Autor Tópico: Revolta Árabe  (Lida 71041 vezes)

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #575 Online: 16 de Agosto de 2012, 16:20:07 »
Vice-presidente da Síria desertou, diz comunicado em TV árabe

A TV Al-Arabiya transmitiu nesta quinta-feira um comunicado que disse ser do vice-presidente sírio, Farouq al-Shara, no qual ele declara sua deserção do governo do presidente Bashar al-Assad.

No comunicado, lido por um homem identificado pela emissora como parente do vice-presidente, Shara pede que o Exército se junte à "revolução" contra o regime de Assad. Shara pertence à vertente muçulmana sunita, enquanto Assad é alauíta, ramificação do xiismo.

A Reuters não pôde confirmar de imediato a autenticidade do comunicado.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=253325995

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #576 Online: 04 de Outubro de 2012, 15:32:22 »
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Rússia pede que Síria confirme que ataque à Turquia foi um acidente

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu nesta quinta-feira que as autoridades da Síria confirmem oficialmente que o recente ataque contra território turco foi um acidente.

'Entramos em contato com a parte síria por meio de nosso embaixador. Nos asseguraram que o ocorrido foi uma trágica casualidade e que tomarão todas as medidas para que isto não se repita', disse Lavrov, citado pelas agências russas.

O ministro russo, que se encontra de visita no Paquistão, acrescentou: 'Consideramos que seria de grande importância que Damasco o reconhecesse publicamente'.

'Quero expressar a esperança que as autoridades sírias e turcas entrem em contato direto para abordar a situação dos refugiados e a situação na fronteira', afirmou.

'Também considero muito importante e necessário dedicar a maior das atenções ao fato que o conflito na Síria adquiriu uma dimensão além da fronteira. Começou a atravessar as fronteiras do país', assegurou.

O ministro de Informação da Síria, Omran Zubi, indicou que seu governo investiga as circunstâncias do ataque lançado ontem contra um povoado turco próximo à fronteira e que deixou cinco mortos e vários feridos.

O Parlamento da Turquia debaterá hoje uma moção para autorizar o governo a enviar tropas à Síria, em resposta ao ataque com mísseis.

Além disso, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou hoje que o governo presidido por Barack Obama está 'indignado' pelo ataque perpetrado.

Os Estados Unidos e as chancelarias europeias condenaram o ataque e mostraram seu apoio incondicional à Turquia, que é membro da Otan, organização que também expressou seu respaldo a Istambul.

http://noticias.br.msn.com/story.aspx?cp-documentid=254056769
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Parlamento turco autoriza intervenção militar na Síria

O Parlamento da Turquia autorizou nesta quinta-feira o governo a enviar tropas à Síria durante o prazo de um ano, uma moção debatida após a morte ontem de cinco pessoas em um povoado turco pela queda de granadas de obuses procedentes de território sírio.

A decisão, conforme o artigo da Constituição que regula as declarações de guerra, foi aprovada com 320 votos a favor, do governamental Justiça e Desenvolvimento (AKP) e do opositor MHP, e 129 contra, do social-democrata CHP e do pró-curdo BDP.

O Parlamento condenou assim o 'abjeto ataque' e atribui sua responsabilidade às Forças Armadas da Síria, e autoriza o envio de tropas a 'países estrangeiros', um ponto criticado durante o debate parlamentar, já que não especifica que se refere à Síria.

Em qualquer caso, o sinal verde a esta moção apresentada pelo governo não representa automaticamente uma declaração de guerra, já que fica a critério do Executivo decidir quando e como realizar esta intervenção.

Segundo declarou o vice-primeiro-ministro Besir Atalay ao canal 'NTV', a Turquia tomará todas as decisões em consonância com a comunidade internacional.

A permissão para deslocar tropas acontece depois que Turquia bombardeou ontem vários alvos sírios no ponto de onde, segundo o Exército, foram disparadas as granadas de obuses que provocaram as cinco mortes em Akçakale, um município fronteiriço.

http://noticias.br.msn.com/story.aspx?cp-documentid=254057811

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #578 Online: 04 de Outubro de 2012, 16:48:38 »
Não acho que a Turquia invadirá a Síria por conta disso tão somente...

Agora, se houver um novo ataque, a coisa vai complicar, afinal, a Turquia é membro da OTAN e a OTAN tem de proteger a Turquia em caso de um ataque...

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Offline Geotecton

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #580 Online: 04 de Outubro de 2012, 22:33:17 »
Não acho que a Turquia invadirá a Síria por conta disso tão somente...

