Autor Tópico: Guia Politicamente Incorreto da América Latina  (Lida 21071 vezes)

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Offline Fernando Silva

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #50 Online: 17 de Setembro de 2011, 09:30:18 »
Puro sensacionalismo para encher o bolso de dinheiro! Jornalistas... humpf!! É assim que o Datena (jornalista televisivo) faz para ter audiência.

Claro que não existem heróis. O ser humano não é um animal dicotomico, ou bonzinho ou ruinzinho. "Grande novidade", analisar as coisas e concluir que humanos são... HUMANOS!

O ponto aqui é outro: qualquer coisa, escrita por qualquer um, qualificado ou não, terá crédito se for a favor das esquerdas.
Basta alguém de direita dizer alguma coisa contra que lá vem a gritaria.
Os 'heróis' da esquerda são intocáveis e ai de quem ousar mostrar a verdade sobre eles.

Offline Fernando Silva

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #51 Online: 17 de Setembro de 2011, 09:43:13 »
Pode-se questionar a ética do capitalismo, mas, de um ponto de vista darwinista, as sociedades que mais progrediram foram as capitalistas. Elas são mais eficientes. Com ou sem desigualdades, produzem mais riquezas.

"O Globo"  11/07/11
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Os dois grandes sistemas do mundo

Paulo Guedes

O registro é de Joseph Schumpeter, em “Capitalismo, socialismo e democracia” (1942):

“Marx era pessoalmente civilizado o bastante para não fazer como os socialistas
vulgares, que não reconheciam um templo quando o viam. Era perfeitamente capaz
de compreender os valores e realizações de uma civilização. Não pode haver melhor
testemunho de sua abertura intelectual do que sua brilhante descrição dessas
realizações do capitalismo no próprio Manifesto Comunista.”


As clássicas imagens de Marx a que se refere Schumpeter:

“O capitalismo realizou maravilhas muito além das pirâmides do Egito, dos aquedutos
romanos e das catedrais góticas... Atraindo todas as nações para a civilização...
Criando cidades enormes, resgatando partes consideráveis de suas populações da
idiotice da vida rural... Durante seu domínio de escassos 100 anos, criou forças
produtivas mais maciças e mais colossais do que todas as gerações precedentes
juntas haviam criado.”


O liberal austríaco Ludwig von Mises já alertava antecipando aos choques da
Internacional Socialista com o Nacional-Socialismo:
 
“A ideia de socialismo é a um só tempo grandiosa e simples... É uma das mais
ambiciosas criações do espírito humano... Tão magnífica e tão ousada que
despertou merecidamente a maior admiração. Mas se quisermos salvar o mundo da
barbárie teremos de refutar o socialismo.”


Adverte-nos Friedrich von Hayek, em “A presunção fatal: os erros do
socialismo” (1988):

“Nossa civilização depende de uma extensa ordem de cooperação humana,
equivocadamente conhecida como capitalismo. Essa rede de cooperação não foi
arquitetada intencionalmente. Surgiu espontaneamente, em conformidade com certas
práticas morais, que desagradam aos homens, e cujo significado eles não compreendem,
mas que apesar disso espalharam-se rapidamente por mecanismos evolucionários.
A adoção involuntária, relutante e mesmo dolorosa dessas práticas não só manteve
esses grupos humanos como fez crescer rapidamente suas riquezas e suas populações.”


A pretensão fatal do socialismo foi criar uma cultura e uma civilização alternativas
a partir de um ambicioso racionalismo construtivista. Um perambular experimental
muito além de nossos limites cognitivos. Pois, se a curto prazo os grupos humanos
escolhem suas práticas de coordenação econômica, a longo prazo as práticas mais
eficazes é que selecionam as populações bem-sucedidas.

Offline Adriano

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #52 Online: 17 de Setembro de 2011, 09:57:19 »
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Pois, se a curto prazo os grupos humanos escolhem suas práticas de coordenação econômica, a longo prazo as práticas mais eficazes é que selecionam as populações bem-sucedidas.
Essa é a grande balela toda. Na aplicação da teoria da evolução para o entendimento do homo sapiens o fosso é muito grande. Cai-se no evolucionismo social e o consequente nazismo, que é o centro da discórdia entre esquerda e direita mundiais. Veja o vespeiro que está querendo cutucar com a TE como justificativa ideológica  :?
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Fernando Silva

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #53 Online: 17 de Setembro de 2011, 10:15:56 »
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Pois, se a curto prazo os grupos humanos escolhem suas práticas de coordenação econômica, a longo prazo as práticas mais eficazes é que selecionam as populações bem-sucedidas.
Essa é a grande balela toda. Na aplicação da teoria da evolução para o entendimento do homo sapiens o fosso é muito grande. Cai-se no evolucionismo social e o consequente nazismo, que é o centro da discórdia entre esquerda e direita mundiais. Veja o vespeiro que está querendo cutucar com a TE como justificativa ideológica  :?

