibia-liberada-a-onu-os-gays-sao-uma-ameaca-a-humanidade&catid=251%3Amulher-e-lgbt&Itemid=131

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #531 Online: 21 de Fevereiro de 2012, 20:26:56 »
Eles esperavam o que exatamente? Direitos iguais para minorias como existentes no ocidente já assim de cara?
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline DDV

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #532 Online: 21 de Fevereiro de 2012, 20:31:14 »
Esperar que os muçulmanos não sejam homofóbicos é querer demais.

Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Dodo

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #533 Online: 21 de Fevereiro de 2012, 21:18:32 »
TODO o muçulmano é homofóbico? Na bíblia é explícita a proibição*, no Alcorão é a mesma coisa?

* mesmo assim somente os ativistas gays afirmam que todo cristão é homofóbico.

EDIT: arrumei a pergunta.
« Última modificação: 21 de Fevereiro de 2012, 21:33:51 por Dodo »
Você é único, assim como todos os outros.
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Offline Diegojaf

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #534 Online: 21 de Fevereiro de 2012, 21:32:48 »
Esperar que os muçulmanos não sejam homofóbicos é querer demais.



TODO o muçulmano é homofóbico?

Manolo, matar gays ou prendê-los está na legislação da maioria esmagadora. Não é questão de se todos são ou não homofóbicos, mas sim que os que não são não fazem diferença nenhuma (ainda) nessa equação.
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Offline Geotecton

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #535 Online: 22 de Fevereiro de 2012, 00:54:49 »
Esperar que os muçulmanos não sejam homofóbicos é querer demais.
TODO o muçulmano é homofóbico?
Manolo, matar gays ou prendê-los está na legislação da maioria esmagadora. Não é questão de se todos são ou não homofóbicos, mas sim que os que não são não fazem diferença nenhuma (ainda) nessa equação.

A religião islâmica condena o homossexualismo. Assim como o judaísmo e o cristianismo.
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Offline genjikhan

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #536 Online: 22 de Fevereiro de 2012, 17:04:15 »
A religião islâmica condena o homossexualismo. Assim como o judaísmo e o cristianismo.

Só que a religião islâmica é muito pior,porque essa condenação está na Sharia e como é "sagrada",está livre de qualquer questionamento . Isso não acontece com o judaísmo e com o cristianismo,porque felizmente,as pessoas que criaram o Judaísmo e o Cristianismo esqueçeram de criar um conjunto de leis para acompanhar os livros sagrados dessas religiões .
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Offline Sergiomgbr

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #537 Online: 22 de Fevereiro de 2012, 17:48:16 »
A religião islâmica condena o homossexualismo. Assim como o judaísmo e o cristianismo.

Só que a religião islâmica é muito pior,porque essa condenação está na Sharia e como é "sagrada",está livre de qualquer questionamento . Isso não acontece com o judaísmo e com o cristianismo,porque felizmente,as pessoas que criaram o Judaísmo e o Cristianismo esqueçeram de criar um conjunto de leis para acompanhar os livros sagrados dessas religiões .
No judaísmo há o livro de levíticos, que se não é uma lei expressa é um guia de procedimentos para com as coisas de Iaveh, sacrifícios e liturgia, etc. , quanto a leis especificamente há o Shulchan Aruch  , que é um guia mais ou menos consistente para judeus ortodoxos ainda que não seja integral na compilação de todas as suas leis.
« Última modificação: 22 de Fevereiro de 2012, 17:51:00 por sergiomgbr »
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Offline genjikhan

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #538 Online: 22 de Fevereiro de 2012, 19:45:37 »
Com Ortodoxo,você quis dizer que uma ramificação dos Judeus adota tais regras que em tese,não se diferenciariam muito da Sharia . Felizmente,tais regras são limitadas à essa minoria e não possuem tanta influência nas leis quanto a Sharia,que frequentemente são impostas até mesmo para pessoas não muçulmanas .
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Re:Revolta Árabe
« Resposta #539 Online: 22 de Fevereiro de 2012, 21:52:51 »
Com Ortodoxo,você quis dizer que uma ramificação dos Judeus adota tais regras que em tese,não se diferenciariam muito da Sharia . Felizmente,tais regras são limitadas à essa minoria e não possuem tanta influência nas leis quanto a Sharia,que frequentemente são impostas até mesmo para pessoas não muçulmanas .
Há também paises de maioria muçulmana que não adotam a Sharia como a Albânia, a Bosnia, Azerbaijão, Turquia e outros.
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Offline genjikhan