Agora, se houver um novo ataque, a coisa vai complicar, afinal, a Turquia é membro da OTAN e a OTAN tem de proteger a Turquia em caso de um ataque...

Eu não acho que a Turquia vá declarar guerra à Síria por causa deste incidente. Mas se ela ocorrer a OTAN intervirá, em caso de solicitação da Turquia.
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Re:Revolta Árabe
« Resposta #581 Online: 17 de Outubro de 2012, 14:52:54 »
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Gaddafi morreu após ser capturado, revela relatório do Human Rights Watch

A Human Rights Watch apresentou nesta quarta-feira (17) novas provas do assassinato do líder líbio Muammar Gaddafi após sua captura, e da execução de dezenas de seus seguidores em poder dos rebeldes, no relatório intitulado "Morte de um ditador: Vingança sangrenta em Sirte".

No documento, de 50 páginas, a HRW detalha as últimas horas de Gaddafi, as circunstâncias de sua morte e a execução de vários membros de seu comboio, com base em testemunhos e imagens gravadas com telefones celulares.

"Os resultados da nossa investigação levantam questões sobre as afirmações das autoridades de que Muammar Gaddafi morreu em um tiroteio e não após sua captura", destaca Peter Bouckaert, diretor da HRW.

Segundo a versão das autoridades líbias de transição, Gaddafi morreu em um tiroteio no momento de sua captura, no dia 20 de outubro de 2011, em sua região natal de Sirte (noroeste).

"As provas também revelam que milicianos da oposição executaram sumariamente ao menos 66 membros do comboio de Kadhafi capturados em Sirte", afirma Bouckaert.

Os milicianos, da cidade de Misrata, capturaram e desarmaram os membros do comboio de Gaddafi antes de golpeá-los violentamente. "Depois, executaram ao menos 66 deles próximo ao hotel Mahari", muitos com as mãos amarradas nas costas.

O correspondente da AFP enviado a Sirte em outubro apurou a descoberta de entre 65 e 70 corpos no hotel Mahari, vários com disparos na cabeça.

Imagens obtidas pela organização de defesa dos direitos humanos baseada em Nova York a partir de celulares de combatentes revelam milicianos agredindo e insultando diversos homens capturados no comboio de Gaddafi.

As mesmas imagens foram utilizadas para "confirmar que ao menos 17 destes homens capturados acabaram sendo executados no hotel" Mahari.

Sobre a morte de Gaddafi, a ONG cita imagens que provam que o ditador foi capturado vivo, sangrando com uma ferida na cabeça após ser agredido violentamente, e com hemorragia nas nádegas por golpes de baioneta. "Depois ele aparece sem vida", sendo levado quase nu em uma ambulância.

Baseada em outras imagens, a HRW afirma que Mutassim Gaddafi, um dos filhos do ditador, foi capturado com vida e levado a Misrata, onde o viram fumando e discutindo com combatentes antes de ser encontrado morto com uma ferida no pescoço.

HRW afirma que enviou os resultados da investigação às autoridades líbias de transição e que pediu às novas autoridades uma investigação completa destes crimes, que se assemelham a crimes de guerra.

Veja fotos: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2012/10/16/hrw-apresenta-provas-de-execucao-de-kadhafi.htm

Vídeo da captura de Khaddafi: http://noticias.br.msn.com/video/default2.aspx?cp-documentid=d9508a64-c532-49a9-b8d5-9f1d53f9db73

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #582 Online: 23 de Outubro de 2012, 11:21:28 »
Assad decreta anistia geral na Síria

Presidente sírio fez anúncio que oferece indulto a todos que foram presos até hoje

O presidente sírio, Bashar al Assad, decretou nesta terça-feira uma anistia geral para todas as pessoas presas por delitos cometidos antes de hoje, informou a agência de notícias oficial síria "Sana".

Em uma nota breve, a agência disse que "o presidente Assad emitiu o decreto número 71, que oferece um indulto geral a todos os delitos cometidos antes de 23 de outubro". Esta não é a primeira vez que Assad adota uma anistia desde o início da revolta na Síria, em março de 2011. Em ocasiões anteriores o presidente ordenou anistias que beneficiavam os presos que não foram condenados por crimes graves.

Assad determinou o perdão dias antes da data proposta pelo mediador internacional Lakhdar Brahimi para o início de uma trégua durante a festa muçulmana do Sacrifício, que começará na sexta-feira. Em uma tentativa de conseguir um compromisso mínimo das partes, Brahimi pediu no domingo em Damasco que o regime e os rebeldes aplicassem separadamente uma iniciativa de cessar-fogo durante o "Eid al Adha" (Festa do Sacrifício).