Justificativa para imposição de uma ideologia ou constatação de um fato?

Sim, Darwin já foi usado como pretexto para a eugenia ou o genocídio, mas nem por isto a evolução deixou de ser um fato.


« Última modificação: 17 de Setembro de 2011, 10:22:20 por Fernando Silva »

Offline Adriano

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #54 Online: 17 de Setembro de 2011, 10:42:44 »
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Pois, se a curto prazo os grupos humanos escolhem suas práticas de coordenação econômica, a longo prazo as práticas mais eficazes é que selecionam as populações bem-sucedidas.
Essa é a grande balela toda. Na aplicação da teoria da evolução para o entendimento do homo sapiens o fosso é muito grande. Cai-se no evolucionismo social e o consequente nazismo, que é o centro da discórdia entre esquerda e direita mundiais. Veja o vespeiro que está querendo cutucar com a TE como justificativa ideológica  :?

Justificativa para imposição de uma ideologia ou constatação de um fato?
Da minha parte a primeira e da sua a segunda, como deixa claro agora  :)


Sim, Darwin já foi usado como pretexto para a eugenia ou o genocídio, mas nem por isto a evolução deixou de ser um fato.
As guerras interespecíficas entre a nossa espécie até inspiraram teorias biológicas, como a da Rainha de copas utilizando a corrida armamentista para a metáfora da luta evolutiva entre presas e predadores. Mas na questão interespecífica sequer existe distinção biológica como raça e como eu advogo há tempos neste no fCC, existe apenas a nossa superioridade biológica como predadores.

« Última modificação: 17 de Setembro de 2011, 13:29:10 por Adriano »
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #55 Online: 17 de Setembro de 2011, 11:02:52 »
Pode-se questionar a ética do capitalismo, mas, de um ponto de vista darwinista, as sociedades que mais progrediram foram as capitalistas. Elas são mais eficientes. Com ou sem desigualdades, produzem mais riquezas.
Ou seja concordo contigo quanto a população humana, como um todo, ter sido selecionada por ser a mais bem sucedida. Porém discordo com o reducionismo econômico na análise de eficiência. Nenhum outro país superou o desenvolvimento econômico da URSS e chegou a condição de império econômico, rivalizando com os Estados Unidos. Sem contar o colapso econômico da União Soviética, que ocorreu devido a implementação do capitalismo.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #56 Online: 17 de Setembro de 2011, 11:17:22 »
E a China, que é entendida vulgarmente como capitalista, apesar do alto gerenciamento econômico do estado, é uma  economia de mercado centralmente planejada.
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Offline Derfel

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #57 Online: 17 de Setembro de 2011, 11:31:36 »
Os Wright não inventaram os flaps e os ailerons, que quem inventou foi Santos-dumont, eles usaram o método da torção da asa (inspirado em uma embalagem de uma peça de bicicleta), que tornou sua máquina manobrável, mas era impraticável nos modelos mais modernos.

De fato não foram os irmãos Wright os inventores dos flaps e ailerons. Mas também não foi Santos Dumont. Foi o inglês Matthew Piers Watt Boulton.

Não conhecia Boulton, mas você tem razão.
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Quanto à catapulta, era necessária porque o Flyer não possuía condições de alçar vôo por si só e não por causa de limitações de pista, que é o caso dos porta-aviões. Em modelos posteriores do Flyer eles superaram esse problema.

O que não invalida a questão de primazia de um vôo. Então a limitação não está no uso de catapultas e sim na capacidade de alçar vôo sustentado.

Aí é que está. A pergunta é: O Flyer 1 tinha condições de alçar voo por seus próprios meios? Ou era um planador que por acaso tinha um motor? O motor servia para algo, tinha empuxo suficiente? O feito dos Irmãos Writght, utilizando-se da catapulta como lançamento, já havia sido sucedido anos antes, em especial por Langley, do Instituto Smithsonian.

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Outra coisa é que os Wright eram tão obcecados com segredos industriais e patentes que pouco do que eles fizeram foi utilizado na aeronáutica, além de perder toda a fortuna em brigas judiciais (eles processam todo mundo).  Santos-dumont publicou todos os seus esquemas em revistas como a Popular Mechanics, o que fez com que surgissem vários fabricantes de aeronave com base em seus esquemas, mesmo nos EUA.

Os irmãos Wright tentaram proteger as suas invenções por meio de patentes porque eles não eram ricos e nem tinham uma família abastada como Dumont, que pode doar "humanitariamente" as suas invenções.

