sergiomgbr - escreveu:
Alucinação não se encaixa num caso aonde o cérebro tenha parado de funcionar,porque se esses relatos existirem,seria uma evidência de que a consciência não depende necessariamente de um meio fisico para existir . O problema é que eles não passam de casos anedóticos,o que quer dizer que não podemos tirar conclusões precipitadas . O método cientifico poderia ser usado para explicar isso . O problema é que seria preciso "desligar" e "religar" o cérebro da cobaia para provar que a consciência não depende do cérebro para existir e ainda não temos a capacidade de fazer isso com segurança . Por essa e por outras razões,seria melhor descobrir de onde vêm a consciência antes,para descobrir se existe mesmo essa possibilidade de existir "vida pós morte" .
O lugar das alucinações é na mente humana, portanto não poderia se encaixar em outro lugar se não lá. Quanto a questão da consciência e sobre o funcionamento do cérebro responder por ela ou não, é só especulação, nada mais.
Mas a questão é justamente essa: a mente humana, tanto aparenta, ser um subproduto da actividade cerebral, como não...
António Damásio - graças às suas investigações no terreno da neurofisiologia, é uma das pessoas que tem a firme convicção, que o sentimento de si, ou seja a auto-percepção, depende inteiramente dos centros superiores nervosos.
Todavia, pessoas como eu - em mercê dos meus momentos, de sonhador lúcido - desconfio fortemente, que a auto-consciência não depende inteiramente do cérebro, "físico".
Eis aqui o relato, da minha primeira "evidência anedótica":
«« …Depois de ler num livro de raja-ioga, do escritor Willian Atkinson (iogue Ramacharaca), uma receita para tentar experienciar a possibilidade de confirmar por mim próprio, que a auto-percepção pessoal - ou
eu - pode ser dissociada do cérebro, efectuei o seguinte treino autogéneo…
Deitei-me de costas - inteiramente só - num quarto às escuras, fechado à chave por dentro, concentrando-me em tentar relaxar a musculatura esquelética o máximo possível, evitando adormecer.
Passado um tempo indefinido, um vulto, que eu supus ser um amigo, com quem eu conversara sobre o assunto, apareceu por trás da minha cabeça encostada à parede, induzindo-me uma paralisia corporal, horrivelmente desagradável.
Esse vulto, enfiou as mãos dentro do meu cérebro e pressionou, ou cortou, uma bolinha que lá está dentro:
Imediatamente a paralisia desapareceu e eu senti-me a mergulhar através da cama onde estava deitado, como se ela fosse líquida.
Levantei-me do chão, supondo que tinha caido. Olhei para a cama e vi com um certo espanto, que lá estava deitado, um corpo luminoso, igual áquele que eu vejo, quando me olho ao espelho.
Perante esse fenómeno - imediatamente, pensei - a experiência resultou: o sr. Atkinson, deu-me uma informação assombrosamente correcta. »»
Depois dessa experiência, passei a ser um sonhador mais ou menos lúcido.
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