Durante reunião com Brahimi, Assad apoiou os esforços do mediador e disse que estava aberto a qualquer iniciativa que respeitasse a soberania da Síria e rejeitasse ingerências estrangeiras. Sobre a trégua, o principal grupo da oposição armada, o Exército Livre Sírio (ELS), pediu passos concretos do regime para demonstrar suas boas intenções.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2012-10-23/assad-decreta-anistia-geral-na-siria.html

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Offline JohnnyRivers

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #583 Online: 23 de Outubro de 2012, 11:25:32 »
Tipo assim, todos? Todos os delitos mesmo?

Isso traz beneficios?
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Offline Pasteur

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #584 Online: 24 de Outubro de 2012, 01:46:28 »
Tipo assim, todos? Todos os delitos mesmo?

Isso traz beneficios?

Não dá pra levar a sério nada do que esse presidente fala.

Offline Pasteur

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #585 Online: 22 de Novembro de 2012, 15:05:50 »
Citar
Europa reconhece coalizão como 'representante legítima do povo sírio'

A União Europeia considera que a coalizão opositora ao regime do contestado presidente Bashar al-Assad é a "representante legítima' do povo sírio".
 
"A UE considera (a coalizão) a representante legítima das aspirações do povo sírio", afirmaram nesta segunda-feira (19) nos ministros europeus das Relações Exteriores ao término de uma reunião em Bruxelas.

Os europeus querem que a coalizão "continue a trabalhar exclusivamente respeitando os princípios dos direitos humanos e da democracia, com a participação de todos os grupos da oposição e de todos os setores da sociedade civil síria", acrescenta a declaração adotada pelos chefes das diplomacias europeias.
 
"A UE está preparada para apoiar esta nova Coalizão em seus esforços e em suas relações com a comunidade internacional", acrescenta o bloco no documento.

Os ministros das Relações Exteriores pediram que os dirigentes da coalizão entrem em contato com o representante especial da ONU e da Liga Árabe, Lakhdar Brahimi, para apresentar a ele seu programa político, "tendo em vista a criação de uma alternativa de credibilidade ao atual regime".

A maioria dos integrantes da oposição síria assinou em 11 de novembro em Doha um acordo para a criação de uma coalizão visando a lutar de forma unificada contra o regime de Bashar al-Assad.
 
França e Itália foram os primeiros países a reconhecê-la como única representante legitima do povo sírio.
 
Ao final da reunião, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, ressaltou que seus colegas europeus tinham "expressado muita simpatia em relação à coalizão". Seus dirigentes podem ser convidados para uma reunião em meados de dezembro em Bruxelas, o que seria um "símbolo importante", indicou.

http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2012/11/europa-reconhece-coalizao-como-representante-legitima-do-povo-sirio.html


Offline Gaúcho

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #586 Online: 03 de Julho de 2013, 17:00:34 »
Exército derruba presidente do Egito e promete transição com novas eleições

Citação de: Globo.com
Eleito democraticamente em 2012, Morsi se tornou impopular após suas ações contra o Exército, seu acúmulo de poderes e autoritarismo e o domínio da Irmandade Muçulmana no país.. Novos protestos da oposição e da população se espalharam pelo país, culminando com a exigência de sua renúncia e com um ultimato militar.

Mais.
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Re:Revolta Árabe
« Resposta #587 Online: 03 de Julho de 2013, 17:31:14 »
E agora? É válido usar um golpe militar para depor um presidente cuja constituição foi feita por um único partido (irmandade muçulmana), em razão do boicote dos demais?
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Offline Gaúcho

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #588 Online: 03 de Julho de 2013, 17:50:22 »
Eu acho válido quando isso acontece:

Citar
- 22 de novembro de 2012: Início de uma crise política desencadeada por um decreto em que Morsi estende seus poderes e os coloca acima de qualquer controle judicial.

Que adianta se livrar do Murabak (ou algo assim :P) para acabar com outro ditador no comando?
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Offline Pasteur

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #589 Online: 03 de Julho de 2013, 18:23:08 »
Mursi: eleito democraticamente, mas governava como ditador. Algumas imagens mostrando a alegria de "alguns" egípcios:






Offline Moro

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #590 Online: 10 de Julho de 2013, 10:48:33 »
típico caso de um governo que utiliza a democracia para implementar uma ditadura. Parabéns ao povo egípcio.
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Re:Revolta Árabe
« Resposta #591 Online: 10 de Julho de 2013, 11:04:44 »
Lamento o golpe, mas ao mesmo tempo fico aliviado pelos egípcios. Do jeito que ia, iam querer transformar o Egito em uma ditadura islâmica.