Ser rico e ter uma família abastada não pode também pesar como demérito para ninguém. Se os Irmãos Wright não eram ricos, não deixavam de ter seus meios, afinal já eram empreendedores há algum tempo. Tiveram dois jornais, uma gráfica e a Wright Cycle Company já estava bem estabelecida quando começaram a se enveredar pelo voo. E não é apenas uma questão de "doar humanitariamente as suas invenções", mas seus cuidados eram de tal forma exagerados que somente conseguiram um contrato com o Exército Americano em 1907 e venderam à França em 1908. Antes disso simplesmente se recusavam  a demonstrar a máquina com medo que alguém pudesse roubar suas ideias.  O que você faria se fosse do Departamento da Guerra dos EUA, em 1903 ou 1905, e alguém chegasse para você e dissesse: "ei! Tenho uma máquina que voa, mas primeiro você ma compra e depois eu lhe mostro". Na época que eles apresentaram o Flyer III (acho que foi esse que voou em 1908), já existia uma grande quantidade de pioneiros com suas próprias máquinas (e não apenas Santos-Dumont) e eles resolvem processar todo mundo com um avião porque disseram que copiaram a ideia deles! Resultado: os conceitos de avião que permaneceram foram aqueles ligados aos outros pioneiros: Langley, Santos-Dumont, Curtiss e muitos outros.

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Não nego que os Wright tenham inventado o avião, mas Santos-dumont também o fez e tê-lo feito em França não o torna menos brasileiro. Quanto a ser o primeiro, existe uma porção de candidatos.

Não existe um só inventor do avião, pois várias pessoas contribuiram para isto. A questão é quem foi o primeiro a fazer um vôo, o que também não é muito importante a não ser como referência histórica e para fazer afago no ego de ultra-nacionalistas.

Concordo que não houve um só inventor do avião, mas vários. O desenvolvimento da aerodinâmica e do processo do voo controlado já estavam definidos há algum tempo (com a participação de Santos-Dumont também no processo), o avião seria uma consequência natural naquela época. Que pode ser observado aos dois lados do equador (no Brasil e nos EUA). Negar a importância de Santos-Dumont no processo da aviação e seu pioneirismo me parece tão errado quanto sua exaltação exagerada. No caso dos Irmãos Wright, acredito que a balança pende para seu lado, na questão da primazia, por dois motivos: são americanos e possuem uma característica que os americanos admiram: o fator self-made man, que Langley, apesar de ser americano, não possuía, afinal ele era um cientista ligado a uma instituição de pesquisa.
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E o fato de Dumont ter desenvolvido o seu trabalho na Euopa é importante porque aqui ele não teria os meios para realizá-lo. Então o fato dele ser brasileiro é irrelevante, porque o seu país natal não conseguiu prover os meios para ele aqui trabalhar.
Não é irrelevante, como também não o era para o próprio, a ponto de batizar um de seus balões como Brasil. Mas realmente o Brasil não tinha os recursos técnicos para isso na época, a França sim (e era para lá que a elite mandava seus filhos serem educados).


Trudeau

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #58 Online: 17 de Setembro de 2011, 13:11:19 »
Sobre o caso Santos-Dumont vs Wright Brothers:
1) O voo dos Wright Brothers é altamente contestado até mesmo pelos americanos
Em 2003, para comemorar os 100 anos foram construidas algumas réplicas do Flyer. A mais interessante delas foi uma cópia extremamente fiel ao original. Análise de estabilidade mostram que o Flyer tinha uma margem estática de -23% (negativa, era instável). Várias tentativas foram feitas de voar a réplica, usando pilotos de caça com grande experiencia em aviões de margem estática negativa.
O resultado foi um fracasso total. Ninguem conseguiu voar o Flyer.
O melhor "VOO" da réplica identica (um pequeno salto mostrando a instabilidade) é apresentado no link abaixo:
Em uma das réplicas a margem estática foi alterada e ai sim se conseguiu um voo de algum sucesso. Porem mesmo assim na segunda tentativa o avião teve falha estrutural.
http://www.aero-news.net/index.cfm?do=main.textpost&id=3c28715c-22d7-4626-a4ef-b3999efc07db
O Flyer era fraco estruturalmente e instável. Todos os engenheiros que analisaram o avião dizem a mesma coisa: OS Wright Brothers não poderiam ter voado aquela coisa. As unicas testemunhas dos voos dos W.B. foram empregados das bicicletaria deles, dá pra acreditar?