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #540 Online: 23 de Fevereiro de 2012, 13:48:02 »
É evidente que quando citei "são impostas até mesmo para pessoas não muçulmanas ." estava me referindo à países aonde a Sharia é a base da Constituição desse país . (in)felizmente,esse conjunto de países são uma exceção e não uma regra .
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Re:Revolta Árabe
« Resposta #541 Online: 23 de Fevereiro de 2012, 14:09:33 »
É evidente que quando citei "são impostas até mesmo para pessoas não muçulmanas ." estava me referindo à países aonde a Sharia é a base da Constituição desse país . (in)felizmente,esse conjunto de países são uma exceção e não uma regra .
Mas a coisa não é tão simples. A Sharia está na mentalidade de muitos muçulmanos idependente de seus estados de origem adotarem-na ou não. Por isso, quando, por exemplo, um  caricaturista inadvertidamente "homenageia" Maomé com sua arte, é execrado por muçulmanos da Arábia ou da Turquia indistintamente.
Até onde eu sei eu não sei.

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #542 Online: 23 de Fevereiro de 2012, 14:21:36 »
Não adianta, o governo quase sempre reflete o seu povo. Na Líbia, a população é conservadora e religiosa, o resultado será um governo assim. Na minha opinião, quer adotem a sharia ou não, se este governo pelo menos não for uma ditadura, já será algo positivo. As transformações sociais somente vão ocorrer com o tempo e as minorias sempre tem algum espaço no parlamento.

O pior para eles vai ser se instituirem um regime teocrático, com algum Aiatolá ou autoridade religiosa como "lider supremo".
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #543 Online: 27 de Fevereiro de 2012, 14:08:10 »
Saleh põe fim a 33 anos de mandato no Iêmen transferindo poder a Hadi

O até agora presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, colocou nesta segunda-feira um ponto final a mais de três décadas de mandato com a transferência oficial do poder ao seu sucessor, Abdo Rabbo Mansour Hadi, quem destacou os 'duros desafios' que vai precisar enfrentar.

Em cerimônia que durou 30 minutos no Palácio Presidencial em Sana, Saleh entregou a Hadi uma bandeira iemenita, como símbolo da transferência de poder.

'Entrego a liberdade, a segurança, o povo e o país para as mãos certas', afirmou Saleh, de 69 anos, em seu discurso, no qual se comprometeu a apoiar o novo presidente em sua missão, que classificou de 'imensa'.

O já ex-mandatário manifestou sua tristeza pelo sofrimento desnecessário da população no último ano e pediu a todos que trabalhem unidos com o novo líder para solucionar a crise, desencadeada a partir dos protestos da oposição contra o regime.

À cerimônia desta segunda-feira acudiram o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al Araby, o enviado especial da ONU para o Iêmen, Jamal Benomar, e embaixadores de países europeus e da região.

Hadi, de 66 anos, destacou em seu discurso que com a cerimônia foram acertados os fundamentos para a alternância pacífica do poder no Iêmen: 'uma base que esperamos tenha continuidade porque surgiu a pedido do povo iemenita que clamava por democracia', apontou.

Hadi reconheceu 'os duros desafios' que terá pela frente, devido ao período complicado pelo qual passa o país, é preciso trabalhar muito ainda para recuperar a segurança e a estabilidade.

'A segurança e a estabilidade são os alicerces do desenvolvimento. A crise que atravessou o Iêmen e ainda passa é complicada e difícil, e precisa da cooperação de todos os líderes do país, da nova liderança e do Governo de união nacional pelos próximos dois anos', ressaltou.

Apesar da bem-sucedida transição até o momento, o país está diante de uma explosiva conjuntura, com pujante movimento separatista que reivindica a secessão do sul, a rebelião xiita dos huties no norte e uma forte presença da Al Qaeda, que controla áreas inteiras do país.

Hadi expressou seu compromisso com a aplicação do plano de transição do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), que possibilitou a transferência pacífica de poder.

'Espero completar com todos os artigos que constam da iniciativa do Golfo e que nos reunamos após dois anos nesta sala para receber o novo presidente', afirmou Hadi, que ocupava o cargo de vice-presidente desde 1994.

No sábado, Hadi jurou o cargo diante do Parlamento, após ganhar com 99,8% dos votos o pleito presidencial de 21 de fevereiro, aos quais concorreu como único candidato.