Meio off-topic: cheguei à conclusão que é meio que impossível uma democracia funcionar corretamente em um país polarizado.
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Offline Pasteur

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #592 Online: 14 de Agosto de 2013, 11:57:24 »
Até tinha apoiado o golpe, mas....

ditadura é ditadura...

depois dessa repressão, desse massacre de hoje no Egito, só lamento...



Pensando bem o correto teria sido esperar as próximas eleições e tirar Mursi no voto.  :(

Offline Moro

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #593 Online: 15 de Agosto de 2013, 23:17:12 »
penso que o desastre era uma constante em qualquer caminho que o Egito seguisse. O que estamos vendo agora é a reação da tirania religiosa contra o contragolpe feito pela tirania militar.
Mas não há muito espaço para a negociação com fundamentalistas.
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Offline Pasteur

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #594 Online: 18 de Agosto de 2013, 14:29:25 »
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Sem islamitas, sem democracia

 A única eventual saída para o labirinto em que os militares enfiaram o Egito é os setores laicos e liberais que iniciaram a revolta que levou à queda da ditadura anterior (Hosni Mubarak, 1981/2011) aceitarem o fato de que ou se incorpora o islamismo à vida política ou não haverá democracia nem no Egito nem nos demais países de maioria muçulmana.

É a constatação, por exemplo, de Luz Gómez García, professora de Estudos Árabes e Islâmicos da Universidade Autônoma de Madri, em artigo para "El País": "Acreditar que a democracia e a revolução são possíveis com a Irmandade Muçulmana silenciada é um absurdo exercício de possibilidades".

Reforça a revista "The Economist", cujas credenciais liberais a impedem de ter a mais leve simpatia por movimentos tipo a Irmandade Muçulmana: "Os generais não podem suprimir os islamitas sem também privar milhões de outros egípcios das liberdades pelas quais ansiaram --e que experimentaram, ainda que brevemente, desde a queda de Mubarak".

A defecção do principal líder laico e liberal, Mohammed ElBaradei, após o massacre de quarta, mostra que os militares não conseguirão apoio dessas correntes para manter a carnificina indefinidamente.

O problema para a aceitação da Irmandade Muçulmana como parceiro eventualmente hegemônico no jogo político é a desconfiança que cerca o islamismo político. Sua magra experiência de um ano no poder foi permanentemente acompanhada de afirmações, pouco comprovadas, de que havia uma agenda de completa islamização do país.

Há razões para a desconfiança, mas há também razões para crer em um certo exagero no anti-islamismo.

Veja-se, por exemplo, a declaração da dona-de-casa Afaf Mahmoud para a "Economist": "Se ele [o presidente Mohammed Mursi] tivesse prendido todos aqueles que o criticaram, como Mubarak teria feito, talvez ainda estivesse no poder".

De fato, o teor de democracia no curto período Mursi ficou longe dos 100%, mas seria preconceituoso dizer que ele estava perto de implantar uma ditadura sob a égide da sharia, a lei islâmica.

Os dez anos de governo do islamita AKP (Partido Justiça e Desenvolvimento) na Turquia também testemunham que islamismo e democracia podem conviver --com percalços, é verdade, em geral não muito maiores do que os que ocorrem em alguns países vizinhos do Brasil.

Deixar os islamitas fora do jogo levaria a que perdessem a confiança no processo democrático, o que "seria uma má notícia para o Egito e um impulso para a Al Qaeda e outros jihadistas [adeptos da guerra santa contra o Ocidente] que creem que só se pode conseguir o poder com sangue e terror", escreve para "El País" o ex-chanceler de Israel Shlomo Ben Ami, hoje vice-presidente do Centro Internacional pela Paz de Toledo (Espanha).

Se os liberais resolverem disputar votos com os islamitas em vez de aceitar o sangue, talvez haja uma chance. Talvez.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/clovisrossi/2013/08/1328265-sem-islamitas-sem-democracia.shtml

Offline Fernando Silva

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #595 Online: 20 de Agosto de 2013, 14:05:10 »
Trecho tirado de
http://oglobo.globo.com/cultura/a-primavera-podre-9614132#ixzz2cW9KW9Lw

Citar
Antes, quando o Exército interveio e depôs o Mursi, houve a esperança de que fosse um “golpe militar liberal”.
Mas isso é uma contradição em termos. Isso não existe. Não existe na mente dos muçulmanos a ideia de democracia nem de indivíduo.