2) O voo de Santos-Dumont foi em publico e bem documentado
Quanto a Santos-Dumont, já que no Brasil não se dá a ele o valor que merece vejam o que a PBS mostrou no programa NOVA. Um verdadeiro resgate da memória de Santos-Dumont e um grande elogio ao papel predominante que ele teve no desenvolvimento da aviação:
http://www.pbs.org/wgbh/nova/santos/
Ninguem "inventou" o avião. Foi um trabalho de muitos pioneiros que culminaram no primeiro voo em publico, documentado e reconhecido, de um avião que decolou por seus próprios meios, no campo de Bagatelle, em 23 de outubro de 1906.
Se os Wright Vrothers voaram ou não antes é irrelevante. Eles contribuiram depois para o desenvolvimento aeronáutico com seus experimentos (o primeiro tunel de vento). Orville Wright fundou a NACA, que realizou muitos experimentos e publicou muitos artigos de grande importancia no mundo aeronáutico. Santos Dumont ganhou o Prêmio Deutsch e fez o Demoiselle, seu melhor e mais interessante projeto, o primeiro avião a ser fabricado em série.
O Simthsoniam dedica uma sala a Santos-Dumont. Acho que hoje em dia todos reconhecem seu mérito.
Denegri-lo é um erro histórico de grandes proporções.
« Última modificação: 17 de Setembro de 2011, 13:16:08 por Trudeau »

Trudeau

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #59 Online: 17 de Setembro de 2011, 13:24:00 »
Concordo que não houve um só inventor do avião, mas vários. O desenvolvimento da aerodinâmica e do processo do voo controlado já estavam definidos há algum tempo (com a participação de Santos-Dumont também no processo), o avião seria uma consequência natural naquela época. Que pode ser observado aos dois lados do equador (no Brasil e nos EUA). Negar a importância de Santos-Dumont no processo da aviação e seu pioneirismo me parece tão errado quanto sua exaltação exagerada. No caso dos Irmãos Wright, acredito que a balança pende para seu lado, na questão da primazia, por dois motivos: são americanos e possuem uma característica que os americanos admiram: o fator self-made man, que Langley, apesar de ser americano, não possuía, afinal ele era um cientista ligado a uma instituição de pesquisa.

Esqueci de me referir ao Derfei que, antes do meu post, afirmava tambem a importancia de Santos-Dumont. Corretissimo.

Offline Liddell Heart

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #60 Online: 17 de Setembro de 2011, 13:44:18 »
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Me referi à lama econômica em que entrou o Chile logo após o golpe militar, quando Pinochet colocou em prática a cartilha dos liberais de Chicago. Em 1990 o Chile voltou a ser democrático. A teoria econômica de Friedman quando colocada em prática demonstrou que beneficiava somente os mais ricos. Mais de setenta por cento do salário mínimo, na época, era gasto com comida. O resto era luxo para a maioria da população, inclusive leite.

De novo, a realidade discorda. Os governos democráticos (que foram de centro-esquerda, aliás) chilenos não alteraram quase nada da base econômica e fiscal, além das leis relativas à propriedade.

Na verdade, os governante de esquerda/centro-esquerda foram quem deram uma verdadeira guinada pró-livre mercado no Chile. Ricardo Lagos foi, sem dúvida, o presidente americano (América = Continente) mais liberal dos últimos tempos.
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Offline Liddell Heart

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #61 Online: 17 de Setembro de 2011, 13:44:52 »
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Sobre a anarquia nunca ter dado certo, ainda há a questão do Velho Oeste americano (entre outros), que sobreviveu pacificamente e com certa prosperidade sem a existência de um Estado.

Tem algumas fontes decentes para ler sobre o assunto? Eu adoraria poder adotar a visão anárquica de mundo, mas tanto a falta de exemplos reais de sucesso nisso quanto a teoria política clássica mostram que ela não duraria muito tempo - mas estou disposto a mudar de idéias.

Acho que o melhor artigo sobre isso é esse:
http://mises.org/journals/jls/3_1/3_1_2.pdf
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Offline Liddell Heart

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #62 Online: 17 de Setembro de 2011, 13:51:56 »
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Pois, se a curto prazo os grupos humanos escolhem suas práticas de coordenação econômica, a longo prazo as práticas mais eficazes é que selecionam as populações bem-sucedidas.
Essa é a grande balela toda. Na aplicação da teoria da evolução para o entendimento do homo sapiens o fosso é muito grande. Cai-se no evolucionismo social e o consequente nazismo, que é o centro da discórdia entre esquerda e direita mundiais.