A iniciativa do CCG - integrada pela Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Omã - estabelece que o novo chefe de Estado presida o país pelo período de dois anos, durante o qual deverá alterar a Constituição e fazer eleições gerais.

Saleh assinou o plano em novembro em Riad e desde então Hadi estava administrando na prática os assuntos do país.

O principal partido opositor iemenita, no entanto, o Encontro Partilhado, boicotou a cerimônia desta segunda-feira que classificou como 'provocação irritante' por considerar que a transferência do poder é do povo ao novo presidente e não de Saleh para Hadi.

De fato, milhares de pessoas se manifestaram nesta segunda-feira em Sana para pedir a Saleh que respeitasse a vontade do povo e não assistisse ao ato.

Um dos organizadores das manifestações, Ahmad al Uafi, disse à Agência Efe que a cerimônia 'é uma tentativa de Saleh de fingir diante de seus seguidores que entregou o poder voluntariamente e não foi derrubado para manter sua dignidade'.

Uafi ressaltou que a posse de Hadi foi oficial no sábado, quando jurou o cargo diante do Parlamento. O próprio primeiro-ministro do Governo de união nacional formado após a aplicação do plano do CCG, o líder opositor Mohammed Salem Basandawa, boicotou a cerimônia desta segunda-feira em desacordo pela presença de Saleh.

O já ex-presidente retornou ao Iêmen na sexta-feira para assistir à nomeação de Hadi. Ele estava nos Estados Unidos para receber tratamento médico por causa dos ferimentos sofridos em junho em atentado contra ele no palácio presidencial na capital iemenita.

http://noticias.br.msn.com/mundo/saleh-p%c3%b5e-fim-a-33-anos-de-mandato-no-i%c3%aamen-transferindo-poder-a-hadi

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #544 Online: 28 de Fevereiro de 2012, 09:14:05 »
UE sanciona Banco Central sírio e 7 ministros do regime

A União Europeia (UE) aprovou nesta segunda-feira uma nova rodada de sanções contra o regime sírio que afetará entre outras instituições o Banco Central, sete ministros do Governo e o comércio de metais preciosos.

As medidas são mais uma tentativa de cortar as vias de financiamento do regime e forçá-lo a deter a violência.

Pactuadas previamente, as novas sanções foram aprovadas pelos ministros das Relações Exteriores europeus em um ponto sem debate no início da reunião desta segunda-feira em Bruxelas.

Por elas, sete membros do Executivo de Damasco terão seus ativos na Europa bloqueados e serão proibidos de entrar em solo comunitário, punição já aplicada a cem pessoas consideradas responsáveis pela repressão na Síria.

A nova rodada prevê ainda o congelamento parcial das transações do Banco Central do país, permitindo apenas o 'comércio legítimo', conforme fontes comunitárias.

Com o objetivo de dificultar o financiamento do executivo de Bashar al Assad, a Europa deixará de comercializar ouro e metais preciosos com as autoridades e vetará os voos de carga procedentes da Síria ou operados por companhias aéreas sírias.

Serão aceitos os voos de passageiros e os mistos com o objetivo de permitir que os cidadãos europeus que estão no país retornem aos seus locais de origem.

Os ministros das Relações Exteriores, na chegada ao encontro, insistiram na necessidade de continuar aumentando a pressão sobre o regime sírio enquanto a violência persistir.

'Ao ver o presidente Assad sorrir enquanto vota em seu plebiscito, cresce nossa indignação porque as bombas continuam caindo sobre Homs e outras cidades', disse o francês Alain Juppé.

Em linha com Juppé sobre a realização do plebiscito no domingo em Damasco se manifestou o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, para quem a consulta 'não enganou ninguém'. 'Enquanto os colégios eleitorais eram abertos os civis eram alvos de disparos e bombas', declarou. 'O país não têm nenhuma credibilidade aos olhos do mundo', enfatizou.

Hague indicou que as novas 'seguirão cortando os caminhos do regime (sírio) de financiar-se', depois do corte imposto pela UE às exportações de petróleo desse país em uma rodada precedente.

Os ministros deixaram também claro que a opção militar está descartada na Síria e sublinharam a necessidade da entrada de ajuda humanitária à população.

'Não há uma solução militar para o conflito. Só a opção política de continuar pressionando, reforçando as sanções, encorajando à oposição para que se mantenha unida', ressaltou o ministro das Relações Exteriores dinamarquês, Villy Sovndal.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=32618521

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #545 Online: 29 de Fevereiro de 2012, 12:25:42 »
Exército sírio ataca principal foco de resistência em Homs

Fortes confrontos eclodiram na quarta-feira perto do principal foco de resistência ao regime sírio, o bairro de Baba Amro, na cidade de Homs, à medida que as tropas sírias iniciaram uma grande investida terrestre, afirmaram fontes da oposição.