Não adianta — vejam o Iraque e o Afeganistão. Eles sempre retornarão à submissão, a Alá e Maomé. No Egito, os militares sempre foram uma elite privilegiada. Os bilhões de dólares que os USA enviavam eram sua cama de luxo. Por outro lado, a Irmandade Muçulmana metralhou o presidente Sadat diante das câmeras do mundo todo e pariu a al-Qaeda. A irmandade foi a maternidade dos homens-bomba.

E agora? Somos a favor de milicos massacradores ou de islamitas de uma irmandade pré-medieval, terrorista e maluca?

Offline Pasteur

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #596 Online: 20 de Agosto de 2013, 17:58:46 »
Trecho tirado de
http://oglobo.globo.com/cultura/a-primavera-podre-9614132#ixzz2cW9KW9Lw

Citar
Antes, quando o Exército interveio e depôs o Mursi, houve a esperança de que fosse um “golpe militar liberal”.
Mas isso é uma contradição em termos. Isso não existe. Não existe na mente dos muçulmanos a ideia de democracia nem de indivíduo.

Não adianta — vejam o Iraque e o Afeganistão. Eles sempre retornarão à submissão, a Alá e Maomé. No Egito, os militares sempre foram uma elite privilegiada. Os bilhões de dólares que os USA enviavam eram sua cama de luxo. Por outro lado, a Irmandade Muçulmana metralhou o presidente Sadat diante das câmeras do mundo todo e pariu a al-Qaeda. A irmandade foi a maternidade dos homens-bomba.

E agora? Somos a favor de milicos massacradores ou de islamitas de uma irmandade pré-medieval, terrorista e maluca?

Ah, só podia ser o Jabor...

Eu sei, Fernando, que não devemos atacar o autor do artigo, no caso Arnaldo Jabor,  :vomito:, mas sim as ideias furadas dele.

Pois bem, então vamos lá:

Ele disse que não existe "golpe militar liberal", concordo, porém quem fez o golpe, como ele disse, foi a elite privilegiada, os militares, que sempre estiveram no poder desde Mubarak. Quem pariu a Al Qaeda foi o Afeganistão e seu líder saudita Osama bin Laden. Terrorista é quem metralhou a população manifestante.

Os liberais são também em sua grande maioria muçulmanos, porém não querem a volta da ditadura. Tenho convicção que a maioria da população que aplaudiu a queda de Mursi está contra esse massacre. Até El Baradei, nobel da Paz, principal opositor de Mursi será julgado por "trair a confiança dos ditadores".

Existem muitos países com a maioria da população muçulmana onde vivem democraticamente. Essas frases de efeito do Jabor com suas generalizações me enojam.


Offline Barata Tenno

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #597 Online: 20 de Agosto de 2013, 20:28:49 »
Quais são esses muitos países muçulmanos democráticos? Segundo a wikipédia, são 3 democracias. E ainda consideradas falhas.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Pasteur

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #598 Online: 20 de Agosto de 2013, 22:50:27 »
Quais são esses muitos países muçulmanos democráticos? Segundo a wikipédia, são 3 democracias. E ainda consideradas falhas.

Se não são democracias plenas, pelo menos não são ditaduras, sendo que são eleitos de forma direta ou indireta:

Senegal, Indonésia, Turquia, Tunísia, Albânia, Mali, Bósnia e Herzegovina, Líbano, Palestina, Serra Leoa, Quirguistão e Paquistão.

Esses dois abaixo como a segunda maior religião:
Gana (30%), Benim (24%).

Se você encontrar apenas um país com a maioria da população muçulmana que seja democrático, então considere aquele texto infeliz como falacioso.

Offline Barata Tenno

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Re:Revolta Árabe
« Resposta #599 Online: 20 de Agosto de 2013, 23:57:49 »
Quais são esses muitos países muçulmanos democráticos? Segundo a wikipédia, são 3 democracias. E ainda consideradas falhas.

Se não são democracias plenas, pelo menos não são ditaduras, sendo que são eleitos de forma direta ou indireta:

Senegal, Indonésia, Turquia, Tunísia, Albânia, Mali, Bósnia e Herzegovina, Líbano, Palestina, Serra Leoa, Quirguistão e Paquistão.

Esses dois abaixo como a segunda maior religião:
Gana (30%), Benim (24%).

Se você encontrar apenas um país com a maioria da população muçulmana que seja democrático, então considere aquele texto infeliz como falacioso.

Entre não ser ditadura e ser uma democracia existe uma distancia. Não é porque alguém é eleito que se configura uma democracia. Quantos eram os candidatos? Como são escolhidos esses candidatos? O povo tem conhecimento sobre as atividades e poderes do governante? Existem liberdades civis?
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

 

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