Herbert Spencer usou o "darwinismo" na sociologia e chegou a conclusões totalmente libertárias e "anti-escravidão".
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Offline Adriano

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #63 Online: 17 de Setembro de 2011, 14:16:20 »
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Pois, se a curto prazo os grupos humanos escolhem suas práticas de coordenação econômica, a longo prazo as práticas mais eficazes é que selecionam as populações bem-sucedidas.
Essa é a grande balela toda. Na aplicação da teoria da evolução para o entendimento do homo sapiens o fosso é muito grande. Cai-se no evolucionismo social e o consequente nazismo, que é o centro da discórdia entre esquerda e direita mundiais.

Herbert Spencer usou o "darwinismo" na sociologia e chegou a conclusões totalmente libertárias e "anti-escravidão".
Na verdade foi Darwin que se apropriou de um termo da psicologia sintética de Spencer para divulgar a sua teoria biológica. A sobrevivência do mais apto.

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O spencerismo procedia das teorias de Herbert Spencer (1820-1903) e se caracterizava por uma visão evolucionista baseada em um princípio comum e incognoscível, abrangendo da matéria à vida, da vida à consciência. Era uma teoria que defendia à hereditariedade das qualidades adquiridas. A psicologia, para Spencer, estaria ao lado da biologia. As capacidades psicológicas seriam funções adaptativas que levariam o humano a um melhor convívio com o ambiente e consigo mesmo. Neste sentido, o evolucionismo de Spencer culminaria com o individualismo que seria orientado para uma perfeição possível, assentada na liberdade, na ética e na moral (Mueller, 1968).
http://www6.ufrgs.br/museupsi/PSI-RS/Chap1.htm
A consideração de Spencer, entre o avanço do científico em conjunto com o artístico, é um forte embasamento para o aspecto da comunicação afetiva e emocional juntamente com a razão para o desenvolvimento humano.
« Última modificação: 17 de Setembro de 2011, 14:27:25 por Adriano »
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Fernando Silva

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #64 Online: 17 de Setembro de 2011, 20:11:35 »
Sem contar o colapso econômico da União Soviética, que ocorreu devido a implementação do capitalismo.

Foi ?!! Ou caiu de podre depois de décadas de ineficiência?

Offline Fernando Silva

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #65 Online: 17 de Setembro de 2011, 20:15:11 »
E a China, que é entendida vulgarmente como capitalista, apesar do alto gerenciamento econômico do estado, é uma  economia de mercado centralmente planejada.

Pelo contrário: ela começou a se tornar capitalista quando preferiu fingir que não via os agricultores venderem seus produtos em vez de entregá-los ao governo. Quando percebeu que esta era a solução para acabar com a fome.

Será que eles "centralmente planejaram" os milionários chineses que hoje vivem num luxo e numa ostentação que seriam impensáveis há bem pouco tempo?

Offline Sergiomgbr

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #66 Online: 17 de Setembro de 2011, 20:25:47 »
E a China, que é entendida vulgarmente como capitalista, apesar do alto gerenciamento econômico do estado, é uma  economia de mercado centralmente planejada.

Pelo contrário: ela começou a se tornar capitalista quando preferiu fingir que não via os agricultores venderem seus produtos em vez de entregá-los ao governo. Quando percebeu que esta era a solução para acabar com a fome.

Será que eles "centralmente planejaram" os milionários chineses que hoje vivem num luxo e numa ostentação que seriam impensáveis há bem pouco tempo?
Parece mesmo que os chineses são estatistas apenas para o controle da ordem.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Fernando Silva

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #67 Online: 17 de Setembro de 2011, 20:25:57 »
Citar
Pois, se a curto prazo os grupos humanos escolhem suas práticas de coordenação econômica, a longo prazo as práticas mais eficazes é que selecionam as populações bem-sucedidas.

Essa é a grande balela toda. Na aplicação da teoria da evolução para o entendimento do homo sapiens o fosso é muito grande. Cai-se no evolucionismo social e o consequente nazismo, que é o centro da discórdia entre esquerda e direita mundiais. Veja o vespeiro que está querendo cutucar com a TE como justificativa ideológica  :?

Justificativa para imposição de uma ideologia ou constatação de um fato?
Da minha parte a primeira e da sua a segunda, como deixa claro agora  :)


Vou dizer de outra forma:

- O comunismo sempre foi implantado à força como a "ideologia certa".
- O capitalismo simplesmente aconteceu, naturalmente. E as sociedades onde ele aconteceu foram, em geral, as que mais progrediram. O capitalismo não é uma ideologia, é uma forma de produção e distribuição, por mais que sua defesa possa ser vista como uma ideologia.

Ou ainda: é preciso implantar o comunismo à força, no que ele equivale ao criacionismo.
Já o capitalismo surge naturalmente, sem ideólogos, e mais tarde apenas se constata sua realidade e sua eficiência, como no caso da evolução.

