Trecho tirado de
http://oglobo.globo.com/cultura/a-primavera-podre-9614132#ixzz2cW9KW9Lw
Antes, quando o Exército interveio e depôs o Mursi, houve a esperança de que fosse um “golpe militar liberal”.
Mas isso é uma contradição em termos. Isso não existe. Não existe na mente dos muçulmanos a ideia de democracia nem de indivíduo.
Não adianta — vejam o Iraque e o Afeganistão. Eles sempre retornarão à submissão, a Alá e Maomé. No Egito, os militares sempre foram uma elite privilegiada. Os bilhões de dólares que os USA enviavam eram sua cama de luxo. Por outro lado, a Irmandade Muçulmana metralhou o presidente Sadat diante das câmeras do mundo todo e pariu a al-Qaeda. A irmandade foi a maternidade dos homens-bomba.
E agora? Somos a favor de milicos massacradores ou de islamitas de uma irmandade pré-medieval, terrorista e maluca?
Ah, só podia ser o Jabor...
Eu sei, Fernando, que não devemos atacar o autor do artigo, no caso Arnaldo Jabor,

, mas sim as ideias furadas dele.
Pois bem, então vamos lá:
Ele disse que não existe "golpe militar liberal", concordo, porém quem fez o golpe, como ele disse, foi a elite privilegiada, os militares, que sempre estiveram no poder desde Mubarak. Quem pariu a Al Qaeda foi o Afeganistão e seu líder saudita Osama bin Laden. Terrorista é quem metralhou a população manifestante.
Os liberais são também em sua grande maioria muçulmanos, porém não querem a volta da ditadura. Tenho convicção que a maioria da população que aplaudiu a queda de Mursi está contra esse massacre. Até El Baradei, nobel da Paz, principal opositor de Mursi será julgado por
"trair a confiança dos ditadores".
Existem muitos países com a maioria da população muçulmana onde vivem democraticamente. Essas frases de efeito do Jabor com suas generalizações me enojam.