"O Exército está tentando entrar com a infantaria vindo da direção do campo de futebol al-Bassel e violentos confrontos com rifles automáticos e metralhadoras pesadas estão acontecendo lá", afirmou o ativista Mohammad al-Homsi à Reuters, de Homs.

Ele disse que militares haviam bombardeado fortemente a área na terça-feira e durante à noite antes dos ataques terrestres começarem.

Outras fontes de oposição disseram que centenas de rebeldes do Exército Síria Livre resistiam na área, situada entre Baba Amro e o distrito al-Inshaat, que também está sitiado.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=32650791

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #546 Online: 01 de Março de 2012, 13:51:50 »
Rebeldes sírios deixam reduto sitiado em Homs

A maioria dos rebeldes sírios se retirou nesta quinta-feira do distrito sitiado de Baba Amro, em Homs, após um cerco de 26 dias por parte das forças do presidente Bashar al-Assad, informaram ativistas em contato com os combatentes.

Eles disseram que alguns combatentes ficaram para trás no local para dar cobertura à "retirada tática" de seus companheiros. Forças sírias mais uma vez bombardearam Baba Amro mais cedo nesta quinta-feira, apesar da preocupação mundial com a situação dos civis presos no distrito.

"O Exército Livre Sírio e todos os outros combatentes deixaram Baba Amro, eles se retiraram", disse um ativista em Homs.

Um comunicado em nome dos combatentes pediu ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha e outros grupos humanitários que entrem no distrito e levem ajuda a 4 mil civis que ficaram em suas casas destruídas.

"Advertimos o regime sobre qualquer retaliação contra civis e consideramos o regime totalmente responsável pela segurança deles", segundo o comunicado.

A cidade estava coberta de neve, tornando mais lento um ataque por terra iniciado na quarta-feira, mas ao mesmo tempo piorando a miséria dos residentes que já estão com falta de alimentos, combustível, energia elétrica, água e telefone, disseram ativistas.

Relatos da cidade não puderam ser imediatamente verificados devido às restrições do governo à presença de jornalistas na Síria.

Assad está cada vez mais isolado na sua luta para reprimir a insurreição armada que agora lidera uma revolta popular que já dura um ano, contra quatro décadas de domínio duro de sua família.

Mas ele ainda tem alguns aliados. Rússia, China e Cuba votaram contra a resolução adotada pelo Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que condenou a Síria por violações que podem representar crimes contra a humanidade.

Uma autoridade libanesa próxima a Damasco disse que o governo de Assad estava determinado a retomar o controle de Homs, a terceira cidade Síria, que fica próxima à principal estrada norte-sul.

"Eles querem tomá-la, não importa o que aconteça, sem restrições, a qualquer custo", afirmou a autoridade, que pediu para não ser identificada.

Segundo ela, uma derrota para os rebeldes em Homs deixaria a oposição sem nenhuma grande base forte na Síria, diminuindo a crise para Assad, que permanece confiante de que poderá sobreviver.

O Conselho Nacional Sírio, de oposição, disse ter formado um escritório militar para supervisionar e organizar grupos armados anti-Assad sob uma liderança unificada.

"A criação de um escritório militar foi decidida por todas as forças armadas na Síria", disse o líder do CNS, Burhan Ghalioun, durante uma entrevista coletiva em Paris. "Seremos como um Ministério da Defesa."

O CNS tem sido criticado por alguns sírios por não apoiar abertamente a luta armada liderada pelo pouco organizado Exército Sírio Livre, composto por militares desertores e outros insurgentes. Não houve comentários imediatos do Exército rebelde.

Com as forças de Assad fechando o cerco sobre os rebeldes em Homs, o CNS apelou por ajuda na noite de quarta-feira, pedindo que o enviado da Liga Árabe e da ONU para a Síria, Kofi Annan, vá a Baba Amro "nesta noite".

Em Nova York, Annan disse que esperava visitar a Síria em breve e insistiu que Assad se junte aos esforços para acabar com as turbulências.

A Síria, que negou nesta semana a entrada da chefe de ajuda humanitária da ONU, Valerie Amos, adotou uma abordagem cuidadosa em relação a Annan.