« Última modificação: 17 de Setembro de 2011, 20:47:02 por Fernando Silva »

Offline Adriano

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #68 Online: 18 de Setembro de 2011, 00:17:13 »
Citar
Pois, se a curto prazo os grupos humanos escolhem suas práticas de coordenação econômica, a longo prazo as práticas mais eficazes é que selecionam as populações bem-sucedidas.

Essa é a grande balela toda. Na aplicação da teoria da evolução para o entendimento do homo sapiens o fosso é muito grande. Cai-se no evolucionismo social e o consequente nazismo, que é o centro da discórdia entre esquerda e direita mundiais. Veja o vespeiro que está querendo cutucar com a TE como justificativa ideológica  :?

Justificativa para imposição de uma ideologia ou constatação de um fato?
Da minha parte a primeira e da sua a segunda, como deixa claro agora  :)


Vou dizer de outra forma:

- O comunismo sempre foi implantado à força como a "ideologia certa".
- O capitalismo simplesmente aconteceu, naturalmente. E as sociedades onde ele aconteceu foram, em geral, as que mais progrediram. O capitalismo não é uma ideologia, é uma forma de produção e distribuição, por mais que sua defesa possa ser vista como uma ideologia.

Ou ainda: é preciso implantar o comunismo à força, no que ele equivale ao criacionismo.
Já o capitalismo surge naturalmente, sem ideólogos, e mais tarde apenas se constata sua realidade e sua eficiência, como no caso da evolução.


Não sou adepto do capitalismo e sim da economia, enquanto ciência. Mas respeito a sua ideologia opinião. E outro coisa que acho problemático são vocês, os constatadores da realidade, um argumento epistêmico apenas, de que se detém o conhecimento sobre o real e os demais não. E isto tem base num argumento simplório, como a comparação entre a teoria da evolução, que é uma tosqueira quando se trada de seres humanos, Dawkins sempre diz que superamos a evolução biológica e por isso ele criou a memética.  Já a economia é a nossa verdadeira biologia. Tanto que através de um economista que Darwim foi influenciado pela teoria populacional, que aplicou e correlacionou com os demais animais.

A economia estuda as formas de estruturação da sobrevivência humana perante a modificação da natureza.
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Offline ByteCode

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #69 Online: 19 de Setembro de 2011, 10:49:23 »
Pode-se questionar a ética do capitalismo, mas, de um ponto de vista darwinista, as sociedades que mais progrediram foram as capitalistas. Elas são mais eficientes. Com ou sem desigualdades, produzem mais riquezas.

"O Globo"  11/07/11
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Os dois grandes sistemas do mundo

Paulo Guedes

O registro é de Joseph Schumpeter, em “Capitalismo, socialismo e democracia” (1942):

“Marx era pessoalmente civilizado o bastante para não fazer como os socialistas
vulgares, que não reconheciam um templo quando o viam. Era perfeitamente capaz
de compreender os valores e realizações de uma civilização. Não pode haver melhor
testemunho de sua abertura intelectual do que sua brilhante descrição dessas
realizações do capitalismo no próprio Manifesto Comunista.”


As clássicas imagens de Marx a que se refere Schumpeter:

“O capitalismo realizou maravilhas muito além das pirâmides do Egito, dos aquedutos
romanos e das catedrais góticas... Atraindo todas as nações para a civilização...
Criando cidades enormes, resgatando partes consideráveis de suas populações da
idiotice da vida rural... Durante seu domínio de escassos 100 anos, criou forças
produtivas mais maciças e mais colossais do que todas as gerações precedentes
juntas haviam criado.”


O liberal austríaco Ludwig von Mises já alertava antecipando aos choques da
Internacional Socialista com o Nacional-Socialismo:
 
“A ideia de socialismo é a um só tempo grandiosa e simples... É uma das mais
ambiciosas criações do espírito humano... Tão magnífica e tão ousada que
despertou merecidamente a maior admiração. Mas se quisermos salvar o mundo da
barbárie teremos de refutar o socialismo.”


Adverte-nos Friedrich von Hayek, em “A presunção fatal: os erros do
socialismo” (1988):

“Nossa civilização depende de uma extensa ordem de cooperação humana,
equivocadamente conhecida como capitalismo. Essa rede de cooperação não foi
arquitetada intencionalmente. Surgiu espontaneamente, em conformidade com certas
práticas morais, que desagradam aos homens, e cujo significado eles não compreendem,
mas que apesar disso espalharam-se rapidamente por mecanismos evolucionários.
A adoção involuntária, relutante e mesmo dolorosa dessas práticas não só manteve
esses grupos humanos como fez crescer rapidamente suas riquezas e suas populações.”


