Na Suíça havia uma praça pública em que as pessoas podiam se drogar livremente, já visitou a Cracolândia em SP? Era igual.
Seja qual for a situação na Suécia, Cingapura, Irã ou sei lá mais onde, pode acreditar que nem chega perto da Cracolândia.
Restringir a uma praça a uma política de "tolerância" é realmente imbecil, ainda mais que toda a produção, transporte, etc, continua sendo feito pelo crime organizado.
Imagine se no Estado do Rio de Janeiro coloque-se que o único lugar que se possa consumir bebidas alcoólicas seja na Praça da Bandeira, por exemplo. Não precisa nem proibir a produção de bebidas. Agora imagine como ficará o local no fim de 6 meses...
Eu não sei já andou por estes países todos, mas a estrutura específica de cada sociedade e a diferença na natureza das substâncias específicas mudariam o cenário. Parece deixar implícito que a única diferença entre Brasil e Suécia (e outros países) é que esta deixa seus traficantes e usuários por mais tempo presos...
Pode ter no Irã um local onde pessoas se reúnam para usarem opiáceos, mas o efeito desta droga é bem diverso ao crack: durante o efeito, o pessoal fica paradão. Difícil sair fazendo merda neste estado.
E a cracolândia é trágico por mais um motivo: muitos começam a usar bem jovens, mas já trazem um histórico de abuso e negligência, porém isso nunca incomodou muito as pessoas. Quando vem as
consequências, isto se torna um problema que incomoda. E lógico, isto tudo surgiu num cenário de 'war on drugs'. Um delegado da PF uma vez disse que o
boom do crack era fruto do sucesso na repressão de substâncias usadas para o refino de cocaína e foi criticado, mas ele sabia do que falava...
(Pode mostrar caso de gente que foi criada no nescau e entrou nessa até o fundo do poço? Claro que pode, mas não é o que representa o 'frequentador' do local e nem isso define todo o histórico desta pessoa)