A agência de notícias estatal SANA citou o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Jihad al-Maqdisi, dizendo que o governo estava "esperando um esclarecimento da ONU sobre a natureza de sua missão".

O Ministério também afirmou que estava pronto para discutir uma data para a visita de Amos, ao invés da data "inconveniente" que ela gostaria.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=32670229

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #547 Online: 05 de Março de 2012, 09:46:43 »
Israel pede o fim do banho de sangue na Síria e oferece ajuda

Israel se ofereceu no domingo para apoiar os esforços da comunidade internacional no fornecimento de ajuda humanitária à Síria, sem intervir diretamente no conflito sangrento que envolve o país vizinho, seu inimigo.

Dizendo que o banho de sangue, devido aos esforços do presidente Bashar al-Assad de tentar esmagar uma revolta na Síria, que já dura um ano, é "mais chocante do que os piores filmes de terror de Hollywood," o ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, também pediu maiores esforços mundiais para acabar com a violência.

"Em Israel pensamos que é essencial dar um fim a essa violência e estamos prontos para oferecer a ajuda humanitária necessária," disse Lieberman à Radio do Exército de Israel, em uma entrevista, mas ressaltou que Israel não agiria de forma independente nesse caso.

Israel propôs ajudar a Síria através do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, declarou o ministério de Lieberman. A agência humanitária sediada em Genebra vem tentando enviar suprimentos à cidade síria de Homs.

Israel e Síria são inimigos desde que o estado judeu foi fundado em 1948 e já se enfrentaram em diversas guerras pela disputa de terras capturadas por Israel durante a Guerra de 1967.

"Precisamos deixar todas as diferenças políticas de lado," disse Lieberman. "O que está acontecendo lá, em pleno século 21, é intolerável. Precisamos ajudar."

"Podemos fornecer qualquer coisa que seja necessária ou que nos peçam."

Israel tem tentado não tomar partido publicamente sobre a crise na Síria, embora o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tenha condenado o que chamou de "massacres criminosos contra civis inocentes na Síria" em comentários com o gabinete israelense na semana passada.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=32711769

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #548 Online: 06 de Março de 2012, 14:01:00 »
Acnur diz que 2 mil sírios cruzaram fronteira com Líbano

Pelo menos 2 mil sírios cruzaram a fronteira entre a Síria e o Líbano nos últimos dois dias, anunciou nesta terça-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

'Não temos números exatos e a situação é bastante variável, mas sabemos que pelo menos 2 mil sírios cruzaram a fronteira com o Líbano nos últimos dois dias', afirmou em entrevista coletiva Sybella Wilkes, porta-voz do organismo.

Wilkes acrescentou que os números podem variar nas próximas horas, já que aparentemente 'alguns cruzaram novamente a fronteira e voltaram à Síria'.

Por enquanto, o Acnur está entregando comida, água e elementos essenciais de sobrevivência aos refugiados, alguns dos quais puderam se refugiar em mesquitas situadas nas áreas fronteiriças.

'Obviamente, o problema mais importante que vamos enfrentar nos próximos dias é o alojamento. Por enquanto, estamos contabilizando e fazendo uma avaliação de suas principais necessidades', acrescentou Wilkes.

A porta-voz explicou que o vale do Bekaa se transformou em um lugar de passagem dos sírios que fogem da repressão do regime de Bashar al Assad, mas não pôde apresentar mais informações.

O Acnur estimou no sábado que mais de 7 mil sírios fugiram ao Líbano desde que começou a repressão em seu país. A maior parte deles se encontra na região fronteiriça de Wadi Khaled (norte).

http://noticias.br.msn.com/mundo/acnur-diz-que-2-mil-s%c3%adrios-cruzaram-fronteira-com-l%c3%adbano

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #549 Online: 06 de Março de 2012, 15:50:47 »
A religião islâmica condena o homossexualismo. Assim como o judaísmo e o cristianismo.

Só que a religião islâmica é muito pior,porque essa condenação está na Sharia e como é "sagrada",está livre de qualquer questionamento . Isso não acontece com o judaísmo e com o cristianismo,porque felizmente,as pessoas que criaram o Judaísmo e o Cristianismo esqueçeram de criar um conjunto de leis para acompanhar os livros sagrados dessas religiões .

Ora, no judaísmo e cristianismo as indicações são tão "sagradas" quanto e já foram praticadas por suas sociedades (e em alguns cantos, ainda são). A diferença é que tais sociedades conseguiram, no geral, se desvencilhar destas tosqueiras. Claro que pode voltar...

 

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