A pretensão fatal do socialismo foi criar uma cultura e uma civilização alternativas
a partir de um ambicioso racionalismo construtivista. Um perambular experimental
muito além de nossos limites cognitivos. Pois, se a curto prazo os grupos humanos
escolhem suas práticas de coordenação econômica, a longo prazo as práticas mais
eficazes é que selecionam as populações bem-sucedidas.

É bobagem, no meu entender, colocar um sistema econômico, seja qual for, como um fenômeno natural e, pior, afirmar que não se pode escapar disto dado que somos simples humanos que fazem parte do meio natural, como qualquer outro animal do planeta.
Primeiramente, sabemos que o capitalismo foi possível, se tornando sucessor do feudalismo, devido às invenções humanas que facilitaram a produção de bens em grandes quantidades e de forma muito mais rápida. A invenção da locomotiva a vapor também ajudou, ao facilitar o transporte das mercadorias produzidas. Não foi simplesmente a evolução biológica casual que nos fez chegar ao capitalismo, mas a razão representada pela inventividade humana. Se notarmos, praticamente toda grande evolução ou revolução na história humana foi possivel graças a alguma nova invenção ou técnica. Primeiro o controle do fogo, depois a roda, depois a agricultura, depois a manipulação de metais para a fabricação de ferramentas melhores, o trem a vapor, motor a combustão, pílula anticoncepcional etc...  O papel da evolução biológica foi somente de nos dar a noção (instinto) da necessidade de se viver em grupos e nos munir com alta capacidade de raciocinio. Estes grupos apenas tenderam a crescer em quantidade, aumentando sua complexidade, o que nos motivou a inventar novas coisas para solucionar o problema de gerenciá-los adequadamente. E a nossa ultima invenção que deu razoavelmente certo até agora foi o capitalismo/livre mercado e a democracia.
O fato de possuir razão, de raciocinar e poder criar ferramentas e planejar o futuro, definitivamente tira o ser humano do rótulo de "apenas mais um simples animal seguindo seus instintos e sendo levado pela evolução".

Assim como em toda a história, desde que controlamos o fogo, o que fará a diferença (ou PODERÁ fazer a diferença) mais uma vez será a inventividade humana (ciência e tecnologia), que irá fazer a civilização humana dar mais um salto à frente, o que dependerá não somente da existência da tecnologia, mas também de um novo pacto social que substitua o atual. Não há porque pensar que agora as coisas são diferentes, pois foi sempre assim durante toda a história no caso do homo sapiens: as grandes mudanças sociais e, consequentemente, economicas, vem de nossas próprias mãos (intelecto/raciocínio/inventividade).
Mas, infelizmente, tais mudanças costumam ocorrer somente em grandes crises. Só espero que a próxima grande crise da civilização não seja drástica demais a ponto de colocar fim ao próprio ser humano ou dizimá-lo por quase completo.

E só reforçando, é evidente os beneficios da fase intensamente capitalista da civilização humana. Quem nega isto não sabe de nada. Mas não anula automaticamente os pontos negativos e possíveis danos do atual sistema.
« Última modificação: 19 de Setembro de 2011, 10:58:34 por ByteCode »

Offline ByteCode

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #70 Online: 19 de Setembro de 2011, 11:13:14 »
Puro sensacionalismo para encher o bolso de dinheiro! Jornalistas... humpf!! É assim que o Datena (jornalista televisivo) faz para ter audiência.

Claro que não existem heróis. O ser humano não é um animal dicotomico, ou bonzinho ou ruinzinho. "Grande novidade", analisar as coisas e concluir que humanos são... HUMANOS!

O ponto aqui é outro: qualquer coisa, escrita por qualquer um, qualificado ou não, terá crédito se for a favor das esquerdas.
Basta alguém de direita dizer alguma coisa contra que lá vem a gritaria.
Os 'heróis' da esquerda são intocáveis e ai de quem ousar mostrar a verdade sobre eles.

Nunca existiram nem nunca existirão heróis. O mundo não está divido entre mocinhos e bandidos. Uma pessoa isenta e imparcial demonstraria tanto os potos positivos quantos os negativos na narrativa da história de alguma grande personalidade, deixando a cargo do leitor concluir se ele foi mais ruim do que bom para a humanidade em sua influência. No minimos, deveria deixar resalvas quanto a isto.

Mas o sensacionalista simplesmente ataca e escancara, muitas vezes de forma exagerada, a parte da história mais conveniente no momento, com o unico intuito de atrair "ibope" e vender suas caricaturas da realidade.

Offline ByteCode

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #71 Online: 19 de Setembro de 2011, 11:22:59 »
Citar
Não é surpresa alguma, portanto, que Hayek e seus seguidores tenham podido proclamar slogans relativistas como: não podemos fazer nada para melhorar nossa condição, exceto confiar na evolução espontânea; nosso futuro é totalmente misterioso; a nós só resta participarmos de uma infindável e ilimitada corrente de conversação.  No que tange ao âmbito dos fenômenos puramente subjetivos, caso tais conselhos fossem dirigidos exclusivamente a um ser desencarnado e puramente espiritual, eles poderiam parecer sábios.  Entretanto, qual proveito algum ser de existência corpórea pode tirar deles?  No que diz respeito ao mundo real e material da ação e da propriedade, tais conselhos são tolices autodestrutivas.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=852

Offline Fernando Silva

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #72 Online: 19 de Setembro de 2011, 12:31:27 »
Não foi simplesmente a evolução biológica casual que nos fez chegar ao capitalismo, mas a razão representada pela inventividade humana. Se notarmos, praticamente toda grande evolução ou revolução na história humana foi possivel graças a alguma nova invenção ou técnica.
Exato. O que eu disse é que ninguém sentou, pensou, pensou e decidiu inventar o capitalismo. Ele apenas aconteceu. O socialismo, por outro lado, teve que ser inventado e imposto.

Marx teve que inventar o comunismo.
Adam Smith apenas descreveu o capitalismo.

Offline DDV

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #73 Online: 19 de Setembro de 2011, 12:39:37 »
Marx não inventou apenas o comunismo*. Grande parte do que muita gente pensa que é o "capitalismo" também foi inventado pelo próprio.  :D


*Existiram outras idéias e formas de comunismo antes de Marx.
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

"O maior vício do capitalismo é a distribuição desigual das benesses. A maior virtude do socialismo é a distribuição igual da miséria." (W. Churchill)

Offline Adriano

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Re: Guia Politicamente Incorreto da América Latina
« Resposta #74 Online: 19 de Setembro de 2011, 12:48:44 »
Adam Smith apenas descreveu o capitalismo.
O que muita gente ainda confunde com a economia. O interessante é que o escocês estruturou a economia com base na filosofia natural. A sua tese filosófica é o embasamento da sua teoria econômica, segundo os estudiosos especialistas. E olha que são muitos, é um dos pensadores  mais estudados.

Mas de qualquer forma Smith é associado a corrente liberal, mas tem que ser contextualizado com a sua época, onde o mercantilismo era o frágil modelo econômico adotado pelos estados, com forte intervenção econômica no início da formação dos estados nacionais europeus. 

Citação de: Wikpédia
Quase todos os economistas europeus dentre 1500 e 1750 são considerados atualmente como mercantilistas. Contudo, estes autores não se consideravam partícipes de uma única ideologia econômica. O termo só foi cunhado em 1763, por Vitor Riquetti, Marquês de Mirabeau, e popularizado por Adam Smith, em 1776. O termo mercantilismo foi criado a partir da palavra latina mercari, que significa mercantil, no sentido de levar a cabo um negócio, e que procede de la raíz merx que significa mercadoria. De início foi usado apenas por críticos, como Mirabeau e o próprio Smith, mas foi logo adotada pelos historiadores. De fato, Smith foi quem primeiro organizou formalmente muitas das contribuições dos mercantilistas no seu livro A Riqueza das Nações. O mercantilismo em si não pode ser considerado como uma teoria unificada de economia. Na realidade não houve escritores mercantilistas que apresentassem um esquema geral do que seria uma economia ideal, tal como Adam Smith faria mais adiante para a economia clássica. O escritor mercantilista tendia a concentrar a sua atenção numa área específica da economia. Somente após o período mercantilista é que estudiosos, como Eli F. Heckscher, integrariam as diversas ideias no que chamariam mercantilismo. Heckscher vê, nos escritos da época, um sistema de poder político e, ao mesmo tempo, um sistema de regulamentação da atividade econômica, um sistema protecionista e um sistema monetário com a teoria da balança comercial. Contudo, alguns teóricos recusam completamente a ideia mesma de uma teoria mercantilista, alegando que esta dá "uma falsa unidade a fatos díspares". O historiador do pensamento econômico Mark Blaug faz notar que o mercantilismo foi qualificado posteriormente como "bagagem incômoda", "diversão de historiografia", e de "gigantesco globo teórico". O mercantilismo em si não pode ser considerado como uma teoria unificada de economia. Na realidade não houve escritores mercantilistas que apresentassem um esquema geral do que seria uma economia ideal, tal como Adam Smith faria mais adiante para a economia clássica.
« Última modificação: 19 de Setembro de 2011, 13:21:37 por Adriano »
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

 

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